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MERITÍSSIMO JUIZ

DO TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DA PRAIA


JUIZO FAMILIA E MENORES

DIAMANTINO PERREIRA FERNANDES, casado, residente em nos EUA, titular do


passaporte emitido pelo Consulado Geral-Boston, valido até 25.04.2022, neste ato representado
pelo Advogado Drº DENI VALTER DOS SANTOS MENDES, inscrito na Ordem Dos
Advogados de Cabo Verde (OACV), sob Cédula Profissional nº 295/2013, com o escritório nesta
Cidade, propor a presente:

AÇÃO DECLARATIVA ESPECIAL DE DIVÓRCIO LITIGIOSO

Contra a esposa,
PAULA CRISTINA NEVES LEITE, casada, residente em Achada Santo Antônio, titular do
CNI n.º 407 749 emitido em 24.10.2012, pela ANICC-PRAIA, às onze horas e cinquenta minutos
do dia de Dezembro de Dois Mil e Dezesseis, Telefone celular, XXXX.
O que faz com fundamentos no art.º 1034.º e 1035.º, ambos do Código de Processo Civil, e
pelas razões de facto e direito a seguir aduzidas:

DOS FACTOS
DO CASAMENTO E DA SEPARAÇÃO DE FACTO
1. O Requerente contraiu núpcias (casamento civil) com a Requerida no dia.. , pelo regime
legal.. , nos termos da cópia da certidão de casamento anexa (Doc. ..)

2. Sucede que os dois estão de acordo em que já não é possível a vida em comum do casal.
Perante o facto de deixar de existir amor e qualquer outro sentimento que justifique
manter o matrimónio, o casal tinha por decisão conjunta requere o divórcio.

3. Entretanto o Requerido, decorridos vários messes e após sucessivas tentativas falhadas


para se chegar ao mútuo acordo, tem demonstrado falta de interesse em avançar com o
acordo.

4. O que fez com que o Requerente opta-se por um Processo litigioso, estando sempre
aberto achegar a acordo na audiência própria para tal.
5. Baseada no não cumprimento dos deveres conjugais assistência e coabitação, isto porque
o casal  há cerca de um ano e meio deixou de ter uma vida comum nuca mais tendo
partilhado cama, mesa e habitação com ênfase neste ultimo dever, que é primordial em
qualquer relação conjugal, (dever de que preze como fundamentos desta ação).

6. Não existindo mais uma convivência mútua, há não motivo para manter o casamento. E
neste contexto, o requerente não mais quer manter o casamento

7. Portanto, rasão disso, não restou alternativa ao Requerente, visto que o matrimónio já não
cumpre com o seu fim social, ou seja, e irremediável e sem qualquer hipótese de ser
restabelecida a relação conjugal com uma plena comunhão de vida que o casamento
implica e pressupõe.

8. O Requerente pretende por fim a essa união, por nela não acreditar e não vislumbrar uma
convivência e vivência familiar possível, pelo que, se requer a sua dissolução.

9. Uma vez que, o Requerente e a Requerida não chagaram a um acordo quanto aos termos
da dissolução do seu vinculo e,...

DO USO DO NOME

10. Quanto ao nome, o Requerente, logo no momento da celebração do matrimónio optou


por não alterar qual seja, manteve-se o nome DIAMANTINO PERREIRA
FERNANDES.

DOS FILHOS
11.

DOS EXERCÍCIO DO PODER PATERNAL E ALIMENTOS PARA..


12.
13.
DOS BENS E SUA PARTILHA
14.
15.
DOS ALIMENTOS DO CÔNJUGE
16.
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 

17. O casamento e um direito assegurado a todos, protegido e regulado pela própria


Constituição da república (n º 1 e 2 do art.º 47º da CRCV.).

18. Estima-se, o respeito pelo livre desenvolvimento da personalidade, garantido no art.º 41.º


de Constituição da República de Cabo Verde, justifica reconhecer maior
transcendência a vontade da pessoa quando já não deseja continuar vinculada ao seu
cônjuge.

19. A separação de facto por vários messes consecutivos dos cônjuges e a não observância do
dever da coabitação, constitui uma das causas objectivas do divórcio sem consentimento
de um dos cônjuges, (fazendo uso exposto no art. º 1738.º do Código Civil).

20. Ou seja, não existe comunhão de vida entre os cônjuges e  há da parte do Requerente,
propósito de não a restabelecer.

21. O dever conjugal de coabitação, considerado o mais importante dos deveres pelo sentido
comunitário que o inspira (Antunes Varela “ ibidem”, pág . 345), envolve a obrigação
dos cônjuges viveram em comunhão de leito, mesa e habitação.

22. E na decorrência do dever de coabitação que aparece a resistência  da família, escolhida


de um comum acordo pelos cônjuges (art.º 1627.º do Código Civil).

23. Em regra, o dever de coabitação cumpre-se na residência da família, que seja adotada

24. Entretanto, só  razões ponderosas, nomeadamente de natureza profissional ou de saúde,


poderão justificar um comportamento  contrário daquela regra.

25. Trata-se de uma causa objectiva e bilateral de divórcio, podendo ser invocada por
qualquer dos cônjuges “ex vi” do art.º 1735.º do Código Civil.

26. O divórcio litigioso, modalidade que segue nestes articulados, encontra a sua regulação e
forca, tanto no n.º 1 do art .º 1730.º do Código de Processo Civil.

27. Assim sendo, resulta claro que entre o Requerente e a Requerida  há uma
impossibilidade séria de prosseguirem a vida em comum, ou seja, verificam factos que
mostram a rutura definitiva do casamento, o que é fundamento para divórcio nos termos
dos artigos 1631.º e 1738.º , ambos do Código Civil.

28. O Requerente termina, reafirmando integralmente a sua posição suprarreferida.

29. Considera-se todos os articulados provados por documentos.


30. As partes são legítima e tem personalidade e capacidade jurídica.

31. O tribunal é competente

DO PEDIDO

Ante o exposto, e nos melhores de direito e sempre com mui douto suprimento,
requer-se, a V/Exia, que seja citado a Requerida para, querendo, contestar a
presente ação no prazo de dez dias, e decretando o divórcio entre Requerente e a
Requerida.

Valor da causa: 500.001$00


Junta: Procuração Forense, quatro documentos e duplicados legais.

Praia, aos 11 dias do mês de julho de 2022

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