O documento discute o feudalismo na Europa após a queda do Império Romano. A fragmentação do império levou ao surgimento de reinos germânicos independentes. Carlos Magno expandiu o reino franco e estabeleceu o Império Carolíngio no século 8, mas seu império dependia demais de laços pessoais de vassalagem e desintegraria após sua morte.
O documento discute o feudalismo na Europa após a queda do Império Romano. A fragmentação do império levou ao surgimento de reinos germânicos independentes. Carlos Magno expandiu o reino franco e estabeleceu o Império Carolíngio no século 8, mas seu império dependia demais de laços pessoais de vassalagem e desintegraria após sua morte.
O documento discute o feudalismo na Europa após a queda do Império Romano. A fragmentação do império levou ao surgimento de reinos germânicos independentes. Carlos Magno expandiu o reino franco e estabeleceu o Império Carolíngio no século 8, mas seu império dependia demais de laços pessoais de vassalagem e desintegraria após sua morte.
OBJETO DE CONHECIMENTO: FEUDALISMO E SUAS DIFERENTES EXPERIÊNCIAS
H11 - Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço. H14 - Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas. H16 - Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
OS PODERES UNIVERSALISTAS: ESTADO E IGREJA • A utilização do latim na burocracia, na tentativa de
preservar a estrutura administrativa romana. A fragmentação do Império Romano • A falta de sucedâneos germânicos, a manutenção das A unidade política do mundo romano estava instituições municipais e do sistema de impostos seriamente comprometida muito antes de o último imperador herdados de Roma. ter sido deposto, em 476, por um chefe germânico. A crise do • A identidade cultural dos germanos, que falavam dialetos século III já mostrara a fraqueza das instituições políticas muito próximos uns dos outros, que acreditavam nos romanas. As lutas pelo poder eram frequentes, as mesmos deuses, que tinham aspectos culturais intervenções militares também. Cada exército provincial assemelhados. pretendia dar o título imperial ao seu comandante para obter • A presença, por dois ou três séculos conforme o local, de maiores vantagens: naquele período de “anarquia militar” obstáculos à fusão entre romanos e germanos, caso da (235-268), de 26 imperadores apenas um não teve morte heresia arianista no reino visigodo até 587, do paganismo violenta, em guerra ou assassinado por rivais. Portanto, cada no reino lombardo até 671, da predominância da um deles reinou, em média, pouco mais de um ano. E durante personalidade das leis em todos os reinos até princípios esse curto reinado as regiões que não o apoiavam na prática do século VIII. gozavam de autonomia. No governo de Galieno (260-268), Todos esses pontos de contato não anulavam, por exemplo, cerca de 20 governos provinciais agiam como porém, a rivalidade entre as tribos germanas, herança da se fossem independentes. época pré-invasão que se prolongou nas relações entre os As reformas políticas de Diocleciano e Constantino diferentes reinos. A ideia de uma confederação germânica repuseram em mãos imperiais um grande poder, porém suas não era absurda, mas precoce, na época de Teodorico. reformas sociais e econômicas indiretamente e a longo prazo anularam aquela recuperação. Os latifundiários não só se O Império Carolíngio tornavam mais ricos como passavam aos poucos a ter As condições para tanto estariam reunidas apenas atribuições estatais dentro de suas propriedades. A cada vez no reino franco do século VIII, na figura de Carlos Magno. Um mais constante penetração de germânicos em território conjunto de fatores esclarecem de que modo o panorama romano gerava uma insegurança que reforçava aquela deste período esteve mais favorável para a retomada da ideia tendência. O Estado ia perdendo as possibilidades de uma de império pelos francos. atuação efetiva. Ocorria um claro processo de desagregação A anuência da Igreja Católica foi fundamental como política. instituição promotora de coesão em um contexto que tendia à fragmentação. De fato, os francos tinham sido os primeiros Os Reinos Germânicos germânicos a se converter ao catolicismo romano, em fins do Os germanos não tinham nem Estado nem cidades, século V, tendo como grande marco o batismo de Clóvis em sendo a tribo e a família as células básicas de sua 496. Depois, em 732, Carlos Martel derrotara os muçulmanos organização política. As relações sociais entre eles não se na célebre Batalha de Poitiers, ganhando o prestígio de um regiam pelo conceito de cidadania, mas de parentesco. verdadeiro salvador da Cristandade. Seu filho, Pepino, o Assim, ao se sedentarizarem, ocupando cada tribo uma Breve, consolidou o pacto franco-papal. Em troca da parcela do Império Romano, eles vieram a substituir um deposição do último rei da dinastia Merovíngia e de sua Estado organizado e relativamente urbanizado. Não tendo própria entronização como rei dos francos, em 751, Pepino instituições próprias para desempenhar tal tarefa, adotaram arrancou as terras italianas recém-ocupadas pelos lombardos as que estavam à mão, e que bem ou mal tinham funcionado e entregou-as à Igreja. Ademais, ele transformou em lei o por longo tempo. Dentre as muitas instituições romanas de antigo costume dos cristãos de entregar o dízimo (décima que passaram a se servir, os germânicos eram especialmente parte dos rendimentos) à Igreja. Por fim, o próprio Carlos fascinados pela ideia imperial. Apesar disso, nos primeiros Magno continuou a obra do pai, derrotando definitivamente os tempos nenhum rei bárbaro ousou reivindicar o título de lombardos, confirmando a doação daquelas terras ao papado imperador, que se reconhecia pertencer legitimamente ao e alargando a Cristandade ao submeter saxões e ávaros. governante do Império Bizantino. Isso não impediu, contudo, Segundo Le Goff, com o objetivo de fortalecer seu que o rei ostrogodo Teodorico (474-526) pensasse numa poder político Carlos Magno: espécie de confederação germânica sob o domínio de seu reino. Doou muitas terras - os “benefícios” – às pessoas O projeto parecia viável, pois havia alguns pontos cuja fidelidade queria garantir, obrigando os beneficiários a comuns entre os diversos reinos surgidos da desintegração prestar-lhe juramento como vassalos. Julgava assegurar a do Império Romano: solidez do Estado com tais laços pessoais. Para que o conjunto da sociedade, ou, pelo menos das pessoas • A fraqueza demográfica dos recém-chegados, que em socialmente importantes ficasse ligado ao rei ou ao imperador nenhum reino constituíam mais de 16% da população por uma rede de subordinações pessoais. LE GOFF, Jacques. A Civilização do Ocidente Medieval. nativa. Lisboa: Estampa, 1983, p. 76-78. (Adaptado).
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Entre Gentil Bittencourt e Nazaré. /cursomatriz 31210565 | 96023961 1 O Império Carolíngio passou ater uma organização sucesso, pois levantou a questão que se estenderia por administrativa excessivamente personalizada. O território séculos: a Igreja deveria tutelar o Império ou vice-versa? estava dividido em centenas de condados, de extensão • Difusão da Vassalagem: Por meio desta prática, Carlos variável, cada um deles dirigido por um conde, nomeado pelo Magno pretendeu unir a si todos os súditos importantes, imperador. num vínculo que manteria o predomínio imperial. A Como resultado disso tudo, o imperador carolíngio relação vassálica implicava, porém, a entrega por parte do detinha somente um dos monopólios anteriormente gozados soberano de terras e privilégios políticos que na verdade pelo imperador romano, o de cunhagem de moedas. o enfraqueciam. Naquela economia essencialmente Procurando contrabalançar o vasto poder dos nobres, era agrária, ao ceder terras para os nobres o imperador obrigatório o juramento de fidelidade ao imperador por parte precisava conquistar novas áreas, mas para tanto de todo habitante masculino desde os 12 anos de idade. dependia do serviço militar daqueles mesmos elementos. Entretanto este império não sobreviveria à morte de Surgia um círculo vicioso difícil de ser rompido. Ora, ao Carlos Magno, pois ao final do século IX e durante o século estabelecer novos laços de vassalagem para poder seguinte, seus sucessores lentamente perderiam os poderes manter os já estabelecidos, debilitava-se o princípio e enfrentariam um acentuado processo de fragmentação da monárquico, e o poder do soberano colocava-se noutras autoridade política. No interior do império, já em fase de bases, contratuais. fragmentação política e territorial, as principais famílias de • A fusão dos poderes temporal e espiritual: No seu nobres, juntamente com importantes membros do alto clero, papel militar, pela tradição germânica, o soberano deveria passariam a controlar de forma independente suas terras ser um chefe guerreiro e obtentor de pilhagens; no seu (condados, ducados e marcas). Este processo de papel religioso, pela tradição cristã, ele deveria ser o fragmentação seria ainda mais acentuado por conta de novas mantenedor da paz e da justiça. Frágil equilíbrio. Com invasões sobre a Europa durante o século IX, promovidas Carlos Magno tendeu-se mais para a primeira função, pelos dinamarqueses, muçulmanos e húngaros, e pela com seu filho Luís, o Pio, para a segunda. Esse imperador consolidação das relações de suserania e vassalagem. fez, com sua opção, com que a expansão cristã fosse realizada por intermédio de missões religiosas, e não mais A fragmentação do Império Carolíngio de conquistas militares. O soberano ficou assim privado As práticas acima culminaram na fraqueza estrutural dos proventos da pilhagem, de forma que precisava do império, o que levou em 843 à sua fragmentação por meio remunerar os vassalos com suas próprias terras, do Tratado de Verdun, assinado entre três netos de Carlos esgotando a fortuna fundiária carolíngia, base inicial de Magno. Nele aparecia o primeiro esboço do futuro mapa seu poder. político europeu. • O contexto das novas invasões: Ocorridas nos séculos IX-X, as novas invasões contribuíram para mostrar a debilidade do sistema imperial. A rapidez dos vikings, que descendo da Escandinávia penetravam pelos rios com seus barcos leves e ágeis, não permitia a defesa por parte daquele exército difícil de ser convocado e pesado nas manobras militares. A cavalaria dos magiares, sem as pesadas couraças ocidentais e aproveitando as planícies da Europa central, de onde saíam, causava pânico, e antes de qualquer contra-ataque retirava-se rapidamente para suas bases. Os muçulmanos e eslavos, ainda que menos perigosos, também contribuíam para aumentar o sentimento generalizado de insegurança. Ficava patente a impotência dos soberanos, e cada região organizava sua própria defesa, em torno da nobreza local. Era a região, portanto, que passava a definir seu próprio destino. A Europa cobria-se de castelos. O poder se Mapa do Império Carolíngio. Disponível em: fragmentava. https://almanaque.abril.com.br/mapas/Hist%C3%B3ria%20Geral. Acesso: 30 nov. 2015. 1 OS PODERES PARTICULARISTAS Quatro elementos explicam a fragmentação do Império Carolíngio e sua importância na afirmação da ordem A horizontalização das relações de poder feudal no ocidente europeu: O feudalismo, do ponto de vista político, representava uma pulverização do poder que respondia • Ausência de unidade orgânica: O Império assentava-se melhor as necessidades de uma sociedade saída do fracasso sobre dois princípios contraditórios: o universalismo das de uma tentativa unitária (Império Carolíngio) e pressionada tradições romana e cristã e o particularismo tribal por inimigos externos. Na verdade, as tendências centrífugas germânico. A diversidade étnica era insuficientemente vinham desde o século IV, quando manifestaram e soldada pela autoridade real, muito sujeita a flutuações aceleraram o declínio do Império Romano. Naquele conforme a personalidade do soberano. Mais eficaz era a momento, com a busca da autossuficiência por parte dos unidade espiritual, com o Império num certo sentido sendo latifúndios, com a insegurança gerada pela penetração dos tão-somente “a expressão política de uma unidade bárbaros e com as dificuldades nas comunicações, acentuou- religiosa”. No entanto isso não bastou para garantir seu se a ruralização da economia e da sociedade, levando os representantes do imperador a se verem limitados nas suas
1 Adaptado de: FRANCO JÚNIOR, Hilário. A Idade Média: Nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2001, p. 62.
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possibilidades de atuação. Os grandes proprietários rurais puderam, assim, usurpar atribuições do Estado: foi o caso, no começo do século V, da autoridade fiscal sobre os colonos, então delegada ao proprietário da terra na qual eles trabalhavam. A formação dos reinos germânicos em nada alterou a essência daquele processo. Naquela economia fundamentalmente agrária, os monarcas remuneravam seus servidores e guerreiros com terras, às quais se concediam muitas vezes imunidades. O detentor da terra desempenhava ali o papel de Estado, taxando, julgando, convocando. Foi assim que a dinastia Merovíngia se enfraqueceu de tal forma que cedeu lugar à família latifundiária dos Carolíngios. No entanto, porque aquela era o condicionamento socioeconômico da época, Pepino e Carlos Magno continuaram a praticar tal política. Dessa forma os condes Juramento de fidelidade de Henrique III, rei da Inglaterra, a São Luis, rei da França. Miniatura, séc. XIV. Disponível em: http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/a-idade-media- foram se apossando de poderes régios e implodindo o Estado contada-nas-salas-de-aula/. Acesso em: 30 nov. 2015. carolíngio. Mas o próprio poder condal também foi se parcelando e caindo em mãos de seus servidores, viscondes Homenagem: A primeira fase é o hominium, a homenagem. e castelãos. O mapa político da Europa católica ficava Normalmente compreende dois atos: Ato verbal: Costuma ser estilhaçado em milhares de pequenas células, verdadeiros a declaração, o compromisso do vassalo que exprime a sua micro-Estados. vontade de tornar-se o homem do senhor. Ato gestual: Esta Dentro de cada um deles o poder estava em mãos segunda ação completa este primeiro estágio da entrada em dos guerreiros (bellatores), únicos em condições de fornecer vassalagem, é o immixtio manuum. O vassalo coloca as mãos proteção naquela época de insegurança generalizada. Ao juntas entre as mãos do seu senhor, que as aperta entre as menos essa tinha sido a justificativa inicial. As relações entre suas. Aborda-se aqui um dos grandes capítulos do tais micro-Estados, que se davam por vínculos pessoais, o simbolismo medieval e universal: o simbolismo da mão. contrato feudo-vassálico, tinham em última análise o mesmo Simbolismo polissémico que exprime ensino, defesa, castigo sentido. A concessão e recepção de feudos e sua e, sobretudo, como aqui, proteção ou, antes, o encontro da contrapartida (o serviço militar) representavam uma forma de submissão e do poder. divisão da riqueza (terra e trabalhadores) sempre dentro da Fidelidade: A segunda fase do ritual vassálico, a da mesma elite. O poder político estava fracionado para que fidelidade, é, como se sabe, completada com um juramento. pudesse ser mantido. Encontramos, pois, aqui o recurso à palavra, embora o alcance simbólico desta palavra seja ainda mais forte do que SUSERANIA E VASSALAGEM em relação à homenagem, pois se trata de um juramento que, habitualmente, se presta sobre a Bíblia ou sobre relíquias Benefícios adquiridos pelo vassalo sagradas. O ritual compõe-se de duas etapas: primeiro, a O feudo, de forma coerente com o caráter promessa, depois o juramento desta vez sobre as relíquias. essencialmente agrário daquela sociedade, era quase Era comum em algumas regiões recorrer-se ao poder sempre um ou mais senhorios. Ou seja, terra com seus simbólico do osculum vassalicus, beijo que simboliza a respectivos camponeses, de cujo trabalho o vassalo passaria fidelidade entre as partes. a viver. Mas o feudo podia ainda ser a cessão de um direito Investidura: Enfim, o ritual da entrada em vassalagem (por exemplo, taxar usuários de uma estrada ou ponte), de termina com a investidura do feudo, que se processa um cargo e sua correspondente remuneração ou mediante a entrega de um objeto simbólico pelo senhor ao simplesmente a entrega de uma determinada quantia, em seu vassalo. Dentre os vários objetos utilizados nesta etapa moedas ou produtos. do rito, segundo diferentes fontes, destacam-se o ramo, o punhado de terra ou de erva, que simbolizam a investidura de Obrigações para com o suserano um terreno. Depois, aqueles que indicam a transmissão de Em troca dos benefícios destacados acima, o um poder, potestas, essencialmente sob a forma de bastão. vassalo tornava-se obrigado aos seguintes compromissos em Seguidamente os objetos que simbolizam, além da relação ao seu suserano: transmissão de um poder, o direito de uso violento. Trata-se, sobretudo, de facas ou gládios. Restam duas categorias de • Consilium: Aconselhamento e participação no tribunal objetos simbólicos de investidura, ligados aos costumes, às senhorial. tradições, à história. Os objetos ligados a tradições antigas, • Auxilium: como o anel e o estandarte. Os que se tornam simbólicos no - Militar: Quando requisitado pelo suserano dentro de decorrer da Idade Média, em particular os que se ligam com certas condições (número de cavaleiros, tipo de armamento bélico: o capacete, o arco e a flecha. equipamento, número de dias de convocação, etc.). - Econômico: Pagamento de resgates em caso de Cavalaria e Ética Vassálica captura do suserano ou seus familiares, bem como Para Georges Duby a cavalaria foi “[...] o código custeio de guerra. secular de honra de uma aristocracia marcialmente orientada”. O ritual simbólico da vassalagem 2 Secular, pois apesar da forte cristianização dos seus ritos simbólicos não esteve sobre a égide da Igreja Católica,
2 Adaptado de: LE GOFF, Jacques. “O Ritual Simbólico da Vassalagem”. In: Para um Novo Conceito de Idade Média. Lisboa: Editorial Estampa, 1993.
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sendo uma instituição aristocrática que se formou como medieval a partir do ponto de vista da própria época. A expressão das relações feudo-vassálicas. economia medieval tinha como traço a carência de Marcialmente orientada, pois a função social do mecanização, o que se traduzia em uma necessidade de mão cavaleiro é a de guerrear. Caracteriza-se por andar armado e de obra. montado e tem como justificativa para tal o dever de proteger Ao contrário do que se pensava as chamadas os pobres e a cristandade. grandes propriedades eram predominantes em uma parte da Para isso ideário da cavalaria difundiu, através da Europa Ocidental. O fato é: tais propriedades formaram ou formação dos jovens nobres, valores que nortearam a noção deram condições para a formação de uma economia agrária. de bom cavaleiro: honra, honestidade e fidelidade. Claro, um domínio não poderia ser caracterizado pelo seu tamanho, mas por sua estrutura de funcionamento. Neste A ciência e a escola da Ordem da Cavalaria é que o espaço temos duas áreas: cavaleiro mande ensinar o filho a montar o cavalo, na sua mocidade, porque, se não o aprender então, não o poderá • Terra Indominicata: reserva senhorial e explorada, aprender na maioridade. Convém também que o filho do diretamente, pelo senhor com sua casa, celeiros, cavaleiro, quando escudeiro, saiba cuidar do cavalo; não estábulos, moinhos, oficinas, pastos, bosques e terras convém menos que seja súdito antes de ser senhor e saiba cultiváveis. É importante que se faça uma ressalva: as servir a um senhor, pois sem isto não conheceria, quando pastagens e as áreas florestais, existentes em áreas cavaleiro, a nobreza do seu senhorio. Por esta razão o senhoriais, eram de uso da comunidade. cavaleiro deve submeter o seu filho a outro cavaleiro, para • Terra Mansionária: conjunto de pequenas explorações que aprenda a adereçar e guarnecer as demais coisas que camponesas. Na documentação seria classificada como pertencem à honra de cavaleiro. mansus. Nestas áreas as famílias de camponeses tiravam Raimundo Llull. Apud: ESPINOSA, Fernanda. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da Costa Editora, 1981, p. 175-176. o seu sustento, mas esta concessão levava-os a prestar serviços ao senhor. Um dado é relevante: a Vale ressaltar que a cavalaria é uma instituição que documentação mostra variações regionais. se origina no século XII, estando ligada a um contexto muito específico da Europa Ocidental. As cerimônias de armar cavaleiro, de concessão de armas, de adoção de insígnias e brasões como distintivos de nobreza, enfatizaram os atributos seculares da aristocracia militar dominante que viu na feudalização carolíngia a necessidade de reforçar os laços de fidelidade típicos da suserania e vassalagem. Contudo a natureza belicosa da função de cavaleiro obrigava o mesmo a cultivar um menosprezo pela morte e um senso de violência e agressividade que levou muitos historiadores a defenderem a ideia de que a Igreja Católica teve papel decisivo no processo de introduzir nesses guerreiros uma ética ou regras de conduta que limitassem a violência e seus efeitos sobre a população desarmada. A cavalaria seria, portanto, um mecanismo de controle e Ilustração medieval de homens colhendo o trigo com ganchos. Página do calendário para agosto do slatério de rainha Mary. Disponível em: subordinação do jovem cavaleiro. https://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%B5es_feudais#/media/File:Reeve_and_S Em tempos de paz os cavaleiros se ocupavam dos erfs.jpg. Acesso em: 01 nov 2015.
torneios, também conhecidos como justas. Reprovado pela
Igreja, mas largamente difundido durante a segunda metade Diante do incremento demográfico que se do século XII e ao longo de todo o século XIII, as justas foram manifestava desde meados do século X, os mansos da época se aperfeiçoando e ganhando regulamentações específicas carolíngia foram divididos em lotes bem menores, com cerca transformando-se em parte constitutiva da cultura de 3 ou 4 hectares, as tenências. Havia dois tipos básicos cavaleiresca medieval. Neles os cavaleiros poderiam treinar delas, ambas de concessão pouco onerosa para o camponês, o corpo, exibir habilidades maciais e dar vazão à violência a censive e a champart. inerente à sua função. Na primeira, mais comum e difundida, em troca do Contribuíram inclusive para a difusão dos ideais de usufruto da terra o camponês devia uma pequena renda fixa, amor cortês, pois as damas eram espectadores frequentes o censo, pago em dinheiro ou em espécie. Tal taxa não era dos torneios que se apresentavam como oportunidade de economicamente importante para o senhor – em 1300 vivenciar o serviço à mulher amada. representava cerca de 1% das receitas da abadia de Saint- Denis – sendo mais uma espécie de reconhecimento do A cavalaria civilizou lenta, mas seguramente uma direito que ele tinha sobre a terra. Com o tempo, porém, o sociedade militar que, partindo das rudes e violentas raízes camponês passou a dispor de seu lote como se fosse o do mundo épico do início do século XI, floresceu através do proprietário. Daí o senhor ter começado a cobrar pela romance, secular e religioso, dos séculos XII e XIII, para transferência hereditária, taxa conhecida por mão-morta, culminar no mundo formal e regulamentado do período geralmente o melhor animal que o camponês falecido tinha, medieval final, quando os cavaleiros, pelo menos em teoria, para permitir que o filho dele permanecesse na terra. Desde também eram cavalheiros. o século XII se reconheceu também a alienabilidade da BROUGHTON, B.B. Cavalaria In: Henry R. Loyn (Org.). Dicionário da Idade Média. tenência, devendo por isso o camponês entregar ao senhor Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990, p. 204-205. uma porcentagem variável do preço de venda. Na tenência champart (de campi pars, “parte da A SERVIDÃO FEUDAL colheita”), a renda devida pelo camponês ao senhor não era A historiografia especializada tem desenvolvidos fixa, mas proporcional ao resultado da colheita. De maneira trabalhos qualitativos para a compreensão da produção geral, a taxa era de 10% na triticultura, de 16% a 33% na Tv. 14 de Março, 2007 Entre Gentil Bittencourt e Nazaré. /cursomatriz 31210565 | 96023961 4
viticultura e na criação. Esse tipo de tenência estava mais cerca de três dias para o cultivo, construção, manutenção e difundido nos senhorios laicos do que nos eclesiásticos, mais transporte. Além deste, havia a existência das chamadas nas áreas arroteadas recentemente do que nas terras banalidades que se traduziam em taxas pelo uso do moinho, ocupadas há muito tempo. Em algumas regiões, como na forno e outros instrumentos pertencentes ao senhor. Por fim, França central e oriental e na Itália, prevalecia uma variante, a talha que era cobrada pelo senhor em troca de proteção a meação, na qual o senhor fornecia, além da terra, todo o militar, consistindo em cerca de metade da produção do material necessário para cultivá-la, ficando por isso com uma manso. Com o tempo, o camponês dispunha da terra com parcela maior do resultado, variável de metade a dois terços. relativa liberdade. Entretanto, para não perder a relação de Um domínio poderia ter uma variedade de mansos. poder estabelecida, o senhor cobrava a taxa conhecida como Exemplo disso foi Saint-Germain-des-Prés (Paris) com cerca mão morta pela transferência hereditária. de dois mil mansos. Grandes propriedades eram pertencentes ao monarca ou a própria Igreja Católica. Os EXERCÍCIOS domínios eclesiásticos, ao contrário dos domínios reais, 01. (ENEM) ficavam fortalecidos por conta do celibato. Desde que tenhamos compreendido o significado da Não podemos supor que a escravidão cessou com o palavra “Deus”, sabemos, de imediato, que Deus existe. Com surgimento da Idade Média. Hilário Franco Júnior esclarece efeito, essa palavra designa uma coisa de tal ordem que não que outra realidade jurídica surgiu, fixando este sujeito a terra podemos conceber nada que lhe seja maior. Ora, o que existe e não mais em uma compreensão como uma mercadoria. na realidade e no pensamento é maior do que o que existe Claro, tais realidades, ainda, eram visíveis em áreas como da apenas no pensamento. Donde se segue que o objeto Inglaterra, Alemanha, Itália e Catalunha. Todavia, não eram designado pela palavra “Deus”, que existe no pensamento, realidades predominantes. desde que se entenda essa palavra, também existe na realidade. Por conseguinte, a existência de Deus é evidente. Do rebaixamento da condição do homem livre e da TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. Rio de Janeiro: Loyola, 2002.
melhoria da condição de escravo surgia o colono. Sua
situação jurídica, já definida no século IV, expressava O texto apresenta uma elaboração teórica de Tomás de nitidamente a ruralização da sociedade romana. O colono Aquino caracterizada por ficava unido ao lote que ocupava e jamais podia abandoná- lo, assim como não podia dele ser privado pelo proprietário. A reiterar a ortodoxia religiosa contra os heréticos. A terra não poderia ser vendida sem o colono, nem ele sem a B sustentar racionalmente doutrina alicerçada na fé. terra. As obrigações que ele devia não eram leves, mas C explicar as virtudes teologais pela demonstração. estavam claramente fixadas. E não poderiam ser D flexibilizar a interpretação oficial dos textos sagrados. arbitrariamente modificadas pelo latifundiário. Assim, tudo E justificar pragmaticamente crença livre de dogmas. indica que a escravidão ainda era praticada em boa parte do Ocidente cristão, especialmente na Inglaterra, Alemanha, 02. (ENEM) Itália e Catalunha. Mas é inegável que se generalizava então A existência em Jerusalém de um hospital voltado a figura dos servi casati, escravos estabelecidos e fixados para o alojamento e o cuidado dos peregrinos, assim como num pedaço de terra. Dessa forma a própria palavra servus daqueles entre eles que estavam cansados ou doentes, (escravo) passou a designar outra realidade jurídica, fortaleceu o elo entre a obra de assistência e de caridade e a expressando aquela transformação socioeconômica – a do Terra Santa. Ao fazer, em 1113, do Hospital de Jerusalém um servo. estabelecimento central da ordem, Pascoal II estimulava a FRANCO JÚNIOR, Hilário. A Idade Média: o nascimento do ocidente. filiação dos hospitalários do Ocidente a ele, sobretudo São Paulo: Brasiliense, 2001. p. 8; 42 (adaptado). daqueles que estavam ligados à peregrinação na Terra Santa ou em outro lugar. A militarização do Hospital de Jerusalém A produção sobre a terra envolvia o sistema bienal e não diminuiu a vocação caritativa primitiva, mas a fortaleceu. trienal. Para se ter uma ideia, no sistema bienal, a terra era DEMURGER, A. Os Cavaleiros de Cristo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002 (adaptado). dividida em duas partes, cultivando uma delas em um ano e a outra no ano posterior. O objetivo era de colocar um dos O acontecimento descrito vincula-se ao fenômeno ocidental espaços em repouso para que este tivesse a mesma do(a) produtividade. Quanto ao sistema trienal, desde o século VIII era relevante a busca por este método, pois ele permitia a A surgimento do monasticismo guerreiro, ocasionado pelas ampliação das extensões cultiváveis, o que traria, também, cruzadas. uma ampliação na produção de recursos disponíveis. B descentralização do poder eclesiástico, produzida pelo feudalismo. 1º ANO 2º ANO 3º ANO C alastramento da peste bubônica, provocado pela CAMPO 1 Cevada Pousio Trigo expansão comercial. CAMPO 2 Trigo Cevada Pousio D afirmação da fraternidade mendicante, estimulada pela CAMPO 3 Pousio Trigo Cevada reforma espiritual. Esquema de funcionamento do sistema trienal de rotação de culturas. Disponível em: E criação das faculdades de medicina, promovida pelo http://interna.coceducacao.com.br/ebook/pages/1308.htm. Acesso em: 30 nov. 2015. renascimento urbano. Um aspecto conceitual relevante está sobre as 03. (UNESP) diferenças entre senhorio e feudo. Dessa forma, o senhorio O elemento religioso não limitou os seus efeitos ao era um território que dava ao seu senhor poderes fortalecimento, no mundo da cavalaria, do espírito de corpo; econômicos, jurídicos e fiscais. Já o feudo era uma cessão de exerceu também uma ação poderosa sobre a lei moral do direitos que não era necessariamente sobre o senhorio. grupo. Antes de o futuro cavaleiro receber a sua espada, no O senhor procurava extrair rendimentos dos servos altar, era-lhe exigido um juramento, que especificava as suas de vários modos. Um deles que ganha destaque era a obrigações. chamada corveia, trabalho realizado nas terras senhoriais por Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.
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O texto mostra que os cavaleiros medievais, entre outros C a participação nas guerras santas e na defesa do aspectos de sua formação e conduta catolicismo, e a possibilidade de pilhagem de homens e coisas, de massacres e mutilações de inimigos. A mantinham-se fieis aos comerciantes das cidades, a D o cumprimento das obrigações senhoriais ligadas à quem deviam proteger e defender na vida cotidiana e em produção, e à proibição da transmissão hereditária das caso de guerra. conquistas realizadas. B privilegiavam, na sua formação, os aspectos religiosos, E o respeito às relações de vassalagem travadas entre em detrimento da preparação e dos exercícios militares. senhores e servos, e a diversão sob a forma de torneios e C valorizavam os torneios, pois neles mostravam seus jogos em épocas de paz. talentos e sua força, ganhando prestígio e poder no mundo medieval. 06. (UFPA) D agiam apenas de forma individual, realizando constantes Na sexta-feira foram de novo prestadas disputas e combates entre si. homenagens ao conde, as quais eram feitas por esta ordem, E definiam-se como uma ordem particular dentro da rígida em expressão de fidelidade e garantia. Primeiro prestaram estrutura feudal, mas mantinham vínculos profundos com homenagem desta maneira: o conde perguntou se ele a Igreja. desejava tornar-se o seu homem, sem reservas, e ele respondeu “quero”. Em segundo lugar, aquele que havia 04. prestado homenagem jurou fidelidade ao porta-voz do conde, Amar dentro dos parâmetros corteses pressupõe com estas palavras: “comprometo-me por minha fé a ser fiel também um ritual, um sistema de normas e atitudes a serem daqui por diante ao conde Guilherme e a cumprir observadas e aprendidas, uma determinada concepção integralmente a minha homenagem, de boa fé e sem dolo, acerca de como conduzir o sentimento amoroso que adquire contra todos”; Finalmente, com uma varinha na mão, o conde viva expressão na poesia dos trovadores. Em primeiro lugar deu a investidura a todos aqueles que por este fato tinham parte-se da valorização suprema da Dama, e da sujeição do prestado lealdade, homenagem e juramento. Antologia de textos históricos medievais. Editado por Fernanda Espinosa. Lisboa: Sá da poeta à Dama em nome do Amor. Esta sujeição aproveita Costa Editora, 1981, p. 172-173. (adaptado). aqueles ritos políticos e o imaginário feudo-vassálico que orientavam as relações entre os vários componentes da O texto acima foi registrado no século XII e descreve um rito nobreza na Europa Ocidental do século XII. Assim, a relação que marcava uma relação de dependência entre dois de entrega do amador à Dama é traduzida em termos das homens, típica do mundo medieval. Pode-se definir essa instituições feudo-vassálicas, ocupando a Dama a posição da relação como a que se estabelecia entre o suserana a quem o poeta deve fidelidade. BARROS, José D’Assunção. Os trovadores medievais e o amor cortês. Reflexões historiográficas. In: Revista Alethéia, Abr/Mai 2008, Ano 1, Vol. 1, n. 1, p. 06-07. A proprietário e seu escravo, que demarcava a condição de proprietário daquele sobre este. A literatura trovadoresca imortalizou um padrão das relações B senhor e seu servo, que determinava as obrigações afetivas expresso no amor cortês que, no contexto medieval pecuniárias e tributárias deste. do século XII, cumpria uma função social muito específica ao C suserano e seu vassalo, que consagrava as alianças e as difundir a ética da relações de dependência no seio da nobreza. D patrão e seu empregado, em que se estabelecia um A inviolabilidade dos sacramentos. contrato de trabalho. B sacralidade matrimonial. E mestre e os aprendizes de uma corporação de ofício, que C interdependência servil. juravam obediência ao primeiro. D subordinação cristã. E fidelidade vassálica. 07. (ENEM) A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, 05. dividida em três: uns oram, outros combatem, outros, enfim, A própria vocação do nobre lhe proibia qualquer trabalham. Essas três partes que coexistem não suportam ser atividade econômica direta. Ele pertencia de corpo e alma à separadas; os serviços prestados por uma são a condição sua função própria: a do guerreiro. Um corpo ágil e musculoso das obras das outras duas; cada uma por sua vez encarrega- não é o bastante para fazer o cavaleiro ideal. É preciso ainda se de aliviar o conjunto. Assim a lei pode triunfar e o mundo acrescentar a coragem. E é também porque proporciona a gozar da paz. ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais. esta virtude a ocasião de se manifestar que a guerra põe tanta Lisboa: Sá da Costa, 1981. (Adaptado). alegria no coração dos homens, para os quais a audácia e o desprezo da morte são, de algum modo, valores profissionais. A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida Bloch, Marc. A sociedade feudal. Lisboa: Edições 70, 1987 (adaptado). durante a Idade Média. Um objetivo de tal ideologia e um Bloch nos fala da condição social dos nobres medievais e dos processo que a ela se opôs estão indicados, respectivamente, valores ligados às suas ações guerreiras, É possível dizer que em: a atuação guerreira desses cavaleiros representava, respectivamente, para a sociedade e para eles próprios A Justificar a dominação estamental / revoltas camponesas. B Subverter a hierarquia social / centralização monárquica A a permissão real para realização de atividades C Impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas. comerciais, e a eliminação do tédio de um cotidiano de D Controlar a exploração econômica / unificação monetária. cultura rudimentar e alheio a assuntos administrativos. E Questionar a ordem divina / Reforma Católica. B a garantia de segurança, num contexto em que as classes e os Estados nacionais se encontram em conflito, e a perspectiva de conquistas de terras e riquezas.
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08. (ENEM) ANOTAÇÕES Ora, em todas as coisas ordenadas a algum fim, é preciso haver algum dirigente, pelo qual se atinja diretamente o devido fim. Com efeito, um navio, que se move para diversos lados pelo impulso dos ventos contrários, não chegaria ao fim de destino, se por indústria do piloto não fosse dirigido leio porto; ora, tem o homem um fim, para o qual se ordenam toda a sua vida e ação. Acontece, porém, agirem os homens de modos diversos em vista do fim, o que a própria diversidade dos esforços e ações humanas comprova. Portanto, precisa o homem de um dirigente para o fim. AQUINO, T. Do reino ou do governo dos homens: ao rei do Chipre. Escritos políticos de São Tomás de Aquino. Petrópolis: Vozes, 1995 (Adaptado).
No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a monarquia
como o regime de governo capaz de
A refrear os movimentos religiosos contestatórios.
B promover a atuação da sociedade civil na vida política. C unir a sociedade tendo em vista a realização do bem comum. D reformar a religião por meio do retorno à tradição helenística. E dissociar a relação política entre os poderes temporal e espiritual.
GABARITO
1. B 2. A 3. E 4. E 5. C 6. C 7. A 8. C
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LE GOFF, Jacques. SCHMITT, Jean-Claude. Deus. in Dicionário Temático Do Ocidente Medieval. (Coordenador de Tradução Hilário Franco Júnior) - São Paulo. Editora EDUSC, 2002.