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NOÇÕES DE

CRIMINALÍSTICA
Noções de Criminalística

Livro Eletrônico
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
Noções de Criminalística
Leonardo Guedes

Sumário
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Noções de Criminalística. . .............................................................................................................. 4
1. Introdução ao Tema..................................................................................................................... 4
2. Doutrina Criminalística.............................................................................................................. 4
2.1. Histórico da Criminalística...................................................................................................... 4
2.2. Conceitos de Criminalística. . .................................................................................................. 8
2.3. Objetivos da Criminalística.................................................................................................. 10
2.4. Princípios da Criminalística.................................................................................................. 11
3. Áreas de Atuação da Criminalística........................................................................................13
3.1. Odontologia Forense...............................................................................................................13
3.2. Documentoscopia. . ................................................................................................................. 14
3.3. Perícias em Bombas e Explosivos.. ..................................................................................... 14
3.4. Perícias de Meio Ambiente................................................................................................... 14
3.5. Perícias Contábil e Financeira.. ............................................................................................ 14
3.6. Perícias de Engenharia. . .........................................................................................................15
3.7. Perícias de Veículos. . ...............................................................................................................15
3.8. Perícias em Locais de Crime.................................................................................................15
3.9. Perícias de Química Forense.................................................................................................16
3.10. Perícias em Informática.......................................................................................................16
3.11. Balística Forense....................................................................................................................16
3.12. Genética Forense...................................................................................................................16
3.13. Perícias em Audiovisual e Eletrônicos.. ............................................................................. 17
3.14. Entomologia Forense............................................................................................................ 17
Resumo............................................................................................................................................. 18
Mapas Mentais............................................................................................................................... 20
Exercícios......................................................................................................................................... 23
Gabarito............................................................................................................................................ 36
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 37
Referências
O conteúdo .......................................................................................................................................61
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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
Noções de Criminalística
Leonardo Guedes

Apresentação
Olá!
Como está? Tudo certo? Meu nome é Leonardo Guedes e vamos juntos iniciar o curso de
Criminalística. Sou Especialista em Gestão de Segurança Pública pela Universidade de Brasília
(2014), Especialista em Investigação Criminal pela Universidade Católica de Brasília (2009)
e possuo Mestrado em Biologia Molecular pela Universidade de Brasília (2009) e atualmente
estou cursando Farmácia/UnB.
Sou Perito Criminal da Polícia Civil do Distrito Federal, lotado na Seção de Crimes contra
o Patrimônio/IC-PCDF. Antes, fui Agente de Polícia da PCDF por quase 10 anos onde adquirir
vasta experiência para atuar em Investigação Criminal e nas Operações Policiais.
Nesse período atuava muito na parte da Isolamento e Preservação de Local de Crime, prin-
cipalmente homicídios, pois nessa época trabalhava na Seção de Crimes Violentos da Delega-
cia, repartição esta, que cuidada da investigação de crimes contra a vida.
Atuando como Perito Criminal Oficial, passei processar os mais diversos locais de crimes,
muitos deles sem isolamento e/ou qualquer preservação, e pude notar o quão importante são
esses cuidados para uma boa coleta vestígios, bem como, para corretamente esclarecer as
circunstâncias do fato ocorrido e buscar os indícios que levam a autoria do delito, sempre pau-
tado na metodologia científica.
Atuei também, como Professor de Investigação Criminal na Escola Superior de Polícia Civil
do Distrito Federal e ministrei palestras sobre o Panorama Nacional de Homicídios para For-
ça Nacional.
Fui aprovado em concursos da área executiva federal, na secretaria de saúde e de educa-
ção do DF, mas minha vida de concurseiro “raiz” sempre foi voltada para as carreiras policiais.
Assim, para te ajudar na aprovação, eu e toda equipe do GRAN CURSOS, através desse livro
digital, vamos apresentar de forma bem focada a teoria, exercícios, respondendo questões de
provas anteriores e criando questões inéditas para que você teste seus conhecimentos e este-
ja pronto para qualquer questão que a banca ousar te desafiar.
As referências bibliográficas estarão presentes ao final do livro digital, caso queira maior
aprofundamento sobre o tema. Qualquer dúvida esperarei as perguntas no Fórum do aluno! OK?
Portanto, bons estudos e vamos juntos rumo à aprovação!!!
Leonardo Guedes
Instagram: @leo_guedes_scientia_lex

Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que
planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase
vive já morreu. Sarah Westphal

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
1. Introdução ao Tema
A Criminalística desenvolveu-se, em especial no último século e meio, no seio da polícia
judiciária, levando a um senso comum de que tal matéria seria de interesse principalmente
policial. Esse raciocínio é um grande erro, pois é a Justiça a destinatária final. Aos operadores
do Direito não cabe simplesmente apreciar a prova, mas sim questioná-la, demandar novos
exames, apontar-lhe os vícios, e, conforme o caso, fortalecer ou descartar uma prova colhida
na fase pré-processual, de forma a garantir que o conjunto probatório seja o mais completo e
correto possível (VELHO, GEISER & ESPINDOLA, 2017, P.1).
A Criminalística é uma ciência que se utiliza do conhecimento de outras ciências para po-
der realizar o seu mister, qual seja, o de extrair informações de qualquer vestígio encontrado
em um local de infração penal, que propiciem a obtenção de conclusões acerca do fato ocorri-
do, reconstituindo os gestos do agente da infração e, se possível, identificando-o (ESPÍNDOLA,
2014, P. 250).
Não se pode datar com exatidão a origem da Criminalística, sabe-se, no entanto, que sua
origem foi fragmentada, proveniente de disciplinas independentes e grande parte dos conhe-
cimentos de Criminalística derivou da Medicina Legal e, posteriormente, constituíram corpo
de conhecimento próprio. No Brasil, a Ciência Forense surgiu de investigações individuais rea-
lizadas no seio das universidades, por Médicos Legistas, na sua maioria. À medida que a Cri-
minalística se tornou atividade de polícia, distanciou-se cada vez mais da academia, sofrendo
grande decadência. Isso se acentuou sobremaneira após o golpe de 1964, onde a existência de
uma perícia autônoma não era vista com bons olhos (GARRIDO & GIOVANELLI, 2006).

2. Doutrina Criminalística
2.1. Histórico da Criminalística
O professor Eraldo Rabello, em sua obra Curso de Criminalística, catalogou cronologica-
mente, como evoluíram a Criminalística e seus diferentes ramos, especialmente a Papilosco-
pia e a Medicina Legal, através de dados colhidos em diversas fontes:
Historiadores relatavam a existência de reproduções de impressões a tinta, desenhos em
cavernas, vestígios de mãos e dedos desde o período pré-histórico. O ilustre professor Rabello,
exemplifica, que já na velha Roma, o Imperador César já aplicara o método de “exame do local”,
ou seja, tendo chegado aos seus ouvidos que um de seus servidores, Plantius Silvanius, tendo
jogado sua mulher, Aprônia, de uma janela, compareceu ao local e foi examinar o seu quarto
de dormir “e nele encontrou sinais certos de violência”. Considerando que um dos aspectos
mais importantes da Criminalística é o exame do local do delito, este ato de César foi, talvez
a aplicação primeira do método do exame direto de um local de crime, para a constatação do
ali ocorrido.

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Vejamos, a seguir, outros acontecimentos históricos, em destaque informações que julgo


mais importantes para sua prova:
1. Em 1560, na França, Ambroise Paré falava sobre os ferimentos produzidos por
arma de fogo;
2. Em 1563, em Portugal, João de Barros, cronista português, publicou observações feitas
na China sobre tomadas de impressões digitais, palmares e plantares, nos contratos de com-
pra e venda entre pessoas;
3. Em 1651, em Roma, Paolo Zachias publicou “Questões Médicas”, sendo considerado,
assim, o “pai da Medicina Legal”;
4. Em 1665, Marcelo Malpighi, Professor de Anatomia da Universidade de Bolonha, Itália,
observava e estudava os relevos papilares das polpas digitais e das palmas das mãos; em
1686, novamente Malpighi fazia valiosas contribuições ao estudo das impressões papiloscó-
picas, tanto que uma das partes da pele humana leva o nome de “capa de Malpighi”;
5. Em 1753, na França, Boucher realizava estudos sobre balística, disciplina que mais tarde
se chamaria Balística Forense;
6. Em 1805, na Áustria, teve início o ensino da Medicina Legal; na Escócia, ocorreu em
1807 e na Alemanha, em 1820; por essa época também se verificou na França e na Itália;
7. Em 1809, a polícia francesa permitiu a inclusão de Eugene François Vidocq, um célebre
delinquente dessa época, originando, para alguns, o maior equívoco para a investigação poli-
cial, mas, para outros, a transformação em uma das melhores polícias do mundo, já que muitos
de seus sistemas de investigação foram difundidos a muitos países; em 1811, Vidocq fundou
a Sûretê (Segurança);
8. Em 1823, Johannes Evangelist Purkinje, num elevado acontecimento da história da da-
tiloscopia, apresentou um tratado como um ensaio de sua tese para obter a graduação de
Doutor em Medicina, na Universidade de Breslau, na Alemanha; em seus escritos, discorreu
sobre os desenhos digitais, agrupando-os em nove tipos, assinalando a presença do delta e
admitindo a possibilidade destes nove tipos serem reduzidos a quatro;
9. Em 1829, na Inglaterra, Sir Robert Peel fundou a Scotland Yard (este nome é originário
do fato de a polícia de Londres estar ocupando uma construção que antes havia servido de
residência aos príncipes escoceses, quando visitavam Londres);
10. Em 1840, o italiano Orfila criou a Toxicologia e Ogier aprofundou os estudos em 1872;
esta ciência auxiliava os juízes a esclarecer certos tipos de delitos, principalmente naqueles
em que os venenos eram usados com frequência; esta ciência, ou disciplina, também é consi-
derada como precursora da Criminalística;
11. Em 1844, uma bula de Inocêncio VIII recomendava a intervenção dos médicos nos as-
suntos criminais;
12. Em 1858, William James Herschel, Delegado do Governo inglês na Índia (Bengala)
iniciou seus estudos sobre as impressões digitais, concluindo pela sua imutabilidade; nessa
mesma época, o Dr. Henry Faulds, médico inglês, que trabalhava em um hospital de Tóquio,

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observou impressões digitais em peças de cerâmica pré-histórica japonesa, iniciando, desse


modo, seus estudos sobre impressões digitais, apresentando, finalmente, as seguintes suges-
tões: que as impressões digitais fossem tomadas com tinta preta, de imprensa; que fossem
examinadas com lente; que existe certa semelhança entre as impressões digitais dos homens
e dos macacos;
13. Em 1864, Lombroso propôs o Sistema Antropométrico como processo de identificação
(na Itália);
14. Em 1866, Allan Pinkerton, em Chicago, nos EUA, colocava em prática a fotografia cri-
minal para reconhecimento de delinquentes, disciplina que, posteriormente, seria chamada
Fotografia Judicial e atualmente se conhece como Fotografia Forense;
15. Em 1882, Alfonso Bertillón criava, em Paris, o Serviço de Identificação Judicial, em que
ensaiava seu método antropométrico, outra das disciplinas que se incorporaria à Criminalística
geral; nessa mesma época, Bertillón publicava tese sobre o Retrato Falado, outra das precurso-
ras disciplinas Criminalísticas, constituindo-se na descrição minuciosa de certos característi-
cos cromáticos e morfológicos do indivíduo;
16. Em 1888, na Inglaterra, Sir Francis Galton foi convidado pelo “Real Instituto de Londres”
para opinar sobre o melhor sistema de identificação; deveria proceder a estudos comparativos
entre os sistemas de Bertillón (Antropométrico) e o das impressões digitais. Galton concluiu
pela superioridade deste último e esboçou um sistema de classificação datiloscópico, adotan-
do três tipos, denominados arcos, presilhas e verticilos, publicado na revista Nature;
17. Na Argentina, em 1º/9/1891, Juan Vucetich, Encarregado da Oficina de Identificação de
La Plata, apresentou um sistema de identificação, denominado Icnofalangometria (combina-
ção dos sistemas de Bertillón com as impressões digitais);
18. Em 1892, em Graz, Áustria, o mais ilustre e distinguido criminalista de todos os tempos,
o Doutor em Direito Hans Gross (considerado o “PAI DA CRIMINALÍSTICA”) publicou sua obra:
Manual do Juiz de Instrução – todos os sistemas de Criminalística; em 1893, foi impressa na
mesma cidade austríaca, a segunda edição de sua obra, e a terceira em 1898. Do conteúdo
científico desta obra se depreende que o Doutor Hans Gross, em sua época, constituiu a Cri-
minalística com as seguintes matérias: Antropometria, Contabilidade, Criptografia, Desenho
Forense, Documentoscopia, Explosivos, Fotografia, Grafologia, Acidentes de Trânsito Ferroviá-
rio, Hematologia, Incêndios, Medicina Legal, Química Legal e Interrogatório; Avaliação e Repa-
ração de Danos; Exames de Armas de Fogo; Exames de Armas Brancas; Datiloscopia; Exame
de Pegadas e Impressões; Escritas Cifradas (uso de símbolos para a formação de frases) etc.
19. Em 1896, Juan Vucetich (nascido na Croácia, Iugoslávia), consegue que a Polícia do Rio
da Prata, Argentina, deixe de utilizar o método antropométrico de Bertillón; ainda, reduz a qua-
tro os tipos fundamentais da Datiloscopia, determinados pela presença ou ausência de delta;
20. Em 1899, na Áustria, Hans Gross criou os Arquivos de Antropologia e Criminalística;
21. Em 1902, em Portugal, começou a utilização das impressões plantares e palmares
como complemento da identificação datiloscópica;

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22. Em 1903, no Rio de Janeiro, Brasil, foi fundado o Gabinete de Identificação, onde já es-
tava estabelecido o Sistema Datiloscópico de Vucetich;
23. Em 1908, na Espanha, Constancio Bernaldo de Quiroz reduzia a três as fases da for-
mação e evolução da Polícia Científica: a) uma primeira fase, equívoca, quando os policiais,
incluindo o Chefe, como Vidocq, eram recrutados entre os próprios delinquentes porque eram
conhecedores dos criminosos e as artes dos malfeitores; b) uma segunda fase, empírica, na
qual o pessoal, já não recrutado entre os delinquentes, luta com meios empíricos e com as fa-
culdades naturais, vulgares ou excepcionais; c) uma terceira fase, a científica, em que a estas
faculdades naturais se unem métodos de investigação técnica fundados na observação racio-
nal e nas experiências químicas, fotográficas etc.;
24. Em 1909, nos Estados Unidos, Osborn publicou um livro intitulado Questioned
Documents;
25. Em 1920, no México, o Prof. Benjamim Martinez fundou o Gabinete de Identificação e o
Laboratório de Criminalística;
26. Em 1933, nos Estados Unidos, foi criado o F.B.I. (Federal Bureau of Investigation), em
Washington, por iniciativa do Procurador-Geral da República, Mr. Homer Cummings.
Outras considerações históricas:
No Brasil, a origem da Criminalística também se confunde com a Medicina Legal e
temos que:
1. No período colonial praticamente não foram produzidos trabalhos científicos de Medici-
na Legal. Em 1814, ocorreu a primeira publicação nacional de Medicina Legal do autor Gonçal-
ves Gomide, médico e senador do Império: “Impugnação analítica ao exame feito pelos clínicos
Antônio Pedro de Sousa e Manuel Quintão da Silva”. Em 1832, foram criadas as Faculdades
de Medicina que exigiram teses como pré-requisito à obtenção do grau de doutor. Com isso
avultaram-se os trabalhos em medicina no Brasil e em 1839 aparecem as primeiras teses de
Medicina Legal.
2. De 1839 a 1877, não há nenhum trabalho realmente original, a exceção ficou por conta
da Toxicologia, na qual foram produzidos trabalhos inovadores, principalmente por Francisco
Ferreira de Abreu, O Barão de Teresópolis.
3. A partir de 1877 inicia-se uma nova fase da Medicina Legal brasileira, com a entrada de
Agostinho José de Sousa Lima para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Dentre suas
várias contribuições, está a criação do ensino prático de Medicina Legal, desenvolvendo a par-
te de laboratório; inauguração do primeiro curso prático de tanatologia forense no necrotério
da Polícia da Capital Federal, em 1881.
4. Em 1902, o sistema Vocetich, de identificação papiloscópica, foi implantado no Brasil.
Este sistema já se encontrava em uso no Gabinete de Identificação fundado em 1903 no Rio de
Janeiro, Capital Federal. Grandes nomes como Félix Pacheco, Carlos Éboli, Evaristo de Veiga,
Hélio Gomes e Leonídio Ribeiro são destacados iniciadores da Criminalística, apesar da forma-
ção médica da maioria.

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5. Em 1913, Oscar Freire consegue viabilizar um acordo entre a Faculdade de Medicina


e o Governo do Estado da Bahia. Em 1914, Freire funda a Polícia Científica em Salvador
ao trazer da Suíça para palestras na cidade o Perito Criminal Reiss. Em seguida, vai para
São Paulo onde inaugura a pesquisa Médico– Legal no estado, contribuindo para o início
do Instituto de Medicina Legal da Faculdade de Medicina (atual Instituto Oscar Freire), a
partir de 1922.
6. Entre os anos de 1943 e 1944 foi criada a Diretoria Geral de Investigações, que englobava
o Instituto de Identificação Félix Pacheco, o Instituto Médico Legal e o Gabinete de Pesquisas
Científicas, o qual deu origem ao Instituto de Criminalística.
7. Em 1947, o termo Criminalística foi introduzido no país, por Del Picchia, perito criminal
aposentado da Polícia Técnica de São Paulo.
8. A Criminalística e a Medicina Legal tiveram sua época de ouro no Rio de Janeiro durante
as décadas de 40 a 60. Na década de 1950, a solicitação do trabalho pericial científico se tor-
nara rotina aceita pelas autoridades judiciais e policiais.
9. Em 2009, é promulgada a lei que dispõe sobre as perícias oficiais e dá outras providên-
cias – LEI N. 12.030, DE 17 DE SETEMBRO DE 2009.
10. Em 2019, é definido que todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central
de custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada di-
retamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal. LEI N. 13.964, DE 24 DE
DEZEMBRO DE 2019.

2.2. Conceitos de Criminalística


Como demonstrado na cronologia histórica, o primeiro quem nominou essa ciência com a
expressão “Criminalística” foi o magistrado alemão Hans Gross, que definiu pela primeira vez,
1893, como sendo:
“estudo global do crime, isto é, uma ciência que devia estudar toda a fenomenologia do
crime, e o homem como binômio corpo/mente.”
Em termos gerais destacam-se os seguintes conceitos para Criminalística:

AUTOR CONCEITOS DE CRIMINALÍSTICA

Criminalística é o estudo da fenomenologia do crime e


HANS GROSS (1893)
dos métodos práticos de sua investigação.

Disciplina que tem por objetivo o reconhecimento


e interpretação dos indícios materiais extrínsecos
JOSÉ DEL PICCHIA (1947) relativos ao crime ou à identidade do criminoso. Os
exames dos vestígios intrínsecos (na pessoa) são da
alçada da medicina legal.

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AUTOR CONCEITOS DE CRIMINALÍSTICA

É a aplicação de qualquer ciência ou técnica a


pesquisa e a interpretação de indícios materiais
ASTOLFO TAVARES PAES
relativos ao crime, evidente ou hipotético, e, no caso
(1966)
de confirmação de sua ocorrência, à identidade de
quem dele tenha participado;

É a parte das ciências criminais que, ao lado da


medicina legal, tem por finalidade os estudos técnicos
HILÁRIOVEIGA DE
e científicos dos indícios materiais do delito e da
CARVALHO (1966)
identificação do seu autor, colaborando também com
outros campos do direito que dela careçam.

Disciplina autônoma, integrada pelos diferentes


ramos do conhecimento técnico-científico, auxiliar
e informativa das atividades policiais e judiciárias de
ERALDO RABELLO (1996) investigação criminal, tendo por objeto o estudo dos
vestígios materiais extrínsecos à pessoa física, no que
tiver de útil à elucidação e à prova das infrações penais
e, ainda, à identificação dos autores respectivos.

A Criminalística policial ocupa-se com a identificação


do indivíduo, do exame dos vestígios, das manchas
e rastros, da falsificação de documentos ou moedas,
EMÍLIO FEDERICO
das armas de fogo e dos explosivos, bem como
PABLO BONNET
dos veículos de qualquer tipo, quando suspeitos de
estarem relacionados com um fato doloso, culposo ou
acidental.

Criminalística constituiu o conjunto de conhecimentos


científicos, técnicos, artísticos etc., destinados à
apreciação, interpretação e descrição escrita dos
elementos de ordem material encontrados no local do
JOSE LOPES ZARZUELA
fato, no instrumento de crime e na peça de exame, de
(1995)
modo a relacionar uma ou mais pessoas envolvidas
em um evento, às circunstâncias que deram margem
a uma ocorrência, de presumível ou de evidente
interesse judiciário.

Sistema que se dedica à aplicação de faculdades de


observação e de conhecimento científico que nos
levem a descobrir, defender, pesar e interpretar os
GILBERTO PORTO
indícios de um delito, de modo a sermos conduzidos
à descoberta do criminoso, possibilitando à Justiça a
aplicação da justa pena

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Analisando todos esses conceitos, você perceberá que em sentido amplo, e sobre o ponto
de vista prático, a Criminalística é uma ciência que tem como objetivo o reconhecimento e a
interpretação dos indícios materiais extrínsecos, relativos ao crime ou à identidade do crimino-
so. Nada mais é do que uma ciência de individualização, partindo-se da premissa de que tudo,
no âmbito das coisas materiais, é único e, por consequência possível de ser individualizado,
assim, poderemos chegar à identificação de qualquer fato delituoso por intermédio dos exa-
mes periciais que as técnicas criminalísticas disponibilizam ao perito.
Dessa forma, com bem formulado pelo professor Alberi Espíndola, todo objeto tem ca-
racterísticas gerais e específicas que, no seu conjunto, devidamente analisadas com critérios
rigorosamente técnico-científicos, proporcionarão uma quantidade suficiente dessas caracte-
rísticas capazes de estabelecer a sua identificação precisa. Esse é princípio básico que norteia
os exames periciais para cada vestígio analisado.
Com entendimento desses conceitos podemos perceber que todo crime que deixa vestí-
gios, concede à Autoridade Policial, a possibilidade de materialização do delito e identificação
de indivíduos responsáveis por essa conduta delituosa. Juntamente com as informações exis-
tentes nos laudos periciais que são pautados nos princípios e conceitos de Criminalística, po-
derá obter “peças” cruciais para montar o complexo “quebra-cabeças” que é o Inquérito Policial.

Atenção para a definição de JOSÉ DEL PICCHIA (1947), pois é bastante recorrente nas provas
de concurso público que cobram o conceito de Criminalística.

Disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e interpretação dos indícios materiais extrínsecos
relativos ao crime ou à identidade do criminoso. Os exames dos vestígios intrínsecos (na pessoa)
são da alçada da medicina legal.

2.3. Objetivos da Criminalística


Para pontuarmos os objetivos da Criminalística é necessário retomar ao conhecimento de
que sempre quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Neste contexto, a crimina-
lística se fará, necessariamente, presente por intermédio dos exames em locais de crime, da
análise, interpretação, exames laboratoriais entre outros.
Estabelecendo como premissa a necessidade da utilização da Criminalística para eviden-
ciar um fato, podemos dizer que entre os objetivos dessa ciência, os principais, seriam volta-
dos para responder as sete perguntas do Heptâmetro de Quintiliano, quais sejam: QUE? QUEM?
QUANDO? POR QUÊ? COMO? ONDE? E COM QUE AUXÍLIO?
De forma mais sistematizada, podemos definir como objetivos da Criminalística:
I – dar materialidade do fato típico: dizer que aquele fato realmente aconteceu, de que for-
ma ele aconteceu, constatando a ocorrência do ilícito penal (QUE; COMO?).

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II – fornecer a dinâmica do evento: verificar os meios e os modos (modus operandi) como


foi praticado um delito visando sempre fornecer a dinâmica do evento, entretanto, nem sempre
é possível devido às falhas habituais e dificuldades na preservação da cena do crime (ONDE;
COMO; QUANDO?).
III – reconhecimento e interpretação dos indícios materiais extrínsecos a cena do crime.
Ou seja, analisa aqueles vestígios que foram retirados da cena de crime, que podem ser con-
teúdos biológicos, material como um objeto, por exemplo. O perito, através da criminalística,
interpreta todos esses vestígios e diz o impacto que tem naquela cena, e interpretar os elemen-
tos que conduzam a identificação do agente (COM QUE AUXÍLIO?).
IV – identificação de autoria de um delito. Não só falar como aconteceu tal delito, mas
quem o produziu (QUEM?).
V – elaborar a prova técnica, através da indiciologia material.

2.4. Princípios da Criminalística


Existem princípios denominados “Científicos da Criminalística” e os “Fundamentais Da Cri-
minalística” esse último mais presentes nas provas de concurso público das carreiras policiais
do Brasil, falaremos de ambos, mas, enfoque maior será dado aos Princípios Fundamentais da
Criminalística.

2.4.1. Princípios Fundamentais da Criminalística

a) Princípio da Observação: “Todo contato deixa uma marca” (Edmond Locard).


Em locais de crime, a pesquisa e a busca dos vestígios nem sempre é missão de fácil exe-
cução, sabendo-se que, em muitos casos, tais elementos resultantes da ação delituosa, quer
originários dos autores, quer originários das vítimas, somente podem ser detectados através
de análises microscópicas, ou mesmo, aparelhos de altíssima precisão. Mas, o que é impor-
tante ter em mente é que praticamente inexistem ações em que não resultem marcas de pro-
vas, sabendo-se, ainda, que é notória a evolução e pesquisa do instrumental científico capaz de
detectar esses vestígios, ou mesmo, microvestígios;

Não confunda Hans Gross (considerado PAI da CRIMINALÍSTICA) com Edmond Locard que foi
quem criou o primeiro laboratório forense, em Lyon, na França, no ano de 1910.

b) Princípio da Análise: “A análise pericial deve sempre seguir o método científico”.


A perícia científica visa a definir como o fato ocorreu (teoria), através de uma criteriosa
coleta de dados (vestígios e indícios), que permitem estabelecer-se conjeturas sobre como se
desenvolveu o fato, formulando-se hipóteses coerentes sobre ele. É esse o método científico
que baseiam as condutas periciais, que permitem estabelecer-se, às vezes, no próprio local
dos exames, uma teoria completa sobre o fenômeno, ou, em outras oportunidades, dependen-
do de exames complementares.
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c) Princípio da Interpretação: “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca


idênticos”.
Este princípio, também chamado de “Princípio da Individualidade”, preconiza que a identi-
ficação deve ser sempre enquadrada em três graus, ou sejam: a identificação genérica, a espe-
cífica e a individual, sendo que os exames periciais deverão sempre alcançar este último grau.
d) Princípio da Descrição: “O resultado de um exame pericial é constante com relação ao
tempo e deve ser exposto em linguagem ética e juridicamente perfeita”.
Os resultados dos exames periciais, sempre baseados em princípios científicos, não po-
dem variar pela passagem do tempo; e, ainda, considerando que qualquer teoria científica deve
gozar da propriedade da refutabilidade, os resultados da perícia, quando expostos através do
Laudo, devem ser de uma forma bem clara, racionalmente dispostas e bem fundamentadas.
e) Princípio da documentação: “Toda amostra deve ser documentada, desde seu nasci-
mento no local de crime até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer um his-
tórico completo e fiel de sua origem”.
Este princípio, baseado na Cadeia de Custódia da prova material, visa a proteger, segura-
mente, a fidelidade da prova material, evitando a consideração de provas forjadas, incluídas no
conjunto das demais, para provocar a incriminação ou a inocência de alguém. Todo o caminho
do vestígio deve ser sempre documentado em cada passo, com documentos que o oficializem,
de modo a não pairarem dúvidas sobre tais elementos probatórios. A documentação corres-
pondente a cada vestígio pode ser realizada por anotação e despacho do próprio perito que o
considerou.

2.4.2. Princípios Científicos da Criminalística

Caro(a) aluno(a) apesar de presente nos bons livros de Criminalística, esses princípios nunca
foram cobrados em prova, vou apresentá-los, pois o importante é você surpreender a banca e
não o contrário, de toda sorte tenha em mente que esses princípios podem ser utilizados para
confundir seus conhecimentos sobre os “PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS”, que esse sim, não
caem, despencam nas provas de concursos!!!

No ambiente em que surgiu, no cultivo de sua etiologia científica e no atendimento a seus


bem definidos objetivos, a Criminalística edificou-se como uma das ciências da prova material,
firmando-se através dos seguintes princípios científicos:
I – Princípio do Uso: os fatos apurados pela Criminalística são produzidos por agentes
físicos, químicos ou biológicos;
II – Princípio da Produção: sobreditos agentes agem produzindo vestígios indicativos de
suas ocorrências, com uma grande variedade de naturezas, morfologias e estruturas;
III – Princípio do Intercâmbio: os objetos ou materiais, ao interagirem, permutam caracte-
rísticas ainda que microscópicas;
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IV – Princípio da Correspondência de Características: a ação dos agentes mecânicos re-


produz morfologias caracterizadas pelas naturezas e modos de atuação dos agentes;
V – Princípio da Reconstrução: a aplicação de leis, teorias científicas e conhecimentos tec-
nológicos sobre a complexão dos vestígios remanescentes de uma ocorrência estabelecem
os nexos causais entre as várias etapas da ocorrência, culminando na reconstrução do evento;
VI – Princípio da Certeza: sendo os princípios técnicos e científicos que presidem os fatos
criminalísticos inalteráveis e suficientemente comprovados, atestam a certeza das conclusões
periciais;
VII – Princípio da Probabilidade: em todos os estudos da prova pericial, prepondera a des-
coberta no desconhecido de um número de características que corresponda à característica
do conhecido. Pela existência destas características comuns, o perito conclui que o conhecido
e o desconhecido possuem origens comuns devido à impossibilidade de ocorrências indepen-
dentes deste conjunto de características.

2.4.3. Postulados da Criminalística

Dentro da Doutrina Criminalística, admite-se alguns princípios aceitos sem discussão, den-
tre os principais postulados da criminalística, destacam-se:
a) O conteúdo de um Laudo Pericial Criminalístico é invariante com relação ao Perito Cri-
minal que o produziu: como os resultados de uma perícia criminalística são invariavelmente
baseados em leis científicas, com teorias e experiências consagradas, seja qual for o perito
que recorrer a estas leis para analisar um fenômeno criminalístico, o resultado não poderá
depender dele, indivíduo;
b) As conclusões de uma perícia criminalística são independentes dos meios utilizados
para alcançá-las: utilizando-se os meios adequados para se concluir a respeito do fenômeno
criminalístico, esta conclusão, quando forem reproduzidos os exames, será constante, indepen-
dentemente de se haver utilizados meios mais rápidos, mais precisos, mais modernos ou não;
c) A Perícia Criminalística é independente do tempo: principalmente sabendo-se que a ver-
dade é imutável em relação ao tempo decorrido.

3. Áreas de Atuação da Criminalística


Como bem vimos, a Criminalística é uma ciência multidisciplinar, e as áreas de atuação são
imensuráveis, no entanto, o Institutos de Criminalística do Brasil e do Mundo atuam principal-
mente na realização de perícias nas áreas citadas a seguir:

3.1. Odontologia Forense


As perícias odonto-legais são realizadas em casos de crimes contra a integridade física da
pessoa, com o foco na caracterização da materialidade dos delitos, cabe aos peritos desse se-
tor a realização de exames de corpos de pessoas mortas ou análise de documentação médica.
Por exemplo, nos casos de desastre em massa e na identificação de pessoas.
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3.2. Documentoscopia
As perícias documentoscópicas estão presentes, principalmente, no combate aos cri-
mes contra a fraude documental, comumente utilizado nos crimes contra o sistema financei-
ro nacional.
Os profissionais dessa área buscam, através de exames, comparações e análises científi-
cas em documentos, esclarecer a autenticidade do material recolhido, revelando os processos
e métodos utilizados nas falsificações de papéis e assinaturas. Um dos ramos mais requisita-
dos da documentoscopia é a grafoscopia, técnica utilizada para estabelecer a autenticidade ou
autoria de textos escritos à mão.
Entre os materiais analisados pelos profissionais dessa área estão qualquer documento
impresso que seja objeto de investigação policial ou criminal: passaportes, títulos da dívida
pública, carteiras de habilitação, cédulas de identidade, carteiras profissionais, selos, papel-
-moeda, vistos, certidões e formulários, entre outros.

3.3. Perícias em Bombas e Explosivos


Ocorrências que envolvem bombas em propriedades públicas e privadas são frequentes no
Brasil. Nesses caso as equipes são responsáveis por atender a qualquer ocorrência de ameaça de
bomba, entre outras atividades correlatas, como varreduras de segurança, perícias de pós-explo-
são. Em todo país, peritos criminais participam diariamente de operações de segurança e realizam
exames, transporte, desativação e destruição de objetos suspeitos, além da coleta de vestígios em
locais de pós-explosão de forma preventiva, realizando varreduras em prédios ou em eventos.

3.4. Perícias de Meio Ambiente


Profissionais das áreas de atuação da criminalística ambiental trabalham na realização de
exames e produção de laudos periciais em crimes que envolvem a fauna, flora, poluição, extração
mineral e invasão de áreas protegidas. Em determinados casos, as perícias incluem ainda, exa-
mes em sítios arqueológicos, fossilíferos e de patrimônio natural, que visam caracterizar e avaliar
danos ambientais em áreas alteradas, identificar taxonomicamente organismos vivos ou partes
deles, classificar minerais e, quando possível, valorizar economicamente os recursos naturais.
Além disso, busca avaliar o impacto ao meio ambiente decorrente da intervenção sobre
esses organismos ou minerais, conforme a legislação em vigor.

3.5. Perícias Contábil e Financeira


A repressão aos crimes financeiros são focos de atuação da perícia contábil e financeira.
Os crimes desta natureza consistem em todo delito, sem o uso de violência, danoso a socieda-
de e que tenha como objetivo final a obtenção de lucro.
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Inclui as atividades ilegais: crimes do colarinho branco, gestão fraudulenta de institui-


ção financeira, evasão de divisas, manutenção de depósitos não declarados no exterior,
sonegação fiscal, crimes em licitações, apropriação indébita de contribuição previdenciária,
corrupção (ativa e passiva), peculato, crimes contra o mercado de capitais, crimes contra as
finanças públicas, lavagem de dinheiro, entre outros.
Os exames financeiros analisam extratos e documentos provenientes de quebra de sigilo
bancário e fiscal, com o objetivo de verificar possíveis incompatibilidades entre a movimen-
tação financeira e as declarações do imposto de renda e evolução patrimonial incompatível.

3.6. Perícias de Engenharia


Superfaturamento de licitações, financiamentos e contratos de obras públicas estão
entre os casos solucionados pelos peritos de engenharia. São eles os responsáveis por ana-
lisar se uma rede de esgoto foi toda construída, o custo de mercado da escola no interior do
estado, se a venda de um imóvel foi abaixo do valor de mercado ou a causa do rompimento
de uma barragem.
A área de perícias em engenharia tem em seu histórico casos de grande diversidade,
tais como, desvio de verbas em obras públicas, avaliações de imóveis urbanos e rurais, aci-
dentes aéreos e até mesmo análises em obras de arte.

3.7. Perícias de Veículos


Em diversas ocorrências criminais existe a ligação direta ou indireta com um veículo e
em muitas delas, os veículos envolvidos apresentam uma série de vestígios, cujo proces-
samento pode demandar a atuação de profissionais de diferentes áreas da Criminalística.
Entre os diferentes exames realizados em veículos, eles podem visar a busca por altera-
ções no mesmo, a identificação de compartimentos preparados com o fim de ocultar itens
ou mercadorias, além da análise de sua estrutura.

3.8. Perícias em Locais de Crime


Para a produção da maioria dos laudos da perícia criminal é preciso, antes de qualquer
coisa, que o local de crime seja fotografado, analisado e feito a coleta de todos os vestígios
necessários, que, posteriormente, são submetidos a análises em laboratório.
Os peritos criminais de todo país atendem as ocorrências em locais que envolvam os
mais diversos tipos de crimes, tais como: incêndios, acidentes de trânsito, desastres, cri-
mes contra o patrimônio e pessoas, ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nuclea-
res, entre outros.

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3.9. Perícias de Química Forense


A análise, a caracterização e o desenvolvimento de novas metodologias de exames em
drogas, fármacos (medicamentos), agrotóxicos, alimentos, tintas, documentos, bebidas, com-
bustíveis, em diferentes formas de apresentação, são atribuições dos profissionais em quími-
ca forense. Os peritos criminais em laboratório, em sua maioria, realizam exames no material
solicitado, a fim de identificar as substâncias presentes, sua quantidade, princípio ativo, além
da prerrogativa legal, que tange à parte técnica, ou seja, à licitude da substância.
A maioria dos exames efetuados nos laboratórios de química forense distribuídos pelo Bra-
sil são em drogas proscritas – cocaína, maconha, esctasy e LSD. Em seguida vêm os fármacos
e os demais (agrotóxicos, fluídos biológicos (toxicologia forense), combustível, fertilizantes,
acelerantes de incêndio, tintas, alimentos, explosivos, entre outros).

3.10. Perícias em Informática


A perícia em informática desempenha papel fundamental na solução de crimes que uti-
lizam a Internet, entre outros recursos informatizados. Todo trabalho é feito com base em
exames minuciosos, que vão, desde análises em local de crime na Internet e mídias de ar-
mazenamento, até o rastreamento de mensagens eletrônicas, identificação e localização de
internautas e sites ilegais.
Exploração sexual de menores na Internet e fraude contra instituições financeiras estão na
lista dos principais casos desvendados com a contribuição da Criminalística. Na busca pelos
responsáveis, os profissionais produzem a prova material que, por meio de exames e laudos
periciais, evidenciam todos os rastros deixados pelos criminosos.

3.11. Balística Forense


Os peritos dessa área são responsáveis por confirmar a prova da ocorrência de um crime,
que tenha como objeto principal uma arma de fogo. O trabalho consiste na identificação de
armas e revelação de caracteres de registro que foram adulterados e suprimidos pelos crimi-
nosos. Além disso, são realizados exames mais completos em armas, munições, entre outros
elementos, a procura de provas materiais.

3.12. Genética Forense


As perícias em Genética Forense realizam análises de identificação genética em humanos,
animais e vegetais. Nos exames com DNA humano, a perícia identifica a origem do mate-
rial biológico questionado deixado no local de crime. Em caso de exame de vínculo genético,
o objetivo, em geral, é a identificação de restos mortais, principalmente ossadas ou corpos
carbonizados.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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Qualquer tipo de material biológico humano, como sangue, sêmen, saliva, tecido epitelial,
entre outros, são passíveis de exame.
No caso de espécies animais, o exame de identificação tem por objetivo determinar se o
material apreendido é originado de algum animal silvestre, o que configura crime, ou ainda, se
é de espécie ameaçada de extinção. Penas, pele, dentes, ossos, além de outros, são utilizados
nas análises.

3.13. Perícias em Audiovisual e Eletrônicos


Grampos telefônicos, clonagem de cartões de crédito, centrais de telefonia clandestina, rá-
dios piratas e provedores de Internet ilegais. Estes são alguns dos delitos que, frequentemente,
exigem a atividade pericial em audiovisuais e eletrônicos.
Os peritos realizam exames que visam identificar a “autenticidade” de imagens estáticas,
gravações em áudio e vídeo. O objetivo é apurar se não há montagens, trucagens, supressões
e outras alterações de caráter fraudulento. Eles também realizam exames para a verificação do
locutor e reconhecimento facial.

3.14. Entomologia Forense


A Entomologia Forense é a ciência determinada a estudar insetos de diversas ordens em
procedimentos legais, em destaque para os pertencentes as ordens díptera e Coleóptera. Os
conhecimentos entomológicos podem servir de auxílio para revelar o modo e a localização da
morte do indivíduo, além de estimar o tempo de morte ou intervalo post-mortem (IPM). O co-
nhecimento da fauna de insetos, o seu habitat, biologia e comportamento, podem determinar
inclusive o local onde a morte ocorreu.
O rol de áreas de atuação da Criminalística não é taxativo, a evolução constante dessa
ciência permite que novas áreas sejam desenvolvidas a cada dia. No nosso estudo apresenta-
mos alguns exemplos dos principais tipos de perícias que são realizadas em todo país através
dos seus Institutos de Criminalística, para atender as demandas das autoridades policiais e
judiciárias, dentre outras.

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RESUMO
Nesse livro digital, você deve se atentar para os seguintes pontos:
1.Você estudou diversos acontecimentos históricos, sendo importante destacar os seguin-
tes nomes históricos:
i. Paolo Zachias é considerado o “Pai Da Medicina Legal”
ii. Hans Gross é considerado o “Pai Da Criminalística”
iii. Edmond Locard foi quem criou o primeiro laboratório forense, em Lyon, na França, no
ano de 1910.
iv. Em 1947, o termo Criminalística foi introduzido no Brasil, por Del Picchia, perito criminal
aposentado da Polícia Técnica de São Paulo.
2. Em termos gerais podemos conceituar Criminalística como uma disciplina autônoma,
integrada pelos diferentes ramos do conhecimento técnico-científico, auxiliar e informativa
das atividades policiais e judiciárias de investigação criminal, tendo por objeto o estudo dos
vestígios materiais extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil à elucidação e à prova das
infrações penais e, ainda, à identificação dos autores respectivos.
3. O conceito de Criminalística introduzido no Brasil, por Del Picchia, aponta essa ciência
como sendo uma disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e interpretação dos indí-
cios materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do criminoso. Os exames dos
vestígios intrínsecos (na pessoa) são da alçada da medicina legal.
4. De forma mais sistematizada, você deve recordar os 05 (cinco) objetivos da Cri-
minalística:
i. dar materialidade do fato típico;
ii. fornecer a dinâmica do evento;
iii. reconhecimento e interpretação dos indícios materiais extrínsecos a cena do crime;
iv. identificação de autoria de um delito;
v. elaborar a prova técnica, através da indiciologia material.
5. Lembre-se também dos 05 (cinco) Princípios Fundamentais Da Criminalística:
i. Princípio da Observação: “Todo contato deixa uma marca” (Edmond Locard);
ii. Princípio da Análise: “A análise pericial deve sempre seguir o método científico”;
iii. Princípio da Interpretação: “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos”;
iv. Princípio da Descrição: “O resultado de um exame pericial é constante com relação ao
tempo e deve ser exposto em linguagem ética e juridicamente perfeita”;
v. Princípio da documentação: “Toda amostra deve ser documentada, desde seu nasci-
mento no local de crime até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer um histó-
rico completo e fiel de sua origem”.
6. Dentro da Doutrina Criminalística, admite-se alguns princípios aceitos sem discussão,
dentre os principais postulados da criminalística, destacam-se:

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i. O conteúdo de um Laudo Pericial Criminalístico é invariante com relação ao Perito Cri-


minal que o produziu: como os resultados de uma perícia criminalística são invariavelmente
baseados em leis científicas, com teorias e experiências consagradas, seja qual for o perito
que recorrer a estas leis para analisar um fenômeno criminalístico, o resultado não poderá de-
pender dele, indivíduo;
ii. As conclusões de uma perícia criminalística são independentes dos meios utilizados
para alcançá-las: utilizando-se os meios adequados para se concluir a respeito do fenômeno
criminalístico, esta conclusão, quando forem reproduzidos os exames, será constante, indepen-
dentemente de se haver utilizados meios mais rápidos, mais precisos, mais modernos ou não;
iii. A Perícia Criminalística é independente do tempo: principalmente sabendo-se que a
verdade é imutável em relação ao tempo decorrido.
7. O rol de áreas de atuação da Criminalística não é taxativo, a evolução constante dessa
ciência permite que novas áreas sejam desenvolvidas a cada dia. Nesse livro digital foram apre-
sentados alguns exemplos dos principais tipos de perícias que são realizadas em todo país
através dos seus Institutos de Criminalística, sendo as principais as áreas de atuação voltadas
para: Odontologia Forense; Documentoscopia; Perícias em Bombas e Explosivos; Perícias de
Meio Ambiente; Perícias Contábil e Financeira; Perícias de Engenharia; Perícias de Veículos;
Perícias em Locais de Crime; Perícias de Química Forense; Perícias em Informática; Balística
Forense; Genética Forense; Perícias em Audiovisual e Eletrônicos; Entomologia Forense;

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MAPAS MENTAIS
EMÍLIO FEDERICO PABLO BONNET A
Criminalística policial ocupa-se com a
identificação do indivíduo, do exame
dos vestígios, das manchas e rastros, da HANS GROSS (1893)
falsificação de documentos ou moedas, Criminalística é o estudo da
das armas de fogo e dos explosivos, fenomenologia do crime e
bem como dos veículos de qualquer dos métodos práticos de sua
tipo, quando suspeitos de estarem investigação.
relacionados com um fato doloso,
culposo ou acidental.
JOSÉ DEL PICCHIA (1947)
Disciplina que tem por
GILBERTO PORTO Sistema que se dedica objetivo o reconhecimento
à aplicação de faculdades de observação e interpretação dos indícios
e de conhecimento científico que nos materiais extrínsecos relativos
levem a descobrir, defender, pesar e ao crime ou à identidade do
interpretar os indícios de um delito, de criminoso. Os exames dos
modo a sermos conduzidos à descoberta vestígios intrínsecos (na
do criminoso, possibilitando à Justiça a pessoa) são da alçada da
aplicação da justa pena. medicina legal.

JOSE LOPES ZARZUELA (1995) ASTOLFO TAVARES PAES


Criminalística constituiu o conjunto de DEFINIÇÕES DE (1966) É a aplicação de
conhecimentos científicos, técnicos, qualquer ciência ou técnica a
artísticos etc, destinados à apreciação, CRIMINALÍSTICA pesquisa e a interpretação de
interpretação e descrição escrita indícios materiais relativos ao
dos elementos de ordem material crime, evidente ou hipotético,
encontrados no local do fato, no e, no caso de confirmação de
instrumento de crime e na peça de sua ocorrência, à identidade de
exame, de modo a relacionar uma ou quem dele tenha participado.
mais pessoas envolvidas em um evento,
às circunstâncias que deram margem
HILÁRIOVEIGA DE CARVALHO
a uma ocorrência, de presumível ou de
(1966) É a parte das ciências
evidente interesse judiciário.
criminais que, ao lado da
medicina legal, tem por
ERALDO RABELLO (1996) Disciplina finalidade os estudos técnicos
autônoma, integrada pelos diferentes e científicos dos indícios
ramos do conhecimento técnico- materiais do delito e da
científico, auxiliar e informativa das identificação do seu autor,
atividades policiais e judiciárias de colaborando também com
investigação criminal, tendo por objeto outros campos do direito que
o estudo dos vestígios materiais dela careçam.
extrínsecos à pessoa física, no que
tiver de útil à elucidação e à prova das
infrações penais e, ainda, à identificação
dos autores respectivos.

Figura 1. Mapa mental das definições em Criminalística

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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I – dar materialidade do fato típico.
II – fornecer a dinâmica do evento.
III – reconhecimento e interpretação dos indícios
Objetivos materiais extrínsecos a cena do crime.
IV – identificação de autoria de um delito.
V – elaborar a prova técnica, através da indi-
ciologia material.
PRINCÍPIO DA OBSERVAÇÃO, “Todo contato deixa uma
marca”.
Criminalística
PRINCÍPIO DA ANÁLISE, “A análise pericial deve sempre
seguir o método científico”.

PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO, “Dois objetos podem ser


indistinguíveis, mas nunca idênticos”.

PRINCÍPIO DA DESCRIÇÃO, “O resultado de um exame Princípios


pericial é constante com relação ao tempo e deve ser Fundamentais
exposto em linguagem ética e juridicamente perfeita”.

PRINCÍPIO DA DOCUMENTAÇÃO, “Toda amostra deve


ser documentada, desde o seu nascimento no local de
crime até sua análise e descrição final, de forma a se
estabelecer um histórico completo e fiel da sua origem”.

Figura 2. Mapa mental para Princípios Fundamentais e Objetivos da Criminalística

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1. Medicina Legal e Odontologia Forense
2. Documentoscopia
3. Perícias em Bombas e Explosivos
4. Perícias de Meio Ambiente
5. Perícias Contábil e Financeira
6. Perícias de Engenharia
7. Perícias de Veículos
Área de Atuação
8. Perícias em Locais de Crime
9. Perícias de Química Forense
a. O conteúdo de um Laudo Pericial Criminalístico é inva-
10. Perícias em Informática
riante com relação ao Perito Criminal que o produziu:
como os resultados de uma perícia criminalística são 11. Balística Forense
invariavelmente baseados em leis científicas, com teo- Criminalística 12. Genética Forense
rias e experiências consagradas, seja qual for o perito que
13. Perícias em Audiovisual e Eletrônicos
recorrer a estas leis para analisar um fenômeno crimina-
lístico, o resultado não poderá depender dele, indivíduo; 14. Entomologia Forense

b. As conclusões de uma perícia criminalística são inde-


pendentes dos meios utilizados para alcançá-las: utilizan- Postulados
do-se os meios adequados para se concluir a respeito do
fenômeno criminalístico, esta conclusão, quando forem
reproduzidos os exames, será constante, independente-
mente de se haver utilizados meios mais rápidos, mais
precisos, mais modernos ou não;

c. A Perícia Criminalística é independente do tempo: prin-


cipalmente sabendo-se que a verdade é imutável em
relação ao tempo decorrido.

Figura 3. Mapa Mental para Postulados e Áreas de Atuação.

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Noções de Criminalística
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EXERCÍCIOS
001. (2021/INSTITUTO AOCP/ITEP-RN/AGENTE DE NECRÓPSIA) A Criminalística, como
disciplina, teve uma conceituação aceita em 1947, por ocasião do Primeiro Congresso Nacio-
nal de Polícia Técnica. Sobre esse conceito de Criminalística, assinale a alternativa correta.
a) Disciplina técnica com interface jurídica, que concorre para a elucidação de infrações pe-
nais, tendo como objetivo primário a tipificação penal.
b) Disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e a interpretação dos indícios materiais
extrínsecos, relativos ao crime ou à identidade do criminoso.
c) Área do conhecimento jurídico caracterizada pelo ramo de estudo tradicionalmente voltado
à atividade de jurisdição de um Estado soberano no julgamento do acusado de praticar um
crime, envolvendo o procedimento de legitimação do direito de punir estatal.
d) Disciplina responsável pelo exame dos vestígios intrínsecos ao corpo da pessoa.
e) Área que regula o exercício do poder punitivo do Estado, tendo por pressuposto de ação
delitos e, como consequência, as penas.

002. (2021/INSTITUTO AOCP/ITEP-RN/PERITO CRIMINAL/COMPUTAÇÃO) Alguns dos


princípios da criminalística podem receber várias denominações. Um deles, por exemplo, pode
ser igualmente chamado de Princípio da Interpretação, Princípio do Uso ou Princípio de Kirk.
Tal princípio pode ser sintetizado pela frase:
a) “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos”.
b) “Todo contato deixa uma marca”.
c) “O tempo que passa é a verdade que foge”.
d) “A análise pericial deve sempre seguir o método científico”.
e) “Visum et repertum”.

003. (2021/INSTITUTO AOCP/ITEP-RN/ASSISTENTE TÉCNICO FORENSE/ADMINISTRA-


ÇÃO) Um dos nomes mais conhecidos dos estudiosos da Criminalística é o de Hans Gross,
isso porque ele:
a) afirmou que “todo contato deixa uma marca”, fundando um dos princípios da criminalística.
b) demonstrou que “o tempo que passa é a verdade que foge”, urgindo para uma investigação
rápida e breve.
c) fundou a “Escola de Polícia Científica” em Roma, edificando as bases da criminalísti-
ca moderna.
d) cunhou o termo “Criminalística” em um livro que reúne conhecimentos de várias ciências e
disciplinas.
e) teve Edmond Locard por discípulo e fundamentou os conhecimentos científicos aplicados à
investigação criminal.

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
Noções de Criminalística
Leonardo Guedes

004. (2019/IADES/PC-DF/PERITO CRIMINAL/VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM/2ª PRO-


VA) A Criminalística é a ciência sobre a qual se apoia a prova pericial. Com base nos ramos
mais diversos do conhecimento científico, a Criminalística atua no sentido de reconstruir um
fato do passado, mas sempre com uma característica singular: o lastro da cientificidade. Com
base nos conhecimentos relacionados à Criminalística, assinale a alternativa correta.
a) O uso do conhecimento científico para a produção da prova é anterior ao século 19. Entre-
tanto, a sistematização da matéria ocorreu apenas em meados do século 20, com Edmond
Locard, após a publicação do respectivo livro Criminal Investigation, que foi traduzido para o
português como Manual para Juízes de Instrução. O livro tinha a finalidade de mostrar a apli-
cação da ciência na investigação criminal, facilitando, assim, o trabalho dos juízes no processo
decisório.
b) “Todo contato deixa uma marca”. Com essa armação, o austríaco Hans Gross apresentou
para a comunidade científica o que ficou conhecido como princípio da troca, que até os dias de
hoje serve como orientação para o trabalho pericial nos locais de crime.
c) A Criminalística surge nas universidades, portanto, em um contexto totalmente diferente
do ambiente policial. Entretanto, em 1910, surge, em Lyon, na França, o primeiro laboratório
forense dentro da estrutura organizacional da polícia, graças ao trabalho de Hans Gross. A ex-
periência se mostrou bem-sucedida, uma vez que a prova pericial passou a ser produzida por
profissionais que viviam a realidade da polícia, e, em pouco tempo, outros departamentos de
polícia levaram para o interior das próprias organizações os laboratórios forenses e os respec-
tivos especialistas.
d) Após consolidação da Criminalística como ciência, novos saberes foram desenvolvidos,
e, com base nesses saberes, surgiram outras ciências, como a sociologia, a psicologia e a
criminologia.
e) O perito criminal é o profissional que utiliza o próprio conhecimento científico para produzir
a prova pericial, que deve ser imparcial e isenta de vícios. Por apresentar essas características,
a prova pericial possui a propriedade da transversalidade, ou seja, trata-se de um elemento
utilizado não somente na fase do inquérito policial, mas também na fase processual da perse-
cução penal.

005. (2019/IADES/PC-DF/PERITO CRIMINAL/VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM/2ª PRO-


VA) Em relação aos cinco Princípios da Criminalística, assim definidos por Dorea, assinale a
alternativa correta.
a) Princípio da Observação: tem base na célebre frase de Edmond Locard, o Sherlock Holmes
da França: “Todo contato deixa uma marca”. Apesar de haver uma grande quantidade de ações
que não resultem em marcas de provas e de que a evolução e pesquisa no instrumental cien-
tífico não são capazes de detectar vestígios ou microvestígios, o (a) perito(a) criminal deve
embasar-se na observação e no empirismo para realizar os respectivos exames periciais, con-
centrando ali os próprios esforços.

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Noções de Criminalística
Leonardo Guedes

b) Princípio da Análise: “A análise pericial nem sempre deve seguir o método científico”. A pe-
rícia empírica visa a determinar uma das tantas possibilidades de como o fato ocorreu. O (A)
perito(a) criminal deve realizar uma coleta de dados que permita o estabelecimento de con-
jecturas a respeito de como se desenvolveu o fato, formulando quaisquer hipóteses sobre ele.
c) Princípio da Interpretação (ou Princípio da Individualidade): “Dois objetos indistinguíveis são
sempre idênticos”. Esse princípio preconiza que a identificação deve ser sempre enquadrada
em um único grau – identificação genérica. Os exames periciais deverão sempre alcançar esse
grau a m de se permitir a individualização.
d) Princípio da Documentação: “Toda amostra deve ser documentada, desde seu nascimento
no local de crime até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer um histórico com-
pleto e fiel de sua origem”. Esse princípio tem base na Cadeia de Custódia da prova material e
visa a proteger a fidelidade desta, evitando a consideração de provas forjadas.
e) Princípio da Descrição: “O resultado de um exame pericial nem sempre é constante com
relação ao tempo e deve ser exposto em linguagem técnica”. A linguagem do Laudo de Perícia
Criminal deve atender aos usos e costumes da linguagem técnica referente à área de perícia.
Caso o usuário do Laudo não tenha formação suficiente ou não consiga interpretar a peça téc-
nica, caberá a ele adquirir a formação adequada, pois o (a) perito(a) criminal não deve colocar
notas de rodapé ou fazer uso de qualquer outra ferramenta linguística e redacional para expli-
car termos técnicos ou partes do Laudo que, porventura, sejam de difícil interpretação.

006. (2019/IADES/PC-DF/PERITO CRIMINAL/VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM/2ª PRO-


VA) A Enciclopédia Saraiva de Direito define “criminalística” como: Conjunto de conhecimentos
que, reunindo as contribuições de várias ciências, indica os meios para descobrir os crimes,
identificar os seus autores e encontrá-los, utilizando-se subsídios da química, da antropologia,
da psicologia, da medicina legal, da psiquiatria, da datiloscopia etc., que são consideradas ci-
ências auxiliares do Direito Penal.
A respeito dos diversos conceitos de Criminalística, assinale a alternativa correta.
a) Para Edmond Locard, Criminalística é a “investigação não sistemática de prova do delito,
sendo realizada sem a necessidade de se estabelecer provas indiciárias, contudo, com todo o
escopo agrupado em um corpo de doutrinas”.
b) Para Porto, Criminalística representa “um sistema não dedicado à aplicação de faculdade
de observações, mas que se utiliza de conhecimentos empíricos que nos levem a descobrir,
defender, pesar e interpretar os indícios de um delito, de modo a sermos conduzidos à desco-
berta do criminoso, possibilitando à Justiça a aplicação da justa pena”.
c) Em 1947, na cidade de São Paulo, no 1º Congresso Nacional de Polícia Técnica, os profis-
sionais de perícia apresentaram a Criminalística como sendo “uma quase-disciplina que tem
por objetivo o reconhecimento e interpretação das evidências materiais intrínsecas relativas
ao crime ou à identidade do criminoso”.

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Noções de Criminalística
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d) Para Hans Gross – o Pai da Criminalística –, a Criminalística é a ciência jurídica utilizada


pela Justiça Criminal, com o objetivo de condenar os criminosos mais diversos.
e) Eraldo Rabelo (1996) conceitua a Criminalística como sendo “a disciplina autônoma, integra-
da pelos diferentes ramos do conhecimento técnico científico, auxiliar e informativa das ativi-
dades policiais e judiciárias de investigação criminal, tendo por objeto o estudo dos vestígios
materiais extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil à elucidação e à prova das infrações
penais e, ainda, à identificação dos autores respectivos”.

007. (2019/FADESP/CPC/RENATO CHAVES/PERITO CRIMINAL/ENGENHARIA CIVIL) O


conceito de criminalística como disciplina autônoma, integrada pelos diferentes ramos do co-
nhecimento técnico científico, auxiliar e informativa das atividades policiais e judiciárias de in-
vestigação criminal, que tem por objeto o estudo dos vestígios materiais extrínsecos à pessoa
física, no que tiver de útil à elucidação e à prova das infrações penais e, ainda, à identificação
dos autores respectivos. Esse conceito foi definido por:
a) José Del Picchia.
b) Hans Gross.
c) Eraldo Rabello.
d) Paolo Zachias.
e) José Lopes Zarzuela.

008. (2018/INSTITUTO AOCP/ITEP-RN/AGENTE TÉCNICO FORENSE) Historicamente, a


Criminalística recebeu muitos nomes sinonímicos, como Polícia Técnica, Policiologia e Ci-
ência Policial. Porém começou a prevalecer o nome “criminalística” após ter sido o termo
cunhado por:
a) Oscar Freire.
b) Paul L. Kirk.
c) Edmond Locard.
d) Hans Gross.
e) Gilberto Porto.

009. (2018/INSTITUTO AOCP/ITEP-RN/AGENTE DE NECRÓPSIA) A Criminalística pode ser


definida como:
a) uma disciplina autônoma, integrada pelos diferentes ramos do conhecimento técnico-cientí-
fico, auxiliar e informativa das atividades policiais e judiciárias de investigação criminal, tendo
por objeto o estudo dos vestígios materiais extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil à
elucidação e à prova das infrações penais e, ainda, à identificação dos autores respectivos.
b) a parte da jurisprudência que tem por objeto o estabelecimento de regras que dirigem a con-
duta do perito e na forma que lhe cumpre dar às suas declarações verbais ou escritas.

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Noções de Criminalística
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c) o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a servir ao Direito, coo-


perando na elaboração, na interpretação e na execução dos dispositivos legais, no campo de
ação da ciência aplicada.
d) o ramo das ciências que se ocupa em elucidar as questões da administração da justiça civil
e criminal que podem ser resolvidas somente à luz dos conhecimentos médicos.
e) a área do direito penal que se ocupa da doutrina criminal envolvida na elucidação material
do fato, sendo prescindível à elucidação de crimes que deixam vestígios e regida por leis jurídi-
cas e ritos processuais rígidos e imutáveis e cujos resultados e apontamentos são de origem
empírica, ambígua e inextricável.

010. (2018/INSTITUTO AOCP/ITEP-RN/PERITO CRIMINAL/QUÍMICO) Sobre os Postulados


e Princípios da Criminalística brasileira, assinale a alternativa correta.
a) De acordo com o Princípio da Observação, também conhecido como Princípio de Locard, o
vestígio, como toda matéria, é ponderável e, portanto, cabe ao perito criminal o reportar-se ao
que vê (visum et repertum).
b) O Princípio da Interpretação, também conhecido por Princípio de Kirk, pode ser enunciado
pela frase “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos”.
c) O Princípio da Documentação não se relaciona ao registro cronológico de um vestígio, desde
seu nascimento até sua disposição final, pois isso cabe à Cadeia de Custódia.
d) Sendo a verdade mutável em relação ao tempo, não se permite postular que a perícia crimi-
nal é independente do tempo.
e) Considerando que o teor de um laudo pericial é personalíssimo, então o conteúdo de um
laudo pericial será variante de acordo com o perito criminal que o produzir.

011. (2017/FUNDATEC/IGP-RS/TÉCNICO EM PERÍCIAS) Na criminalística, existe um princí-


pio o qual postula que “todo contato deixa uma marca”. A quem pertence essa teoria?
a) Edmond Locard.
b) Hans Gross.
c) Erik Jacquin.
d) Domingos Tocchetto.
e) Teori Zavascki.

012. (2017/FUNDATEC/IGP-RS/TÉCNICO EM PERÍCIAS) Analise as seguintes assertivas so-


bre a definição de Criminalística:
I – Disciplina que tem como objetivo a interpretação de indícios materiais extrínsecos relativos
ao crime e intrínsecos relativos à pessoa.
II – Disciplina que tem como princípios fundamentais a observação, a análise, a interpretação,
a descrição e a documentação.
III – Disciplina que integra os diferentes ramos do conhecimento técnico-científico tendo por
objeto o estudo dos vestígios materiais extrínsecos à pessoa, atuando de forma auxiliar e in-
formativa nas atividades policiais e judiciárias.

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Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

013. (2015/FUNIVERSA/PC-DF/PERITO MÉDICO-LEGISTA) Com relação aos postulados e


princípios da criminalística, é correto armar que:
a) o conteúdo de um laudo pericial criminalístico pode sofrer variações conforme o perito cri-
minal que o produzir.
b) mais precisa será a conclusão da perícia, quanto mais rápidos e mais modernos forem os
meios utilizados pelo perito.
c) todo contato deixa uma marca conforme o princípio da descrição.
d) a análise pericial deve sempre seguir o método científico.
e) dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos conforme o princípio da análise.

014. (2014/VUNESP/PC-SP) Criminalística é a disciplina que tem por objetivo, com relação
ao crime ou à identidade do criminoso:
a) o reconhecimento e a interpretação dos indícios materiais extrínsecos.
b) o reconhecimento e a análise dos fatos materiais intrínsecos.
c) possibilitar a aplicação de teorias criminológicas no evento.
d) aplicar, por via indireta (exame), a dogmática penal-processual penal.
e) exercitar a ciência enquanto realidade normativo-legal.

015. (2014/VUNESP/PC-SP/PERITO CRIMINAL) Criminalística pode ser definida como um


conjunto de conhecimentos oriundos de várias ciências que permitem:
a) antecipar, logicamente, futuros eventos criminosos.
b) localizar eventos futuros de forma preditiva.
c) descobrir crimes e seus respectivos autores.
d) preventivamente ocupar espaços voltados à macrocriminalidade.
e) informar as atividades de polícia preventiva.

016. (2014/IESES/IGP-SC/AUXILIAR PERICIAL/LABORATÓRIO) A Criminalística é um sis-


tema de métodos científicos utilizados pela polícia e pelas investigações policiais que tem
como objetivo:
I – O reconhecimento e a interpretação dos indícios materiais extrínsecas, relativos ao crime
ou à identidade do criminoso.
II – Auxiliar e informar as atividades policiais e judiciárias de investigação criminal.
III – Interpretar os elementos que conduzam à identificação do promotor do evento.
IV – Realizar exames de vestígios intrínsecos (na pessoa), relativos ao crime.
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A sequência correta é:
a) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
b) Apenas a assertiva II está correta.
c) Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
d) As assertivas I, II, III e IV estão corretas.

017. (2014/IESES/IGP-SC/AUXILIAR PERICIAL/CRIMINALÍSTICO) Autor reconhecido como


o pai da Criminalística no mundo, publicou o livro Manual Prático de Instruções Jurídicas, que
deu início ao estudo do sistema de Criminalística, no qual as ciências naturais e as artes eram
usadas para a elucidação de crimes. A sentença acima se refere:
a) Erwin Höpler.
b) Hans Gross.
c) Cesare Lombroso.
d) Enrico Ferri.

018. (2010/FUNIVERSA/SECTEC-GO/PERITO CRIMINAL) Criminalística é a disciplina que


tem como objetivo o reconhecimento e a interpretação dos indícios materiais extrínsecos, re-
lativos ao crime ou à identidade do criminoso; esse conceito de criminalística foi dado por:
a) José Del Picchia.
b) Hans Gross.
c) Astolfo Tavares Paes.
d) Paolo Zachias.
e) José Lopes Zarzuela.

019. (2008/FDRH/IGP-RS/AUXILIAR DE PERÍCIA) Considere as armações abaixo acerca da


definição de Criminalística.
I – É um sistema de conhecimentos técnicos e científicos de diversas ciências, utilizado com
a mesma finalidade dessas.
II – É o ramo do conhecimento que colabora com as investigações policial e judicial, ouvindo
depoimentos de pessoas e analisando-os tecnicamente.
III – É a ciência que estuda os vestígios intrínsecos ao corpo humano.
IV – É a ciência que estuda os vestígios materiais extrínsecos ao corpo humano e os lo-
cais de crime.
Quais estão corretas?
a) Apenas a III.
b) Apenas a IV.
c) Apenas a I e a II.
d) Apenas a I e a III.
e) Apenas a II e a IV.

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020. (2008/FDRH/IGP-RS/PERITO CRIMINAL) Sobre a definição de Criminalística considere


as seguintes afirmações.
I – É a ciência que estuda o crime e o criminoso em tudo que for aplicável à elucidação de um
crime ou de uma infração penal.
II – É a ciência que estuda as lesões corporais, visando a diagnosticar se ocorreu homicídio,
suicídio ou acidente.
III – É um sistema de conhecimentos técnico-científicos que estuda os locais de crimes e os
vestígios materiais, localizados superficialmente ou fora do corpo humano, visando a identifi-
car as circunstâncias e a autoria da infração penal
IV – É o sistema de conhecimentos científicos que estuda os vestígios materiais extrínsecos
à pessoa física, visando a esclarecer e identificar as circunstâncias do crime e determinar a
identidade do criminoso.
Quais estão corretas?
a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
c) Apenas a II e a IV.
d) Apenas a III e a IV.

021. (CEFET-BA/2008/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA) Assinale a alternativa correta.


a) A Criminalística não estuda as circunstâncias do crime cometido.
b) A Criminalística se relaciona com todas as ciências, menos com Medicina Legal.
c) A Criminalística se relaciona com todas as ciências.
d) A Criminalística não é necessária nas investigações policiais.
e) O exame de local de crime não revela vestígio.

022. (CESPE/PERITO CRIMINAL-PB/2008) Criminalística é:


a) a transposição, para o inquérito, do resultado dos exames técnicos realizados no local do
delito, determinando a materialidade e apontando a autoria.
b) a ciência que visa ao estudo das armas de fogo, da munição e dos fenômenos e efeitos
próprios dos disparos dessas armas, no que tiverem de útil ao esclarecimento e à prova de
questões de fato, no interesse da justiça, tanto penal como civil.
c) a ciência que trata do estudo dos documentos que contêm um registro gráfico.
d) o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos que, no âmbito do direito, concorrem
para a elaboração, a interpretação e a execução das leis existentes e ainda permite, por meio
da pesquisa científica, o seu aperfeiçoamento.
e) o sistema que se dedica à aplicação de faculdades de observação e de conhecimento cien-
tífico que levem a descobrir, defender, pesar e interpretar os indícios de um delito, com vistas
à descoberta do criminoso.

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023. (CPCON/UEPB/PERITO CRIMINAL OFICIAL/PC-PB/2003/ADAPTADA) A criminalística


é uma disciplina que surgiu no seio da medicina legal. Na realidade, muitos dos objetos de
estudos da medicina legal relacionam-se de tal modo aos da criminalística que em muitos
aspectos se torna difícil afirmar a qual disciplina pertença este ou aquele conjunto de conheci-
mentos. Os conceitos a seguir tratam da criminalística. Analise-os.
I – Criminalística é a parte das ciências criminais que, ao lado da medicina legal, tem por fina-
lidade os estudos técnicos e científicos dos indícios materiais do delito e da identificação do
seu autor, colaborando também com outros campos do direito que dela careçam.
II – Criminalística é o conjunto de conhecimentos que, reunindo as contribuições de várias
ciências, indica os meios para desvendar os crimes, identificar os seus autores e encontrá-los,
utilizando-se dos subsídios da química, da antropologia, da psicologia, da medicina legal, da
psiquiatria, da datiloscopia etc., que são consideradas ciências auxiliares do direito penal.
III – Criminalística constitui o conjunto de conhecimentos científicos, técnicos, artísticos etc.,
destinados à apreciação, interpretação e descrição escrita dos elementos de ordem material
encontrados no local do fato, no instrumento de crime e na peça de exame, de modo a relacio-
nar uma ou mais pessoas envolvidas em um evento, às circunstâncias que deram margem a
uma ocorrência, de presumível ou de evidente interesse judiciário.
Marque a alternativa correta:
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão erradas.
e) I, II, e III estão corretas.

024. (CESPE/PERITO CRIMINAL-PB/2009)


“Todo contato deixa uma marca”
Edmond Locard
Em locais de crime, a pesquisa e a busca dos vestígios nem sempre é missão de fácil exe-
cução, sabendo-se que, em muitos casos, tais elementos resultantes da ação delituosa, quer
originários dos autores, quer originários das vítimas, somente podem ser detectados por meio
de análises microscópicas, ou mesmo aparelhos de altíssima precisão. Mas, o que é importan-
te ter em mente, é que praticamente inexistem ações em que não resultem marcas de provas,
sabendo-se, ainda, que é notória a evolução e a pesquisa do instrumental científicos capazes
de detectar esses vestígios, ou mesmo, microvestígios.
Luiz Eduardo Dorea. Criminalística (com adaptações).
Nos trechos acima, segundo os princípios fundamentais da criminalística, definiu-se o
princípio da:
a) observação.

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b) análise.
c) interpretação.
d) da descrição.
e) da documentação

025. (2020/CESPE/CEBRASPE/PC-SE/DELEGADO DE POLÍCIA/CURSO DE INSTRUÇÃO) A


estrutura do laudo pericial emitido pelo Instituto de Criminalística de Sergipe pode variar con-
forme o tipo de exame e o perito subscritor.

026. (INÉDITA/2021) A criminalística, “disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e


interpretação dos indícios materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do crimino-
so” é norteada por alguns princípios. Assinale a alternativa que NÃO descreve um princípio da
criminalística.
a) Princípio da QUANTIDADE: “ o vestígio deve ser recolhido, sempre que possível, em boa
quantidade, para garantir a contraprova”.
b) Princípio da DOCUMENTAÇÃO: “ toda amostra deve ser documentada, desde seu nascimen-
to no local de crime até sua análise e descrição final”.
c) Princípio da OBSERVAÇÃO: “ todo contato deixa uma marca”.
d) Princípio da INTERPRETAÇÃO ou da INDIVIDUALIDADE: “ dois objetos podem ser indistinguí-
veis, mas nunca idênticos”.
e) Princípio da ANÁLISE: “a análise pericial deve sempre seguir o método científico”.

027. (INÉDITA/2021) Segundo Eraldo Rabelo, a Criminalística pode ser entendida como “disci-
plina autônoma, integrada pelos diferentes ramos do conhecimento técnico científico, auxiliar
e informativa das atividades policiais e judiciárias de investigação criminal, tendo por objeto
o estudo dos vestígios materiais extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil à elucidação
e à prova das infrações penais e, ainda, a identificação dos autores respectivos”, sobre esse
assunto, marque a opção correta:
a) Os objetivos principais da Criminalística são: auxiliar e informar os interessados na inves-
tigação criminal, examinar e esclarecer uma infração penal, e, como está presente dentro da
estrutura policial, busca sempre responder aos quesitos demandados pela Promotoria interes-
sada na acusação do indivíduo.
b) Os princípios que regem a Criminalística são: alicerce científico, impessoalidade, imparcia-
lidade e metodologia.
c) Dentre os Princípios da Criminalística, podemos citar o Princípio da Interpretação também
conhecido como Princípio da Individualidade, que determina que todas as amostras devem ser
documentadas a fim de preservar a sua história desde o local de crime até seu descarte.
d) São cinco os Princípios que regem a Criminalística: Princípio da Observação ou da Troca
de Locard; Princípio da Análise; Princípio da Interpretação ou da Individualidade; Princípio da
Descrição e Princípio da Documentação.

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e) A forma de se atingir os objetivos propostos para a Criminalística se dá por meio da coleta


de vestígios materiais, identificando-os de forma direta ou indireta, coletá-los, acondicioná-los
e esclarecê-los pelas perícias internas. São exemplos de vestígios materiais buscados pela
atuação dos Peritos Oficiais, uma mancha de sangue, uma arma de fogo, projéteis, interroga-
tório de testemunhas, marcas pneumáticas e acareação.

028. (INÉDITA/2021) De acordo com a origem, aspectos e conceitos da criminalística, respon-


da o item que contém a quantidades de itens corretos.
I – A origem da criminalística é controversa, para alguns autores, a criminalística surgiu a partir
da Medicina Legal, enquanto outros defendem uma procedência fragmentada e há ainda auto-
res que contestam a ordem da origem.
II – Edmond Locard é considerado o pai da criminalística e definiu esta como sendo “sistema
de métodos científicos utilizados pela polícia e pelas investigações policiais”.
III – Edmond Locard responsável pela fundação do Laboratório de Polícia Técnica de Lion é o
autor do princípio de que “todo contato deixa uma marca”.
IV – Segundo Dorea, são Princípios da Criminalística:
PRINCÍPIO DA OBSERVAÇÃO, “Todo contato deixa uma marca”; PRINCÍPIO DA ANÁLISE, “A
análise pericial deve sempre seguir o método científico”; PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO,
“Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos”; PRINCÍPIO DA DESCRIÇÃO, “O
resultado de um exame pericial é constante com relação ao tempo e deve ser exposto em lin-
guagem ética e juridicamente perfeita”; PRINCÍPIO DA DOCUMENTAÇÃO, “Toda amostra deve
ser documentada, desde o seu nascimento no local de crime até sua análise e descrição final,
de forma a se estabelecer um histórico completo e fiel da sua origem”.
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) 4

029. (INÉDITA/2021) De acordo com os Aspectos Gerais e Conceitos de Interesse da Crimina-


lística, responda o item correto.
a) De acordo com o princípio da Interpretação o resultado de exame pericial é constante com
relação ao tempo e deve ser exposto em linguagem ética e juridicamente perfeita.
b) De acordo com o princípio da Observação a análise pericial deve sempre seguir o método
científico. A perícia científica visa a determinar como o fato ocorreu por meio de uma criteriosa
coleta de dados que permite o estabelecimento de conjecturas sobre como se desenvolveu o
fato, formulando-se hipóteses coerentes sobre ele.

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Noções de Criminalística
Leonardo Guedes

c) De acordo com o princípio da Descrição todo contato deixa uma marca. Praticamente inexis-
tem ações em que não resultem marcas de provas, sabendo-se, ainda, que é notória a evolução
e pesquisa no instrumental científico capaz de detectar esses vestígios ou microvestígios.
d) De acordo com o princípio da Documentação toda amostra deve ser documentada, desde
seu nascimento no local de crime até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer
um histórico completo e fiel de sua origem.
e) De acordo com o princípio da Análise, dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idên-
ticos. Preconiza que a identificação deve ser sempre enquadrada em três graus: identificação
genérica, específica e individual. Os exames periciais deverão sempre alcançar o último grau.

030. (INÉDITA/2021) Sobre a história da criminalística, assinale a questão correta:


a) A criminalística surgiu no século XIX e o primeiro Instituto de Criminalística criado surgiu na
Áustria, na Universidade de Graz fundado por Hans Gross.
b) O princípio da troca de Edmond Locard indica que geralmente quando alguém adentra em
um espaço físico, este o altera, mesmo que inconscientemente. Muitas vezes esse indivíduo
deixa algo e algo é levado com ele.
c) A criminalística, originada dentro da organização policial, atua, com lastro na ciência, como
promovedora dos direitos humanos, produzindo provas sem vícios, sempre em busca da ver-
dade possível.
d) Hans Gross foi um pioneiro da Ciência Forense, conhecido também como o Sherlock Hol-
mes da França. Formulou o princípio básico de ciência forense: “Todo contato deixa uma mar-
ca”, que ficou conhecido como o princípio de Troca. Como todo princípio, baseia-se em uma
ideia simples, mas de grande profundidade

031. (INÉDITA/2021) Julgue os itens e assinale a alternativa correta:


I – As atividades relacionadas à Criminalística encontravam-se dispersas nas universidades,
não havendo uma organização centralizada desse serviço nas unidades policiais. O Laborató-
rio de Polícia Técnica, de Lyon, primeiro do gênero em todo mundo, foi criado por intervenção
direta de Edmond Locard.
II – No Brasil, a Criminalística começou a ganhar corpo nos anos 1920. Em São Paulo, essa
atividade adentrou na organização policial por intermédio da Lei n. 2034/1924, a qual criou a
Delegacia Técnica Policial.
III – Criada para auxiliar a investigação criminal, a Criminalística arvora-se do conhecimento
científico das mais diversas áreas para alicerçar conclusões relacionadas a um fato considera-
do delituoso. Seu papel primordial é recontar um fato do passado e apontar o autor desse fato
a partir da ciência.
IV – A partir da experiência de Locard, outros departamentos de polícia passaram a trazer, para
o interior de suas organizações, os laboratórios forenses e seus especialistas. De forma rápida,
vários países europeus passaram a inserir a atividade forense dentro de suas estruturas.

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V – O entrelaçamento organizacional tornou-se comum e a atividade forense passou a relacio-


nar-se nuclearmente com a atividade investigativa.
a) E,C,C,C,C
b) C,C,C,C,C
c) C,E,C,C,C
d) C,C,C,E,C
e) C,C,C,C,E

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GABARITO
1. b
2. a
3. d
4. e
5. d
6. e
7. c
8. d
9. a
10. b
11. a
12. d
13. d
14. a
15. c
16. a
17. b
18. a
19. b
20. d
21. c
22. e
23. e
24. a
25. C
26. a
27. d
28. d
29. d
30. a
31. b

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GABARITO COMENTADO
001. (2021/INSTITUTO AOCP/ITEP-RN/AGENTE DE NECRÓPSIA) A Criminalística, como
disciplina, teve uma conceituação aceita em 1947, por ocasião do Primeiro Congresso Nacio-
nal de Polícia Técnica. Sobre esse conceito de Criminalística, assinale a alternativa correta.
a) Disciplina técnica com interface jurídica, que concorre para a elucidação de infrações pe-
nais, tendo como objetivo primário a tipificação penal.
b) Disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e a interpretação dos indícios materiais
extrínsecos, relativos ao crime ou à identidade do criminoso.
c) Área do conhecimento jurídico caracterizada pelo ramo de estudo tradicionalmente voltado
à atividade de jurisdição de um Estado soberano no julgamento do acusado de praticar um
crime, envolvendo o procedimento de legitimação do direito de punir estatal.
d) Disciplina responsável pelo exame dos vestígios intrínsecos ao corpo da pessoa.
e) Área que regula o exercício do poder punitivo do Estado, tendo por pressuposto de ação
delitos e, como consequência, as penas.

a) Errada. Tipificação penal não é objetivo principal.


b) Certa. Atenção para a definição de JOSÉ DEL PICCHIA (1947), pois é bastante recorrente nas
provas de concurso público que cobram o conceito de Criminalística.

Disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e interpretação dos indícios materiais extrínsecos
relativos ao crime ou à identidade do criminoso. Os exames dos vestígios intrínsecos (na pessoa)
são da alçada da medicina legal.

c) Errada. Criminalística é uma disciplina autônoma e multidisciplinar.


d) Errada. Vestígios extrínsecos.
e) Errada. Relembre as definições pelo mapa mental.
Letra b.

002. (2021/INSTITUTO AOCP/ITEP-RN/PERITO CRIMINAL/COMPUTAÇÃO) Alguns dos


princípios da criminalística podem receber várias denominações. Um deles, por exemplo, pode
ser igualmente chamado de Princípio da Interpretação, Princípio do Uso ou Princípio de Kirk.
Tal princípio pode ser sintetizado pela frase:
a) “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos”.
b) “Todo contato deixa uma marca”.
c) “O tempo que passa é a verdade que foge”.
d) “A análise pericial deve sempre seguir o método científico”.
e) “Visum et repertum”.

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a) Certa. Gabarito da questão.


RELEMBRE:
Princípio da Interpretação: “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos”.
Este princípio, também chamado de “Princípio da Individualidade”, preconiza que a identifica-
ção deve ser sempre enquadrada em três graus, ou sejam: a identificação genérica, a especí-
fica e a individual, sendo que os exames periciais deverão sempre alcançar este último grau.
b) Errada. Princípio da Observação: “Todo contato deixa uma marca” (Edmond Locard).
c) Errada. Na investigação criminal o tempo assume um fator de grande relevância. À medida
que o tempo passa, a probabilidade de se apurar cabalmente a verdade vai diminuindo ou, nas
palavras de Edmond Locard, “o tempo que passa é a verdade que foge”.
d) Errada. Princípio da Análise: “A análise pericial deve sempre seguir o método científico”.
e) Errada. A expressão “Visum et repertum” (visto e relatado), refere-se à descrição parte es-
sencial e importante de um laudo pericial.
Letra a.

003. (2021/INSTITUTO AOCP/ITEP-RN/ASSISTENTE TÉCNICO FORENSE/ADMINISTRA-


ÇÃO) Um dos nomes mais conhecidos dos estudiosos da Criminalística é o de Hans Gross,
isso porque ele:
a) afirmou que “todo contato deixa uma marca”, fundando um dos princípios da criminalística.
b) demonstrou que “o tempo que passa é a verdade que foge”, urgindo para uma investigação
rápida e breve.
c) fundou a “Escola de Polícia Científica” em Roma, edificando as bases da criminalísti-
ca moderna.
d) cunhou o termo “Criminalística” em um livro que reúne conhecimentos de várias ciências e
disciplinas.
e) teve Edmond Locard por discípulo e fundamentou os conhecimentos científicos aplicados à
investigação criminal.

RELEMBRE:
Em 1892, em Graz, Áustria, o mais ilustre e distinguido criminalista de todos os tempos, o
Doutor em Direito Hans Gross (considerado o “PAI DA CRIMINALÍSTICA”) publicou sua obra:
Manual do Juiz de Instrução – todos os sistemas de Criminalística; em 1893, foi impressa na
mesma cidade austríaca, a segunda edição de sua obra, e a terceira em 1898. Do conteúdo
científico desta obra se depreende que o Doutor Hans Gross, em sua época, constituiu a Cri-
minalística com as seguintes matérias: Antropometria, Contabilidade, Criptografia, Desenho
Forense, Documentoscopia, Explosivos, Fotografia, Grafologia, Acidentes de Trânsito Ferroviá-
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rio, Hematologia, Incêndios, Medicina Legal, Química Legal e Interrogatório; Avaliação e Repa-
ração de Danos; Exames de Armas de Fogo; Exames de Armas Brancas; Datiloscopia; Exame
de Pegadas e Impressões; Escritas Cifradas (uso de símbolos para a formação de frases) etc.
Letra d.

004. (2019/IADES/PC-DF/PERITO CRIMINAL/VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM/2ª PRO-


VA) A Criminalística é a ciência sobre a qual se apoia a prova pericial. Com base nos ramos
mais diversos do conhecimento científico, a Criminalística atua no sentido de reconstruir um
fato do passado, mas sempre com uma característica singular: o lastro da cientificidade. Com
base nos conhecimentos relacionados à Criminalística, assinale a alternativa correta.
a) O uso do conhecimento científico para a produção da prova é anterior ao século 19. Entre-
tanto, a sistematização da matéria ocorreu apenas em meados do século 20, com Edmond
Locard, após a publicação do respectivo livro Criminal Investigation, que foi traduzido para o
português como Manual para Juízes de Instrução. O livro tinha a finalidade de mostrar a apli-
cação da ciência na investigação criminal, facilitando, assim, o trabalho dos juízes no processo
decisório.
b) “Todo contato deixa uma marca”. Com essa armação, o austríaco Hans Gross apresentou
para a comunidade científica o que ficou conhecido como princípio da troca, que até os dias de
hoje serve como orientação para o trabalho pericial nos locais de crime.
c) A Criminalística surge nas universidades, portanto, em um contexto totalmente diferente
do ambiente policial. Entretanto, em 1910, surge, em Lyon, na França, o primeiro laboratório
forense dentro da estrutura organizacional da polícia, graças ao trabalho de Hans Gross. A ex-
periência se mostrou bem-sucedida, uma vez que a prova pericial passou a ser produzida por
profissionais que viviam a realidade da polícia, e, em pouco tempo, outros departamentos de
polícia levaram para o interior das próprias organizações os laboratórios forenses e os respec-
tivos especialistas.
d) Após consolidação da Criminalística como ciência, novos saberes foram desenvolvidos,
e, com base nesses saberes, surgiram outras ciências, como a sociologia, a psicologia e a
criminologia.
e) O perito criminal é o profissional que utiliza o próprio conhecimento científico para produzir
a prova pericial, que deve ser imparcial e isenta de vícios. Por apresentar essas características,
a prova pericial possui a propriedade da transversalidade, ou seja, trata-se de um elemento
utilizado não somente na fase do inquérito policial, mas também na fase processual da perse-
cução penal.

a) Errada. O erro está na indicação da autoria para Edmond Locard, quem publicou a obra Ma-
nual do Juiz de Instrução – todos os sistemas de Criminalística foi Hans Gross (considerado o
“PAI DA CRIMINALÍSTICA”).

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b) Errada. Novamente o examinador tenta confundir o candidato (a), pois a frase “Todo Contato
Deixa Uma Marca” (Princípio da Observação) é de Edmond Locard.
c) Errada. quem criou o primeiro laboratório forense, em Lyon, na França, no ano de 1910, foi
Edmond Locard.
d) Errada. Sociologia, a psicologia e a criminologia são ciências que se desenvolveram em
épocas e períodos independentes da Criminalística.
e) Certa.
Letra e.

005. (2019/IADES/PC-DF/PERITO CRIMINAL/VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM/2ª PRO-


VA) Em relação aos cinco Princípios da Criminalística, assim definidos por Dorea, assinale a
alternativa correta.
a) Princípio da Observação: tem base na célebre frase de Edmond Locard, o Sherlock Holmes
da França: “Todo contato deixa uma marca”. Apesar de haver uma grande quantidade de ações
que não resultem em marcas de provas e de que a evolução e pesquisa no instrumental cien-
tífico não são capazes de detectar vestígios ou microvestígios, o (a) perito(a) criminal deve
embasar-se na observação e no empirismo para realizar os respectivos exames periciais, con-
centrando ali os próprios esforços.
b) Princípio da Análise: “A análise pericial nem sempre deve seguir o método científico”. A pe-
rícia empírica visa a determinar uma das tantas possibilidades de como o fato ocorreu. O (A)
perito(a) criminal deve realizar uma coleta de dados que permita o estabelecimento de con-
jecturas a respeito de como se desenvolveu o fato, formulando quaisquer hipóteses sobre ele.
c) Princípio da Interpretação (ou Princípio da Individualidade): “Dois objetos indistinguíveis são
sempre idênticos”. Esse princípio preconiza que a identificação deve ser sempre enquadrada
em um único grau – identificação genérica. Os exames periciais deverão sempre alcançar esse
grau a m de se permitir a individualização.
d) Princípio da Documentação: “Toda amostra deve ser documentada, desde seu nascimento
no local de crime até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer um histórico com-
pleto e fiel de sua origem”. Esse princípio tem base na Cadeia de Custódia da prova material e
visa a proteger a fidelidade desta, evitando a consideração de provas forjadas.
e) Princípio da Descrição: “O resultado de um exame pericial nem sempre é constante com
relação ao tempo e deve ser exposto em linguagem técnica”. A linguagem do Laudo de Perícia
Criminal deve atender aos usos e costumes da linguagem técnica referente à área de perícia.
Caso o usuário do Laudo não tenha formação suficiente ou não consiga interpretar a peça téc-
nica, caberá a ele adquirir a formação adequada, pois o (a) perito(a) criminal não deve colocar
notas de rodapé ou fazer uso de qualquer outra ferramenta linguística e redacional para expli-
car termos técnicos ou partes do Laudo que, porventura, sejam de difícil interpretação.

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Noções de Criminalística
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a) Errada. Praticamente inexistem ações em que não resultem marcas de provas e o perito
criminal deve embasar-se na ciência em não no empirismo.
b) Errada. Princípio da Análise: “A análise pericial deve sempre seguir o método científico”.
c) Errada. Princípio da Interpretação: “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca
idênticos”.
d) Certa.
e) Errada. Princípio da Descrição: “O resultado de um exame pericial é constante com relação
ao tempo e deve ser exposto em linguagem ética e juridicamente perfeita”.
Letra d.

006. (2019/IADES/PC-DF/PERITO CRIMINAL/VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM/2ª PRO-


VA) A Enciclopédia Saraiva de Direito define “criminalística” como: Conjunto de conhecimentos
que, reunindo as contribuições de várias ciências, indica os meios para descobrir os crimes,
identificar os seus autores e encontrá-los, utilizando-se subsídios da química, da antropologia,
da psicologia, da medicina legal, da psiquiatria, da datiloscopia etc., que são consideradas ci-
ências auxiliares do Direito Penal.
A respeito dos diversos conceitos de Criminalística, assinale a alternativa correta.
a) Para Edmond Locard, Criminalística é a “investigação não sistemática de prova do delito,
sendo realizada sem a necessidade de se estabelecer provas indiciárias, contudo, com todo o
escopo agrupado em um corpo de doutrinas”.
b) Para Porto, Criminalística representa “um sistema não dedicado à aplicação de faculdade
de observações, mas que se utiliza de conhecimentos empíricos que nos levem a descobrir,
defender, pesar e interpretar os indícios de um delito, de modo a sermos conduzidos à desco-
berta do criminoso, possibilitando à Justiça a aplicação da justa pena”.
c) Em 1947, na cidade de São Paulo, no 1º Congresso Nacional de Polícia Técnica, os profis-
sionais de perícia apresentaram a Criminalística como sendo “uma quase-disciplina que tem
por objetivo o reconhecimento e interpretação das evidências materiais intrínsecas relativas
ao crime ou à identidade do criminoso”.
d) Para Hans Gross – o Pai da Criminalística –, a Criminalística é a ciência jurídica utilizada
pela Justiça Criminal, com o objetivo de condenar os criminosos mais diversos.
e) Eraldo Rabelo (1996) conceitua a Criminalística como sendo “a disciplina autônoma, integra-
da pelos diferentes ramos do conhecimento técnico científico, auxiliar e informativa das ativi-
dades policiais e judiciárias de investigação criminal, tendo por objeto o estudo dos vestígios
materiais extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil à elucidação e à prova das infrações
penais e, ainda, à identificação dos autores respectivos”.

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AUTOR CONCEITOS DE CRIMINALÍSTICA

HANS GROSS Criminalística é o estudo da fenomenologia do


(1893) crime e dos métodos práticos de sua investigação.

Disciplina que tem por objetivo o reconhecimento


e interpretação dos indícios materiais extrínsecos
JOSÉ DEL
relativos ao crime ou à identidade do criminoso. Os
PICCHIA (1947)
exames dos vestígios intrínsecos (na pessoa) são
da alçada da medicina legal.

É a aplicação de qualquer ciência ou técnica a


ASTOLFO pesquisa e a interpretação de indícios materiais
TAVARES PAES relativos ao crime, evidente ou hipotético, e,
(1966) no caso de confirmação de sua ocorrência, à
identidade de quem dele tenha participado.

É a parte das ciências criminais que, ao lado da


medicina legal, tem por finalidade os estudos
HILÁRIOVEIGA
técnicos e científicos dos indícios materiais do
DE CARVALHO
delito e da identificação do seu autor, colaborando
(1966)
também com outros campos do direito que dela
careçam.

Disciplina autônoma, integrada pelos diferentes


ramos do conhecimento técnico-científico, auxiliar
e informativa das atividades policiais e judiciárias
ERALDO
de investigação criminal, tendo por objeto o estudo
RABELLO
dos vestígios materiais extrínsecos à pessoa
(1996)
física, no que tiver de útil à elucidação e à prova
das infrações penais e, ainda, à identificação dos
autores respectivos.

A Criminalística policial ocupa-se com a


identificação do indivíduo, do exame dos vestígios,
EMÍLIO
das manchas e rastros, da falsificação de
FEDERICO
documentos ou moedas, das armas de fogo e dos
PABLO
explosivos, bem como dos veículos de qualquer
BONNET
tipo, quando suspeitos de estarem relacionados
com um fato doloso, culposo ou acidental.

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AUTOR CONCEITOS DE CRIMINALÍSTICA

Criminalística constituiu o conjunto de


conhecimentos científicos, técnicos, artísticos
etc., destinados à apreciação, interpretação e
descrição escrita dos elementos de ordem material
JOSE LOPES
encontrados no local do fato, no instrumento de
ZARZUELA
crime e na peça de exame, de modo a relacionar
(1995)
uma ou mais pessoas envolvidas em um evento,
às circunstâncias que deram margem a uma
ocorrência, de presumível ou de evidente interesse
judiciário.

Sistema que se dedica à aplicação de faculdades de


observação e de conhecimento científico que nos
GILBERTO levem a descobrir, defender, pesar e interpretar os
PORTO indícios de um delito, de modo a sermos conduzidos
à descoberta do criminoso, possibilitando à Justiça a
aplicação da justa pena
Letra e.

007. (2019/FADESP/CPC/RENATO CHAVES/PERITO CRIMINAL/ENGENHARIA CIVIL) O


conceito de criminalística como disciplina autônoma, integrada pelos diferentes ramos do co-
nhecimento técnico científico, auxiliar e informativa das atividades policiais e judiciárias de in-
vestigação criminal, que tem por objeto o estudo dos vestígios materiais extrínsecos à pessoa
física, no que tiver de útil à elucidação e à prova das infrações penais e, ainda, à identificação
dos autores respectivos. Esse conceito foi definido por:
a) José Del Picchia.
b) Hans Gross.
c) Eraldo Rabello.
d) Paolo Zachias.
e) José Lopes Zarzuela.

Questão bem recorrente em concursos públicos para essa disciplina, portanto, com as explica-
ções, a tabela e o mapa mental de definições no material você conseguirá facilmente respon-
der essas questões.

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a) Errada. Vide mapa.


b) Errada. Vide mapa.
c) Certa. Vide mapa.
d) Errada. PAOLO ZACHIAS é considerado para muitos o “PAI DA MEDICINA LEGAL”.
e) Errada. Vide mapa.
Letra c.

008. (2018/INSTITUTO AOCP/ITEP-RN/AGENTE TÉCNICO FORENSE) Historicamente, a


Criminalística recebeu muitos nomes sinonímicos, como Polícia Técnica, Policiologia e Ci-
ência Policial. Porém começou a prevalecer o nome “criminalística” após ter sido o termo
cunhado por:
a) Oscar Freire.
b) Paul L. Kirk.
c) Edmond Locard.
d) Hans Gross.
e) Gilberto Porto.

Essa é uma questão pontual e recorrente, então lembre-se: Foi Hans Gross – Juiz de instrução
e professor de Direito Penal, autor da obra “System Der Kriminalistik” – Sistema de Crimina-
lística, considerado o “PAI DA CRIMINALÍSTICA” que primeiro definiu o termo “Criminalística”
e não cofunda com Edmond Locard disse que na criminalística, postulou que “ Todo contato
deixa uma marca”.
Letra d.

009. (2018/INSTITUTO AOCP/ITEP-RN/AGENTE DE NECRÓPSIA) A Criminalística pode ser


definida como:
a) uma disciplina autônoma, integrada pelos diferentes ramos do conhecimento técnico-cientí-
fico, auxiliar e informativa das atividades policiais e judiciárias de investigação criminal, tendo
por objeto o estudo dos vestígios materiais extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil à
elucidação e à prova das infrações penais e, ainda, à identificação dos autores respectivos.
b) a parte da jurisprudência que tem por objeto o estabelecimento de regras que dirigem a con-
duta do perito e na forma que lhe cumpre dar às suas declarações verbais ou escritas.
c) o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a servir ao Direito, coo-
perando na elaboração, na interpretação e na execução dos dispositivos legais, no campo de
ação da ciência aplicada.
d) o ramo das ciências que se ocupa em elucidar as questões da administração da justiça civil
e criminal que podem ser resolvidas somente à luz dos conhecimentos médicos.

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e) a área do direito penal que se ocupa da doutrina criminal envolvida na elucidação material
do fato, sendo prescindível à elucidação de crimes que deixam vestígios e regida por leis jurídi-
cas e ritos processuais rígidos e imutáveis e cujos resultados e apontamentos são de origem
empírica, ambígua e inextricável.

a) Certa. Definição de Eraldo Rabello.


b) Errada. Não é parte da jurisprudência, trata-se de uma disciplina e/ou ciência autônoma.
c) Errada. Conhecimentos multidisciplinar e não apenas médicos e paramédicos.
d) Errada. Erro está em “... somente conhecimentos médicos”.
e) Errada. Trata-se de disciplina autônoma e seus resultados são pautados no método científi-
co e não de forma empírica, ambígua e inextricável.
Letra a.

010. (2018/INSTITUTO AOCP/ITEP-RN/PERITO CRIMINAL/QUÍMICO) Sobre os Postulados


e Princípios da Criminalística brasileira, assinale a alternativa correta.
a) De acordo com o Princípio da Observação, também conhecido como Princípio de Locard, o
vestígio, como toda matéria, é ponderável e, portanto, cabe ao perito criminal o reportar-se ao
que vê (visum et repertum).
b) O Princípio da Interpretação, também conhecido por Princípio de Kirk, pode ser enunciado
pela frase “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos”.
c) O Princípio da Documentação não se relaciona ao registro cronológico de um vestígio, desde
seu nascimento até sua disposição final, pois isso cabe à Cadeia de Custódia.
d) Sendo a verdade mutável em relação ao tempo, não se permite postular que a perícia crimi-
nal é independente do tempo.
e) Considerando que o teor de um laudo pericial é personalíssimo, então o conteúdo de um
laudo pericial será variante de acordo com o perito criminal que o produzir.

a) Errada. Princípio da Observação: “Todo contato deixa uma marca” (Edmond Locard).
b) Certa. Princípio da Interpretação: “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idên-
ticos” (Princípio de Kirk).
c) Errada. Princípio da Documentação: Cadeia de custódia da prova material. “Toda amostra
deve ser documentada, desde seu nascimento na cena do crime até sua análise e descrição
final, de forma a se estabelecer um histórico completo e fiel de sua origem”.
d) Errada. Princípio da Descrição: “O resultado de um exame pericial é constante com relação
ao tempo e deve ser exposto em linguagem ética e juridicamente perfeita”.
e) Errada. Lembre-se: Princípio da Descrição: “O resultado de um exame pericial é constante
com relação ao tempo e deve ser exposto em linguagem ética e juridicamente perfeita”.
Letra b.

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Noções de Criminalística
Leonardo Guedes

011. (2017/FUNDATEC/IGP-RS/TÉCNICO EM PERÍCIAS) Na criminalística, existe um princí-


pio o qual postula que “todo contato deixa uma marca”. A quem pertence essa teoria?
a) Edmond Locard.
b) Hans Gross.
c) Erik Jacquin.
d) Domingos Tocchetto.
e) Teori Zavascki.

Uma questão muito fácil, mas recorrente em concursos que cobram essa disciplina, sempre
buscando confundir o candidato. O examinador busca trocar as contribuições de Edmond Lo-
card e Hans Gross na Criminalística, dois autores que você não pode deixar de conhecer e fixar.
Letra a.

012. (2017/FUNDATEC/IGP-RS/TÉCNICO EM PERÍCIAS) Analise as seguintes assertivas so-


bre a definição de Criminalística:
I – Disciplina que tem como objetivo a interpretação de indícios materiais extrínsecos relativos
ao crime e intrínsecos relativos à pessoa.
II – Disciplina que tem como princípios fundamentais a observação, a análise, a interpretação,
a descrição e a documentação.
III – Disciplina que integra os diferentes ramos do conhecimento técnico-científico tendo por
objeto o estudo dos vestígios materiais extrínsecos à pessoa, atuando de forma auxiliar e in-
formativa nas atividades policiais e judiciárias.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

O erro do item I está em intrínsecos “... relativos ao crime e intrínsecos relativos à pessoa.”.
Lembre-se que o objeto da Criminalística é o estudo dos vestígios materiais extrínsecos à pes-
soa, atuando de forma auxiliar e informativa nas atividades policiais e judiciárias.
Letra d.

013. (2015/FUNIVERSA/PC-DF/PERITO MÉDICO-LEGISTA) Com relação aos postulados e


princípios da criminalística, é correto armar que:
a) o conteúdo de um laudo pericial criminalístico pode sofrer variações conforme o perito cri-
minal que o produzir.

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b) mais precisa será a conclusão da perícia, quanto mais rápidos e mais modernos forem os
meios utilizados pelo perito.
c) todo contato deixa uma marca conforme o princípio da descrição.
d) a análise pericial deve sempre seguir o método científico.
e) dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos conforme o princípio da análise.

a) Errada. Lembre-se: Princípio da Descrição: “O resultado de um exame pericial é constante


com relação ao tempo e deve ser exposto em linguagem ética e juridicamente perfeita”.
b) Errada. Veja o que diz o Princípio da Análise: “A análise pericial deve sempre seguir o método
científico”.
c) Errada. Princípio da Observação: “Todo contato deixa uma marca” (Edmond Locard).
d) Certa. Princípio da Análise: “A análise pericial deve sempre seguir o método científico”.
e) Errada. Princípio da Interpretação: “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca
idênticos”.
Letra d.

014. (2014/VUNESP/PC-SP) Criminalística é a disciplina que tem por objetivo, com relação
ao crime ou à identidade do criminoso:
a) o reconhecimento e a interpretação dos indícios materiais extrínsecos.
b) o reconhecimento e a análise dos fatos materiais intrínsecos.
c) possibilitar a aplicação de teorias criminológicas no evento.
d) aplicar, por via indireta (exame), a dogmática penal-processual penal.
e) exercitar a ciência enquanto realidade normativo-legal.

Veja que a maior parte das questões requer que o candidato conheça as definições, os prin-
cípios fundamentais e os postulados da Criminalística de forma conceitual. Para responder
essas questões bastamos lembrar de algumas palavras-chaves: Disciplina autônoma; Multi-
disciplinar e vestígios materiais extrínsecos;
Letra a.

015. (2014/VUNESP/PC-SP/PERITO CRIMINAL) Criminalística pode ser definida como um


conjunto de conhecimentos oriundos de várias ciências que permitem:
a) antecipar, logicamente, futuros eventos criminosos.
b) localizar eventos futuros de forma preditiva.
c) descobrir crimes e seus respectivos autores.
d) preventivamente ocupar espaços voltados à macrocriminalidade.
e) informar as atividades de polícia preventiva.

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Noções de Criminalística
Leonardo Guedes

Para responder essa questão retomemos à uma revisão dos objetivos da Criminalística, são eles:
i. dar materialidade do fato típico;
ii. fornecer a dinâmica do evento;
iii. reconhecimento e interpretação dos indícios materiais extrínsecos a cena do crime;
iv. identificação de autoria de um delito;
v. elaborar a prova técnica, através da indiciologia material.
Nesse sentido, o gabarito da questão é item c único que guarda relação com a definição de
Criminalística e seus objetivos.
Letra c.

016. (2014/IESES/IGP-SC/AUXILIAR PERICIAL/LABORATÓRIO) A Criminalística é um sis-


tema de métodos científicos utilizados pela polícia e pelas investigações policiais que tem
como objetivo:
I – O reconhecimento e a interpretação dos indícios materiais extrínsecas, relativos ao crime
ou à identidade do criminoso.
II – Auxiliar e informar as atividades policiais e judiciárias de investigação criminal.
III – Interpretar os elementos que conduzam à identificação do promotor do evento.
IV – Realizar exames de vestígios intrínsecos (na pessoa), relativos ao crime.
A sequência correta é:
a) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
b) Apenas a assertiva II está correta.
c) Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
d) As assertivas I, II, III e IV estão corretas.

Caro(a) aluno(a), se você chegou até aqui resolvendo as questões de concurso propostas nes-
se material em ordem cronológica, não terá qualquer dificuldade em responder essa questão.
Verá que examinador quer saber se você consegue distinguir Criminalística x Medicina Legal;
em que a primeira objetiva o reconhecimento e interpretação dos indícios materiais extrínse-
cos, relativos ao crime ou à identidade do criminoso, enquanto que os exames dos vestígios
intrínsecos (na pessoa) são da alçada da Medicina Legal. Portanto o item IV é incorreto e o
gabarito da questão é a Letra a.
Letra a.

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Leonardo Guedes

017. (2014/IESES/IGP-SC/AUXILIAR PERICIAL/CRIMINALÍSTICO) Autor reconhecido como


o pai da Criminalística no mundo, publicou o livro Manual Prático de Instruções Jurídicas, que
deu início ao estudo do sistema de Criminalística, no qual as ciências naturais e as artes eram
usadas para a elucidação de crimes. A sentença acima se refere:
a) Erwin Höpler.
b) Hans Gross.
c) Cesare Lombroso.
d) Enrico Ferri.

Questão conceitual para você enraizar que Hans Gross foi “PAI DA CRIMINALÍSTICA”.
Letra b.

018. (2010/FUNIVERSA/SECTEC-GO/PERITO CRIMINAL) Criminalística é a disciplina que


tem como objetivo o reconhecimento e a interpretação dos indícios materiais extrínsecos, re-
lativos ao crime ou à identidade do criminoso; esse conceito de criminalística foi dado por:
a) José Del Picchia.
b) Hans Gross.
c) Astolfo Tavares Paes.
d) Paolo Zachias.
e) José Lopes Zarzuela.

Novamente as definições de Criminalística propostas pelos estudiosos do tema, vem sendo


cobrada. Portanto, meu prezado(a) aluno(a) não erre essa questão na sua prova. Lembre-se
que serão 05 questões sobre essa disciplina. Não podemos deixar de pontuar esse item tão
recorrente e extensamente discutido ao longo desse material. Já sabe o que fazer quando
terminar esse estudo, não é? Já estou prevendo você imprimindo a tabela de conceitos, mar-
cando as palavras chaves e colando em seu local de estudo.
Dessa maneira irá marcar a Letra a como gabarito da questão.
Letra a.

019. (2008/FDRH/IGP-RS/AUXILIAR DE PERÍCIA) Considere as armações abaixo acerca da


definição de Criminalística.
I – É um sistema de conhecimentos técnicos e científicos de diversas ciências, utilizado com
a mesma finalidade dessas.
II – É o ramo do conhecimento que colabora com as investigações policial e judicial, ouvindo
depoimentos de pessoas e analisando-os tecnicamente.
III – É a ciência que estuda os vestígios intrínsecos ao corpo humano.
IV – É a ciência que estuda os vestígios materiais extrínsecos ao corpo humano e os lo-
cais de crime.

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Quais estão corretas?


a) Apenas a III.
b) Apenas a IV.
c) Apenas a I e a II.
d) Apenas a I e a III.
e) Apenas a II e a IV.

I – Errada. A finalidade da Criminalística é autônoma, voltada para elucidação de crimes e de-


finição da autoria.
II – Errada. A Criminalística atua na análise e estudos dos vestígios materiais extrínsecos. O
item descreve uma das funções da Autoridade Policial.
III – Errada. Eraldo Rabelo (1996) conceitua a Criminalística como sendo “a disciplina autôno-
ma, integrada pelos diferentes ramos do conhecimento técnico científico, auxiliar e informativa
das atividades policiais e judiciárias de investigação criminal, tendo por objeto o estudo dos
vestígios materiais extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil à elucidação e à prova das
infrações penais e, ainda, à identificação dos autores respectivos”.
IV – Correta.
Letra b.

020. (2008/FDRH/IGP-RS/PERITO CRIMINAL) Sobre a definição de Criminalística considere


as seguintes afirmações.
I – É a ciência que estuda o crime e o criminoso em tudo que for aplicável à elucidação de um
crime ou de uma infração penal.
II – É a ciência que estuda as lesões corporais, visando a diagnosticar se ocorreu homicídio,
suicídio ou acidente.
III – É um sistema de conhecimentos técnico-científicos que estuda os locais de crimes e os
vestígios materiais, localizados superficialmente ou fora do corpo humano, visando a identifi-
car as circunstâncias e a autoria da infração penal
IV – É o sistema de conhecimentos científicos que estuda os vestígios materiais extrínsecos
à pessoa física, visando a esclarecer e identificar as circunstâncias do crime e determinar a
identidade do criminoso.
Quais estão corretas?
a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
c) Apenas a II e a IV.
d) Apenas a III e a IV.

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I – Errada. O item reporta aos objetivos da CRIMINOLOGIA.


II – Errada. A Criminalística atua na análise e estudos dos vestígios materiais extrínsecos. O
item a atuação da MEDICINA LEGAL.
III – Correta. Eraldo Rabelo (1996) conceitua a Criminalística como sendo “a disciplina autôno-
ma, integrada pelos diferentes ramos do conhecimento técnico científico, auxiliar e informativa
das atividades policiais e judiciárias de investigação criminal, tendo por objeto o estudo dos
vestígios materiais extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil à elucidação e à prova das
infrações penais e, ainda, à identificação dos autores respectivos”.
IV – Correta. Vide comentário item III
Letra d.

021. (CEFET-BA/2008/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA) Assinale a alternativa correta.


a) A Criminalística não estuda as circunstâncias do crime cometido.
b) A Criminalística se relaciona com todas as ciências, menos com Medicina Legal.
c) A Criminalística se relaciona com todas as ciências.
d) A Criminalística não é necessária nas investigações policiais.
e) O exame de local de crime não revela vestígio.

a) Errada. Um dos objetivos da Criminalística é estudar e elucidar as circunstâncias da in-


fração penal.
b) Errada. Criminalística se relaciona com todas as ciências
c) Certa.
d) Errada. Auxilias na elucidação do crime e definição de autoria.
e) Os locais de crime possuem muitos vestígios, sejam eles latentes ou não.
Questão recorrente. Lembremos então novamente que a Criminalística é uma ciência autôno-
ma e multidisciplinar, portanto relaciona-se com todas as ciências.
Letra c.

022. (CESPE/PERITO CRIMINAL-PB/2008) Criminalística é:


a) a transposição, para o inquérito, do resultado dos exames técnicos realizados no local do
delito, determinando a materialidade e apontando a autoria.
b) a ciência que visa ao estudo das armas de fogo, da munição e dos fenômenos e efeitos
próprios dos disparos dessas armas, no que tiverem de útil ao esclarecimento e à prova de
questões de fato, no interesse da justiça, tanto penal como civil.
c) a ciência que trata do estudo dos documentos que contêm um registro gráfico.

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d) o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos que, no âmbito do direito, concorrem


para a elaboração, a interpretação e a execução das leis existentes e ainda permite, por meio
da pesquisa científica, o seu aperfeiçoamento.
e) o sistema que se dedica à aplicação de faculdades de observação e de conhecimento cien-
tífico que levem a descobrir, defender, pesar e interpretar os indícios de um delito, com vistas
à descoberta do criminoso.

a) Errada. Criminalística não é a transposição dos resultados dos exames periciais para o in-
quérito e ela poderá determinar a materialidade e definir a autoria, mas nem sempre.
b) Errada. A alternativa descreve uma das áreas de atuação da Criminalística denominada Ba-
lística Forense.
c) Errada. A alternativa descreve uma das áreas de atuação da Criminalística denominada Ba-
lística Forense Documentoscopia e Grafoscopia.
d) Errada. Conceito relacionado à Medicina Legal.
e) Certa. Definição de Gilberto Porto:

sistema que sistema que se dedica à aplicação de faculdades de observação e de conhecimento


científico que nos levem a descobrir, defender, pesar e interpretar os indícios de um delito, de molde
a sermos conduzidos à descoberta do criminoso, possibilitando à Justiça a aplicação da justa pena.
Letra e.

023. (CPCON/UEPB/PERITO CRIMINAL OFICIAL/PC-PB/2003/ADAPTADA) A criminalística


é uma disciplina que surgiu no seio da medicina legal. Na realidade, muitos dos objetos de
estudos da medicina legal relacionam-se de tal modo aos da criminalística que em muitos
aspectos se torna difícil afirmar a qual disciplina pertença este ou aquele conjunto de conheci-
mentos. Os conceitos a seguir tratam da criminalística. Analise-os.
I – Criminalística é a parte das ciências criminais que, ao lado da medicina legal, tem por fina-
lidade os estudos técnicos e científicos dos indícios materiais do delito e da identificação do
seu autor, colaborando também com outros campos do direito que dela careçam.
II – Criminalística é o conjunto de conhecimentos que, reunindo as contribuições de várias
ciências, indica os meios para desvendar os crimes, identificar os seus autores e encontrá-los,
utilizando-se dos subsídios da química, da antropologia, da psicologia, da medicina legal, da
psiquiatria, da datiloscopia etc., que são consideradas ciências auxiliares do direito penal.
III – Criminalística constitui o conjunto de conhecimentos científicos, técnicos, artísticos etc.,
destinados à apreciação, interpretação e descrição escrita dos elementos de ordem material
encontrados no local do fato, no instrumento de crime e na peça de exame, de modo a relacio-
nar uma ou mais pessoas envolvidas em um evento, às circunstâncias que deram margem a
uma ocorrência, de presumível ou de evidente interesse judiciário.

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Marque a alternativa correta:


a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão erradas.
e) I, II, e III estão corretas.

Todas as assertivas estão corretas. O examinador parafraseou as definições dos diversos au-
tores que já estudamos, mas perceba que se fixarmos as palavras-chave relacionadas a defini-
ção de Criminalística conseguiremos resolver a questão, são elas: Autônoma e multidiscipli-
nar; método científico; estudos de autoria e materialidade; auxiliar as autoridades policiais e
judiarias.
Letra e.

024. (CESPE/PERITO CRIMINAL-PB/2009)


“Todo contato deixa uma marca”
Edmond Locard
Em locais de crime, a pesquisa e a busca dos vestígios nem sempre é missão de fácil exe-
cução, sabendo-se que, em muitos casos, tais elementos resultantes da ação delituosa, quer
originários dos autores, quer originários das vítimas, somente podem ser detectados por meio
de análises microscópicas, ou mesmo aparelhos de altíssima precisão. Mas, o que é importan-
te ter em mente, é que praticamente inexistem ações em que não resultem marcas de provas,
sabendo-se, ainda, que é notória a evolução e a pesquisa do instrumental científicos capazes
de detectar esses vestígios, ou mesmo, microvestígios.
Luiz Eduardo Dorea. Criminalística (com adaptações).
Nos trechos acima, segundo os princípios fundamentais da criminalística, definiu-se o
princípio da:
a) observação.
b) análise.
c) interpretação.
d) da descrição.
e) da documentação

Assunto recorrente nos concursos que cobram Noções de Criminalística. Vamos exaurir esse
conteúdo e relembrar novamente os conceitos para cada princípio fundamental. Vejamos:
PRINCÍPIO DA OBSERVAÇÃO, “Todo contato deixa uma marca”;
PRINCÍPIO DA ANÁLISE, “A análise pericial deve sempre seguir o método científico”; PRINCÍPIO
DA INTERPRETAÇÃO, “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos”;
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PRINCÍPIO DA DESCRIÇÃO, “O resultado de um exame pericial é constante com relação ao


tempo e deve ser exposto em linguagem ética e juridicamente perfeita”;
PRINCÍPIO DA DOCUMENTAÇÃO, “Toda amostra deve ser documentada, desde o seu nasci-
mento no local de crime até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer um histó-
rico completo e fiel da sua origem”.
Letra a.

025. (2020/CESPE/CEBRASPE/PC-SE/DELEGADO DE POLÍCIA/CURSO DE INSTRUÇÃO) A


estrutura do laudo pericial emitido pelo Instituto de Criminalística de Sergipe pode variar con-
forme o tipo de exame e o perito subscritor.

A assertiva está correta. O examinador tenta confundir o candidato e induzi-lo a marcar o item
como errado baseado no seguinte postulado da Criminalística:

O conteúdo de um Laudo Pericial Criminalístico é invariante com relação ao Perito Criminal que o
produziu: como os resultados de uma perícia criminalística são invariavelmente baseados em leis
científicas, com teorias e experiências consagradas, seja qual for o perito que recorrer a estas leis
para analisar um fenômeno criminalístico, o resultado não poderá depender dele, indivíduo;

Note que o conteúdo do Laudo é invariante e independerá do Perito, mas estrutura pode variar
conforme o exame. Por exemplo, a estrutura dos laudos de locais de Morte Violenta apresenta
uma estrutura diferente de um laudo de exame de substâncias proscritas, no entanto, o conte-
údo de ambos os laudos será pautado nas leis e métodos científicos.
Certo.

026. (INÉDITA/2021) A criminalística, “disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e


interpretação dos indícios materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do crimino-
so” é norteada por alguns princípios. Assinale a alternativa que NÃO descreve um princípio da
criminalística.
a) Princípio da QUANTIDADE: “ o vestígio deve ser recolhido, sempre que possível, em boa
quantidade, para garantir a contraprova”.
b) Princípio da DOCUMENTAÇÃO: “ toda amostra deve ser documentada, desde seu nascimen-
to no local de crime até sua análise e descrição final”.
c) Princípio da OBSERVAÇÃO: “ todo contato deixa uma marca”.
d) Princípio da INTERPRETAÇÃO ou da INDIVIDUALIDADE: “ dois objetos podem ser indistinguí-
veis, mas nunca idênticos”.
e) Princípio da ANÁLISE: “a análise pericial deve sempre seguir o método científico”.

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a) Errada. São princípios da Criminalística: Princípio da Observação; Princípio da Análise; Prin-


cípio da Interpretação ou Individualidade; Princípio da Descrição; Princípio da Documentação.
b) Certa. Princípio da documentação: “Toda amostra deve ser documentada, desde seu nasci-
mento no local de crime até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer um his-
tórico completo e fiel de sua origem”. Este princípio, baseado na Cadeia de Custódia da prova
material, visa a proteger, seguramente, a fidelidade da prova material, evitando a consideração
de provas forjadas, incluídas no conjunto das demais, para provocar a incriminação ou a ino-
cência de alguém.
c) Certa. Princípio da Observação: “Todo contato deixa uma marca” (Edmond Locard). Em lo-
cais de crime, a pesquisa e a busca dos vestígios nem sempre é missão de fácil execução, sa-
bendo-se que, em muitos casos, tais elementos resultantes da ação delituosa, quer originários
dos autores, quer originários das vítimas, somente podem ser detectados através de análises
microscópicas, ou mesmo, aparelhos de altíssima precisão.
d) Certa. Princípio da Análise: “A análise pericial deve sempre seguir o método científico”. A
perícia científica visa a definir como o fato ocorreu (teoria), através de uma criteriosa coleta
de dados (vestígios e indícios), que permitem estabelecer-se conjeturas sobre como se desen-
volveu o fato, formulando-se hipóteses coerentes sobre ele. É esse o método científico que
baseiam as condutas periciais, que permitem estabelecer-se, às vezes, no próprio local dos
exames, uma teoria completa sobre o fenômeno, ou, em outras oportunidades, dependendo de
exames complementares.
e) Certa. Princípio da Interpretação: “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idên-
ticos”. Este princípio, também chamado de “Princípio da Individualidade”, preconiza que a
identificação deve ser sempre enquadrada em três graus, ou sejam: a identificação genéri-
ca, a específica e a individual, sendo que os exames periciais deverão sempre alcançar este
último grau.
Letra a.

027. (INÉDITA/2021) Segundo Eraldo Rabelo, a Criminalística pode ser entendida como “disci-
plina autônoma, integrada pelos diferentes ramos do conhecimento técnico científico, auxiliar
e informativa das atividades policiais e judiciárias de investigação criminal, tendo por objeto
o estudo dos vestígios materiais extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil à elucidação
e à prova das infrações penais e, ainda, a identificação dos autores respectivos”, sobre esse
assunto, marque a opção correta:
a) Os objetivos principais da Criminalística são: auxiliar e informar os interessados na inves-
tigação criminal, examinar e esclarecer uma infração penal, e, como está presente dentro da
estrutura policial, busca sempre responder aos quesitos demandados pela Promotoria interes-
sada na acusação do indivíduo.

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b) Os princípios que regem a Criminalística são: alicerce científico, impessoalidade, imparcia-


lidade e metodologia.
c) Dentre os Princípios da Criminalística, podemos citar o Princípio da Interpretação também
conhecido como Princípio da Individualidade, que determina que todas as amostras devem ser
documentadas a fim de preservar a sua história desde o local de crime até seu descarte.
d) São cinco os Princípios que regem a Criminalística: Princípio da Observação ou da Troca
de Locard; Princípio da Análise; Princípio da Interpretação ou da Individualidade; Princípio da
Descrição e Princípio da Documentação.
e) A forma de se atingir os objetivos propostos para a Criminalística se dá por meio da coleta
de vestígios materiais, identificando-os de forma direta ou indireta, coletá-los, acondicioná-los
e esclarecê-los pelas perícias internas. São exemplos de vestígios materiais buscados pela
atuação dos Peritos Oficiais, uma mancha de sangue, uma arma de fogo, projéteis, interroga-
tório de testemunhas, marcas pneumáticas e acareação.

a) Errada. A Criminalística é pautado no método científico e o resultado das suas análises inde-
pende das partes do processo, poderá servir tanto à acusação como defesa.
b) Errada. São princípios da Criminalística: Princípio da Observação; Princípio da Análise; Prin-
cípio da Interpretação ou Individualidade; Princípio da Descrição; Princípio da Documentação.
c) Errada. O Princípio da Interpretação preconiza que: “Dois objetos podem ser indistinguíveis,
mas nunca idênticos”. Este princípio, também chamado de “Princípio da Individualidade”.
d) Certa. São esses os princípios fundamentais.
e) Errada. Interrogatório de testemunhas não é uma prova material dentro da Criminalística.
Letra d.

028. (INÉDITA/2021) De acordo com a origem, aspectos e conceitos da criminalística, respon-


da o item que contém a quantidades de itens corretos.
I – A origem da criminalística é controversa, para alguns autores, a criminalística surgiu a partir
da Medicina Legal, enquanto outros defendem uma procedência fragmentada e há ainda auto-
res que contestam a ordem da origem.
II – Edmond Locard é considerado o pai da criminalística e definiu esta como sendo “sistema
de métodos científicos utilizados pela polícia e pelas investigações policiais”.
III – Edmond Locard responsável pela fundação do Laboratório de Polícia Técnica de Lion é o
autor do princípio de que “todo contato deixa uma marca”.
IV – Segundo Dorea, são Princípios da Criminalística:
PRINCÍPIO DA OBSERVAÇÃO, “Todo contato deixa uma marca”; PRINCÍPIO DA ANÁLISE, “A
análise pericial deve sempre seguir o método científico”; PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO,
“Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos”; PRINCÍPIO DA DESCRIÇÃO, “O
resultado de um exame pericial é constante com relação ao tempo e deve ser exposto em lin-

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guagem ética e juridicamente perfeita”; PRINCÍPIO DA DOCUMENTAÇÃO, “Toda amostra deve


ser documentada, desde o seu nascimento no local de crime até sua análise e descrição final,
de forma a se estabelecer um histórico completo e fiel da sua origem”.
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) 4

Apenas o item II está incorreto. Seria HANS GROSS, o considerado o pai da criminalística.
Letra d.

029. (INÉDITA/2021) De acordo com os Aspectos Gerais e Conceitos de Interesse da Crimina-


lística, responda o item correto.
a) De acordo com o princípio da Interpretação o resultado de exame pericial é constante com
relação ao tempo e deve ser exposto em linguagem ética e juridicamente perfeita.
b) De acordo com o princípio da Observação a análise pericial deve sempre seguir o método
científico. A perícia científica visa a determinar como o fato ocorreu por meio de uma criteriosa
coleta de dados que permite o estabelecimento de conjecturas sobre como se desenvolveu o
fato, formulando-se hipóteses coerentes sobre ele.
c) De acordo com o princípio da Descrição todo contato deixa uma marca. Praticamente inexis-
tem ações em que não resultem marcas de provas, sabendo-se, ainda, que é notória a evolução
e pesquisa no instrumental científico capaz de detectar esses vestígios ou microvestígios.
d) De acordo com o princípio da Documentação toda amostra deve ser documentada, desde
seu nascimento no local de crime até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer
um histórico completo e fiel de sua origem.
e) De acordo com o princípio da Análise, dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idên-
ticos. Preconiza que a identificação deve ser sempre enquadrada em três graus: identificação
genérica, específica e individual. Os exames periciais deverão sempre alcançar o último grau.

Caro(a) aluno(a), creio que fazendo os exercícios e lendo nossos comentários já percebeu que
não poderá ir para essa prova sem conhecer os Princípios Fundamentais da Criminalística,
suas definições, objetivos e postulados. Portanto para responder essa questão lembremos e
fixemos novamente:
PRINCÍPIO DA OBSERVAÇÃO, “Todo contato deixa uma marca”; PRINCÍPIO DA ANÁLISE, “A
análise pericial deve sempre seguir o método científico”; PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO,
“Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos”; PRINCÍPIO DA DESCRIÇÃO, “O

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resultado de um exame pericial é constante com relação ao tempo e deve ser exposto em lin-
guagem ética e juridicamente perfeita”; PRINCÍPIO DA DOCUMENTAÇÃO, “Toda amostra deve
ser documentada, desde o seu nascimento no local de crime até sua análise e descrição final,
de forma a se estabelecer um histórico completo e fiel da sua origem”.
Letra d.

030. (INÉDITA/2021) Sobre a história da criminalística, assinale a questão correta:


a) A criminalística surgiu no século XIX e o primeiro Instituto de Criminalística criado surgiu na
Áustria, na Universidade de Graz fundado por Hans Gross.
b) O princípio da troca de Edmond Locard indica que geralmente quando alguém adentra em
um espaço físico, este o altera, mesmo que inconscientemente. Muitas vezes esse indivíduo
deixa algo e algo é levado com ele.
c) A criminalística, originada dentro da organização policial, atua, com lastro na ciência, como
promovedora dos direitos humanos, produzindo provas sem vícios, sempre em busca da ver-
dade possível.
d) Hans Gross foi um pioneiro da Ciência Forense, conhecido também como o Sherlock Hol-
mes da França. Formulou o princípio básico de ciência forense: “Todo contato deixa uma mar-
ca”, que ficou conhecido como o princípio de Troca. Como todo princípio, baseia-se em uma
ideia simples, mas de grande profundidade

a) Certa. Item correto. Hans Gross é considerado por isso o PAI DA CRIMINALÍSTICA.
b) Errada. Edmond Locard propôs o PRINCÍPIO DA OBSERVAÇÃO, “Todo contato deixa uma
marca”, ou seja, sempre e não apenas geralmente como define o item.
c) Errada. A Criminalística surgiu inicialmente nas academias incialmente e foi aos poucos
sendo levada para dentro das instituições policiais.
d) Errada. Foi Edmond Locard (Saint-Chamond, 13 de dezembro de 1877 — Lyon, 4 de maio
de 1966) foi um pioneiro da Ciência Forense, conhecido também como o Sherlock Holmes da
França. Formulou o princípio básico de ciência forense: “Todo contato deixa uma marca”, que
ficou conhecido como o princípio de Troca de Locard.
Letra a.

031. (INÉDITA/2021) Julgue os itens e assinale a alternativa correta:


I – As atividades relacionadas à Criminalística encontravam-se dispersas nas universidades,
não havendo uma organização centralizada desse serviço nas unidades policiais. O Laborató-
rio de Polícia Técnica, de Lyon, primeiro do gênero em todo mundo, foi criado por intervenção
direta de Edmond Locard.
II – No Brasil, a Criminalística começou a ganhar corpo nos anos 1920. Em São Paulo, essa
atividade adentrou na organização policial por intermédio da Lei n. 2034/1924, a qual criou a
Delegacia Técnica Policial.

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III – Criada para auxiliar a investigação criminal, a Criminalística arvora-se do conhecimento


científico das mais diversas áreas para alicerçar conclusões relacionadas a um fato considera-
do delituoso. Seu papel primordial é recontar um fato do passado e apontar o autor desse fato
a partir da ciência.
IV – A partir da experiência de Locard, outros departamentos de polícia passaram a trazer, para
o interior de suas organizações, os laboratórios forenses e seus especialistas. De forma rápida,
vários países europeus passaram a inserir a atividade forense dentro de suas estruturas.
V – O entrelaçamento organizacional tornou-se comum e a atividade forense passou a relacio-
nar-se nuclearmente com a atividade investigativa.
a) E,C,C,C,C
b) C,C,C,C,C
c) C,E,C,C,C
d) C,C,C,E,C
e) C,C,C,C,E

Todos os itens estão corretos. Veja que os conhecimentos relacionados à história da Crimi-
nalística requerem que o candidato entenda alguns marcos significativos da história, ou seja,
quem primeiro definiu Criminalística (Hans Gross), quem primeiro criou o Laboratório de Po-
lícia Técnica, de Lyon, primeiro do gênero em todo mundo (Edmond Locard), em que década
iniciaram os trabalhos forenses no Brasil. Fique atento nesses marcos e não será surpreendido
pela banca.
Letra b.

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REFERÊNCIAS

GARRIDO, Rodrigo Grazinoli; GIOVANELLI, Alexandre. Criminalística: Origem, Evolução e Desca-


minhos. Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas, v. 5, p. 43-60, 2006.

ESPINDULA, Alberi. Criminalística Para Concursos. 2.ed. Campinas, SP: Millennium Editora,
2014.

VELHO, Jesus Antônio; GEISER, Gustavo Caminoto, ESPÍNDULA, Alberi. Ciências Forenses –
Uma introdução às principais áreas da Criminalística Moderna. 3.ed. Campinas, SP: Millennium
Editora, 2017.

RABELLO, Eraldo. Curso de Criminalística. Porto Alegre, RS: Sagra Luzzatto, 1996.

STUMVOLL, Victor Paulo; Criminalística. 7.ed. Campinas, SP: Millennium Editora, 2019.

APCF – Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais. Página inicial. Disponível em
http://apcf.org.br/areas-da-pericia/

Leonardo Guedes
Especialista em Gestão de Segurança Pública pela Universidade de Brasília (2014), Especialista em
Investigação Criminal pela Universidade Católica de Brasília (2009), possui graduação em Ciências
Biológicas pela Universidade de Brasília (2006) e mestrado em Biologia Molecular pela Universidade de
Brasília (2009). Tem experiência em Investigação Criminal de Homicídios e Crimes Violentos, Perícia
Criminal e Operações Policiais. Atuou como Professor de Investigação Criminal na Escola Superior de
Polícia Civil do Distrito Federal e ministra palestras sobre o Panorama Nacional de Homicídios para Força
Nacional. Tem experiência na área Criminalística, Perícias Externas, Locais de Crime, Genética Humana,
Imunologia Molecular e Biotecnologia. Aprovado em diversos concursos da área policial, sendo no último
o 6º lugar
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