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1630 e seguintes
É diferente de guarda
Não importa a origem da filiação
Fiscalizar guarda
Tutela não existe junto ao poder familiar
Emancipação só produz efeitos no âmbito civil exceto pela
responsabilidade civil objetiva para evitar fraudes – até os 18, idade em
que não estará mais sujeito ao poder familiar
1. Conceito
Conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais no tocante a pessoa e aos
bens dos filhos menores não emancipados
Caráter protetivo
Princípio da paternidade responsável – 226, parágrafo 7 CF
2. Características
Não pode ser alienado, renunciado, delegado ou substabelecido.
Qualquer convenção será nula
Pertence aos pais
Imprescritível – só acaba 18 ou 16 se emancipado
Irrenunciável
Incompatível com a tutela
Incidência sobre filhos menores não emancipados (1630 cc)
3. Titularidade
226, parágrafo 5 cf
1631 CC
{Art. 1.631.} Durante o casamento e a união estável, compete o poder
familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o
exercerá com exclusividade.
QI ECA
4. Conteúdo
1634 CC – rol exemplificativo – qualquer que seja a situação conjugal
{Art. 1.634}. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua
situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste
em, quanto aos filhos: (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
I - dirigir-lhes a criação e a educação; (Redação dada pela Lei
nº 13.058, de 2014)
1689 CC
{Art. 1.689.} O pai e a mãe, enquanto no exercício do poder
familiar:
I - são usufrutuários dos bens dos filhos;
II - têm a administração dos bens dos filhos menores sob sua
autoridade.
IV - pela adoção;
Alimentos
1. Conceito
Prestação para a satisfação das necessidades vitais de quem não pode provê-
las por si só e tem a finalidade de fornecer a um parente, ex cônjuge ou
companheiro, o necessário à sua subsistência.
Sustento ou manutenção da condição do alimentado
Deriva do poder familiar ou da solidariedade familiar
Regra de ordem pública, inderrogáveis por convenção (1707)
{Art. 1.707.} Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar
o direito a alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão,
compensação ou penhora.
{OBSERVAÇÕES}
Não há obrigação alimentar com parentes por afinidade. Mas, de acordo com
a igualdade jurídica a obrigação alimentar existe e é semelhante, tanto no
parentesco consanguíneo quanto civil.
Adoção extingue vínculo consanguíneo – pais ADOTIVOS terão dever de alimentos
Pais consanguíneos e socioafetivos – pode pleitear de ambos
Independe da origem
Colaterais de 3º e 4º grau NÃO possuem obrigação alimentar, somente colaterais
de 2° grau (irmãos)
Dever de alimentos do filho menor é presumido – pais, poder familiar
Alimentos é direito de ORDEM PÚBLICA
Pedido de alimentos pode ser cumulado com o divórcio ou ação a parte
Não sujeito à prescrição e decadência
Não se abre mão do direito de alimentos, o credor pode apenas não exercer o
seu direito (1.707)
2. Classificação
a) Quanto a FINALIDADE
Naturais ou necessários
São aqueles pagos para garantir o indispensável às necessidades
primárias da vida
Compensatórios
Evitar desequilíbrio econômico financeiro do ex consorte em razão
de um desequilíbrio na patrulha ou para manter um antigo padrão de
vida (vale tanto para filhos quanto para ex cônjuge)
b) Quanto a ORIGEM
Legítimos
Devidos em virtude de uma obrigação legal do direito de família e
decorrente do parentesco, da união estável ou do casamento.
Voluntários
Emanam de uma declaração, intervivos ou causa mortis, de vontade
por quem não tem obrigação alimentar.
Indenizatórios
Decorrentes da prática de um ato ilícito.
c) Quanto ao MODO
Definitivo (NÃO É PARA SEMPRE)
De caráter permanente estabelecido mediante sentença ou acordo entre
as partes, porém podem ser revistos a qualquer momento.
Transitório
Admitidos pela jurisprudência prestados a ex cônjuge ou ex companheiro em
idade e saúde apta ao trabalho por um tempo determinado por acordo ou
sentença para que possa se reinserir no mercado de trabalho
Provisório (liminar)
Fixados em antecipação de tutela na ação de alimentos enquanto tramita
o processo
{OBSERVAÇÕES}
Se forem determinados na ação de dissolução de união estável ou divórcio
são chamados de PROVISIONAIS.
O valor pago a título de alimentos deve observar o binômio possibilidade –
necessidade e ser fixado nessa proporcionalidade. Alguns autores falam
em trinômio – acrescentam proporcionalidade.
3. A Obrigação Alimentar
Lei 5.478/68
Arts. 1.684 e seguintes CC
Entre pais e filhos menores = Dever de sustento = Poder familiar
Ascendentes
Descendentes maiores
Irmãos Solidariedade Familiar –
Ex cônjuges, ex companheiros Prova de necessidade
(1709 e 1708)
{Art. 1.708.} Com o casamento, a união estável ou o
concubinato do credor, cessa o dever de prestar alimentos.
Parágrafo único. Com relação ao credor cessa, também, o
direito a alimentos, se tiver procedimento indigno em
relação ao devedor.
Condicionalidade
Mutabilidade
Através da revisional de alimentos para majorar ou diminuir sempre que
houver alteração no binômio
Divisibilidade
Pagos de forma dividida entre os chamados a pagar, cada devedor
responde por sua quota.
Do direito a alimentos
Personalíssimo
Pagos em detrimento das características do devedor
Incessível
Não concorda uma cessão de direitos
Imprescritível
Observação: a execução prescreve em 2 anos – exceto
absolutamente incapaz (206, parágrafo 2°)
{Art. 206}. Prescreve:
§ 2º Em dois anos, a pretensão para haver prestações
alimentares, a partir da data em que se vencerem.
Atual
Não retroage as necessidades antes do acordo/sentença
Irrenunciável
Inderrogável por convenção, cláusula nula de pleno direito
Proporcionalidade
7. Incidência
Até 1/3 dos ganhos líquidos do alimentante (jurisprudência)