1) O documento descreve as primeiras leis escritas da Mesopotâmia, incluindo os Códigos de Hammurabi, de Ur-Nammu e de Lipti-Ishtar. 2) Estes códigos tratavam de direito penal, propriedade, família e estabeleciam punições para crimes como roubo, adultério e violência. 3) O Código de Hammurabi é considerado um dos mais completos e importantes da antiguidade.
1) O documento descreve as primeiras leis escritas da Mesopotâmia, incluindo os Códigos de Hammurabi, de Ur-Nammu e de Lipti-Ishtar. 2) Estes códigos tratavam de direito penal, propriedade, família e estabeleciam punições para crimes como roubo, adultério e violência. 3) O Código de Hammurabi é considerado um dos mais completos e importantes da antiguidade.
1) O documento descreve as primeiras leis escritas da Mesopotâmia, incluindo os Códigos de Hammurabi, de Ur-Nammu e de Lipti-Ishtar. 2) Estes códigos tratavam de direito penal, propriedade, família e estabeleciam punições para crimes como roubo, adultério e violência. 3) O Código de Hammurabi é considerado um dos mais completos e importantes da antiguidade.
Importância da escrita: “Falar é dizer ao vento; escrever é contar ao tempo”; Código de Hammurabi: o rei pede que suas palavras, seu nome e o direito por ele pronunciado, não sejam, no futuro, apagados da inscrição e memória de seus súditos; Mesopotâmia: “berço da História”, lutas por recursos e poder;
Povos Mesopotâmicos: Sumérios (inventaram a roda, a escrita,
desenvolveram canais de irrigação, barragens, comércio; os mais civilizados e pacíficos), Acadianos (dominaram o arco e a flecha), Babilônicos (1º império, maior centro cultural e comercial do oriente), Hititas (império desconhecido; celebração de acordos, povo do mil deuses), Assírios (domínio de técnicas de guerra e do ferro)... Poder real, cidades-reinos, assembleia dos antigos;
Principais registros: crimes, transações comerciais, impostos, sucessão,
casamento, propriedade, responsabilidade civil etc; Grandes códigos: pouca sistematização, casuísmo. Gilgamesh (2.650 a.C.): Rei de Uruk, cidade da Mesopotâmia, fundada em 3.500 a.C.; encontrados
registros da antiga biblioteca de Nínive em que o
Rei é divinizado, e descrito em um dos poemas: “A cidade é dele, ele se gaba. Com sua arrogância, ele se elevou, pisoteando os cidadãos, como um touro selvagem. Ele é o rei. Ele faz o que bem deseja”.
Estela dos abutres: da Suméria,
2.450 a.C.; tratado de paz, com delimitação de fronteiras (primeiros registros de um Direito Internacional); relíquia abrigada no Museu do Louvre: retrata soldados devorados por animais. Código de Urukagina (rei sumério): 2.380 a.C até 2.360 a.C. Ficou conhecido por combater a corrupção e tirania (limitando o poder aos religiosos e altos funcionários) e por ser o primeiro reformador social da história: retirou impostos que recaíam sobre viúvas e órfãos, custeou despesas de funerais, inclusive as oferendas dedicadas aos mortos, negou a pena de morte... “Desde tempos remotos, o oficial se apropriava dos barcos, burros e carneiros. Os pastores pagavam uma quantia de prata por cada ovelha. Quando Enlil deu o reino de Lagash para Urukagina, escolhendo-o dentre uma miríade de guerreiros, ele tirou do supervisor dos silos, o controle dos impostos sobre os grãos. Eliminou o imposto pago pelos pastores. Os administradores não mais pilhavam os pomares dos pobres. Quando um pobre adquire uma mula e um rico deseja comprá-la, o pobre pode pedir o preço que desejar ou até mesmo não vender seu animal, pois o rico não mais terá poder de mandar sobre o pobre. Urukagina perdoa as dívidas dos cidadãos. A viúva e o órfão não mais estarão à mercê dos poderosos”. – Poema à Urukagina Leis de Ur-Nammu (rei de Ur; 2.111 a 2.094 a.C.), Mesopotâmia, sumérios: milhares de registros de contratos, testamentos, notas promissórias, recibos...; aplicação de penas pecuniárias; leis e decisões estudadas em escolas: 1. Direito Penal - Se um homem matar outro homem ou roubar deverá ser morto. Se um homem for culpado de sequestro deverá ser preso e condenado a pagar 15 shekels de prata. Se um homem amputar o pé de outro homem deverá pagar 10 shekels de prata. Se um homem for acusado de feitiçaria, mas contra ele não houver provas então esse homem deverá passar pelo “Julgamento Divino”. Se ele for inocente, deverá receber 3 shekels de prata daquele que o acusou. Se uma mulher for acusada de infidelidade deverá passar pelo “Julgamento divino”. Se for inocente, seu acusador deverá lhe pagar a terça parte de uma mina de prata; Se um homem deflorar a esposa virgem de outro homem ele deverá ser morto. Se uma mulher casada dormir com outro homem ela deverá ser espancada até a morte, mas o homem será posto em liberdade. Se um homem violentar a escrava virgem de outro homem, deverá pagar 5 shekels de prata; gradações e espécies da pena, culpabilidade, bens jurídicos... 2. Direito de Propriedade - Se um escravo se casar com uma escrava, e esta cativa for posta em liberdade, então nenhum dos dois poderá deixar o cativeiro. Mas se casar com um indivíduo livre, deverá entregar o primeiro filho da união para o seu dono. 3. Direito de Família - Se um homem se divorcia da primeira esposa deverá pagar para ela uma mina de prata. Se um homem se divorcia de uma mulher que já tenha sido casada deverá pagar, meia mina de prata. Se um homem ficar noivo de uma mulher, mas esta for dada a outro homem, então deverá receber três vezes o valor pago pela moça. Direito Hitita (2000 a 1200 a.C.): precedentes de direito internacional (pactos entre iguais e de suserania). Escravos possuíam direitos. Decisões reais eram submetidas ao Pankus, um conselho de nobres. Poder real baseado mais na competência militar que no direito divino; predileção por penas pecuniárias e brandas (“Se alguém fere um homem e este fica doente, o culpado cuidará do ferido e oferecerá por sua vez um homem que trabalhe na sua casa; tão logo o ferido esteja curado o culpado lhe dará seis ciclos de prata e pagará as despesas do médico”). Cartas de Amarna – dez mil tabletes encontrados. Código de Eshunna (cidade-estado; 1930 a.C.): aproximadamente 60 artigos; serviu de modelo para o Código de Hammurabi; previa salários, equivalência de moedas, proibição de porte de arma, empréstimos, dote, penhora, adultério, depositário infiel, responsabilidade civil (“Se um barqueiro é negligente e deixou afundar o barco, ele responderá por tudo aquilo que deixou afundar”) etc. Código de Lipti-Ishtar (rei sumério; 1.880 a 1.870 a.C.): nele o rei aparece designado pela vontade dos deuses para exercer a monarquia e fazer reinar a equidade e a ordem em todo seu Estado. 1) Se um homem cortar a árvore do jardim de outro homem, ele pagará meia mina de prata; Se entrar com intenção de roubar, pagará 10 shekels; Se adjacente à casa de um homem, um lote vazio foi abandonado e o proprietário da casa disse ao proprietário da terra nua: “porque o teu terreno tem sido negligenciado alguém pode entrar em minha casa; reforça a sua casa”, e este acordo foi confirmado por ele, o proprietário da terra nua deve restituir ao dono da casa qualquer bem se perdeu em sua casa”. 2) Se um homem é casado e desse casamento há
filhos vivos, e uma escrava também lhe dá filhos,
o pai concede liberdade à escrava e aos seus filhos, mas os filhos e a escrava não dividirão a herança com os filhos desse homem; Se a esposa de um homem não pariu nenhum filho, mas a prostituta da praça pública pariu seus filhos, ele manterá com grãos, azeite e roupa essa prostituta. Os filhos da prostituta serão seus herdeiros e o tempo em que a esposa viver, a prostituta não viverá em sua casa. Código de Hammurabi Babilônia: 1.792 a 1.750 a.C.: “protetor da nação, executor da justiça, proporcionador de paz duradoura para seu povo”; ao lado da religião e da língua, serviu como elemento de unificação de um grande império, altamente diversificado pela conquista de numerosos povos; Justiça real com supremacia sobre a sacerdotal; Leis de organização judiciária e processuais, prevendo, inclusive, a presença do Ministério Público. Os juízes eram sacerdotes ou leigos; Direito de família: registros de solidariedade familiar, patriarcalismo, casamento monogâmico, concubinato, divórcio, adoção, regime de comunhão de bens, filhas não herdavam por já terem recebido o dote, bem de família; Direito Penal: leis talianas, regras variáveis quanto à gravidade do delito e condição do indivíduo na sociedade (sacerdotes, funcionários palacianos, estrangeiros, escravos...), estupro, roubo/receptação, falso testemunho, adultério (próprio da mulher, com pena de morte); Registros de Direito do Consumidor, do Trabalho, responsabilidade judicial, proteção ao menor; usucapião, propriedade improdutiva, caso fortuito/força maior...; Direito mais abrangente e pouco original. Direito Penal: “Se a mulher de um homem tiver sido pega dormindo com outro varão, ambos serão atados e lançado n’água. Se o senhor (o marido) da esposa permitir que sua esposa viva, o rei deixará com vida o outro homem. Se o dedo tiver sido apontado para a mulher de um homem por causa de um outro varão e (se) ela não tiver dormido com outro varão, ela mergulhará no deus rio (o rio irá acusar ou inocentar a mulher). Se um homem roubou seja um boi, carneiro, asno, porco ou uma barca, se de um deus, de um palácio, ele dará até trinta vezes, se (for) de um muskenum ele devolverá até 10 vezes. Se um homem deixou escapar um boi ou um asno que lhe haviam confiado, ele devolverá a seu proprietário boi por boi, asno por asno”. Direito de Família: Se um homem abandonar sua primeira esposa, que não lhe deu filhos, ele lhe dará dinheiro de seu dote e depois a abandonará. Se um homem se dispôs a abandonar uma sugetum (esposa de segunda categoria) quando a esposa (salme) não podia dar filhos, o homem tem direito de casar-se novamente; a esta mulher será devolvido o seu dote e lhe será dada uma parte do campo, jardim e bens móveis e ela criará as crianças. Depois que ela tiver criado as crianças, sobre tudo aquilo que será dado às crianças, lhe será dado uma parte, como a um filho herdeiro e ela tomará marido de acordo com o seu coração. Se a esposa de um homem quiser sair e (se) ela tiver o hábito de fazer extravagâncias, desorganizar a casa, negligenciando o marido, ela deverá ser persuadida; e se o seu marido decidir repudiá-la, ele não lhe dará nada. Se seu marido decidiu não repudiá-la, tomará outra mulher, a primeira habitará na casa de seu marido como escrava. Se uma mulher odeia seu marido e lhe disser “tu não mais me terás como esposa”, aquilo que está por detrás de sua conduta, a respeito de sua culpabilidade será esclarecido. Se ela não for zelosa e costumar sair dissipando seus bens, negligenciando o marido, esta mulher será lançada n’água”. CÓDIGO DE HAMURABI – ACHADO NO IRÃ EM 1901, EXPOSTO NO MUSEU DO LOUVRE, EM PARIS. ARTIGOS RECOMENDADOS: https://www.dw.com/pt-br/guerra-amea%C3%A7a-legad o-cultural-da-antiga-mesopot%C3%A2mia/a-787546 https://guerras.brasilescola.uol.com.br/seculo-xxi/o-patri monio-perdido-com-guerra-iraque.htm https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2017/0 6/22/interna_internacional,878333/veja-os-bens-culturais -destruidos-pelo-ei-na-siria-e-no-iraque.shtml https://www.apaixonadosporhistoria.com.br/artigo/144/a s-cartas-de-amarna