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Direito de família.

1 - Poder familiar.

Conjunto de direitos e deveres dos pais com relação aos filhos menores, e destes com relação
aos pais.

Os filhos estão sujeitos aos poderes familiares enquanto menores

É atribuído aos pais, simplesmente por serem pais, independentemente do estado civil.

Caráter protetivo e não patrimonial.

Transcende o direito privado.

Antes era o pátrio poder, poder do pater, era possível que o pater exercesse poder até mesmo
sobre a própria mulher.

O poder familiar é: iii. Inalienável, irrenunciável e imprescritível.

Deve ser exercido por ambos os genitores.

Dissolução do casamento altera o poder familiar?

Regra geral: Não.

Exceções: Guarda unilateral.

Art 1630.

1631. Durante ao casamento e a união estável compete o poder familiar aos pais. Na falta ou
impedimento de um deles o outro o exercerá com EXCLUSIVIDADE.

O fato de não serem casados não quer dizer que não vai ter poder familiar.

O poder familiar perdura até o filho atingir a maioridade.

Parágrafo único.

Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar é assegurado a qualquer deles


recorrer ao juiz para solução do desacordo.

OBS -> Divergência entre os pais -> Ação de solução de divergência quanto ao poder familiar.
Art 1632. A separação judicial, o divórcio e a dissolução da união estável não alteram as
relações entre pais e filhos senão quanto ao direito que aos primeiros cabe, de terem em sua
companhia os segundos.

Art. 1633. O filho, não reconhecido pelo pai, fica sob poder familiar exclusivo da mãe, se a mãe
não for conhecida ou capaz de exercê-lo, dar-se-á tutor ao menor.

EXERCÍCIO DO PODER FAMILIAR.

Art 1634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno
exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos.

I- Dirir-lhes a criação e a educação.


II- Exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1584.
III- Conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casar.
IV- Conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior
V- Conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência
permanente para outro munícipio
VI- Nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico se o outro dos pais
não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não poder exercer o poder familiar
VII- Representa-los judicial e extrajudicialmente até os 16 anos, nos atos da vida civil, e
assisti-los após essa idade nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o
consentimento.
VIII- Reclamá-los de quem ilegalmente os detenha.
IX- Exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e
condição.
Obs: vedados maus-tratos e relação ditatorial.

Criar, exercer, casar,viajar,mudar,nomear, representar, reclamar, exigir

Lei 13.010/14 – lei da palmada ou lei menino Bernardo

*antes de 16 -> absolutamente incapaz.


EXTINÇÃO SUSPENSÃO E PERDA DO PODER FAMILIAR.

*Princípio do melhor interesse da criança.

Extinção.

Art. 1635. Extingue-se o poder familiar.

I- Pela morte dos pais ou do filho. – perde o objeto.


II- Pela emancipação, nos termos do art. 5 parágrafo único.
III- Pela maioridade
IV- Pela adoção (ser adotado por uma, extingue com a biológica)
V- Por decisão judicial na forma do art. 1638 (pode ter a extinção do poder familiar,
quando castigar o filho imoderadamente, quando houver abandono e assim por
diante)
 Abandono tem várias especies, pode ser abandono: intelectual, material etc.
 Alimentos devem ser prestados mesmop que o pai não queira tenha abandonado.
 Os pais tem que dar um bom exemplo, abrange procedimentos morais e sociais.
Drogas, alcool, prostituição, vadiagem.

Suspensão.

Ato de grande interferência do direito na vida da família, que se legitima no interesse que a
sociedade tem de proteger os menores.

Não tem a natureza de sanção dos pais, mas sim, medida protetiva dos filhos.

Art. 1637. Se o pai ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a ele inerentes ou
arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz requerendo algum parente ou o MP, adotar a
medida que lhe pareça reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até suspendendo
o poder familiar quando convenha.

Parágrafo único: suspende-se igualmente o exercício do poder familiar ao pai, ou à mãe


condenados por sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a dois ano de
prisão.

Perda do poder familiar.

Medidas EXTREMAS de proteção.

Art. 1638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:

I- Castigar imoderadamente o filho


II- Deixar o filho em abandono.
III- Praticar atos contrários à moral e aos bons costumes.
IV- Incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.
V- Entregar de forma irregular o filho a terceiros para fim de adoção.

Parágrafo único. Perderá também por ato judicial o poder familiar aquele que:
I- Práticar contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar (pai que mata
esposa)
A) Homicidio, feminicido, ou lesão corporal de natureza grave, ou seguida de
morde, crime doloso, envolvendo violência domestica e familiar ou
menospreze a condição de mulher
B) Estupro ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito apena de reclusão.

II- Praticar contra filjo filha ou outro descendente.

Homicido feminicido, lesão corporal, de natureza grave ou seguido de morta.


Violência domesticca ou familiar ou menosprezo a condição de mulher.

Estupro, estupro de vulnerável ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito a


pena de reclusçao.

OBS: A susdpensdão e a perda dependem de sentença, cabendo ao MP ou os


parentes o ajuizamento da ação

Ver art 1690, ao 1693

Suspensão -> abuso de autoridade, faltando os deveres, arruinando os bens do


filho, ou, quando condenado por sentença irrecorrivel cuja pena exceda dois anos
de prisão.

Extinção -> castigar imoderadamente, abandono, praticar atos contrarios a moral e


bons costumes, entregar irreguladamente pra adoção, repetir diversas vezes atos
puniveis de suspensão, homicidio, qualquer tipo de crime doloso envolvendo
violencia domestica com o outro conjugê, estupro.

Usufruto e administração dos bens de filhos menores.

- O pai e a mãe, ENQUANTO NO EXERCICIO DO PODER FAMILIAR.

- São usufrutuários dos bens dos filhos.

- Tem a administração dos bens dos filhos sob sua autoridade.

- devem representar os filhos menores de dezesseis anos, e assisti-los até completarem a


maioridade ou serem emancipados.

- Não podem os pais, alienar, vender ou nada do tipo os imóveis dos filhos, nem contrair em
nome deles obrigações que ultrapassem os limites da simples administração, salvo por
necessidade ou evidente interesse da prole, mediante prévia autorização do juiz.

- Podem counterar, solicitando a declaração de nulidade dos atos acima: os filhos, os


herdeiros, o representante legal.
- Quando houver divergência entre os interesses dos pais com o do filho, a requerimento do
guri, ou do MP o juiz lhe dará curador especial.

- Excluem-se do usufruto e da administração dos pais:

bens adquiridos pelo filho havido fora do casamento, ANTES DO RECONHECIMENTO. – te


conheci agora, me dê todo o seu dinheiro.

O dinheiro e recursos que o filho (maior de dezesseis)adquirir profissionalmente, trabalhando.


– trabalhou? Me dê todo o seu dinheiro.

Os bens deixados ou doados ao filho, sob a condição de não serem usufruídos ou


administrados pelos pais. – aqui está todo o seu dinheiro, não dê ao seu pai.

bens que aos filhos couberem na herança quando os pais forem excluídos da sucessão. – meu
filho, meu neto, aqui está todo o meu dinheiro não dê a sua mãe.

Os pais são usufrutuários dos bens dos filhos, e tem a admistração dos bens dos menores sob
sua autoridade, pai pode alugar bem imóvel do filho por exemplo, e usufruir do bem.

 Renúncia de herança. Eu renunciei minha herança, logo, meus filhos e herdeiros


também abdicam de seu direito de receber.
 Eu fui excluído da herança, fui julgado indigno pela família ou algo do tipo. Meus filhos
ainda podem receber herança. Nesse caso, se meu filho herdou eu não posso ser
usufrutuário

GUARDA DE FILHOS.

Decorrente do poder familiar.

Não se trata da guarda do ECA, mas sim da guarda decorrente do PODER FAMILIAR, antigo
pátrio poder.

A guarda, decorrência do poder familiar, traduz um conjunto de obrigações e direitos em face


da criança ou adolescente, especialmente de assistência material e moral.

A luz do principio da isonomia, não existe prevalência do pai ou da mãe para ter a guarda, a
guarda deve ser conferida baseada no melhor interesse existencial da criança.

 Guarda unilateral ou exclusiva: a guarda fica com apenas uma pessoa, pai ou mãe.
Cabendo ao outro o direito de visitas, fim de semana alternado e metade das férias
escolares, responsabilidade geralmente exlusiva de uma banda. Define a vida de uma
forma geral da criança e do adolescente. Termos decisórios. Enquanto ao outro,
obrigatória a fiscalização. Pensão igual
 Guarda alternada. (ping pong) o pai e a mãe revezam períodos exclusivos de guarda,
cabendo ao outro direito de visitas, não confundir com a guarda compartilhada.
Durante o período que o genitor estiver com a guarda, a guarda será exclusiva dele,
quando estiver com o outro, a guarda é exclusiva dele.
 Geralmente estipula-se no divórcio quem vai ficar com a guarda.
 Nidação (aninhamento) Nesta modalidade de guarda, a criança permanece na mesma
morada alternando-se os pais em seu convívio.
 Guarda compartilhada ou conjunta. Responsabilidade conjunta, compartilhamento das
decisões (parte mais importante), Trata-se de uma manifestação primordial do
principio da isonomia, onde não existe exclusividade: A guarda é exercida bilateral, e
simultaneamente pelo pai e pela mãe, que se corresponsabilizam pela vida do seu
filho, a criança não fica de um lado pra o outro, pensão igual. É a regra geral.
 Se ambos querem a guarda unilateral a guarda será compartilhada, exceto quando
apresentado documentos que demonstrem a inaptidão de um cônjuge, existe um lar
de referência. É possível guarda compartilhada, mesmo com pais morando em cidades,
países diferentes.
 Pode exigir guarda compartilhada, com regime de convivência alternado, residência
alternada
 A cidade considerada na guarda compartilhada será a que melhor atender os
interesses dos filhos.
 A guarda unilateral OBRIGA, o pai ou a mãe que não a detenha, a supervisionar os
interesses do filho, qualquer dos genitores será parte legítima para solicitar
informações/prestações de conta em assuntos que afetem direta ou indiretamente a
saúde física, psicológica e a educação de seus filhos.
 O direito de visita estende-se a qualquer dos avós, a critério do juiz, observados os
interesses da criança ou do adolescente.
 As disposições relativas a guarda e prestação de alimentos aos filhos menores
estendem-se aos maiores incapazes.

Art 1583. A guarda será unilateral ou compartilhada. Ler o art.

A guarda também pode ser concedida aos avós.

Forma equilibrada -> Não necessariamente horas iguais, tem que ser justo, normal,
equilibrado.

A cidade considerada base de moradia dos filhos, será aquela que melhor atender aos
interesses dos filhos?

Como é definida a espécie de guarda que será aplicada?

Art. 1584.

A guarda unilateral ou compartilhada poderá ser:

I- Requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação
autônoma de separação de divórcio, de dissolução de união estável ou em medida
cautelar.
II- Decretada pelo juiz, em atenção a necessidades especificas do filho, em razão da
distribuição do tempo necessário ao convívio este com o pai e com a mãe.
Impossibilidade de acordo.

Quando não houver acordo entre o pai e a mãe quanto a guarda do filho, o juiz irá aplicar a
guarda compartilhada.

Exceções:

Não será aplicada a guarda compartilhada se:

A) Um dos genitores não estiver apto a exercer o poder familiar


B) Um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor.

Quando não houver acordo entre a mãe e o pai e ambos estiverem aptos a exercer o poder
familiar, o juiz irá aplicar a guarda compartilhada, exceto se algum disser que não deseja a
guarda do menor.

A guarda pode ser deferida pra outra pessoa que não seja o pai ou a mãe?

Sim. Pode ser deferida, considerando, de preferência, o grau de parentesco, e as relações de


afinidade e afetividade.

ALIMENTOS.

- Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que
necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender
às necessidades de sua educação.

- Qualquer parente, cônjuge, ex cônjuge, pode pleitear alimentos.

- Aquele que precisa/recebe os alimentos deve realizar a subsistência básica, lazer, roupas,
educação, alimentação, moradia etc.

- Os alimentos devem ser fixados na proporção da necessidade do reclamante e da


possibilidade da pessoa obrigada. Trinômio dos alimentos -> Necessidade / Possibilidade /
proporcionalidade.

- Os alimentos serão apenas os indispensáveis a subsistência, quando a situação de


necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia.

- São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode
prover pelo seu trabalho a própria subsistência, e aquele de quem se reclamam pode fornecê-
lo sem o desfalque do necessário ao seu sustento.

- O direito a prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos. Se o pai precisa, o filho
deve pagar, reciprocidade. E extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais
próximos em grau, uns em falta de outros. Mesmo que o pai não tenha pago.
- Na falta dos ascendentes, cabe obrigação aos descendentes. Guardada a ordem de sucessão,
e faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais

- Não cabe pedido de prisão por falta de pensão alimentícia a avós, nem nenhum desses
forasteiros a relação.

- Se o parente que deve alimentos em primeiro lugar não estiver em condições de suportar
totalmente o encargo, serão chamados os parentes de grau imediato, sendo várias pessoas
obrigadas a prestar os alimentos, todas devem contribuir, na proporção dos respectivos
recursos, e intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas para integrar a
lide.

- Se fixado os alimentos, e houver mudança da situação financeira, de quem paga ou de quem


recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, exoneração, redução, ou majoração do
encargo.

- Não precisa dar dinheiro necessariamente, as vezes pode dar hospedagem, sustento etc.

- na prática, todas as ações de família já ingressam em segredo de justiça.

- Alimentos provisórios. Não é necessário declarar tutela de urgência por exemplo em ação de
alimentos, já é previsto.

- Alimentos não pode ser compensado, não se cede “te paguei essa cocada, logo pagarei 1 real
a menos de pensão”

- Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor, extingue-se o dever de


prestar alimentos. Essa noção não se aplica ao devedor.

DO BEM DE FAMILIA.

- Conjunto de bens que servem de moradia a pessoa ou à família, incluindo o imóvel


com suas acessões, bem como os móveis que o guarnecem e que não pode ser
penhorado.

- Podem os conjugues ou a entidade familiar, mediante escritura publica ou testamento,


destinar parte de seu patrimônio para instituir bem de família, respeitando o limite de 1/3 do
patrimônio liquido existente.

- Bens de família são impenhoráveis. Bens que guarnecem a residência, que são necessários
para viver em uma residência.

- Não pode exceder o valor do bem imóvel.

- Não precisa morar em um imóvel pra ele ser bem de família. Caso do aluguel

- o Bem de família se constitui pelo registro de seu titulo no registro de imóveis.

- O bem de família é isento de execução por dividas posteriores a sua instituição, salvo os que
vierem de tributos relativos ao prédio, ou de despesas de condomínio.

- Essa isenção durará enquanto viver um dos conjugues, ou da falta deles, até que os filhos
completem a maioridade, depois poderá ser executado/penhorado.
- Com o falecimento de ambos os cônjuges, a administração passará ao filho mais velho se for
maior, ou do tutor, se menor.

Art. 1.721. A dissolução da sociedade conjugal não extingue o bem de família.

Parágrafo único. Dissolvida a sociedade conjugal pela morte de um dos cônjuges, o


sobrevivente poderá pedir a extinção do bem de família, se for o único bem do casal.

Art. 1.722. Extingue-se, igualmente, o bem de família com a morte de ambos os cônjuges e a
maioridade dos filhos, desde que não sujeitos a curatela.

OBS:

Não pode ter destinação diversa de domicílio familiar.

Não poderá ser alienado sem o consentimento dos interessados e seus representantes
legais, ouvido o MP.

DA TUTELA, DA CURATELA e DA TOMADA DE DECISÃO APOIADA

Tutela.

Os filhos menores serão postos em tutela.

Com o falecimento dos pais, ou estes sendo julgados ausentes, ou em caso dos pais decairem
do poder familiar.

Obrigação de dar assistência, representar e administrar a pessoa e o patrimônio de uma


criança ou adolescente. com o objetivo de garantir a sua proteção integral.

O direito de nomear tutor, compete aos pais, em conjunto, e é nula nomeação pelo pai ou
mãe, que ao tempo de sua morte não tinha o poder familiar.

Em falta de tutor nomeado pelos pais, incumbe a tutela aos parentes consanguineos do
menor, priorizando os ascendentes, preferindo do grau mais próximo ao mais remoto, ou
colaterais, até terceiro grau, preferindo os mais próximos aos mais remotos, os mais velhos
aos mais jovens, e mesmo assim o juiz escolherá o mais apto a exercer a tutela em beneficio
do menor.

Em caso de irmãos, será o mesmo tutor para ambos.

As crianças e adolescentes, sem pais, terão tutores nomeados pelo Juiz, ou serão incluídos em
programa de colocação familiar.

Incapazes de exercer a tutela.

 Quem não consegue administrar seus próprios bens livremente.


 Inimigos do menor, expressamente excluídos da tutela, condenados por crime de
furto, roubo, estelionato, falsidade contra a família e os costumes, tenham ou não
cumprido pena.
 As pessoas de mau procedimento, falhas em probidade e as culpadas de abuso de
tutoria em tutorias anteriores.
 Aqueles que exercerem função pública incompatível com a boa administração da
tutela.

Podem escusar-se da tutela.

 Mulheres casadas
 Velhos, maiores de sessenta anos
 Aqueles que tiverem sobre sua autoridade mais de três filhos.
 Os impossibilitados por enfermidade.
 Aqueles que moram longe do lugar onde a tutela deve ser exercida
 Aquele que já exercessem tutela ou curatela
 Militares em serviço, aposentado pode.
 Quem não for parente do menor, não poderá ser obrigado a aceitar a tutela, se houver
no lugar, parente idôneo, conssaguineo ou afim em condições de exercê-la.
 Tem prazo de 10 dias pra manifestar-se com as escusas.
 Se o juiz não admitir a escusa, exercerá o nomeado a tutela. E responderá desde logo
pelas perdas e danos que o menor venha a sofrer.

Exercício da tutela.

 Obrigatoriedades do tutor.
 Necessidade de prestação de contas para o MP a cada dois anos, ou ao final da
prestação.
 Detentor do poder familiar, até os dezesseis anos.

 Pró tutor. Função de auxiliar o juiz na fiscalização do tutor e não auxiliar no


desempenho de sua incumbência. Hoje em dia só é utilizado quando há patrimônio
considerável

 Tutor dativo – declarado pelo juiz, na falta de tutor legitimo ou testamentário


 Tutor também deve:

I - pagar as dívidas do menor;

II - aceitar por ele heranças, legados ou doações, ainda que com encargos;

III - transigir;

IV - vender-lhe os bens móveis, cuja conservação não convier, e os imóveis nos casos em que for
permitido;

V - propor em juízo as ações, ou nelas assistir o menor, e promover todas as diligências a bem deste,
assim como defendê-lo nos pleitos contra ele movidos.

Parágrafo único. No caso de falta de autorização, a eficácia de ato do tutor depende da aprovação
ulterior do juiz.

Curatela -> Adulto, ou idoso maior de 65, incapaz.

Questões.

Revisão Direito Civil VII 2023.2

1. Perderá por ato judicial o poder familiar aquele que praticar contra outrem igualmente
titular do mesmo poder familiar estupro ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à
pena de reclusão. – hipótese de destituição de poder familiar, verdadeira.

2. Os ébrios habituais e os viciados em tóxico estão sujeitos a curatela – verdadeira

3. O bem de família, quer instituído pelos cônjuges ou por terceiro, constitui-se pelo registro
de seu título no Registro de Imóveis – bem de família convencional / legal. - verdadeiro

4. Para a manutenção dos filhos, contribuirá apenas o cônjuge que não estiver com a sua
guarda. – falso, responsabilidade dos pais.

5. O cônjuge considerado culpado em separação litigiosa não terá direito a alimentos, ainda
que o necessitar – atualmente não se verifica mais quem deu causa a separação, não deve
ser levado em consideração, - falso

6. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor cessa o dever de prestar


alimentos. – verdadeiro, se quem casa é quem deve os alimentos não cessa.

7. A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os interesses
dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão, qualquer dos genitores sempre será parte
legítima para solicitar informações e/ou prestação de contas, objetivas ou subjetivas, em
assuntos ou situações que direta ou indiretamente afetem a saúde física e psicológica e a
educação de seus filhos. – verdadeiro.

8. A morte dos pais ou a do filho, a emancipação deste, a maioridade do filho e a adoção são
as únicas hipóteses legais capazes de embasar a extinção do poder familiar. – falso, falta a
questão de destituição do poder familiar. Suspensão não extingue, mas a destituição sim.
9. A destituição do poder familiar sobre o filho extingue o vínculo de parentesco, embora se
mantenham os impedimentos com relação ao casamento. – verdadeiro.

10. O Código Civil ao tratar do exercício da curatela determina que a interdição do pródigo só
o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar
ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam de mera administração.
Também estipula que quando o curador for o cônjuge e o regime de bens do casamento for
de comunhão universal, não será obrigado à prestação de contas, salvo determinação
judicial. – verdadeira, salvo determinação judicial.

11. O tutor designado passa a exercer os mesmos direitos e obrigações inerentes ao poder
familiar, cabendo-lhe assistir e representar o menor, além de zelar por sua educação e
administrar-lhe os bens. – verdadeiro.

12. Apesar de não reconhecer a personalidade do nascituro, o Código Civil põe a salvo os
seus direitos desde a concepção. Nesse sentido, na hipótese de interdição de mulher
grávida, o curador desta será também o curador do nascituro. – será o mesmo curador,
verdadeiro.

13. Podem escusar-se da tutela os militares em serviço. - verdadeiro

14. A obrigação dos avós de prestar alimentos aos netos possui natureza complementar e
subsidiária, somente surgindo em caso de comprovação da impossibilidade total ou parcial
dos dois genitores de proverem os alimentos de seus filhos. – verdadeiro

15. O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à
decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos. – verdadeiro.

16. A guarda compartilhada implica igualdade de tempo de convívio da criança com cada um
de seus genitores, a fim de evitar ofensa ao princípio da igualdade. – falso. Não precisa ser o
mesmo tempo de convívio com a criança. Exemplo da guarda compartilhada e pais morando
em cidades diferentes.

17. A guarda unilateral é atribuída somente à mãe ou quem a substitua e pode ser requerida
ou determinada pelo juiz. – falso.

18. A guarda alternada consiste naquela em que há revezamento dos genitores, por períodos
determinados e equânimes, na guarda exclusiva da prole e está expressamente previsto em
nosso ordenamento jurídico. – falso, não está expresso no código civil.

19. A guarda compartilhada caracteriza-se pela responsabilização conjunta e o exercício de


direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, sobre os filhos menores
ou incapazes. - verdadeiro

20. A guarda pode ser exercida por terceiro, por determinação judicial, isentando os pais de
prestar assistência, uma vez que o poder familiar não continua presente, ainda que tenha
ocorrido sua destituição. – falso, o fato do terceiro ter a guarda não isenta os pais de suas
obrigações, de pagamentos dos alimentos.

21. Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma
idêntica entre a mãe e com o pai. – falso

22. A guarda compartilhada dos filhos poderá ser requerida pelos pais em consenso, mas não
poderá ser decretada pelo juiz. – falso, pode ser decretada pelo juiz.
23. Os alimentos não servem apenas para garantir as necessidades básicas do alimentando,
mas para manter sua educação e preservar e condição social. – alimentos naturais,
verdadeiro.

24. O poder familiar que os pais continuam a exercer confere aos filhos maiores o direito de
pedir alimentos aos pais. – falso, não existe poder familiar quando é atingida a maioridade,
pode pedir alimentos estando na maioridade. Pode receber alimentos até os 25, curso
superior/técnico.

25. Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, o juiz
determinará, sempre que possível, a guarda da mãe. – falso, melhor interesse da criança.

26. A constituição de nova família pelo alimentante acarreta a revisão automática da quantia
estabelecida em favor dos filhos advindos de união anterior, devendo ser reduzido o valor,
em decorrência do dever de sustento que se estende a todos os filhos. – falso, não é de
forma automática, necessária comprovação.

27. Os alimentos devidos entre ex-cônjuges devem ter caráter excepcional, transitório e
devem ser fixados por prazo determinado, exceto quando um dos cônjuges não possui mais
condições de reinserção no mercado de trabalho ou de readquirir sua autonomia financeira.
- verdadeiro

28. São devidos alimentos ao filho maior quando comprovada a frequência em curso
universitário, por força da obrigação parental de promover adequada formação profissional,
mas não em caso de frequência a cursos técnicos. – falso

29. Os alimentos gravídicos são devidos pelo suposto pai, à mulher gestante, bastando a
existência de indícios de paternidade para sua fixação. - verdadeiro

30. A existência de vínculo com o pai ou a mãe registral não impede que o filho exerça o
direito de busca da ancestralidade e da origem genética, dado que o reconhecimento do
estado de filiação configura direito personalíssimo, indisponível e imprescritível. –
verdadeiro.

31. O parentesco por afinidade entre um cônjuge e os parentes do outro limita-se aos
ascendentes e descendentes na linha reta e, na linha colateral, ao terceiro grau. – genro
nora, sogro, sogra, cunhado. Vai até o segundo grau, cunhado, falso.

32. Se os irmãos Fábio e Fabiana forem filhos de Maria e José, então Fábio e Fabiana serão
parentes colaterais de primeiro grau. – falso, não existe linha colateral de primeiro grau.
Irmão/irmã é segundo grau.

33. Suponha‐se que Maria seja filha de Antônio e Joana, nascendo na constância do
casamento, mas Joana tenha confessado adultério, afirmando que Maria não seria filha de
Antônio. Nesse caso, a confissão de Joana não ilide a presunção legal da paternidade de
Antônio. – o fato de ter confessado não quer dizer que não vai mais ser considerado pai,
quando descobre que o que registrou não é o pai, tem que entrar com ação negatória de
paternidade, tem que comprovar que foi enganado, e vai ter que cortar todos os vínculos
que tem com a criança. Falso.

34. É imprescritível o direito de o marido contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua
mulher. – verdadeiro. Só não pode entrar com a negatória, caso ele já soubesse que não era
seu, (adoção a brasileira)
35. Se João for primo de Roberto, o parentesco entre eles será colateral em terceiro grau. –
falso, quarto grau. Terceiro grau tios e sobrinhos, quarto grau primos e tio avo.

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