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O Renascimento do Estado
A formação em grandes estados, na concepção medieval de uma república cristã, dirigida na
parte temporal pelo imperador e na espiritual pelo papa, que se auxiliavam mutuamente,
embora não desaparecesse, deixou de ter força. O imperador limita-se cada vez mais ao santo
império romano germânico e é nula, fora deste, nos estados que ele não governa como
príncipe soberano, ou como senhor. A concepção de uma igualdade de direito entre Estados,
indivíduos livres, de costumes e ideias semelhantes, embora divididos de fato pela dura
rivalidade de forcas antagónicas, substitui, a ideia da hierarquia que existiu na Idade Média.
A tendência que se verifica e no sentido da constituição de grandes Estados. O movimento de
recomposição começado na Idade Média Esta prestes a atingir novo equilíbrio relativo. A
Itália continua dividida, sem dúvida porque os seus Estados estavam constituídos de forma
solida, sem laços de dependência mútua e numa situação de equilíbrio, sem que se impusesse
a necessidade de grandes Estados (MOUSNIER 1957:104).
Veneza, que poderíamos chamar urbanos, pois a cidade dominante continuava a governa-los
e administra-los, utilizando para tanto seus próprios cidadãos (MOUSNIER;1957.105).
O progresso da Monarquia Absoluta Suas Condições
Culto do herói
A voga da Antiguidade da, no século XVI, novo surto ao Direito romano acrescentando-lhe a
ideia antiga do herói, do semideus dominador benfazejo. O herói é o modelo de ser a quem os
povos têm necessidade de se entregar. A doutrina do absolutismo corresponde as
necessidades dominantes destas sociedades e como que um desejo do corpo social
(MOUSNIER 1957: 109).
Luta das nações
A necessidade de um poder forte decorre da própria composição das nações, que formam
uma justaposição das comunidades territoriais províncias, regiões, municipalidades,
comunidades de aldeias e de corpos com as Ordens: Nobreza, terceiro Estado ou como os
Corpos oficiais, as universidades, as corporações dos mestres. A necessidade de um poder
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forte decorre da própria composição das nações, que formam uma justaposição das
comunidades territoriais províncias, regiões, municipalidades, comunidades de aldeias e de
corpos com as Ordens: Nobreza, terceiro Estado ou como os Corpos oficiais, as
universidades, as corporações dos mestres. (Idem).
A luta de classes
O poder real enriqueceu os burgueses comerciantes por meio de empréstimos, hipotecas dos
domínios reais, arrendamento dos impostos, concessão de monopólios de exploração e da
proteção contra as leis da igreja condenado a usura, e contra os entraves senhorias ao
comércio e as corporações. O poder real protege os burgueses mercadores e os burgueses dos
mestres contra o novo proletariado. As monarquias fizeram contractos com umas e com
outros, e cada comunidade, cada corpo, possui seus privilégios, costumes, regulamentos,
isenções, jurisdição, bens, chefes e representantes, constituindo, por tanto, uma potência.
Corpos e comunidades opõem-se incessantemente entre si devido aos seus interesses
particulares. As dissensões, porem, proporciona ao Rei a possibilidade de utilizar uns contra
outros (idem).
Rivalidades senhorias
Acontece o mesmo com as rivalidades entre as grandes famílias senhorias: os Ebolis e os
Albas na Espanha, os Chalons, os Vergez, os Honrns, os Egmonts, nos Países Baixos e no
Fraco-Condado, os Bourbons, os Montmorencys, os Guises e os Condes na França. Essas
rivalidades são perigosas por causa das sobrevivências de sentimentos e hábitos da Idade
Média. Os laços vassàlicos criam a essas famílias clientelas de devotados e de alimentados
prontos a morrer e a trais por elas. Os laços familiares exercem acção no mesmo sentido, tão
forte que o facto de desposar a prima longínqua de um grande senhor permite dispor para
sempre dos favores e da protecção deste enquanto por outro lado obriga a fazer voto de servi-
lo, mesmo contra o Rei. (MOUSNIER 1957: 109).
Os limites do absolutismo
A acção do governo central exercia-se mas era menos frequente contínua e menos eficiente
do que hoje. Os senhores, os Corpos e comunidades, desempenhavam aliás sob controlo real,
muitas funções que hoje competem ao Estado. O princípio do absolutismo permitiu de facto
fazer marchar em conjunto agregados não organizados de grupos de homens diversos num
período da sua história em que se tratava, para eles de uma questão de vida ou morte. Sempre
mesclado a ideia de contrato e costume, sem os excessos que apresentava no tempo de
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Os Bispos e os padres são considerados vassalos do Rei e devem defende-lo, como chefe
temporal da Igreja que sanciona as leis eclesiásticas e é o único que pode convocar ou
autorizar os concílios e guardar os bens da Igreja. A Concordata de 1516 atribuiu-lhe a
nomeação dos bispos e padres que o papa instituiu, grandes processos de dominar as famílias
nobres graças a promessa de frutuosos benefícios aos secundo gentios. O rei obrigava a Igreja
a contribuir para as despensas do reino. O parlamento de paris exercia a polícia da Igreja
(MOUSNIER, 1957:113).
Absolutismo e feudalismo
Todos os senhorios são feudos. Cada senhor depende do Rei e só deste. Não pode alargar a
sua jurisdição, construir um castelo, mudar o título sem se expor a um processo, ou ao arresto
dos seus bens. Os vassalos são, pois a vontade nos senhorios, submetendo ao imposto os
vassalos dos senhores e impedindo de aplicar taxas aos respectivos súbditos. Os senhores
entregam aos juízes do Rei o julgamento das suas divergências (MOUSNIER 1957:113-114).
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O Absolutismo e Comunidades
Erige em o sistema a organização em comparações e constitui artesões e o povo miúdo das
cidades em corpos privilegiados, hierarquizados, sob jurisdição dos oficiais reais. Apodera-se
das eleições nas cidades, fiscaliza a actividade dos corpos eleitos, desmembra as suas
atribuições judiciais e financeiras. Erige em sistema a organização em corporações e constitui
os artesoes e o povo miúdo das cidades em corpos privilegiados, hierarquizados, sob a
jurisdição dos oficiais reais que dirigem por sua vez o exercício dos mestres livres
(MOUSNIER 1957:114).
Os teóricos protestantes pretendiam limitar o poder do Rei por meio de Assembleia eleitas,
em nome da tradição (Hotman, a Franco-Gália) ou do contrato social (Vindiciae contra
tyranos. Os estados Gerais foram convocados por diversas vezes. O excesso de desordem, a
politica Hispaníola e antinacional dos partidários da Liga favoreceram Henrique IV que após
o assassínio de Henrique III por um fanático em 1589, abjurou do protestantismo 25 de
Fevereiro de 1594, pacificou o reino e pós as guerras civis e estrangeiros pelo edito de Nantes
e o tratado de Vernins 1598. Estas longas guerras favoreceram o desenvolvimento do
absolutismo. Ao contrário do que aconteceu na Inglaterra, o surto de comércio, da indústria e
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da burguesia foi detido. O progresso económico foi entrevado num pais já devastado,
arruinando e despovoado. Os pesados impostos do Rei e os dos revoltosos – nos lugares onde
dominavam – impediram a formação de capitais (MOUSNIER 1957:115-116).
No os ingleses já haviam começado a transformar as tas tecidos leves, mais baratos do que
flamengos, concorrendo com estes no contente e até no Levante. Henrique VII protegeu esta
indústria, por meio de taxas sobre a exportação de brutas. Assim o preço aumentava e elevava
o dos tecidos que os flamengos fabricavam com as inglesas. A burguesia enriquecida
comprava terras, entrava no Gentry, concorria com os antigos notáveis na luta pelas funções
locais. Surge mesmo, momentaneamente, uma luta de classes, menos dura do que nos outros
reinos da Inglaterra do Sudeste, onde os pequenos nobres também se dedicaram a agricultura
capitalista e ao grande comércio, bastante forte, entretanto nalgumas regiões inglesas
(MOUSNIER 1957:119).
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A posição ao absolutismo
O parlamento, quando cedera nas suas prorrogativas, fizera-o sempre recordando os direitos
que lhes competiam. Durante muito tempo a oposição dominou seus ímpetos perante o perigo
espanhol. Começa a luta entre o absolutismo e as liberdades burguesas. Simultaneamente
aumentavam o número e a violência dos protestantes puritanos hostis a Igreja Anglicana
imposto pala Rainha e que pretendiam uma Igreja presbiteriana, baseada na organização
espontânea dos fies e na eleição dos pastores ou então a independência, ou seja a ausência de
Igreja (MOUSNIER 1957:119-120).
Os Países Baixos eram uma colecção de províncias que obedeciam ao mesmo príncipe, a
títulos deferentes: duque, no Brabante, conde, na flandres. O Imperador Maximiliano, e seu
filho Filipe, o Belo tentaram unificar o país sob o seu domínio absoluto, mas entraram em
conflito com o espírito particularista e independente dos senhores e das cidades. Entretanto,
graças a protecção concedida pelo estado aos mercadores, contra os donos mesteres, o
capitalismo triunfou. Antuérpia vence braguês e consegue a unidade económica dos países
baixos, que se tornaram seus fornecedores e clientes. A burguesia capitalista, apaixonada pela
liberdade comercial e pelo individualismo económico, defensora, portanto, da centralização
monarquia contra os particularismos locais, venceu a burguesia das cidades de mesteres.
Contra estes grandes burgueses, que viviam com nobres, a nobreza contava, para se distinguir
deles e conservar sua superioridade social, com as funções e distinções concedidas pelo
príncipe. O culto do direito Romano injecta em muitos as máximas do absolutismo. Carlos, o
grande, futuro Carlos Quinto, príncipes dos Países baixos em 1516, pode então tentar criar as
instituições do absolutismo, colocando em cada província, representantes direitos do
soberano: um governador, de poderes mal definidos, conselho de justiça, câmaras de cotas,
em vários lugares, bailios, nas cidades onde as reformas dos escabinos coloca as funções
municipais nas mãos de principais burgueses, mais próximo do Governo pela educação e
pelos interesses, (MOUSNIER 1957:120-121).
A nação contra o Rei
Uma crise económica latente torna mais sensíveis todas as recriminações que se passam a
apresentar contra um governo. Os nobres vêem, assim, diminuir sua importância. Por outro
lado, são atingidos pela crise económica, pois explorarem as terras de uma forma capitalista;
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Burguesia
As Monarquias Medievais
A Polónia
A Polónia tornou-se uma Republica aristocrática presidida por um Rei, no tempo dos últimos
Jagelões, João I Alberto (1942-1501), Alexandre I (1501-1506), Sigismundo I (1560-1548),
Sigismundo II Augusto (1548-1572), e mais tarde Henrique de Valois, futuro rei da França
sob nome de Henrique III (maio de 1573-junho de 1574), Estevão Bathory (1576-1586) e
Sigismundo III. Vasa As Dietas onde só a nobreza està representada, votam as novas leis e os
impostos param a manutenção das tropas. É preciso, contudo que as leis sejam votadas por
unanimidade, o que torna difícil qualquer decisão. O Rei não possuiu exército nem tesouro,
nem administração. Vive dos seus domínios e paga as despensas do Estado com os
rendimentos próprios. (MOUSNIER 1957:124).
O Domínio Aristocrático
Na Polónia não existia a burguesia, a penas alemães, nas cidades, representam esta classe. O
único governo grande comércio do país, situando nas margens da Europa capitalista, é a
exportação de trigo. Só os grandes senhores poloneses podem satisfazer a procura de cerais
do Ocidente, graças aos seus imensos domínios. Substituindo capitais pela mão-de-obra, para
conseguir boa produção escravizaram mais os camponeses. A eleição real, para qual os
candidatos são forçados assumir certos compromissos, a incapacidade dos Reis utilizaram
contra os grandes senhores uma nobreza pobre que não possui, em sim próprio a força dos
burgueses ricos do Ocidente, favorecem os empreendimentos (MOUSNIER 1957:124).
O Enfraquecimento da Nação
Foi assim que nasceu a Prússia. Em 1526 a Casa da Áustria apodera-se da Hungria e da
Boémia. A Moscóvia cresce e fortalece-se. O Rei da polónia deixa portanto de ter papel
definido entre os príncipes cristãos. A polónia embora a Prússia real consinta m 1569, em
pertencer a Dieta polonesa, embora a Lituânia faça o mesmo. Conservado contudo
funcionários, Tesouro e exército a parte, embora a Prússia ducal renove a prestação de
vassalagem, a polonia apesar de tudo isto é um Estado fraco sem praças-fortes, sem marinha
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quase sem exército. Trata-se de um país que morreu por excesso de liberdade (MOUSNIER
1957:125).
A Moscóvia
A Rússia tinha condições para se tornar no século XVI uma Monarquia absoluta. Mas a
burguesia era fraca incapaz de lutar com a nobreza e os soberanos russos não lhe prestam
atenção. Se existe realmente uma excepção de tal calibre à tese aqui sustentada no tocante as
condições da Monarquia absoluta (MOUSNIER 1957:128).
A sua nobreza de serviço e pouco manejável; quanto aos príncipes que se tornaram seus
vassalos, fornecem as tropas em caso de guerra, desempenham as missões de que são
encarregados, tomam lugar no Conselho dos Boiardos, mas conservam a autonomia nos
Principados hereditários. A Rússia toma, os nobres continuavam podendo escolher outro
suserano, fosse o grau-príncipe da Lituânia ou o rei da Polónia. A luta de classes, garantiu a
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Iva III uma nobreza dócil. Finalmente desprezando a ordem tradicional de sucessão (medida
que seria impossível para os reis absolutos da França), o soberano privou de seus direitos os
herdeiros provenientes de seu primeiro casamento e nomeou com soberano e sucessor
Basílio, filho seu e da rainha Sofia, verdadeiro herdeiro do Império Bizantino (MOUSNIER
1957:130-131).
Desenvolvimento da Economia Monetária na Rússia
Conclusão