Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nº MATRICULA: 26144174
TURMA: 09NTA
I – DA INEXISTÊNCIA DE E-MAIL.
À luz do que dispõe o art. 976 do Código de Processo Civil/2015, vale afirmar ao
Douto Julgador que o caso em tela não se trata de uma demanda repetitiva, nem
configura um risco de ofensa à isonomia e nem à segurança jurídica.
1
O autor pleiteia, com fulcro no art. 319, inciso VII, do Diploma Adjetivo, que
seja realizada audiência de autocomposição, comprometendo-se a parte autora a
comparecer na referida assentada.
2
deliberadamente, não demonstrando nenhum respeito pela mulher com quem se
casou; as brigas começaram a se intensificar e o requerido se exaltava cada vez mais,
bastava a requerente discordar de qualquer coisa, ainda que mais simples, chegando
até mesmo a ofender o filho do casal que ainda se trata de um menor de idade, uma
criança que não compreendia o que estava acontecendo, e não tinha a noção do
perigo que poderia sofrer.
Tratando-se a requerente de pessoa extremamente conciliadora, por cinco anos
suportou as agressões verbais, físicas, psicológicas, e atitudes inconsequentes
"neuroses" do cônjuge, especialmente para evitar que o filho viesse sofresse os
efeitos negativos da separação.
Contudo certo dia a requerente decidiu conversar calmamente com o requerido
sobre a convivência familiar, entretanto, a tentativa foi totalmente mal sucedida, pois
o requerido se exaltou e agrediu a requerente fisicamente, com vários tapas no rosto e
puxões de cabelo.
Por ainda manter uma dependência emocional do cônjuge e querer que seu filho
crescesse em um lar feliz como uma família estruturada, a requerente continuou
tentando manter o relacionamento, mas não adiantava, cada vez mais o requerido se
mostrava mais agressivo e violento, ameaçando até mesmo agredir o filho do casal.
Isto posto, não restou à requerente outra alternativa senão propor a apresente
ação de separação de corpos antes de ingressar com a Ação de Divórcio, partilha de
bens e regulamentação de guarda e alimentos.
V – DO DIREITO:
3
Vale ressaltar também o art. 1.562 do Código Civil-CC.
Art. 1.562. Antes de mover a ação de nulidade do casamento, a de
anulação, a de separação judicial, a de divórcio direto ou a de dissolução de
união estável, poderá requerer a parte, comprovando sua necessidade, a
separação de corpos, que será concedida pelo juiz com a possível brevidade.
4
de qualquer outra prova para a concessão da medida (TJ-SC - AI:
40239919820178240000 Timbó4023991-98.2017.8.24.0000, Relator: Rubens
Schulz, Data de Julgamento: 11/04/2019, Segunda Câmara de Direito Civil)
SEPARAÇÃO DE CORPOS. MEDIDA DE AFASTAMENTO DO MARIDO DO
LARCONJUGAL. GUARDA PROVISÓRIA DEFILHA. DECISÃO
CONFIRMADA. A propositura da medida cautelar preparatória de separação de
corpos constitui, independentemente de outras provas, a evidência mais patente do
colapso e da insuportabilidade da vida em comum do casal. Sendo assim, um dos
cônjuges deve, abem da segurança familiar, deixar o lar, cedendo-o, via de regra,
àquele que arcará com a responsabilidade da guarda provisória da prole. (TJ-SC -
AI:447584SC 2007.044758-4, Relator: Newton Janke, Data de Julgamento:
09/04/2008, Segunda Câmara de Direito Civil, Data de Publicação: Agravo de
Instrumento n. de Joinville)
V. DA CONCLUSÃO:
Além da farta narrativa dos fatos que colaboram para a concessão da separação
de corpos, nos ensinamento de CAHALI, na cautelar de separação de corpos, a única
prova necessária é a da existência do casamento:
Na separação provisória de corpos, com o processo cautelar, a única prova a ser
examinada é a da existência do casamento, revelando- se inoportuna e impertinente
qualquer discussão sobre os fatos que devam ser apreciados e julgados na ação de
separação judicial.
Pelo conteúdo da narrativa, verifica-se a existência do direito ameaçado e a
impossibilidade de se postergar a solução da questão ora trazida a Juízo. Aguardar a
decisão da ação principal de divórcio seria prolongar o sofrimento da Requerente,
além de correr-se desnecessariamente o risco de que esta seja ofendida física ou
moralmente. A tutela antecipada torna-se de suma importância no sentido de permitir
o regular andamento do processo principal, no qual se discutirá os termos em que se
dará o divórcio, a partilha de bens, a guarda do filho menor e os alimentos deste,
além de resguardar a integridade física da requerente. É fundado, pois, o receio da
requerente de que, se esperar pela tutela definitiva, com requerido e requerente
morando sob o mesmo teto, esta possa vir a sofrer novos abusos e maus tratos.
5
Atente-se que o artigo 804 do Código de Processo Civil de 1973, conferia ao Juiz a
possibilidade de conceder a liminar sem oitiva prévia do requerido.
Diante do exposto, fica evidente que a pretensão da requerida está amparada pela
lei e pela jurisprudência, além dos fatos narrados explicitarem a necessidade da
medida requerida.
VI – DO PEDIDO: