Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• Efeitos sociais
• Efeitos pessoais
• Efeitos patrimoniais
- Criação da família instituída pelo casamento (CF, art. 226, §§ 1º e 2º; CC, art 1.511 e
seguintes).
- Emancipação do consorte de menor idade (CC, art. 5º, parágrafo único, II).
IV. Sustento, guarda e educação dos filhos [...]→solidariedade social – CF/1988, art. 3°,
I.
V. Respeito e consideração mútuos (CC, art. 1.573, III) → boa-fé objetiva
- na alegria e na tristeza, na saúde e na doença – ausência é prova de fadiga da relação.
Lei nº 4.121, de 1962, conhecida como estatuto da mulher casada, à luz dos direitos
humanos. ... O estatuto pôs fim a desigualdade jurídica que havia, tendo a mulher
casadas e tornando absolutamente capaz de exercer os atos da vida civil.
→ Art. 1.568. Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos
rendimentos do trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que
seja o regime patrimonial.
→ Art. 1.569. O domicílio do casal será escolhido por ambos os cônjuges, mas um e
outro podem ausentar-se do domicílio conjugal para atender a encargos públicos, ao
exercício de sua profissão, ou a interesses particulares relevantes.
→ Art. 1.570. Se qualquer dos cônjuges estiver em lugar remoto ou não sabido,
encarcerado por mais de cento e oitenta dias, interditado judicialmente ou privado,
episodicamente, de consciência, em virtude de enfermidade ou de acidente, o outro
exercerá com exclusividade a direção da família, cabendo-lhe a administração dos bens.
Maria Helena Diniz* Do casamento decorrem certos direitos e deveres. Os cônjuges são
titulares deles, em virtude de lei e devem exercê-los conjuntamente. O exercício desses
direitos e deveres pertence, igualmente, a ambos.
- Exercer a direção da sociedade conjugal (CC, arts. 1.567 e 1.570).
- Representar legalmente a família (CC, arts. 1.634, V, e 1.690).
- Fixar domicílio da família (CC, arts. 1.569 e 1.567, parágrafo único).
- Proteger o consorte na sua integridade física ou moral.
- Colaborar nos encargos (CC, arts. 1.565, 1.567 e 1.568).
- Velar pela direção moral e material da família (CC, art. 1.568).
- Dirigir a comunidade doméstica (CC, arts. 1.643, 1.644, 1.565 e 1.568).
- Adotar, se quiser, os apelidos do consorte (CC, art. 1.565, § 1º).
- Direito de se opor à fixação ou mudança do domicilio determinada por um deles (CC,
arts. 1.569 e 1.567, parágrafo único).
- Direito de exercer livremente qualquer profissão lucrativa.
- Praticar qualquer ato não vedado por lei (CC, art. 1.642, VI).
- Litigar em juízo cível ou comercial, salvo se a causa versar sobre direitos reais
imobiliários (CPC, art. 10; CC art. 1647, II), podendo: propor separação judicial e
divórcio; contratar advogado; requerer interdição do consorte (CC, art. 1.768,
II);promover a declaração de ausência de seu consorte; reconhecer filho; praticar atos
relativos à tutela ou cautela; aceitar mandato; aceitar ou repudiar herança ou legado.
- Pleitear seus direitos na Justiça Trabalhista (CLT, art 792).
- Requerer na Justiça Eleitoral alistamento (Lei n. 4.737/65, art. 43).
- Exercer o direito de defesa, na Justiça Criminal, sem anuência do cônjuge.
- Não perder sua nacionalidade se se casar com estrangeiro.
- Aplicar-se a lei brasileira na ordem da vocação hereditária, se estrangeiro se casar com
brasileiro (LI, art. 10, § 1º).
- Não poder casar-se novamente aquela que teve casamento anulado ou a viúva antes de
decorridos 10 meses de viuvez, salvo se antes do término desse prazo der à luz um filho.
- Não poder casar-se o viúvo enquanto não fizer o inventario dos bens do casal e deles
der partilha aos filhos.
- Poder de decisão sobre planejamento familiar (CC, arts. 1.565, § 2º, e 1.513; e CF/88,
art. 226, § 7º).
Exercício
- Sustentar e educar os filhos (CC, arts. 1.566, IV, 1.568, 1.634, I a VII; CP, arts. 244,
245, 246, 247).
- Poder familiar (CC, arts. 1.631 e parágrafo único, 1.690 e § único, 1.637, 1.638 e 1.696).
- Não pode o pai, na separação de fato, reclamar filho menor que está em poder da mãe,
salvo por motivo grave.
- Deliberarem, ambos os pais, na separação judicial consensual, a respeito da guarda dos
filhos (CC, art. 1.583; CPC, art. 1.121, II e III).
- Observar-se na separação litigiosa o disposto no CC, art. 1.584, 1.589, 1.579 e 1.703.
- Não perder o genitor que contrai novas núpcias o direito ao poder familiar quanto aos
filhos menores do leito anterior (CC, arts. 1.588 e 1.636, § único).
- Os pais deverão criar, cuidar e educar (sustentar) os filhos e esses deverão
amparar os pais na velhice, doença e na impossibilidade desses sustentarem-se por si
próprios.
- Os pais têm direito ao usufruto e a administrar os bens dos filhos menores. Esses direitos
serão estudados junto com os efeitos patrimoniais do poder familiar.
➢ Conceito:
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto
aos seus bens, o que lhes aprouver.
Casos de modificação:
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto
aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
Tartuce: "toda vez que desaparecer a causa ou motivo que impôs aos nubentes o regime
de separação obrigatória prevista no art. 1.641 do Código de 2002, poderão os cônjuges
pleitear a alteração do regime de separação obrigatória de bens, com base no § 2º do art.
1.639".
- incisos I e III, o regime é imutável até que se resolva a situação.
- inciso II, o regime é imutável mesmo.
Há divergências se essa é ou não aplicada ao CC/2002 e se qdo for aplicada os bens não
oriundos do esforço comum se comunicam.
A Súmula "criou, no regime da separação legal de bens (art. 1.641 do CC), algo próximo
à comunhão parcial de bens", e visa assegurar com justiça a partilha dos aquestos (bens
oriundos do esforço comum), independente de ter prova do esforço comum dos cônjuges
para a aquisição dos bens, eis que o simples fato de estarem casados será suficiente para
presumi-los. (Tartuce, concorda).
B)
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração
do casamento;
Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher
podem livremente:
II - obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas possa exigir.
Art. 1.645. As ações fundadas nos incisos III, IV e V do art. 1.642 competem ao
cônjuge prejudicado e a seus herdeiros.
Art. 1.646. No caso dos incisos III e IV do art. 1.642, o terceiro, prejudicado com a
sentença favorável ao autor, terá direito regressivo contra o cônjuge, que realizou o
negócio jurídico, ou seus herdeiros.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem
autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam
integrar futura meação.
§ único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou
estabelecerem economia separada. = presentes de casamento.
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando
um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la.
Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art.
1.647), tornará anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a anulação,
até 2 anos depois de terminada a sociedade conjugal.
§ único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por instrumento público, ou
particular, autenticado.
Art. 1.650. A decretação de invalidade dos atos praticados sem outorga, sem
consentimento, ou sem suprimento do juiz, só poderá ser demandada pelo cônjuge a quem
cabia concedê-la, ou por seus herdeiros.
Art. 1.651. Quando um dos cônjuges não puder exercer a administração dos bens
que lhe incumbe, segundo o regime de bens, caberá ao outro:
Art. 1.652. O cônjuge, que estiver na posse dos bens particulares do outro, será para
com este e seus herdeiros responsável:
Os noivos têm liberdade para escolher - Caso os noivos optem por um dos outros regimes
que não o da comunhão parcial (Facultativo), deverão celebrar o pacto antenupcial.
Salvo nos casos de regime de separação obrigatória (art. 1.641), a eficácia do pacto
firmado por menor fica condicionada a aprovação de seu representante legal.
- Para ter eficácia em relação a terceiros erga omnes precisa do registro no Cartório.
→ Em maio de 2020, passou-se a admitir a escritura pública por via eletrônica ou digital,
por conta do Provimento n. 100 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o que abrange o
pacto antenupcial, mediante os requisitos previstos no Provimento.
Em casos de separação:
Comunhão parcial → divide meio a meio os bens adquiridos a título oneroso. (art. 1.661).
Comunhão universal → divide meio a meio (art. 1.667).
Participação final nos aquestos → (= comunhão parcial) divide meio a meio os bens
adquiridos a título oneroso (art. 1.672).
➢ Importante
Formam-se 3 patrimônios:
Gráfico:.
1) ּ 2) ּ → 3) ּ ּ ּ
Forma-se um só patrimônio:
Gráfico:.
IV. as doações antes das núpcias feita por um dos cônjuges ao outro com a clausula de
incomunicabilidade.
→ Regime mais utilizado por quem exerce a atividade de empresário, para que possa
trabalhar melhor com o seu patrimônio.
→ Regime misto:
- com o término do casa/ (mais ou menos) parecido com o de comunhão parcial de bens,
salvo o que foi excluído (art. 1.674, CC)
→ Inicial (durante o casa/) os bens são incomunicáveis (o que cada um possuía + o que
cada um adquiriu a título gratuito ou oneroso), exclui-se da soma (art. 1.674, CC) –
patrimônio próprio.
Gráfico:.
1) ּ 2) ּ → 3) ּ ּ ּ
Bens do marido bens da mulher Participação do esforço comum
Há duas espécies:
- pura ou absoluta (em relação a todos os bens adquiridos antes e depois do casamento,
inclusive frutos e rendimentos) ou,
Gráfico:.
1) ּ 2) ּ → 3) ּ ּ