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DIREITO DE FAMÍLIA
PROFESSORA: M.A. ALINE FERNANDES MENDES
AULA: 2 – CASAMENTO E UNIÃO ESTÁVEL
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1- ASPECTOS GERAIS
O CASAMENTO
1- CONCEITO
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DIREITO CIVIL IX
DIREITO DE FAMÍLIA
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“Casamento é o contrato de direito de família que tem por fim promover a união do homem e da
mulher, de conformidade com a lei, a fim de regularem suas relações sexuais, cuidarem da prole
comum e se prestarem mutua assistência”. (Silvio Rodrigues).
2- NATUREZA JURIDICA
2.2- DIREITO CIVIL- O casamento civil é uma instituição, vez que pode ser visto como um contrato
entre as partes, se amoldando à noção de negócio jurídico bilateral. Possui características de um
acordo de vontades que busca efeitos jurídicos.
3- PRINCIPIOS DO CASAMENTO
I- Livre união dos futuros cônjuges- consentimento dos próprios nubentes (capacidade
para expressa-las);
II- Monogamia- Arts. 1521,VI, 1548, II do CC.
III- Comunhão indivisa de direitos e deveres (Art. 1511-CC) - criação de plena comunhão
entre os cônjuges, que pretendem passar juntos as alegrias e dissabores da vida.
Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de
direitos e deveres dos cônjuges.
4- CARACTERISTICAS DO CASAMENTO
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Imperatividade das normas de Direito Publico;
Pessoalidade- só cabe aos nubentes manifestarem sua vontade.
** Casamento por procuração.
Liberdade de escolha do nubente, sob pena de vício de consentimento o que gera a
nulidade do ato.
União permanente: Não é celebrado por tempo determinado;
União exclusiva- A fidelidade conjugal é exigida por lei – Art. 1566, I do CC.
5- FINALIDADES DO CASAMENTO:
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Entendido como noivado.
O negócio jurídico do casamento somente é concluído com sua celebração, antes há
apenas expectativa de direito.
Não é regulado claramente pelo Direito de Família – Possibilidade de Reparação de Danos
Morais.
Necessidade de comprovação do dano bem como do nexo causal.
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1- ASPECTOS GERAIS
Trata-se de união livre entre os cônjuges que também geram efeitos jurídicos
Posição sintetizada na Sumula 380 do STF: “Comprovada a existência da sociedade de fato
entre os concubinos, é cabível a sua dissolução judicial com a partilha do patrimônio
adquirido pelo esforço comum”.
Fato social ou fato jurídico, vez que se trata de fato humano que gera efeitos no
ordenamento jurídico.
o OBS: Ao contrário do casamento a união estável é vista como fato jurídico, e não
como um negócio jurídico.
* Art. 1º da Lei 9278/96- “É reconhecida como entidade familiar à convivência duradoura, pública
e contínua, de um homem e de uma mulher, estabelecida com o objetivo de constituição de
família”.
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União duradoura: O decurso de tempo é extremamente importante vez que a
Constituição Federal não estipula lapsos temporais para configuração da união estável. A
questão tempo não é absoluta, mas os conviventes devem unir-se com o animus de
constituir vida em comum bem como família.
Continuidade da relação: Trata-se de complemento da estabilidade. A união deve ser
continua, todavia, tal preceito não é absoluto vez que nem sempre a interrupção no
relacionamento afastará o conceito de união estável.
Heterossexuais ou Homossexuais: Posicionamento STF.
Publicidade da relação: A relação de fato que ganhará proteção é aquela em que o casal
se apresenta socialmente como marido e mulher e são vistos no âmbito social desta
mesma forma.
*** OBS: As relações clandestinas, ainda que públicas, não são consideradas uniões
estáveis, não merecendo proteção jurídica.
Objetivo de constituição da família: Não há necessidade de prole em comum, mas a
presença do animus de constituição de uma comunhão de vida e de interesses.
*** OBS: A ausência de interesse na constituição da família, a entidade poderá ser apenas
um relacionamento afetivo entre as partes, gerando, no máximo, sociedade de fato em
relação aos bens adquiridos por esforço efetivo de ambos, mas não direitos em relação a
indenizações ou previdenciários.
Ausência de necessidade de coabitação sobre o mesmo teto: É admitida a união estável
de pessoas que não residem sobre o mesmo teto, desde que comprovada sua solidez,
durabilidade e notoriedade.
*** Súmula 382 do STF: “a vida em comum sob o mesmo teto, more uxório, não é
indispensável à caracterização do concumbinato”.
Unicidade de companheiro ou companheira: a pluralidade de relações pressupõe
imoralidade e instabilidade, o que contraria os demais elementos constitutivos da união
estável.
Existência de casamento religioso: Como o Direito brasileiro só é considerado o
casamento civil, a benção religiosa define a relação com moralidade e respeito que auxilia
a tipificação da união estável.
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DIREITO COMPARADO- A EVOLUÇÃO DAS NORMAS ACERCA DA UNIÃO ESTÁVEL:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
lei:
Parágrafo único. Igual direito e nas mesmas condições é reconhecido ao companheiro de mulher
solteira, separada judicialmente, divorciada ou viúva.
Art. 2º As pessoas referidas no artigo anterior participarão da sucessão do(a) companheiro(a) nas
seguintes condições:
I - o(a) companheiro(a) sobrevivente terá direito enquanto não constituir nova união, ao usufruto de
quarta parte dos bens do de cujos, se houver filhos ou comuns;
II - o(a) companheiro(a) sobrevivente terá direito, enquanto não constituir nova união, ao usufruto da
metade dos bens do de cujos, se não houver filhos, embora sobrevivam ascendentes;
Art. 3º Quando os bens deixados pelo(a) autor(a) da herança resultarem de atividade em que haja
colaboração do(a) companheiro, terá o sobrevivente direito à metade dos bens.
ITAMAR FRANCO
Alexandre de Paula Dupeyrat Martins
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Este texto não substitui o publicado no DOU de 30.12.1994
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:
Art. 3° (VETADO)
Art. 4° (VETADO)
Art. 5° Os bens móveis e imóveis adquiridos por um ou por ambos os conviventes, na constância da
união estável e a título oneroso, são considerados fruto do trabalho e da colaboração comum, passando a
pertencer a ambos, em condomínio e em partes iguais, salvo estipulação contrária em contrato escrito.
§ 1° Cessa a presunção do caput deste artigo se a aquisição patrimonial ocorrer com o produto de bens
adquiridos anteriormente ao início da união.
Art. 6° (VETADO)
Art. 7° Dissolvida a união estável por rescisão, a assistência material prevista nesta Lei será prestada
por um dos conviventes ao que dela necessitar, a título de alimentos.
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Parágrafo único. Dissolvida a união estável por morte de um dos conviventes, o sobrevivente terá
direito real de habitação, enquanto viver ou não constituir nova união ou casamento, relativamente ao
imóvel destinado à residência da família.
Art. 8° Os conviventes poderão, de comum acordo e a qualquer tempo, requerer a conversão da união
estável em casamento, por requerimento ao Oficial do Registro Civil da Circunscrição de seu domicílio.
Art. 9° Toda a matéria relativa à união estável é de competência do juízo da Vara de Família,
assegurado o segredo de justiça.
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