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Capacidade Civil

Capacidade é a medida jurídica da personalidade, e se divide em:


capacidade de direito, jurídica ou de gozo; e capacidade de fato,
exercício ou atividade.
Capacidade Civil

a) Capacidade de Direito ou de Gozo.

Art. 1º do CC: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

b) Capacidade de Fato, Exercício, Atividade ou Ação.


A capacidade de fato é aquela que possibilita à pessoa praticar e exercer
todos os atos da vida civil. Diferente da capacidade de direito, a
capacidade de fato não é inerente a toda pessoa, cita-se o exemplo dos
recém nascidos.
Os desprovidos de capacidade de ação são conhecidos incapazes
(absolutos ou relativos).
Teoria das Incapacidades

Teve alguma mudança após o EPD (Lei 13.146/2015)?

a) Incapacidade Absoluta - Prevista no art. 3 do CC:

Art. 3. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos


da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

● Absolutamente incapazes são REPRESENTADOS.


Teoria das Incapacidades

b) Incapacidade Relativa - Prevista no art 4 do CC:

Art. 4. São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os


exercer:
I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II – os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem
exprimir sua vontade;
IV - os pródigos.

● Relativamente incapazes são ASSISTIDOS.


Emancipação

De acordo com o artigo 5º do Código Civil a menoridade cessa aos


dezoito anos completos. Ocorre que a capacidade plena poderá ser
antecipada. Emancipação, portanto, é a antecipação da capacidade
plena, sendo um ato irrevogável e irretratável. Classifica-se em:

a) Voluntária
b) Judicial
c) Legal

.
Emancipação

a) Voluntária

A emancipação consiste no ato de concessão de ambos os pais, ou de um


deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente da homologação judicial, a menor que tenha, ao
menos, 16 (dezesseis) anos completos.

b) Judicial

A emancipação judicial poderá ocorrer quando concedida pelo tutor ao


pupilo, quando este possuir dezesseis anos completos, através de decisão
judicial.
Emancipação

c) Legal

Decorre da prática de ato jurídico incompatível com a sua condição de


incapaz. Hipóteses:

a) Casamento
b) Exercício de Emprego Público Efetivo
c) Colação de Grau em Curso de Ensino Superior
d) Estabelecimento civil ou comercial, ou existência de relação de
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos
completos tenha economia própria.
Responsabilidade Civil Indireta

É indireta quanto ao agente e objetiva quanto ao fundamento.

1. Responsabilidade civil pelo fato da coisa ou de animal

a) A responsabilidade pelos animais

Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado,
se não provar culpa da vítima ou força maior.
Responsabilidade Civil Indireta

b) A responsabilidade por ruína de edifício ou construção

Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que


resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade
fosse manifesta.

c) A responsabilidade por objetos lançados ou caídos

Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano
proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
Responsabilidade Civil Indireta
2. Responsabilidade Civil Por Ato De Terceiro:

Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:


I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua
companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas
condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no
exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue
por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e
educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a
concorrente quantia.
Responsabilidade Civil Indireta
Observações quanto ao dispositivo:

● Responsabilidade Objetiva:

Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda


que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos
terceiros ali referidos.

● Cabe ação em regresso?

Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que
houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for
descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.
Responsabilidade Civil Indireta

E o incapaz pode ser diretamente responsabilizado?

Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por
ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de
meios suficientes.

Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser


equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que
dele dependem.
Alimentos

1. Sujeitos da Obrigação

Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos


outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a
sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.

Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes,


guardada a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos
como unilaterais.

1.1 Alimentos entre cônjuges e companheiros


Alimentos

1.2 Alimentos entre Parentes

Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver
em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os
de grau imediato/; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas
devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação
contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.
Alimentos

São devedores de alimentos:

I) Os parentes em linha reta sem limites

II) Os parentes colaterais somente até segundo grau (que são os irmãos).

Não devem alimentos:

I) Colaterais de terceiro e quarto graus.

II) Os parentes por afinidade


Alimentos

● Em relação aos avós:

S. 596, STJ – A obrigação alimentar dos avós tem natureza complementar e


subsidiária, somente se configurando no caso de impossibilidade total ou
parcial de seu cumprimento pelos pais.

● Cessa com a maioridade?

S. 358, STJ - O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a


maioridade está sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que
nos próprios autos.
Alimentos

● Novo casamento, união estável ou concubinato do credor exonera o


alimentante. Idem caso tenho procedido de indigno em face do
devedor (Art 1708).

Art. 1.708. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor,


cessa o dever de prestar alimentos.
Parágrafo único. Com relação ao credor cessa, também, o direito a alimentos,
se tiver procedimento indigno em relação ao devedor.

● O namoro faz cessar o direito aos alimentos?


.
Comunhão Parcial De Bens

● O que não entra (não-comunica) na comunhão parcial

Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:


I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem,
na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados
em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um
dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
III - as obrigações anteriores ao casamento;
Comunhão Parcial De Bens

Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que


sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos
artigos seguintes.

Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título
uma causa anterior ao casamento.

Art. 1.662. No regime da comunhão parcial, presumem-se adquiridos na


constância do casamento os bens móveis, quando não se provar que o
foram em data anterior.
Comunhão Parcial De Bens

● O que não entra (não-comunica) na comunhão parcial

Art. 1.659.
[...]
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em
proveito do casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
Comunhão Parcial De Bens

● O que entra (comunicam – aquestos) na comunhão parcial

Art. 1.660. Entram na comunhão:


I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda
que só em nome de um dos cônjuges;
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho
ou despesa anterior;
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os
cônjuges;
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge,
percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a
comunhão.

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