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Universidade Pedagógica da Maxixe


Curso: Licenciatura em Ensino de História
Cadeira: História Moderna de Século XV a XVIII
Docente: MA. Crimildo F. Muhache
Discente:
Ficha de leitura
Referência Biográfica: MOUSNIER, Roland. História Geral das Civilizações Tomo IV: os
Progressos da Civilização Europeia dos séculos XVI e XVII. São Paulo, 1957.
Introdução
O presente trabalho visa falar sobre o renascimento do Estado europeu. Pretende-se abordar
acerca do progresso da Monarquia Absoluta Suas Condições onde irei focalizar sobre a
Monarquia Francesa, as Monarquias Modernas e as Repúblicas Burguesas como o foco
principal para a Inglaterra e os países Baixos. Também falarei das Monarquias Medievais
onde falarei da Polónia e da Rússia.

O Renascimento do Estado
A formação em grandes estados, na concepção medieval de uma república cristã, dirigida na
parte temporal pelo imperador e na espiritual pelo papa, que se auxiliavam mutuamente,
embora não desaparecesse, deixou de ter força. O imperador limita-se cada vez mais ao santo
império romano germânico e é nula, fora deste, nos estados que ele não governa como
príncipe soberano, ou como senhor. A concepção de uma igualdade de direito entre Estados,
indivíduos livres, de costumes e ideias semelhantes, embora divididos de fato pela dura
rivalidade de forcas antagónicas, substitui, a ideia da hierarquia que existiu na Idade Média.
A tendência que se verifica e no sentido da constituição de grandes Estados. O movimento de
recomposição começado na Idade Média Esta prestes a atingir novo equilíbrio relativo. A
Itália continua dividida, sem dúvida porque os seus Estados estavam constituídos de forma
solida, sem laços de dependência mútua e numa situação de equilíbrio, sem que se impusesse
a necessidade de grandes Estados (MOUSNIER 1957:104).

A geografia política e o declínio dos Estados urbanos


. Esta geografia, resultado da história humana, favorece certo aspecto federativo que os
Estados apresentam em graus diferentes. No século XVI verificou-se o relativo declínio dos
Estados médios quem relação aos outros, podemos dominar Estados regionais, tas como o
Franco-Condado, ou os Estados desenvolvidos pelas grandes cidades comerciantes, como
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Veneza, que poderíamos chamar urbanos, pois a cidade dominante continuava a governa-los
e administra-los, utilizando para tanto seus próprios cidadãos (MOUSNIER;1957.105).
O progresso da Monarquia Absoluta Suas Condições

Poder de decretar leis; de prestar justiça, de arrecadar impostos, de manter um exército


permanente, de nomear funcionários, de julgar os atentados contra o bem público e em
especial a autoridade real por meio de jurisdições do excepção emanadas do seu poder de
justiceiro supremo. A ideia de monarquia absoluta acrescenta-se, sem destruí-las as velhas
ideias de contracto e de costume, que regulavam as relações dos Reis com os seus vassalos e
súbitos e que, ao mesmo tempo, a temperavam (Id.).
O patriotismo
O patriotismo encontra campo de lutas com estrangeiros, que levam os homens a tomar
consciência de seus interesses comum, devido acção dos funcionários reais, as novas relações
económicas e, mais ainda por causa da influência dos humanistas sobre os cortesãos e os
grandes burgueses. Valeran de Valerannes declara que França nação chefe: os gauleses
conquistaram a Grécia, a é Jónia, a Macedónia, tomaram a Roma, civilizaram a Gália
Cisalpina; seus descendentes submeteram a Germânia, livraram o papado, libertaram o
Oriente dos infiéis. É nessas conquistas a França, como missionários das ideias foi sempre
fiel ao seu génio, mescla de desinteresse e idealismo 1508. Um escritor celebra a vitória de
Carlos Martel contra os sarracenos, em que a Europa recebeu, como o presente da França a
liberdade. Os franceses deixam-se penetrar por estas ideias, que dão forma e iluminam,
graças a História, a sentimentos profundos preexistentes e que constituem a transposição,
para o plano do patriotismo à antiga do ideal do cavaleiro cristão (MOUSNIER 1957:108).

Culto do herói
A voga da Antiguidade da, no século XVI, novo surto ao Direito romano acrescentando-lhe a
ideia antiga do herói, do semideus dominador benfazejo. O herói é o modelo de ser a quem os
povos têm necessidade de se entregar. A doutrina do absolutismo corresponde as
necessidades dominantes destas sociedades e como que um desejo do corpo social
(MOUSNIER 1957: 109).
Luta das nações
A necessidade de um poder forte decorre da própria composição das nações, que formam
uma justaposição das comunidades territoriais províncias, regiões, municipalidades,
comunidades de aldeias e de corpos com as Ordens: Nobreza, terceiro Estado ou como os
Corpos oficiais, as universidades, as corporações dos mestres. A necessidade de um poder
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forte decorre da própria composição das nações, que formam uma justaposição das
comunidades territoriais províncias, regiões, municipalidades, comunidades de aldeias e de
corpos com as Ordens: Nobreza, terceiro Estado ou como os Corpos oficiais, as
universidades, as corporações dos mestres. (Idem).
A luta de classes
O poder real enriqueceu os burgueses comerciantes por meio de empréstimos, hipotecas dos
domínios reais, arrendamento dos impostos, concessão de monopólios de exploração e da
proteção contra as leis da igreja condenado a usura, e contra os entraves senhorias ao
comércio e as corporações. O poder real protege os burgueses mercadores e os burgueses dos
mestres contra o novo proletariado. As monarquias fizeram contractos com umas e com
outros, e cada comunidade, cada corpo, possui seus privilégios, costumes, regulamentos,
isenções, jurisdição, bens, chefes e representantes, constituindo, por tanto, uma potência.
Corpos e comunidades opõem-se incessantemente entre si devido aos seus interesses
particulares. As dissensões, porem, proporciona ao Rei a possibilidade de utilizar uns contra
outros (idem).
Rivalidades senhorias
Acontece o mesmo com as rivalidades entre as grandes famílias senhorias: os Ebolis e os
Albas na Espanha, os Chalons, os Vergez, os Honrns, os Egmonts, nos Países Baixos e no
Fraco-Condado, os Bourbons, os Montmorencys, os Guises e os Condes na França. Essas
rivalidades são perigosas por causa das sobrevivências de sentimentos e hábitos da Idade
Média. Os laços vassàlicos criam a essas famílias clientelas de devotados e de alimentados
prontos a morrer e a trais por elas. Os laços familiares exercem acção no mesmo sentido, tão
forte que o facto de desposar a prima longínqua de um grande senhor permite dispor para
sempre dos favores e da protecção deste enquanto por outro lado obriga a fazer voto de servi-
lo, mesmo contra o Rei. (MOUSNIER 1957: 109).

Os limites do absolutismo
A acção do governo central exercia-se mas era menos frequente contínua e menos eficiente
do que hoje. Os senhores, os Corpos e comunidades, desempenhavam aliás sob controlo real,
muitas funções que hoje competem ao Estado. O princípio do absolutismo permitiu de facto
fazer marchar em conjunto agregados não organizados de grupos de homens diversos num
período da sua história em que se tratava, para eles de uma questão de vida ou morte. Sempre
mesclado a ideia de contrato e costume, sem os excessos que apresentava no tempo de
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Teodósio e de Justino, permitiu realizar o equilíbrio com as condições excessivas de


dispersão e de divisão, e manter no meio das lutas (Idem).

Evolução de Monarquia Francesa

Tais condições para a realização da monarquia absoluta encontram em França um campo


mais propício. Destrate, os Reis Carlos VIII (1483-1498), Luís XII (1498-1515), Francisco I
(1515-1547), Henriques II (1547-1559), detém, mais do que qualquer outro anteriormente, o
domínio absoluto de seu reino. A sua soberania e um legado divino: o Rei e responsável
apenas perante Deus; tem todos poderes: declara guerra e fazer a paz; lançar impostos a sue
bel-prazer; legislar, pois o Rei é a lei viva; julgar, pois e justiceiro supremo e as suas decisões
não admitem apelação (MOUSNIER 1957:112).
Os meios de acção de Rei
O Rei possui, igualmente, os seus funcionários, ou oficiais, cada vez mais numerosos. Um
grande conselho exerce a justiça suprema do Rei, ou justiça retida. O soberano apoiava os
Parlamentos contra os governadores e, por vezes, como aconteceu em 1545, suprimia-os
excito nas províncias fronteiriças. Os tesoureiros da França os directores gerais das finanças
dirigem as circunscrições financeiras (MOUSNIER 1957: 112-113).
Absolutismo e Igreja

Os Bispos e os padres são considerados vassalos do Rei e devem defende-lo, como chefe
temporal da Igreja que sanciona as leis eclesiásticas e é o único que pode convocar ou
autorizar os concílios e guardar os bens da Igreja. A Concordata de 1516 atribuiu-lhe a
nomeação dos bispos e padres que o papa instituiu, grandes processos de dominar as famílias
nobres graças a promessa de frutuosos benefícios aos secundo gentios. O rei obrigava a Igreja
a contribuir para as despensas do reino. O parlamento de paris exercia a polícia da Igreja
(MOUSNIER, 1957:113).

Absolutismo e feudalismo
Todos os senhorios são feudos. Cada senhor depende do Rei e só deste. Não pode alargar a
sua jurisdição, construir um castelo, mudar o título sem se expor a um processo, ou ao arresto
dos seus bens. Os vassalos são, pois a vontade nos senhorios, submetendo ao imposto os
vassalos dos senhores e impedindo de aplicar taxas aos respectivos súbditos. Os senhores
entregam aos juízes do Rei o julgamento das suas divergências (MOUSNIER 1957:113-114).
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O Absolutismo e Comunidades
Erige em o sistema a organização em comparações e constitui artesões e o povo miúdo das
cidades em corpos privilegiados, hierarquizados, sob jurisdição dos oficiais reais. Apodera-se
das eleições nas cidades, fiscaliza a actividade dos corpos eleitos, desmembra as suas
atribuições judiciais e financeiras. Erige em sistema a organização em corporações e constitui
os artesoes e o povo miúdo das cidades em corpos privilegiados, hierarquizados, sob a
jurisdição dos oficiais reais que dirigem por sua vez o exercício dos mestres livres
(MOUSNIER 1957:114).

O Absolutismo e a Vida Económica


O soberano detém todas as ordens da Nação, por meio de suas graças: ofícios honrosos e
lucrativos, pensões, presentes, privilégios, adiamento condecorações, títulos de nobreza. A
corte organismo novo, criado a sua imagem pelo absolutismo, tornou-se uma hierarquia uma
careira e uma sedução (Idem).
A venalidade dos oficiais
Os candidatos aos ofícios começaram logo dando dinheiro aos cortesãos, aos secretários do
Rei, ao Chanceler e aos clérigos da Chancelaria para serem providas nas funções. Os Reis
principiaram a tirar partido deste hábito e a vender os ofícios de finanças ou a atribuir os da
justiça contra empréstimos que nunca eram pagos. Francisco I, logo em 1524, insistiu um
Tesouro das partes casuais e inopinadas que servia de loja para venda desta nova mercadoria.
Os Reis começaram, destrate, a autorizar, contar dinheiro, os oficiais a venderam os seus
cargos a particulares ou a transmiti-los da herança, os oficiais convertam-se num quarto
estado cada vez mais independente do Rei que foi obrigado a utilizar, cada vez, mais a partir
de 1550, comissários ou intendentes, ou de funções revogáveis a seu bel-prazer (MOUSNIER
1957:115).
As Guerras de Religião

Os teóricos protestantes pretendiam limitar o poder do Rei por meio de Assembleia eleitas,
em nome da tradição (Hotman, a Franco-Gália) ou do contrato social (Vindiciae contra
tyranos. Os estados Gerais foram convocados por diversas vezes. O excesso de desordem, a
politica Hispaníola e antinacional dos partidários da Liga favoreceram Henrique IV que após
o assassínio de Henrique III por um fanático em 1589, abjurou do protestantismo 25 de
Fevereiro de 1594, pacificou o reino e pós as guerras civis e estrangeiros pelo edito de Nantes
e o tratado de Vernins 1598. Estas longas guerras favoreceram o desenvolvimento do
absolutismo. Ao contrário do que aconteceu na Inglaterra, o surto de comércio, da indústria e
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da burguesia foi detido. O progresso económico foi entrevado num pais já devastado,
arruinando e despovoado. Os pesados impostos do Rei e os dos revoltosos – nos lugares onde
dominavam – impediram a formação de capitais (MOUSNIER 1957:115-116).

As Monarquias Modernas E As Republicas Burguesas


Nos Países onde o capitalismo e a burguesia são mais importantes do que em França surgem
monarquias moderadas ou repúblicas burguesas, segundo o grau de desenvolvimento da
burguesia. Nos outros Estados onde a importância do capitalismo e da burguesia é menor
temos a realeza ainda feudal e por vezes de predominância aristocráticas (MOUSNIER
1957:116).
Os princípios da Constituição Inglesa
A Lei estava portanto, acima do Rei. Outros princípios, nem sempre aplicados viviam nas
consciências: O rei não podia lançar novos impostos, nem promulgar novas leis, sem o
consentimento do parlamento, representante do cero e dos nobres reunidos na câmara dos
Lordes e deputados dos livre-foreiros e dos burgueses, agrupados na câmara dos Comuns;
ninguém podia ser preço sem um mandato especificado a infracção e leis em que incorrera e
sem ser rapidamente julgado; culpabilidade ou a inocência deviam ser decididas por um júri
dos doze cidadãos; os funcionários respondiam em juízo pelos crimes cometidos nas suas
funções; os ministros do Rei podiam ser acusados perante a Câmara comuns (MOUSNIER
1957:117).

O Surto da Sociedade Capitalista e o Reforço do Absolutismo

No os ingleses já haviam começado a transformar as tas tecidos leves, mais baratos do que
flamengos, concorrendo com estes no contente e até no Levante. Henrique VII protegeu esta
indústria, por meio de taxas sobre a exportação de brutas. Assim o preço aumentava e elevava
o dos tecidos que os flamengos fabricavam com as inglesas. A burguesia enriquecida
comprava terras, entrava no Gentry, concorria com os antigos notáveis na luta pelas funções
locais. Surge mesmo, momentaneamente, uma luta de classes, menos dura do que nos outros
reinos da Inglaterra do Sudeste, onde os pequenos nobres também se dedicaram a agricultura
capitalista e ao grande comércio, bastante forte, entretanto nalgumas regiões inglesas
(MOUSNIER 1957:119).
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A posição ao absolutismo

O parlamento, quando cedera nas suas prorrogativas, fizera-o sempre recordando os direitos
que lhes competiam. Durante muito tempo a oposição dominou seus ímpetos perante o perigo
espanhol. Começa a luta entre o absolutismo e as liberdades burguesas. Simultaneamente
aumentavam o número e a violência dos protestantes puritanos hostis a Igreja Anglicana
imposto pala Rainha e que pretendiam uma Igreja presbiteriana, baseada na organização
espontânea dos fies e na eleição dos pastores ou então a independência, ou seja a ausência de
Igreja (MOUSNIER 1957:119-120).

Os Países Baixos: Renascimento, Burguesia e Absolutismo de Facto

Os Países Baixos eram uma colecção de províncias que obedeciam ao mesmo príncipe, a
títulos deferentes: duque, no Brabante, conde, na flandres. O Imperador Maximiliano, e seu
filho Filipe, o Belo tentaram unificar o país sob o seu domínio absoluto, mas entraram em
conflito com o espírito particularista e independente dos senhores e das cidades. Entretanto,
graças a protecção concedida pelo estado aos mercadores, contra os donos mesteres, o
capitalismo triunfou. Antuérpia vence braguês e consegue a unidade económica dos países
baixos, que se tornaram seus fornecedores e clientes. A burguesia capitalista, apaixonada pela
liberdade comercial e pelo individualismo económico, defensora, portanto, da centralização
monarquia contra os particularismos locais, venceu a burguesia das cidades de mesteres.
Contra estes grandes burgueses, que viviam com nobres, a nobreza contava, para se distinguir
deles e conservar sua superioridade social, com as funções e distinções concedidas pelo
príncipe. O culto do direito Romano injecta em muitos as máximas do absolutismo. Carlos, o
grande, futuro Carlos Quinto, príncipes dos Países baixos em 1516, pode então tentar criar as
instituições do absolutismo, colocando em cada província, representantes direitos do
soberano: um governador, de poderes mal definidos, conselho de justiça, câmaras de cotas,
em vários lugares, bailios, nas cidades onde as reformas dos escabinos coloca as funções
municipais nas mãos de principais burgueses, mais próximo do Governo pela educação e
pelos interesses, (MOUSNIER 1957:120-121).
A nação contra o Rei
Uma crise económica latente torna mais sensíveis todas as recriminações que se passam a
apresentar contra um governo. Os nobres vêem, assim, diminuir sua importância. Por outro
lado, são atingidos pela crise económica, pois explorarem as terras de uma forma capitalista;
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especulam na bolsa, possuem fundos nas empresas capitalistas, e aburguese-se, apesar do


desprezo que era manifestado pelos burgueses, (MOUSNIER 1957:121-122).

Burguesia

A burguesia capitalista, apaixonada pela liberdade comercial e pelo individualismo


económico, defensora, portanto, da centralização monarquia contra os particularismos locais,
venceu a burguesia das cidades de mesteres. Contra estes grandes burgueses, que viviam com
nobres, a nobreza contava, para se distinguir deles e conservar sua superioridade social, com
as funções e distinções concedidas pelo príncipe. (Idem).

A ditadura popular Calvinista

Em Agosto de 1577 em Bruxelas, o comité do século XVIII, crio um regime de democracia


autoritária e impôs a ditadura do Povo aos Estados Gerais. A pilhagem das igrejas e
mosteiros, os atentados contra os padres e as monjas, reavivam o sentimento religioso,
facilitando a pregação dos jesuítas. O interesse do catolicismo passou á frente de tudo
(MOUSNIER 1957:122-123).

O rompimento entre o Norte e o Sul


Entretanto certas tentativas de acordo com Filipe II vieram inquietar Guilherme de Orange e
os calvinistas, que aproveitavam a miséria dos operários e dos artesãos no país arruinado pela
guerra incitava, nos seus panfletos, as desconfianças e os ódios do povoo contra qualquer
autoridade em especial a da Igreja comprometida devido as suas riquezas e a política, que no
entanto reprovava, dor Rei Católico. Como a Igreja era depositária da autoridade de Deus, o
povo tirou desses factos as devidas consequência. Em Agosto de 1577 em Bruxelas, o comité
do século XVIII, crio um regime de democracia autoritária e impôs a ditadura do Povo aos
Estados Gerais. Os atentados contra a propriedade aterrorizaram os burgueses e os nobres,
levando-os a desejar um poder forte a pilhagem das Igrejas e mosteiros, os atentados contra
os Padres e as monjas, reavivaram o sentimento religioso, facilitado a pregação dos jesuítas.
O interesse do catolicismo passou a frente de todo. Alias, o país encontrava-se arruinado pela
guerra, pelo saque de Antuérpia (1576), pelo bloqueio que os revoltosos do norte exercia
sobre a foz do escalda e pela concorrência da Holanda e Zelândia, cheias de mercadores
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calvinistas imigrados do sul e cujo comércio substituía o de Antuérpia. (MOUSNIER


1957:123).

As Monarquias Medievais

A Polónia

A Polónia tornou-se uma Republica aristocrática presidida por um Rei, no tempo dos últimos
Jagelões, João I Alberto (1942-1501), Alexandre I (1501-1506), Sigismundo I (1560-1548),
Sigismundo II Augusto (1548-1572), e mais tarde Henrique de Valois, futuro rei da França
sob nome de Henrique III (maio de 1573-junho de 1574), Estevão Bathory (1576-1586) e
Sigismundo III. Vasa As Dietas onde só a nobreza està representada, votam as novas leis e os
impostos param a manutenção das tropas. É preciso, contudo que as leis sejam votadas por
unanimidade, o que torna difícil qualquer decisão. O Rei não possuiu exército nem tesouro,
nem administração. Vive dos seus domínios e paga as despensas do Estado com os
rendimentos próprios. (MOUSNIER 1957:124).

O Domínio Aristocrático

Na Polónia não existia a burguesia, a penas alemães, nas cidades, representam esta classe. O
único governo grande comércio do país, situando nas margens da Europa capitalista, é a
exportação de trigo. Só os grandes senhores poloneses podem satisfazer a procura de cerais
do Ocidente, graças aos seus imensos domínios. Substituindo capitais pela mão-de-obra, para
conseguir boa produção escravizaram mais os camponeses. A eleição real, para qual os
candidatos são forçados assumir certos compromissos, a incapacidade dos Reis utilizaram
contra os grandes senhores uma nobreza pobre que não possui, em sim próprio a força dos
burgueses ricos do Ocidente, favorecem os empreendimentos (MOUSNIER 1957:124).

O Enfraquecimento da Nação

Foi assim que nasceu a Prússia. Em 1526 a Casa da Áustria apodera-se da Hungria e da
Boémia. A Moscóvia cresce e fortalece-se. O Rei da polónia deixa portanto de ter papel
definido entre os príncipes cristãos. A polónia embora a Prússia real consinta m 1569, em
pertencer a Dieta polonesa, embora a Lituânia faça o mesmo. Conservado contudo
funcionários, Tesouro e exército a parte, embora a Prússia ducal renove a prestação de
vassalagem, a polonia apesar de tudo isto é um Estado fraco sem praças-fortes, sem marinha
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quase sem exército. Trata-se de um país que morreu por excesso de liberdade (MOUSNIER
1957:125).

A Moscóvia

A Rússia tinha condições para se tornar no século XVI uma Monarquia absoluta. Mas a
burguesia era fraca incapaz de lutar com a nobreza e os soberanos russos não lhe prestam
atenção. Se existe realmente uma excepção de tal calibre à tese aqui sustentada no tocante as
condições da Monarquia absoluta (MOUSNIER 1957:128).

A Rússia país rural isolado


O rendimento desse sistema e fraco. O comércio é reduzido; é um comércio de trânsito, de
produtos raros e caros, em pequenas quantidades, de pedras preciosas, ouro, o fio, drogas
especiarias do oriente, eles, mel e cera, na direcção do ocidente, e tecidos de luxo estanho de
Antuérpia, rendas, armas, na direcção de oriente. O comércio pratica-se em pequenas lojas.
(MOUSNIER 1957:128).
O Príncipe é representado fora do seu domínio, nas cidades, pelos nameslnild e nos cantões
rurais pelos valosteli (MOUSNIER 1957:128-129).

Os progressos do Grão-Principe de mascou


Como é mais poderoso, os boiadores dos príncipes entram em grupos para o seu serviço. Os
príncipes enfraquecidos são forcados a perder a independência. Entretanto realiza-se a
unificação territorial. Iva III por meio das guerras de 1492 e 1500 a 1503 obriga o Príncipe da
Lituânia a reconhecer-lhe a posse de terras imensas, no Dnieper e no Duína assim como o
título de soberano de toda a Rússia. Finalmente, aproveitando d deslocação da Horda de
Ouro, recusa pagar tributo ao tártaro, guarda-o para si declara-se autocrata independente de
qualquer soberano, estrageiro. Passa a encanar doravante aos olhos de todos os russos, a
resistência crista e nacional do infiel agente do diabo (MOUSNIER 1957:129).

O Estado Militar Absoluto Moscovita

A sua nobreza de serviço e pouco manejável; quanto aos príncipes que se tornaram seus
vassalos, fornecem as tropas em caso de guerra, desempenham as missões de que são
encarregados, tomam lugar no Conselho dos Boiardos, mas conservam a autonomia nos
Principados hereditários. A Rússia toma, os nobres continuavam podendo escolher outro
suserano, fosse o grau-príncipe da Lituânia ou o rei da Polónia. A luta de classes, garantiu a
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Iva III uma nobreza dócil. Finalmente desprezando a ordem tradicional de sucessão (medida
que seria impossível para os reis absolutos da França), o soberano privou de seus direitos os
herdeiros provenientes de seu primeiro casamento e nomeou com soberano e sucessor
Basílio, filho seu e da rainha Sofia, verdadeiro herdeiro do Império Bizantino (MOUSNIER
1957:130-131).
Desenvolvimento da Economia Monetária na Rússia

A companhia Inglesa da Moscóvia possuía, a partir de 1567, liberdade comercial em toda a


Rússia em Caza, em Astracã, passagem livre pela Pérsia, um porto principal na ilhota de
Iagry, na foz do Duína do Norte, entrepostos e feitorias nas principais cidades russas. Os
ingleses foram seguidos pelos neerlandeses, pelos antuerpinos, pelo bruxelenses e, após a
morte de Iva IV, pelos franceses em1586. Entre 1558 e 1581, os russos dispuseram alias do
porto de Narva, que 70 navios ingleses visitaram em 1567. Mas em 1581 os suecos
retomaram Narva e Iva fundou então Arcangelsk (1584) (MOUSNIER 1957:132).

A monarquia moscovita e monarquia ocidental

A monarquia moscovita difere da monarquia absoluta da Europa ocidental pela maior


extensão de seus direitos: aparentemente não há leis fundamentais capazes de se oporem ao
poder arbitrário do soberano, por exemplo em matéria de sucessão do trono, nem direitos
propósitos dos indivíduos e dos corpos do estado, como o da propriedade. Entretanto de facto
o seu poder é talvez mais limitado nas circunstâncias correntes, devido a existência de
imunidades e a ausência de uma burguesia capitalista em condições de se contrapor as outras
classes. A monarquia absoluta moscovita consistiu, por tanto uma espécie da família
monarquia, dentro de grande género das monarquias absolutas. Parece-se mais com as
monarquias absolutas asiáticas, função de sociedades cujo traço dominante seria talvez a
fraqueza do capitalismo. Possui entretanto, as mesmas condições fundamentais que a
monarquia absoluta da Europa ocidental no século XVI: um ideal nacional particular
favorecido pelo renascimento das doutrinas antigas adaptadas a novas necessidades, a crença
de um povo numa missão, uma combinação individualista de nação dominante encarnada
num soberano, imagem de Deus, herói nacional vitorioso (MOUSNIER 1957:134-135).
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Conclusão

Depois de ter feito a leitura pode O individualismo do renascimento manifestava-se, na


política pela organização da Europa num sistema de Estados, em função das nações
correspondentes, que se equilibram uns aos outros. A concepção de uma igualdade de direito
entre Estados, indivíduos livres, de costumes e ideias semelhantes, embora divididos de fato
pela dura rivalidade de forcas antagónicas, substitui, a ideia da hierarquia que existiu na Idade
Média. A monarquia absoluta resulta da rivalidade de duas classes, a burguesia e a nobreza. O
rei precisa dos burgueses para as finanças, para o corpo de funcionários e contra os senhores
feudais, obtém facilmente sua obediência e seu apoio. O poder real enriqueceu os burgueses
comerciantes por meio de empréstimos, hipotecas dos domínios reais, arrendamento dos
impostos, concessão de monopólios de exploração e da protecção contra as leis da igreja
condenado a usura, e contra os entraves senhorias ao comércio e as corporações. O poder real
protege os burgueses mercadores e os burgueses dos mestres contra o novo proletariado.

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