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Resumo Direito Civil P2 – 10° Semestre

DA ORDEM DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA (arts. 1829 a 1856)


REGIME BENS DE MEAÇÃO BENS QUE NÃO ENTRAM NA MEAÇÃO
Todos os bens I - os bens doados ou herdados com a
cláusula de incomunicabilidade e os sub-
rogados em seu lugar;
COMUNHÃO UNIVERSAL

II - os bens gravados de fideicomisso e o


direito do herdeiro fideicomissário, antes
de realizada a condição suspensiva;
III - as dívidas anteriores ao casamento,
salvo se provierem de despesas com seus
aprestos, ou reverterem em proveito
comum;
IV - as doações antenupciais feitas por um
dos cônjuges ao outro com a cláusula de
incomunicabilidade;
V - os bens de uso pessoal, os livros e
instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de
cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios
e outras rendas semelhantes.
I - os bens adquiridos na constância I - os bens que cada cônjuge possuir ao
do casamento por título oneroso, casar, e os que lhe sobrevierem, na
ainda que só em nome de um dos constância do casamento, por doação ou
COMUNHÃO PARCIAL

cônjuges; sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;


II - os bens adquiridos por fato II - os bens adquiridos com valores
eventual, com ou sem o concurso de exclusivamente pertencentes a um dos
trabalho ou despesa anterior; cônjuges em sub-rogação dos bens
III - os bens adquiridos por doação, particulares;
herança ou legado, em favor de III - as obrigações anteriores ao casamento;
ambos os cônjuges; IV - as obrigações provenientes de atos
IV - as benfeitorias em bens ilícitos, salvo reversão em proveito do
particulares de cada cônjuge; casal;
V - os frutos dos bens comuns, ou V - os bens de uso pessoal, os livros e
dos particulares de cada cônjuge, instrumentos de profissão;
percebidos na constância do VI - os proventos do trabalho pessoal de
casamento, ou pendentes ao tempo cada cônjuge;
de cessar a comunhão. VII - as pensões, meios-soldos, montepios
e outras rendas semelhantes.
Súmula 377 do STF., a possibilidade Todos os outros
SEPARAÇÃO
de haver meação no tocante aos
OBRIGATÓRI
bens adquiridos a título oneroso, na
A
constância do casamento
SEPARAÇÃO Não há meação Todos
TOTAL

Ordem da sucessão legitima (art. 1.829, CC)


1 – Descendente, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, exceto se eles forem casados
no regime da COMUNHÃO UNIVERSAL, na SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA; ou na COMUNHÃO
PARCIAL, quando o autor da herança não houver deixado bens particulares. (Então no regime
de COMUNHÃO PARCIAL se o autor houver deixado bens particulares o cônjuge CONCORRE com
os descendentes)

• Os descendentes mais próximos excluem os mais remotos.


• Descendentes no mesmo grau em relação ao falecido = herdam por cabeça = partilha
por CABEÇA de quinhões iguais.
Descendentes em graus diferentes em relação ao falecido = herdam por representação
ou estirpe.
• Nos bens com clausula de incomunicabilidade no regime de COMUNHÃO UNIVERSAL, o
cônjuge sobrevivente concorre na sucessão.

2 – Ascendentes, em concorrência com o cônjuge (INDEPENDENTEMENTE DO REGIME DE BENS).

• Os ascendentes mais próximos excluem os mais remotos.


• OS ASCENDENTES NÃO HERDAM POR REPRESENTAÇÃO NEM POR ESTIRPE.

3 – Cônjuge sobrevivente (INDEPENDENTEME DO REGIME DE BENS)

4 – AOS COLATERAIS (ATÉ O 4° GRAU)

Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao


tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há
mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível
sem culpa do sobrevivente.
• O ex-conjuge, o divorciado e os separados judicialmente não participam da herança do
falecido.
• Separação de fato = rompimento da vida em comum, sem que haja
qualquerprocedimento judicial ou extrajudicial. → O conjuge sobrevivente separado de
fato por mais de 2 anos não participa da herança, exceto se provar que a convivência se
tornou impossível sem sua culpa (CULPA MORTUÁRIA).

Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será
assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o DIREITO REAL
DE HABITAÇÃO relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que
seja o único daquela natureza a inventariar.
• O direito real de habitação INDEPENDE do regime de bens.
• DIREITO REAL DE HABITAÇÃO = é uma das espécies de direito real sobre coisa alheia de
gozo ou fruição, ele permite que que a pessoa more gratuitamente no imóvel, sem
poder aluga-lo, nem empresta-lo a terceiro.
• O titular do direito deverá pagar os tributos incidentes sobre o imóvel, as despesas
condominiais ordinárias decorrentes do uso da coisa, bem como todas as despesas
ordinárias para a sua conservação e manutenção.
• Se o beneficiado não cumprir com esses deveres, o proprietário poderá pedir
judicialmente a extinção do direito.
• O direito a habitação não se extingue com o novo casamento ou constituição de união
estável do beneficiado.
• Não é possível a transferência desse direito para novo conjuge ou companheiro,
decorrentes do óbito do primeiro beneficiado.
• Entingue-se com a morte do titular do direito.
• Se o falecido deixar mais de um imóvel residencial para inventariar o direito real não
recairá necessariamente sobre o imóvel em que o viúvo residia com o falecido, podendo
o juiz determinar que o sobrvivente resida em outro imóvel residencial equivalente.
• O conjuge pode renunciar ao direito de habitação nos autos do inventário ou por
escritura pública, sem prejuízo de sua participação na herança.

Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes ( art. 1.829, I) caberá ao cônjuge


quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à
quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer”.
• Na concorrência do conjugê com os descendentes, se eles forem seus filhos sua quota
parte não pode ser menor que ¼, mesmo que haja mais de três filhos, mas se não forem
filhos em comum a herança será dividida de forma igual.
• Caso a concorrência seja de filiação hibrida (entre filhos em comum e não) não será
reservada a quarta parte ao cônjuge.

Art. 1.833. Entre os descendentes, os em grau mais próximo excluem os mais remotos,
salvo o direito de representação.

Art. 1.834 : Os descendentes da mesma classe têm os mesmos direitos à sucessão de seus
ascendentes .

Art. 1.835 : Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros


descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau .

DA SUCESSÃO DOS ASCENDENTES


Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes em
concorrência com o cônjuge sobrevivente.
§ 1º: Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção
de linhas.
§ 2º: Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna
herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna .

• No §2° trata-se da hipótese de pai e mãe pré-mortos, nesse caso a herança vai para os
ascendentes de 2° grau por direito próprio, dividindo-se por linhas, metade para a linha
paterna e metade para a linha materna.

Art. 1837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço
da herança: caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for
aquele grau.
• Se o cônjuge concorrer com pai ou mãe do falecido, terá direito, além de sua meação
no patrimônio adquirido à participação na herança, recebendo por cabeça.
• No caso de multiparentalidade, havendo o falecimento do descendente com o
chamamento de seus ascendente de seus ascendentes à sucessão legítima, se houver
igualdade em grau e diversidade em linha entre os ascendentes convocados a herdar, a
herança deverá ser dividida em tanta linhas quantos sejam os genitores.
DA SUCESSÃO DO CÔNJUGE E DO COMPANHEIRO
Art. 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro
ao cônjuge sobrevivente.
• Não incide o ITCMD sobre a meação.
• O cônjuge é herdeiro necessário e não pode ser afastado da herança.

DA SUCESSÃO DOS COLATERAIS


Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art.
1.830, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau.
• 2° Grau = irmãos
• 3º Grau = sobrinhos e tios
• 4ª grau = primos-irmãos, tios-avôs, sobrinhos netos.

Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo
o direito de representação concedido aos filhos de irmãos.
• O direito de representação só é concedido aos filhos de irmãos e não aos demais
descendentes dos irmãos.

Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos


unilaterais, cada um destes herdará metade do que cada um deles herdar.
• Irmãos bilaterais ou germanos = filhos do mesmo pai e mesma mãe.
• Irmãos unilaterais = filhos do mesmo pai e de mães diferentes, ou filhos da mesma
mãe e de pais diferentes.

Art. 1.842. Não concorrendo à herança irmão bilateral, herdarão, em partes iguais, os
unilaterais.

Art. 1.843. Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os tios.
§ 1º: Se concorrerem à herança somente filhos de irmãos falecidos, herdarão por cabeça.
§ 2º: Se concorrerem filhos de irmãos bilaterais com filhos de irmãos unilaterais, cada
um destes herdará a metade do que herdar cada um daqueles.
§ 3º: Se todos forem filhos de irmãos bilaterais, ou todos de irmãos unilaterais, herdarão
por igual.

Art. 1.844. Não sobrevivendo cônjuge, ou companheiro, nem parente algum sucessível,
ou tendo eles renunciado à herança, esta se devolve ao Município ou ao Distrito
Federal, se localizada nas respectivas circunscrições, ou à União, quando situada em
território federal.
DOS HERDEIROS NECESSÁRIOS
SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA
Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens,
ou de parte deles, para depois de sua morte.
§ 1º: A legítima dos herdeiros necessários não poderá ser incluída no testamento.
2º: São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que o
testador somente a elas tenha se limitado.
• Testamento = negócio jurídico unilateral, solene, personalíssimo, revogável, pelo qual
o testador faz disposições de caráter patrimonial ou pessoal para produzir efeitos para
depois de sua morte.
• É gratuito e pode ter outras finalidades independentemente de dispor sobre seu
patrimônio.
• Havendo herdeiros necessário, o testador só pode dispor da parte disponível. (art.
1.846)
• A doação dos pais aos filhos importa em adiantamento de legítima.

EXEMPLOS DE OBJTEO DO TESTAMENTO:

Além destinar bens, há outros objetos do testamento.

1) Pode-se constituir uma fundação ( art. 62 CC)


2) Instituir bem de familia convencional ( art. 1.611 )
3) Reconhecer filho havido fora do casamento – sendo tal ato IRREVOGÁVEL.
4) Nomear tutor para filho
5) Deserdar herdeiro necessário
6) Determinar destinação de material genético para reprodução assistida post mortem (
seria segundo Jones Figueiredo Alves , chamado testamento genético )
7) Testamentos afetivos. Para Jones Figueiredo Alves “ de efeito, a par da curadoria de
dados dos usuários da internet, com a manutenção de perfis de pessoas falecidas, a serviço da
memória digital , como já tem sido exercitada. O instituto do testamento afetivo notadamente
no plano da curadoria de memórias de afeição apresenta-se possível
8) Testamento digital com a atribuição dos bens adquiridos em vida no âmbito virtual,
como contatos, postagens, manifestações, seguidores e amigos adquiridos nas redes sociais.
9) Testamento ético com o intuito de transmitir aos familiares valores éticos, morais,
espirituais, de conduta, conselhos e experiências que possam servir de conselho aqueles a
quem se destinam.
10) Direitos morais do autor, que são direitos da personalidade por excelência ( art. 24 da
Lei 9.610/98)

Art. 1.858. O testamento é ato personalíssimo, podendo ser mudado a qualquer tempo

Art. 1.859. Extingue-se em cinco anos o direito de impugnar a validade do testamento,


contado o prazo da data do seu registro.
Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem
pleno discernimento.
Parágrafo único: podem testar os maiores de 16 anos
• Os adolescentes entre 16 a 18 anos de idade, embora estejam enquadrado como
relativamente incapazes, podem validamente testar, sem necessidade de assistência de
seus genitores, mesmo que não tenham sido emancipados.
• Menores de 16 não podem testar.
• A idade avançada não impede a pessoa de testar, a não seque que esteja incapacitado
mentalmente.
• Os herdeiros podem solicitar a nulidade do testamento alegando que o testador não
tinha discernimento para testar, mas isso deve ser provado de maneira cabal.
• São relativamente incapazes:
o a) os maiores de 16 e menores de 18 anos; b) os ébrios habituais (alcoólatras) e
viciados em tóxicos; c ) as pessoas que por causa transitória ou definitiva não
puderem exprimir vontade ); d) os pródigos.
• A curatela afeta o testamento.

Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o


testamento do incapaz se valida com superveniência da capacidade.
• A lei que rege a capacidade para testa é a que estiver em vigor na data da elaboração
do testamento e não a que estiver em vigor na data do óbito.

TESTAMENTO PÚBLICO, CERRADO E PARTICULAR – CAI


Art. 1.862. São testamentos ordinários:
I - Público
II -Cerrado
III -Particular

Art. 1.863. É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou


correspectivo.
• Testaento conjuntivo ou mão comum = aquele em que duas pessoas, através de um só
instrumento e por um mesmo ato de última vontade, sipo~em de seus bens.
• Simultâneo = quando os testadores reciprocamente se instituem uns aos outros.
• Correspectivo = quando pelo benefício atribuído por um dos testadores ao outor, se
retribui beneficio.
• Não há impedimento para que o marido e mulher, em instrumentos diferentes, na
mesma data, deixem bens um para o outro.

TESTAMENTO PÚBLICO

Art. 1.864. São requisitos essenciais do testamento público:


I – ser escrito por tabelião, ou seu substituto legal em seu livro de notas, de acordo
com as declarações do testador, podendo este servir-se de minuta, notas ou
apontamentos.

“É válida a minuta entregue ao Tabelião pelo testador, sem que dite sua vontade “( STF.
RTJ.44/154)
II - Lavrado o testamento, ser lido em voz alta pelo tabelião ao testador e a 2
testemunhas, a um só tempo; ou pelo testador, se o quiser, na presença destas e do
oficial;

Testemunhas devem assistir todo o ato e não podem ser interessadas no testamento

III - ser o instrumento em seguida à leitura, assinado pelo testador, pelas


testemunhas e pelo tabelião.

Parágrafo único: O testamento público pode ser escrito manualmente ou


mecanicamente, bem como ser feito pela inserção da declaração de vontade em
partes impressas de livro de notas, desde que rubricadas todas as páginas pelo
testador, se mais de uma.

• Lingua nacional
• A declaração do testador deve ser em voz viva – MUDO NÃO PODE TESTAR POR
INSTRUMENTO PÚBLICO.
• Não é pra ter publicidade sobre sua existência nem sobre seu conteúdo, apenas após a
morte do testador.
• A informação sobre a existência ou não de testamentos somente será fornecida pelo
colégio Notarial com a apresentação da certidão de óbito do testador, mediante
requisição e pagamento de taxa.

Art. 1.865. Se o testador não souber, ou não puder assinar, o tabelião ou seu substituto
legal assim o declarará, assinando, neste caso, pelo testador, e a seu rogo, uma das
testemunhas instrumentárias
• Hipótese do testador ser analfabeto ou acidentado ou sequelado de derrame
cerebral.
• Assinatura a rogo = quem assina, assina o próprio nome e não o do testador.
• O tabelião deve declarar isso na cédula testamentária, se não o testamento é nulo
por inobservância da formalidade legal.
Art. 1.866. O indivíduo inteiramente surdo, sabendo ler, lerá o seu testamento, e se não
o souber, designará quem o leia em seu lugar, presentes as testemunhas.
• Se o surdo não souber ler, ele deve designar quem o leia, não podendo ser nem o
Tabelião nem as testemunhas, devendo todas essas circunstâncias constarem do
testamento sob pena de nulidade.
• O surdo-mudo não se inclui nessa possibilidade de testamento, pois não pode falar.

Art. 1.867. Ao cego só se permite o testamento público, que lhe será lido, em voz alta,
duas vezes, uma pelo tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma das
testemunhas, designada pelo testador, fazendo-se de tudo circunstanciada menção no
testamento.
• Os cegos só podem testar por testamento público.
• Os analfabetos também só podem testar por testamento público.

TESTAMENTO CERRADO, MÍSTICO OU SECRETO


Art. 1.868. O testamento escrito pelo testador, ou por outra pessoa, a seu rogo, e por
aquele assinado, será válido se aprovado pelo tabelião ou seu substituto legal, observadas
as seguintes formalidades:
I - que o testador o entregue ao tabelião em presença de duas testemunhas;
II - que o testador declare que aquele é o seu testamento e quer que seja aprovado;
III - que o tabelião lavre, desde logo, o auto de aprovação, na presença de duas
testemunhas, e o leia, em seguida, ao testador e testemunhas;
IV - que o auto de aprovação seja assinado pelo tabelião, pelas testemunhas e pelo
testador.
Parágrafo único. O testamento cerrado pode ser escrito mecanicamente, desde que seu
subscritor numere e autentique, com a sua assinatura, todas as paginas.
• Só podem ser feito por quem saiba e possa ler, então o cego e o inteiramente
analfabeto, só podem fazer testamento público.
• É obrigatória a assinatura do testador, mesmo que o testamento tenha sido escrito a
rogo.
• O surdo-mudo, que possam escrever, podem fazer testamento cerrado, desde que o
escrevam todo e o assinem.
• O testamento cerrado tem duas fases:
o Particular: elaboração do testamento
o Pública: aprovação pelo tabelião.
• As disposições do testamento podem ser de caráter sigiloso, até mesmo o tabelião pode
desconhecer o conteúdo do testamento cerrado.
• As testemunhas só comparecem no momento em que o testamento é levado ao
tabelião para auto de aprovação, sem ter conhecimento do conteúdo.
• Pode ser escrito em lingua estrangeira, desde que as testemunhas a compreendam.
Após a morte do testador será traduzido por tradutor juramentado.
• A declaração perante o tableião de que aquele é seu testamento e quer que seja
aprovado deve ser feita em língua nacional compreendida pelas testemunhas.

Art. 1.869. O tabelião deve começar o auto de aprovação imediatamente depois da


última palavra do testador, declarando, sob sua fé, que o testador lhe entregou para
ser aprovado na presença das testemunhas, passando a cerrar e coser o instrumento
aprovado.
Parágrafo único: se não houver espaço na última folha do testamento, para início da
aprovação, o tabelião aporá nele o seu sinal público, mencionando a circunstância no
auto.

Art. 1.870. Se o tabelião tiver escrito o testamento a rogo do testador, poderá, não
obstante, aprová-lo. → O tabelião pode exercer os dois papeis devido a sua fé-pública.

Art. 1.871. O testamento pode ser escrito em língua nacional ou estrangeira, pelo
próprio testador ou por outrem, a seu rogo”.

Art. 1.872. Não pode dispor de seus bens em testamento cerrado quem não saiba ou
não possa ler.
Art. 1.873. Pode fazer testamento cerrado o surdo-mudo, contanto que o escreva
todo, e o assine de sua mão, e que, ao entregá-lo ao oficial público, ante as duas
testemunhas, escreva, na face externa do papel ou do envoltório, que aquele é o seu
testamento, cuja aprovação lhe pede.

TESTAMENTO PARTICULAR

Art. 1.876. O testamento particular pode ser escrito de próprio punho ou mediante
processo mecânico.
§ 1º Se escrito de próprio punho, são requisitos essenciais à sua validade seja lido e
assinado por quem o escreveu, na presença de pelo menos três testemunhas, que o
devem subscrever.
§ 2º Se elaborado por processo mecânico, não pode conter rasuras ou espaços em
branco, devendo ser assinado pelo testador, depois de o ter lido na presença de pelo
menos três testemunhas, que o subscreverão.
• Testamento particular não pode ser escrito a rogo.
• Não precisa ser escrito de uma vez só e na presença das testemunhas, pode ser escrito
em partes em diversos lugares. Contudo, a leitura deve ser feita de uma vez pelo
testador na presença de TRÊS TESTEMUNHAS.
• O inteiramente analfabeto e o cego não podem testar por testamento particular.

Art. 1.877. Morto o testador, publicar-se-á em juízo o testamento, com citação dos
herdeiros legítimos.

Art. 737, CPC. Poderão requerer a publicação do testamento em juízo, depois da morte
do testador, o herdeiro, o legatário ou o testamenteiro, bem como o detentor do
testamento, se impossibilitado de entrega-lo a algum dos outros legitimados pare
requerê-la.
§ 1º Serão intimados os herdeiros que não tiverem requerido a publicação do
testamento.
§ 2º Verificando a presença dos requisitos da lei, ouvido o MP, o juiz confirmará o
testamento.
§ 3º Aplica-se o disposto neste artigo ao codicilo e aos testamentos marítimo,
aeronáutico, militar e nuncupativo.
§ 4º Observar-se-á no cumprimento do testamento, o disposto nos parágrafos do art.
735.

Art. 1.878. Se as testemunhas forem contestes sobre o fato da disposição, ou, pelo
menos, sobre sua leitura perante elas, e se reconhecerem as próprias assinaturas,
assim como a do testador, o testamento será confirmado.
Parágrafo único: se faltarem testemunhas, por morte ou ausência, e se pelo menos
uma delas o reconhecer, o testamento poderá ser confirmado se, a critério do juiz,
houver prova suficiente de sua veracidade” .

Art. 1.879. Em circunstâncias excepcionais, declaradas na cédula, o testamento


particular de próprio punho e assinado pelo testador, sem testemunhas, poderá ser
confirmado, a critério do juiz.
• É o chamado TESTAMENTO DE EMRGÊNCIA
• Esse testamento perde sua eficácia em 90 dias ao fim das circunstâncias excepcionais
que autorizaram a sua confecção.

Art. 1.880. O testamento particular pode ser escrito em língua estrangeira, contanto
que as testemunhas a compreendam.
CODICILOS
Art. 1.881. Toda pessoa capaz de testar poderá, mediante escrito particular seu,
datado e assinado, fazer disposições especiais sobre o seu enterro, sobre esmolas de
pouca monta a certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente, aos pobres
de certo lugar, assim como legar móveis, roupas ou jóias, de pouco valor, de seu uso
pessoal.
• O codicilo é um ato simplificado, sem tanta solenidade, em razão de seu objeto ser
considerado de menor importância para o falecido e para os herdeiros.
• Não serve para legar imóveis.
• Autor do codicilo = codicilante
• Bends objeto do codicilo = bens codicilados
• Deve, obrigatoriamente, ser escrito por inteiro pelo próprio autor, que também o
datará e assinará.
• Pode ser manuscrito ou mecânico.
• O codicilante pode fazer por meio do codiciolo disposições acerca de seu enterro, ou
manifestar o desejo de ser cremado.
• Serve também para:
a ) sufrágios por intenção da alma do codicilante,
b) perdão do indigno
c) nomeação e substituição do testamenteiro;
d) nomeação de tutor para filhos ( a lei fala em testamento ou outro documento
autêntico )
e) reconhecimento de filho ( art. 1.609, II e III CC)

Art. 1.882. Os atos a que se refere o artigo antecedente, salvo direito de terceiro,
valerão como codicilo, deixe ou não testamento o autor.
• Independente de o autor da herança ter deixado testamento, a pessoa pode escolher
fazer testamento e codicilio, concomitantemente, desde que suas disposições não
sejam conflitantes.

Art. 1.883. Pelo modo estabelecido no art. 1.881, poder-se-ão nomear ou substituir
testamenteiros.
Art. 1.884. Os atos previstos nos artigos antecedentes revogam-se por atos iguais, e
consideram-se revogados, se, havendo testamento posterior, de qualquer natureza,
este os não confirmar ou modificar.
• O codicilo pode ser revogado por outro codicilo que faça menção expressa a revogação
ou que contenha disposição imcompativel com o codicilo anterior.
• A elaboração de testamento posterior significa revoação automática do testamento
anterior.

Art. 1885. Se estiver fechado o codicilo, abrir-se-á do mesmo modo que o testamento
cerrado.
DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS

Testamento público em cartório e cerrado. (art. 1873, CC)

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