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O PODER PARENTAL
O PODER PARENTAL
Tutor:
Índice
Introdução..........................................................................................................................3
de constituição”................................................................................................................3
Geral..................................................................................................................................3
Específicos.........................................................................................................................3
Metodologia.......................................................................................................................3
Características....................................................................................................................4
Referencias Bibliografia..................................................................................................10
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Introdução
Além de fazerem parte da construção do nosso direito positivo, as primeiras luzes que
acenaram mudanças nas atribuições dos direitos e deveres paternos iluminam, ainda
hoje, a compreensão de todo o instituto. Os cuidados para com os filhos, decorrentes do
exercício do poder familiar e previstos em diversas normas, são atribuídos em primeiro
lugar à família, independentemente de sua forma de constituição, sob a vigilância e a
protecção da sociedade em geral e do Estado. Embora em nossa legislação haja previsão
para a família e as entidades familiares estabelecidas pelo casamento, pela união estável
e pela monoparentalidade, deve-se considerar que, conforme orienta o Professor
Azevedo (2002, p. 321), os “parágrafos do aludido art. 226 não são taxativos, pois não é
o Estado que determina como deva constituir-se a família, mas protege-a sob as variadas
formas de constituição”.
Geral
Específicos
Metodologia
Poder parental é o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais, no tocante à pessoa
e aos bens dos filhos menores".Os "filhos adquirem direitos e bens, sem ser por via de
sucessão dos pais. Há, pois, que defender e administrar esses direitos e bens; e para este
fim, representa-los em juízo ou fora dele. Por isso, aos pais foi concedida ou atribuída
uma função semipública, designada poder parental ou pátrio poder, que principia desde
o nascimento do primeiro filho, e se traduz por uma série de direitos-deveres, isto é,
direitos em face de terceiros e que são, em face dos filhos, deveres legais e morais"
(AZEVEDO, 2013, p. 211).
Características
O poder parental faz parte do estado das pessoas e por isso não pode ser alienado nem
renunciado, delegado ou substabelecido. Qualquer convenção, em que o pai ou a mãe
abdiquem desse poder, será nula (Idem).
O artigo 1.630 do Código Civil preceitua que "Os filhos estão sujeitos ao poder familiar,
enquanto menores". Assim, temos que a menoridade cessa aos 18 (dezoito) anos
completos, extinguindo nessa idade o poder familiar, ou antes, se ocorrer a emancipação
em razão de alguma das causas indicadas no parágrafo único, do artigo 5º, do Código
Civil (Idem).
De acordo com Gonçalves, (2011), a Constituição Federal, em seu artigo 226, § 5º, ao
dispor que "os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos
igualmente pelo homem e pela mulher", coadunam com o expresso no artigo 1.631, do
Código Civil sobre a igualdade completa no tocante à titularidade e exercício do poder
familiar pelos cônjuges ou companheiros. Assim, "durante o casamento e a união
estável, compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o
outro o exercerá com exclusividade" (CC, art. 1.631).
Surge assim, o sistema de guarda, ficando um genitor com o direito de guarda e o outro
com o direito de visitas, em regra, já que a guarda poderá ser compartilhada, inexistindo
nesse caso o direito de visitas (Idem).
Segundo BASTOS (1997), Temos como conteúdo do poder familiar os direitos e deveres
que incumbem aos pais, no tocante à pessoa dos filhos menores, e, ainda, no que tange
aos bens dos filhos. Assim, quanto à pessoa dos filhos, preceitua o artigo 1.634, do
Código Civil que:
Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:
Nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe
sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar;
Representá-los, até aos dezasseis anos, nos actos da vida civil, e assisti-los, após essa
idade, nos actos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento;
Exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e
condição (Idem).
No tocante aos bens dos filhos, é o artigo 1.689 do mesmo diploma legal que irá ditar
quais são os direitos e deveres dos pais. Assim, dita o artigo mencionado in verbis:
Têm a administração dos bens dos filhos menores sob sua autoridade (Idem).
Ainda, traz o artigo 1.693, do Código Civil os bens que são excluídos do usufruto e da
administração dos pais, ditando que, "Excluem-se do usufruto e da administração dos
pais:
A extinção do poder familiar dá-se por fatos naturais, de pleno direito ou por decisão
judicial.
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Pela maioridade;
Pela adopção;
No inciso I temos que com a morte dos pais extingue-se o poder familiar, já que
desaparecem os titulares dos direitos. Ainda quanto ao inciso I, no tocante a morte do
filho, a emancipação, tratada no inciso II e a maioridade do inciso III, nota-se que são
incisos que fazem desaparecer a razão do instituto, que é a protecção do filho menor.
O último inciso trata das decisões judiciais, fundamentadas no artigo 1.638 do mesmo
diploma legal, que preceitua que: "perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a
mãe que:
A perda é permanente, mas não pode dizer que seja definitiva, já que os pais podem,
através de procedimento judicial, recuperá-la, desde que provem que a causa que
ensejou a perda não mais exista. É imperativa e abrange todos os filhos, já que as causas
de extinção são bastante graves, colocando em risco toda a prole. Quanto a suspensão, o
código traz as seguintes hipóteses, previstas no artigo 1.637, do Código Civil.
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Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a eles
inerentes ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o
Ministério Público, adoptar a medida que lhe pareça reclamada pela segurança do
menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar, quando convenha.
A suspensão pode ser total, envolvendo todos os poderes inerentes ao poder familiar, ou
parcial, especificando qual poder estará impedido de ser exercido. Ainda, a suspensão é
facultativa e pode referir-se unicamente a determinado filho.
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Conclusão
O Código Civil de 2002 trouxe diversas alterações no tocante aos direitos e deveres dos
pais para com seus filhos e com os bens dos mesmos. Primeiramente houve a alteração
de pátrio poder para poder familiar, consolidando a ideia de que tal poder deve ser
exercido, conjuntamente, pelos pais. O poder familiar, devido às suas características, é
importante instituto jurídico, tanto que há diversos direitos e deveres dos pais explícitos
e implícitos na Constituição Federal. Ainda, verifica-se que os filhos possuem, em todos
os artigos explanados, protecção especial, já que, enquanto menores, necessitam de um
maior apoio dos pais. As causas de extinção e suspensão demonstram a importância no
cumprimento dos deveres entabulados aos pais no tocante a criação e educação dos
filhos, cuidados estes, que friso, são direitos constitucionais dos mesmos.
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Referencias Bibliografia
AZEVEDO, Álvaro Villaça (2013). Direito de família. São Paulo: Atlas.
BASTOS, Celso Ribeiro (1997). Curso de direito constitucional. 18. ed. ampl. e actual. São
Paulo: Saraiva.