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DIREITO DE FAMÍLIA

D I R E I T O D E F A M Í L I A : D O C A S A M E N T O ( N AT U R E Z A
JURÍDICA, FUNDAMENTO LEGAL, CONCEITO,
F I N A L I D A D E S , C A R A C T E R Í S T I C A S , C A PA C I D A D E ,
DOS IMPEDIMENTOS, DAS CAUSAS
S U S P E N S I VA S , DA H A B I L I TA Ç Ã O E DA
R E A L I Z A Ç Ã O , D A S P R O VA S E D A I N VA L I D A Ç Ã O .
DIREITO DE FAMÍLIA

1. Noções gerais.
A doutrina atribui três naturezas jurídicas para o casamento:
 Natureza contratual – consentimento dos nubentes
 Natureza institucional – matrimônio submetido a normas de ordem
pública (imposição de direitos e deveres aos nubentes limitando a
autonomia privada) – normas imperativas para conferir ordem jurídica
e social ao casamento; forma especial e solenidades a serem
cumpridas com rigor para conferir validade e eficácia ao ato.
  Natureza eclética – conjuga elementos das duas anteriores,
considerando o casamento um ato complexo, dotado de
características contratuais e institucionais.
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 Outra alteração significativa sofrida pelo casamento se deu por força da


jurisprudência que reconheceu como entidade familiar a união estável
entre pessoas do mesmo sexo através do julgamento da ADPF Nº 132 e
da ADIn 4277, pelo Tribunal Pleno do STF, Rel. Min. Carlos Ayres Brito, em
05.05.2011, bem como eliminou o requisito da diversidade de sexos para a
sua constituição, em decorrência da decisão proferida pelo STJ no Resp
nº 1.183.378-RS, Rel. Min. Luís Felipe Salomão, em 25.10.2011, que
motivou a autorização, pela Resolução nº 175, do CNJ, de 14.05.2013, do
casamento entre pessoas do mesmo sexo (casamento homoafetivo).
 A natureza jurídica do casamento não é definida pelo CC, mas o seu art.
1.511, estabelece como seu principal pressuposto o fato de que estabelece
entre os cônjuges um estado de comunhão plena de vida, baseado na
igualdade de direitos e deveres (art. 226, §5º, da CF), sendo gratuita a sua
celebração para aqueles que se declararem pobres na forma da lei.
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 A liberdade das partes seria relativa, uma vez que a autonomia
privada se resumiria à escolha do cônjuge e à eleição do regime
de bens, não podendo sofrer alteração os direitos e deveres
determinados por lei, assim como não admitia a dissolução por
distrato até a Lei nº 11.441/2007, e depois pelo 733, do CPC.
Porém, a rigidez do casamento vem sofrendo flexibilização com a
ampliação da autonomia privada dos nubentes, como se infere
da aplicação combinada de arts. como o 1.639, §2º, do CC, com
o 734, do CPC (modificação superveniente do regime
matrimonial, mediante autorização judicial).
Outra amostra legislativa de flexibilização do instituto foi a EC
66/10 que criou o divórcio direto, sem prazo e sem investigação
de culpa.
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2. Fundamento legal – arts. 1.511 à 1.582, do CC.


3. Conceitos.
O casamento é uma entidade familiar estabelecida entre pessoas,
merecedora de especial proteção estatal, constituída, formal e
solenemente, formando uma comunhão de afetos (comunhão de vida)
e produzindo diferentes efeitos no âmbito pessoal, social e patrimonial,
conforme lição de Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald.
Outros doutrinadores definem o casamento como um ato complexo,
que dependeria parte da autonomia privada dos nubentes, mas que
seria complementado pela adesão dos nubente às regras de caráter
imperativo regulamentadoras da sua forma, que determinariam a sua
vigência a contar da celebração do matrimônio.
Ou, ainda, consiste numa entidade familiar constituída em observância
a solenidades estabelecidas por lei.
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4. Finalidade.
Estabelecer a comunhão de afetos – um afeto especial, ou seja, o afeto
conjugal (vida comum) – art. 1.511, do CC.

5. Características.
a) caráter personalíssimo e livre escolha dos nubentes.
b) solenidade da celebração (a inobservância gera a inexistência).
c) inexigência de diversidade de sexos.
d) estabelecimento de uma comunhão de vida (liberdade mitigada – não
podem as partes, por pacto antenupcial, dispensarem, reciprocamente, o
cumprimento dos deveres pessoais do casamento – art. 1.566)..
e) natureza cogente das normas que o regulamentam.
f) inadmissibilidade de submissão a termo ou condição.
g) estrutura monogâmica (art. 1.521, CC).
h) dissolubilidade, de acordo com a vontade das partes.
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6. Modalidades de casamento.
Civil;
Religioso com efeito civil (arts. 1.515 e 1.516, do CC;
Nulo (art. 1.521, do CC);
Anulável (arts. 1.550, 1.557, 1.558 e 1.560, do CC.
Putativo (art. 1.561, do CC).
Por procuração (arts. 1.542, CC).
Por moléstia grave (art. 1.539, CC).
Nuncupativo (arts. 1.540 e 1.541, do CC).
Consular (arts. 1.544, do CC).
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7. Capacidade para o casamento (arts. 1,517 ao 1.520, CC).


A CF (art. 226, §5º) e o CC (arts. 1.514 e 1.517) só admitiam o casamento entre um homem e
uma mulher em relação monogâmica mútua e em comunhão plena de vida (art. 1.511).
A restrição ao casamento homoafetivo foi afastada pelo STF (com o julgamento da ADPF 132 e
da ADI 4.277) e pelo STJ (com o julgamento do REsp. nº 1.183.378-RS- “os arts. 1.514, 1.521,
1.523, 1.535 e 1.565, todos do Código Civil de 2002, não vedam expressamente o casamento
entre pessoas do mesmo sexo, e não há como se enxergar uma vedação implícita ao
casamento homoafetivo sem afronta a caros princípios constitucionais, como o da igualdade, o
da não discriminação, o da dignidade da pessoa humana e os do pluralismo e livre
planejamento familiar.”).

Idade núbil – art. 1.517, do CC – anuência dos pais. Divergência dos pais – submissão ao crivo
judicial (arts. 1.519, e 1.631, parágrafo único) – suprimento judicial impõe o regime de
separação de bens (art. 1.641, III, CC).
Idade limite – não existe, mas o CC impõe regime de bens obrigatório para os casamentos de
pessoas com mais de 70 anos (art. 1.641, do CC), postura legislativa atentatória ao princípio da
dignidade da pessoa humana e que foi estendida jurisprudencialmente à união estável (REsp.
n. 1.369.860/ PR, 3ª Turma do STJ, julg. 19.08.2014, vencido o Min. Rel. Sidnei Beneti).
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 Anuência dos pais pode ser revogada até a celebração do casamento – art.
1.518, CC.
 E não é mais permitido, em hipótese alguma, o casamento antes dos 16 anos,
pois as possibilidades foram extintas com a alteração do art. 1.520, do CC,
pela Lei nº 13.811, de 2019.

 8. Dos impedimentos para o casamento – arts. 1.521 e 1.522, do CC.


 Regra – capacidade para o casamento.
 Exceção – impedimentos – causas de nulidade.
 8.1. Hipóteses.
 a) Art. 1.521, I – motivos de ordem eugênica, ética e moral. Esse critério deve
ser estendido à união estável (art. 1.723, §1º, do CC).
 b) Art. 1.521, II – parentesco por afinidade – art. 1.595, do CC – em linha reta
não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.
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c) Art. 1.521, III e V – princípio da igualdade da filiação - adoção desliga o adotado


de qualquer vínculo com os pais e parentes consaguíneos, salvo quanto aos
impedimentos matrimoniais – vínculo adotivo se sobrepõe ao vínculo conjugal.
d) Art. 1.521, IV.
e) Art. 1.521, VI – a monogamia é característica fundamental do casamento,
tornando-se nulo o casamento realizado concomitantemente a outro anterior,
sem prejuízo da tipificação do crime previsto no art. 235, do CP. Bigamia x
adultério (fruto de infidelidade que não admite o reconhecimento de novas
núpcias).
A restrição imposta ao casamento não recai sobre a união estável, possibilitando
o seu reconhecimento na hipótese da pessoa casada se encontrar separada de
fato (art. 1.723, §1º, do CC).
A boa-fé de quem desconhecia a existência de outro casamento será alvo de
proteção, conforme art. 1.561, do CC, preservando o seus efeitos até o dia da
sentença.
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f) Art. 1.521, VII – impedimento que se alicerça em razões éticas, recaindo, em


razão disso, somente nas hipóteses dolosas, independentemente, de
condenação transitada em julgado, devendo ser arguido por qualquer
interessado ou pelo MP (art. 1.549, do CC).

9. Causas suspensivas – arts. 1.523 e 1.524, do CC.


Apenas impedem a realização do casamento, podendo a sua observância ser
suprimida por determinação judicial.
As hipóteses não incidem sobre a união estável.
O casamento realizado sem a sua observância não será invalidado, os
cônjuges apenas serão obrigados a casar sob o regime de separação de bens
(art. 1.641, I, do CC), em colisão clara com a Súmula nº 377, do STF (No
regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na
constância do casamento), promovendo a reedição de entendimento já
superado.
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a) Art. 1.523, I – visa proteger os filhos de casamento


anterior. A celebração do segundo casamento será,
obrigatoriamente, sob o regime de separação de
bens (CC, art. 1.641, inc. I) e com a imposição de
hipoteca legal dos imóveis, em favor dos filhos (CC,
art. 1.489, inc. II) daquele, cujo inventário do
cônjuge falecido não se ultimou.
b) Art. 1.523, II – a finalidade é evitar a mistura de
sangue, dada a incerteza acerca da filiação com
base no disposto no art. 1.597, do CC.
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c) Art. 1.523, III – tem por fim evitar a confusão de patrimônio entre
as uniões conjugais impondo a prévia realização da partilha dos
bens do casamento dissolvido, para que seja realizado o novo
matrimônio. O dispositivo se revela contraditório em relação ao
que dispõem o art. 1.581, do CC, que permite a concessão do
divórcio sem a prévia partilha, e com o art. 731, do CPC.
d) Art. 1.523, IV – evitar que o casamento seja utilizado como
razão para o tutor ou curador se eximir de prestar contas.

OBS: a legitimidade ativa para manifestar oposição ao casamento


sob condição suspensiva está prevista no art. 1.524, do CC.
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10. Do processo de habilitação para o casamento.


Arts. 1.525 à 1.532, do CC.
A habilitação constitui processo administrativo de iniciativa dos
nubentes com o intuito de aferir a capacidade de ambos para casar,
assim como a inexistência de impedimentos e causas suspensivas do
matrimônio.
Fases:
a) Requerimento e apresentação da documentação – os nubentes devem
comparecer ao Cartório de Registro Civil pessoalmente ou o procurador
nomeado por escritura pública, com poderes especiais para a prática do
ato, a fim de requerer a abertura do processo de habilitação para o
casamento (caso um dos nubentes seja analfabeto, o oficial mandará
alguém assinar a rogo).
Devem ser apresentados os documentos previstos no art. 1.525, do CC.
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b) Dos editais de proclamas.


Publicação com prazo de 15 dias para os interessados suscitarem os
impedimentos – art. 1.527, CC.
Dispensa da publicação – art. 1.527, parágrafo único, CC (não se
confunde com a hipótese do art. 1.540, do CC – dispensa da habilitação).
Transcorrido o prazo, com ou sem manifestação de interessados, será
ouvido o MP (art. 1.526, do CC), sendo dispensada a homologação
judicial, após a sua intervenção.
c) Do registro.
Não havendo impugnação de terceiros ou do MP, o oficial de registro
deverá proceder o registro.
d) Da expedição da certidão.
Certidão habilitatória com validade de 90 dias (prazo decadencial) que
uma vez decorridos exigem nova habilitação.
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11. Celebração do casamento


Arts. 1.533 à 1.542, do CC.
a) Autoridade competente – juiz perante o qual foi apresentado o processo de
habilitação (art. 1.526 e 1.527, do CC), sob pena de anulação (art. 1.550, VI,
do CC).
b) Local – nas dependências dos cartórios, do fórum, ou em templos (caso seja
religioso com efeito civil) ou em prédios particulares (art. 1.534, do CC).
c) Formalidades – observância sob pena de nulidade (art. 166, IV e V, do CC) -
presença pessoal dos contraentes é imprescindível, exceção feita ao
casamento através de procurador especial (CC, art. 1.535), assim como as
testemunhas do ato, em número de duas, se a solenidade for realizada na
sede do cartório (CC, art. 1.534), ou quatro testemunhas, se em edifício
particular (CC, art. 1.534, § 1º) ou se um dos contraentes não souber ou não
puder escrever (CC, art. 1.534, § 2º);
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afora a presença do presidente do ato, sendo ouvidos os nubentes


acerca de sua expressa vontade nupcial.
d) Consentimento - indispensável para a validade do casamento a
solene afirmação da sua vontade (CC, art. 1.538, inc. I); que precisa
ser declarada de forma livre e espontânea (CC, art. 1.538, inc. II);
sem mostra de qualquer arrependimento (CC, art. 1.538, inc. III),
tanto que, em hipóteses contrárias, o celebrante do casamento
tratará de suspender imediatamente a solenidade.
OBS: o advento do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei n.
13.146/2015), revogou o inciso I do artigo 1.548 do CC e acrescentou
o § 2° ao artigo 1.550, a pessoa com deficiência mental ou intelectual
em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade
diretamente ou por meio de seu responsável ou curador.
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12. Das provas do casamento.


O casamento celebrado no Brasil prova-se pela certidão
do registro (CC, art. 1.543); todavia, não sendo possível
assim comprovar, e surgindo dúvida quando à existência
do matrimônio, somente em razão da perda ou falta do
registro civil poder-se-á provar o casamento por qualquer
outra forma (CC, art. 1.543, parágrafo único), admitindo
comprovação através de passaporte, depoimento
testemunhal, certidão de proclamas etc.
Na ausência: necessária a prova do estado de casados (art.
1.545, do CC) – para fins judiciais (art. 1.546, do CC).
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13. Da invalidade do casamento.


13.1. Casamento inexistente – realizado por autoridade incompetente
(destituída dos poderes legais); na ausência do consentimento (art.
1.538, do CC).
13.2. Casamento nulo – arts. 166, 169, e 1.548, do CC.
Interesse na nulidade do casamento pode ser de ordem moral e
eugênica, por envolver os cônjuges, ascendentes, descendentes,
irmãos e cunhados; pode ser de ordem econômica, como no exemplo
de filhos de leito anterior, e de sua capacidade sucessória única e até
em razão da sua concorrência com o cônjuge viúvo (CC, art. 1.489, inc.
II; art. 1.829, inc. I; e art. 1.845); dos colaterais sucessíveis; dos
credores dos cônjuges e cessionários de seus bens; assim como advir
a legitimidade na defesa dos interesses sociais, cuja tarefa é atribuída
ao Ministério Público.
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Os efeitos da nulidade do casamento retroagem à data da celebração das


núpcias judicialmente declaradas inválidas, sem prejuízo da eventual
aquisição de direitos, a título oneroso, por terceiros de boa-fé – art. 1.563, do
CC.
Casamento putativo – art. 1.561, do CC.

13.3. Casamento anulável – art. 1.550, do CC (rol taxativo).


Inciso I – casamento do menor de 16 - art. 1.520, do CC – preservação na
anulabilidade.
Inciso II – menor em idade núbil sem autorização do representante legal – 180
dias para o ajuizamento da ação, contados para o menor, a partir do momento
em que ele completa os 18 anos ou for emancipado; do dia das núpcias se
for proposta pelos representantes legais; ou a partir do seu óbito se proposta
pelos herdeiros necessários do incapaz. Prazo decadencial – art. 1.555,
parágrafo 2º.
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Inciso III - fundamentos da ação de anulação do casamento


os vícios de vontade oriundos do erro essencial quanto à
pessoa do outro cônjuge (CC, arts. 1.556 e 1.557) e da
coação (CC, art. 1.558).
Erro essencial – pressupostos:o defeito físico, mental ou de
caráter, e assim também o crime praticado deve ser anterior
ao casamento;
b)o cônjuge enganado não poderia ter conhecimento do
defeito ou do crime antes do casamento;
c) e a vida em comum deve ser tornar insuportável com a
descoberta do erro substancial.
Prazos – art.1.560, do CC.
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Inciso IV – incapacidade por causa psicológica (art. 4º, CC)


– prazo de 180 dias, contados da celebração do casamento
e não da cessação da incapacidade.
Inciso V – mandatário que realiza o casamento, após a
revogação do mandato – prazo de 180 dias, a partir da data
em que o mandante toma ciência da celebração do
casamento.uuyt433z
Inciso VI – realizado por autoridade incompetente – pode
realizar o casamento, mas não detém poderes legais pra
isso.
Obs: difere da ausência de autoridade que leva à
inexistência do casamento.
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14. Eficácia do casamento.


Assunção da condição de cônjuges – mútua responsabilidade pelos
encargos da família – absoluta igualdade dos gêneros – art. 226, §5º,
CF/88 - Isonomia entre os cônjuges – mútua responsabilidade pelos
encargos da família.
Isonomia – tratamento igualitário nas relações materiais, pessoais e
afetivas - solidariedade material e imaterial dos cônjuges e conviventes
na divisão do trabalho e no atendimento das necessidades da família.
Patronímico – costume era a mulher assumir o patronìmico do marido –
permaneceu até a Lei do Divórcio (Lei nº 6.515/77), após a qual tornou
uma faculdade a adoção do nome do marido pela mulher – consagrada a
isonomia conjugal pelo CC vigente no art. 1.565, §1º.
Planejamento familiar – arts. 226, §6º, da CF, e 1.565, §2º, CC.
Deveres dos cônjuges – art. 1.566, do CC.
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a) Efeitos pessoais – art. 1.511, do CC.


Art. 1.565, do CC – aplicável à união estável.
Art. 1.568, CC – contribuição proporcional para o
sustento do lar.
Art. 1.570, CC – atribuição de chefia a um dos cônjuges.
Subdivisão dos efeitos pessoais que podem ser
exercidos igualmente:(i) a possibilidade de acréscimo
sobrenome do cônjuge; (ii) a fixação do domicílio
conjugal – art. 1.569, CC; (iii) o estabelecimento de
direitos e deveres recíprocos – 1.566, CC.
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 b) Efeitos sociais – constituição de uma entidade familiar (art.


226, parágrafos 1º e 2º) – sem qualquer superioridade em
relação à união estável – finalidade de estabelecer comunhão
de vida – não admitida interferência (art. 1.513, CC).
 (i) a emancipação do cônjuge incapaz (CC, art. 5', parágrafo
único, I!); (ii) o estabeledo vínculo de parentesco por
afinidade entre cada um dos cônjuges e oi; do outro (CC, art.
1.595); (iii) a atribuição do estado de casado, modificando o
status personae anterior de cada consorte; e (iv) estabelecer
a presunção (pater is est quaem justas núpcias demonstrant)
dos filhos havidos na constância do casamento (art. 1.597,
CC).
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c) Efeitos patrimoniais


Regimes de bens.
Usucapião conjugal ou usucapião por abandono de
lar – 1.240-A, CC

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