Você está na página 1de 2

Direito das Sucessões

Aguirrre
Ordem de preferência
1° Descendente/Cônjuge – Concorrem entre si, ou seja, dividem a herança. Salvo 3
exceções onde os descendentes não vão concorrer com o cônjuge, recebem sozinhos.
2° Ascendente/Cônjuge – Quando não tem descendente, o ascendente e o cônjuge
concorrem.
3° Cônjuge – Se não tem descendente nem ascendente, vai tudo para o cônjuge.
4° - Colaterais até o 4° grau - Se não tem cônjuge, vai tudo para os colaterais até o 4°
grau.
Ou seja, o cônjuge é herdeiro necessário.

Resposta: Não se pode confundir herança e meação. A herança vai toda para Maria.
Maria não tem meação, pois está no regime de separação obrigatória de bens. Art. 1.838
– em falta de descendente e ascendente, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge
sobrevivente. Art. 1.839 – Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições
estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau.
Direito real de habitação
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será
assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de
habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o
único daquela natureza a inventariar.
Usar, gozar, dispor e reaver – propriedade plena. Servidão = restrição ao uso e ao gozo
de um imóvel, em benefício do imóvel vizinho. Ex.: Restrição ao uso e ao gozo do
imóvel da Flávia em benefício do imóvel do João.
Direto real sobre uma coisa alheia – é o direito real de habitação. Pedro pode ser nu-
proprietário, mas Maria é usufrutuária, ela pode usar e gozar. O Pedro pode dispor e
reaver, então não pode ser proprietário pleno, porque não pode dispor e reaver.
Enquanto durar o usufruto da Maria, o Pedro tem limitação sobre o seu direito de
proprietário. Maria exerce dois poderes de uma propriedade que não é dela, ele é quem
é titular de direito real sobre coisa alheia. Maria é quem pode alugar. Ela aluga para o
Celso, este, portanto, poderá usar. Então Pedro (dispor e reaver), Maria (gozar, recebe
os aluguéis, tem posse indireta), Celso (usar, tem posse direta). Pedro tem a expectativa
que receber a propriedade plena em algum momento. O usufruto é vitalício, até a pessoa
morrer. Se ela morrer, Pedro volta a ter a propriedade plena.
Habitação só incide sobre móveis e imóveis, e o único propósito é a moradia.
Proprietário (usar, gozar, dispor), usufrutuário (usar, gozar), usuário (usar), habitação
(moradia). O direito real de habitação é ainda mais restrito do que o uso, porque: ela só
incide sobre bens imóveis, só permite usar como moradia.
O direito real de habitação é o direito garantido ao seu titular de usar a sua moradia,
quando a pessoa falecer. Esse direito busca garantir a dignidade humana, o mínimo
existencial e a função social da propriedade. A pessoa tem direito de morar sem pagar
aluguel para ninguém, mesmo que esteja num condomínio.
Art.. 647, parágrafo único. O juiz poderá, em decisão fundamentada, deferir
antecipadamente a qualquer dos herdeiros o exercício dos direitos de usar e de fruir de
determinado bem, com a condição de que, ao término do inventário, tal bem integre a
cota desse herdeiro, cabendo a este, desde o deferimento, todos os ônus e bônus
decorrentes do exercício daqueles direitos.
Na partilha, serão observadas as seguintes regras:
I - a máxima igualdade possível quanto ao valor, à natureza e à qualidade dos bens;
II - a prevenção de litígios futuros;
III - a máxima comodidade dos coerdeiros, do cônjuge ou do companheiro, se for o
caso.

Sucessão Legítima
Segue a ordem de sucessão estabelecida pelo legislador / ordem de vocação hereditária.
Sucessão Testamentária
Segue a disposição de última vontade do autor da herança / manifestação da autonomia
privada.
Não pode confundir a sucessão legítima com a legítimo. A primeira segue as regras do
CC, quando não tem testamento ou é nulo. Legítima é a reserva de 50% da herança que
pertence aos herdeiros necessários. A primeira diz respeito ao herdeiro legítimo.

Você também pode gostar