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AO JUÍZO DA VARA JUDICIAL DE


FAMÍLIA DA COMARCA DE
MONÇÃO- MA.

TAMIRES MARCEDO MORORO, Brasileira, casada, professora, portadora da


Cédula de identidade de n° 28.169.243-9, inscrita através do CPF de n° 227.685.400-50,
residente e domiciliada na RUA DO CARMO, n° 75, Bairro CENTRO, CEP 6536000-
0, na Cidade de Monção- MA, tendo como número para contato (98) 98471944,
endereço de E-mail: tamiresmarcedomororo@hotmail.com.
Vem respeitosamente, à presença de vossa excelência, através de sua advogada infra-
assinado, conforme procuração (anexada no documento 01), com fulcro no artigo 226, §
6° da Constituição e nos artigos 1571, inciso IV do Código Civil, 300 e ainda na aplicação
do Artigo 22, inciso II e III, alíneas a e b e parágrafo primeiro da Lei n° 11.340/06 propor
a presente ação de DIVÓRCIO LITIGIOSO COM PEDIDO DE TUTELA DE
URGÊNCIA PARA APLICAÇÃO DE TUTELA DE URGÊNCIA PARA
APLICAÇÃO DE MEDIDAS PROTETIVAS DA LEI n° 11.340/06.

Em face de CESAR ROBERTO PINTO MORORO, brasileiro, casado,


administrador, portador da Cédula de identidade de n° 075.546.879-98, inscrita no CPF
de n° 07.649.423-8, e-mail robertopmororo@hotmail.com, residente e domiciliada na
rua do Carmo, n° 75, Bairro centro, na Cidade de Monção- MA.
Com fundamento no art.694 e seguintes do Código Civil e pelas razões de fato e de direito
a seguir aduzidas:
DOS FATOS
A requerente contraiu núpcias com o requerido no dia 22/10/2015, pelo regime legal de
comunhão parcial de bens nos termos da cópia da certificação de casamento (anexado
documento 02), ocorre que tornou deveras impossível a vida comum partilhada, nada
obstante as razões que levaram a requerente à vertente ação são as seguintes. A
infidelidade do requerido, resultante em filhos fora do elo matrimonial, as constantes
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ameaças verbais, ressaltando que além do fator emocional ser prontamente prejudicado
levando a requerida a uma intensa DEPRESSÃO, as infidelidades acarretaram enorme
prejuízo da sua segurança, tendo o requerido adquirido graves doenças sexualmente
transmissíveis conforme laudo médico (anexado documento 03) outro fator motivacional
de concludência a união, são os ciúmes extremos do requerido, chegando a proibi-la de
trabalhar e utilizar de meios tecnológicos para se comunicar e conviver com seus
familiares (mãe, pai e irmãos). Insta observa que a requerente dedicou sua vida
inteiramente ao lar durante estes longos seis anos, e por motivos alheio a sua vontade não
houve herdeiros oriundos deste relacionamento.
DIVÓRCIO
O artigo 1.566 do Código Civil é claro ao determinar os deveres matrimoniais que os
conjugues devem cumprir.

“Artigo 1.566 do Código Civil:


I – Fidelidade recíproca;
II – Vida comum, no domicílio conjugal;
III – Mútua assistência;
IV – Sustento, Guarda e Educação dos filhos;
V – Respeito e consideração mútuos”.

Mediante os fatos expostos o requerido não está cumprindo os deveres do matrimônio


expostos no Artigo 1.566 do Código Civil Brasileiro. O elevado grau de desrespeito a
união durante estes seis anos, são bases para não haver dúvida acerca da decisão da
requerente, afim de proteger sua integridade física e psicológica, é concluso que não há
possibilidade de reconciliação, neste caso demanda a intervenção judicial para que a
vontade da requerente seja cumprida, frente as condutas do requerido, que não aceita o
fim do relacionamento levando a este processo de litígio inevitável.

MEDIDA PROTETIVA
A requerente temendo pela sua segurança suplica a vossa excelência que afaste do lar, de
forma urgente, como podemos constar estamos frente há um caso claro de violência
doméstica, onde uma mulher tem a saúde física e mental fragilizada resultado de anos de
hostilidade, insultos, agressões de ordem psicológicas, tornando o medo seu companheiro
permanente. Como comprova o laudo (anexado Documento 04) a requerente se encontra
em estado psicológico delicado, mediante o CPC Art. 300, “A tutela de urgência será
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concedida quando houver elementos que evidencie a probabilidade do direito e o perigo


de dano ou risco ao resultado útil do processo”
No presente estamos diante a uma necessidade de proteção à pessoa, ao direito
fundamental à vida, e a saúde física e psicológica da requerente. Com efeito imediato, é
possível e se faz obrigatório, a concessão da tutela de urgência para a imposição das
medidas protetivas, especificamente as do artigo 22, incisos I e II nas alíneas A, B e C da
Lei 11.340/2006, em caráter liminar.
ALIMENTOS PARA A REQUERENTE
Nesta medida, tendo em vista que os ciúmes do requerido levou a requerente a se dedicar
inteiramente as tarefas domésticas, abdicando de estar exercendo sua profissão, a
requerente necessita dos alimentos pelo período de três anos, aptos a permitir a
readequação da sua vida, observando que o requerido recebe quantidade adequada para
custear este pedido, como informa documentação (anexado documento 04).
BENS E SUAS PARTILHAS
Acerca do patrimônio constituído através do matrimônio, o requerido ressalta absurdos
ao declarar que “construiu sozinho, e que é por direito não compartilhar com sua
companheira” nos termos dos regimes matrimonias que estão submetidos cabe a
requerente 50% (cinquenta por cento) do patrimônio pertencente ao casal, nesta medida
segue a lista com valores e itens dos bens pertencentes ao casal (anexado documento 05).

NOME
Não havendo filhos oriundos deste relacionamento, A requerente deseja voltar a usar seu
nome de solteira, TAMIRES MARCEDO SILVA, o que requer nos termos do § 2° do
art. 1578 do Código Cívil.
CONSIDRAÇÕES E ESCLARECIMENTOS FINAIS
Vemos que a situação narrada nesta petição inicial comporta não só a decretação do
divórcio, mas o afastamento do réu do lar, face ao grau de desrespeito e das ameaças que
se mantém de forma insistente e permanente.
A autora também não possui condições de arcar com o pagamento das custas processuais,
contudo pelas razões citadas a cima, peço a vossa excelência que todo o processo seja
custeado pelo requerido, o qual é parte portadora de todos os bens construído pelo casal
no período matrimonial.
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DOS PEDIDOS

Ante ao exposto requer a autora:


 - Que seja o pedido da decretação do divórcio julgado totalmente procedente,
com seus efeitos e desdobramentos legais, bem como a expedição de Mandado de
Averbação para o registro civil da decisão e que sejam tornadas definitivas as
medidas protetivas, caso concedidas

 A concessão da Tutela de Urgência, com base no artigo 300 do CPC,


determinando Vossa Excelência as medidas protetivas provisórias, a fim de
garantir efetivamente a integridade física e psíquica plena da autora, convertendo-
se em medidas definitivas ao julgamento final da presente ação, especificamente
as previstas no artigo 22, incisos II e III, alíneas a, b e c da Lei nº 11.340/06

 Que seja determinado alimentos para a requerente pelo período de três anos, aptos
a permitir a readequação da sua vida.

 Determinar a citação do réu, nos moldes legais, advertindo-o do prazo para defesa
e dos efeitos da revelia;

 A intimação do Digníssimo Representante do Ministério Público, para intervir em


todos atos do processo, ante a natureza dos pedidos;

 Que seja concedido o prazo de 15 (quinze) dias para a apresentação do competente


instrumento de mandato com cláusula ad judicia, ante a dificuldade apresentada e
a urgência que o caso requer[2], requerendo igual prazo para a apresentação dos
comprovantes de pagamento das custas processuais iniciais e demais encargos;

 A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a


documental, juntada posterior de documentos, depoimentos pessoais das partes e
outras que se façam necessárias, bem como a oitiva de testemunhas.

 Que os bens construídos pelo casal sejam divido em comum acordo com o regime
de casamento vinculado a este elo matrimonial.
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 Que a requerente volte a utilizar seu nome de solteira, TAMIRES MARCEDO


SILVA, o que requer nos termos do § 2° do art. 1578 do Código Cívil.

Dar-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para fins de alçada.

Nestes termos,

P. deferimento.

Maranhão, 02, Setembro, 2022

Celine Soares Souza Ferreira

OAB/MA nº MA000001

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