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DIREITO

 a origem romana: DIS + RECTUM= o


que é muito justo, o que tem justiça
 ‘ conjunto de normas para a aplicação da
justiça e minimização dos conflitos de
uma sociedade’
HISTÓRIA DO DIREITO
 Articula conexões entre sociedade e direito
 As leis são produto histórico e temporal de uma
sociedade
DIREITO E PRÉ-HISTÓRIA
A PERIODIZAÇÃO
HISTÓRICA
 Paleolítico: Pedra Lascada
 Mesolítico: Pedra Polida
 Neolítico: Idade dos Metais
A PRÉ-HISTÓRIA

PALEOLÍTICO
Idade da Pedra NEOLÍTICO
Lascada Idade da Pedra Polida
 economia coletora  agricultura-REVOLUÇÃO
 nomadismo NEOLÍTICA
 modo de produção  sedentarismo

primitivo ou  surgimento da propriedade


comunitário privada e instituições
 religião animista sociais
O DIREITO NA PRÉ-HISTÓRIA
 Não havia sistema jurídico nos povos ágrafos
 Esses povos organizaram normas e regras de
comportamentos coletivos
 Características Gerais

-oralidade
-variedade e diversidade no espaço
-concepções religiosas
-utilização de costumes e tradições
-poder da autoridade
As Civilizações
Hidráulicas ou Regadio
 As primeiras civilizações - Egito e
Mesopotâmia-, desenvolveram às
margens de grandes rios, na região do
Crescente Fértil.
 O Estado formou-se a partir da
necessidade de coordenar as obras de
irrigação, controlando a vida social
PRIMEIRAS CIDADES-ESTADOS
CIDADE DE UR NA SUMÉRIA
O EGITO ANTIGO

 Localizado às margens do rio Nilo, no nordeste da África.


 Faraó: chefe político, militar, religioso e jurídico

 A religião ( politeísta e antropozoomórfica) ocupava lugar


central na vida social. Crença na vida após a morte.
Mumificação
DIREITO NO EGITO
 Baseava-se no direito consuetudinário
 Sociedade teocrática, centrada no faraó, que tenha o
poder do ESTADO
 O FARAÓ era o senhor do direito, encarnação do todo
saber jurídico
 Direito carregado de influência religiosa
DIREITO NO EGITO ANTIGO
Faraó: Juiz Supremo
O EGITO ANTIGO

 Localizado às margens do rio Nilo, no nordeste da


África.
 Faraó: chefe político, militar, religioso e jurídico

 A religião ( politeísta e antropozoomórfica) ocupava


lugar central na vida social. Crença na vida após a
morte.
Mumificação
 Baseava-se no direito consuetudinário
 Sociedade teocrática, centrada no
faraó, que tenha o poder do ESTADO
 O FARAÓ era o senhor do direito,
encarnação do todo saber jurídico
 Direito carregado de influência
DIREITO NO
religiosa
EGITO
TRIBUNAL DO OSIRES
 Nenhum código ou documento propriamente legal foram
encontrados e o conhecimento sobre o direito da época é
baseado em excertos de contratos, decisões judiciais,
testamentos e atos administrativos, além de referências à
lei em textos sagrados e na literatura.
 O DIREITO era guiado por Maat, a deusa egípcia da
verdade e justiça, princípio filosófico da ordem e
harmonia, Maat era o conjunto de valores para a
aplicação do direito.

 A “manutenção de Maat” era um dos deveres


fundamentais do faraó, o que legitimava sua importância.
DIREITO Nas paredes dos templos, ele era representado pela oferta
de Maat a uma divindade, aceitando seus requisitos de
EGÍPCIO deusa.
 O faraó era uma divindade.
DIREITO  Ele era a principal fonte do Direito e da religião.
Desobedecê-lo era conduzir-se contra os
EGÍPCIO deuses e ignorar a ordem, a justiça e a verdade
(Maet).
 A promulgação de uma sentença não carecia de
apelação haja vista ter-se definido em
cooperação com os deuses, onipresentes e
oniscientes.
 Vizir era o principal encarregado de aplicar a
lei. Esse era o título dado ao bem-aventurado
que era concomitante sacerdote da deusa Maat e
funcionário real,
 Como não havia um código sistematizado de
leis escritas, tal qual o Código de Hamurábi,
o guia para orientar o aplicador do direito
consistia basicamente nas prescrições do rei

DIREITO  Valorização do individualismo: defesa da


propriedade privada era bem desenvolvida e
os contratos faziam parte da interação dos
INDIVIDUA cidadãos, servindo para atestar atos de venda,
doação, fundação etc.

LISTA  A princípio estes documentos eram assinados


pelas duas partes e com o tempo passou para
a intermediação de um escriba, que além de
redigir o contrato o assinava para certificá-lo.
Todos os bens, imóveis e móveis eram
alienáveis
 A partir do Império Novo (período entre 1550 a.
C e 1070 a. C), os egípcios contavam com
o Kenbet, um conselho de anciãos responsável
por decidir pequenas causas.
 Para crimes mais graves, envolvendo

TRIBUNAIS assassinato e roubos de túmulos, os acusados


eram direcionados ao Kenbet att, outro
conselho presidido pelo faraó e pelo vizir.

NO EGITO  Acusadores e acusados representavam a si


próprios, tendo que argumentar sob um
juramento de que fosse dita a verdade. Para
acusações recorrentes ou muito sérias, os
escribas da corte documentavam a denúncia e o
veredicto do caso era guardado para referência
futura (jurisprudência).
 Os culpados de crimes menores eram
punidos com multas, espancamentos,
mutilações faciais ou exílios,
 Crimes maiores eram decapitados, afogados
PUNIÇÕES NO ou empalados em uma estaca

EGITO
ANTIGO
• Amanheceste formoso no horizonte celeste,
• Tú, vivente Aton, princípio de vida
• Quando surgiste no horizonte do oriente
• Inundaste toda terra com tua beleza.
• Ès belo sublime resplandecente, grande, e sublime sobre toda
terra

HINO A
• Teus raios invadem as terras até o limite de tudo que fizeste:
• Sendo Rá, alcança o fim delas
• S]ubjugas para teu filho predileto

ATON
• Embora estejas longe teus rais estão na terra
• Embora toques as fasces dos homens, ninguém conhece o teu
destino
• (....) Estas no teu coração
• E nenhum outro conhecea ti
• Exceto teu filho,
• Porque o fizeste ciente de teus planos e da tua força.
• O mundo tornou-se realidade através de tuas mãos,
• De acordo com o que fizeste.
• Quando surges, eles vivem,
• Quando te pões, eles morrem.
• Tu és o tempo de vida,
• Pois só se vive através de ti.
• Os olhos fixam a beleza até que te pões.
• Todo trabalho é abandonado quando despontas
novamente,
• Tudo é feito para florescer para o rei...
• Uma vez que fundaste a terra para teu filho
• Que saiu do teu corpo,
• O Rei do alto e Baixo Egito ...
• E a grande mulher do rei...
• Em vida e juventude para todo o sempre
A MESOPOTÂMIA

 Localizada entre os rios tigre e Eufrates. Atual Iraque.


 Patesi-representante dos deuses:chefe político militar,
religioso e judiciário
 Criaram as ‘cidades estados’

 A região foi sucessivamente ocupada por diversos povos


Civilizações mesopotâmicas
As Cidades-Estados
Mesopotâmicas
Mapa mundi
“Hammurabi, o príncipe
piedoso, temente a deus,
(enviado) para fazer JUSTIÇA
na terra, para eliminar o mau e
o perverso, para que o forte
não oprima o fraco.”
(Código de Hammurabi, prólogo, v. 30)
Hamurábi
•Combateu heterogeneidade
cultural
•Valorizou língua, religião e
direito
•Organizou poder judiciário com
tribunais civis ligados ao rei
•Caráter jurídico e disciplinador
•Leis de proteção a mulher
CÓDIGOS DE UR-NAMMUR (2100 AC) E
ESHUNNA
 Mais antigo códigos de leis
 Previam divórcio

 Adultério era delito

 Mulher responsável pelas dívidas dos maridos

 Substituição da LEI DE TALIÃO por multas ou


indenizações
O CÓDIGO DE HAMURÁBI
 Princípios básicos
• Lei de Talião
Se um homem furar o olho de um homem livre, furar-lhe-á um olho
• Administração da justiça em caráter semiprivado

Se um escravo diz a seu senhor ‘Tú não és meu senhor ‘seu senhor o convencerá
de ser seu escravo e lhe cortará a orelha’
• Desigualdade perante a lei
Se ele fura o olho de um escravo alheio ou quebra o membro ao escravo
alheio, deverá pagar a metade do seu preço
• Distinção insuficiente entre homicídio acidental e intencional

Se um arquiteto constrói uma casa porém não a faz sólida resultando que a casa
venha a desmoronar e matar proprietário, este arquiteto é passível de morte
•O
O Código de Hamurábi
divórcio: ambos podiam solicitar divórcio
‘Se um homem abandonar sua esposa, que nào lhe deu filhos, ele lhe dará
dinheiro de sua tirtatu (pagamento ao sogro) e lhe restituirá plenamente seu
serigtu (dote), depois ele a abandonará’
•O adultério: somente a mulher cometia adultério
‘ se a mulher de um homem for pega dormindo com outro varão, ambos serão
atados e lançados n’água; se um homem violentou a esposa de um homem (...)
este homem será morto e a mulher inocentada’
•A propriedade privada
‘se um homem arrendou um campo para o cultivo,e não cultivou o trigo e foi
negligente, ele dará ao proprietário do campo tanto trigo quanto seu vizinho’
•Atentados contra a propriedade
‘se um homem roubou seja um boi ou carneiro, se for propriedade de um deus, de
um palácio ele dar;á até 30 vezes,
se for de um muskerum ele devolverá até 10 vezes
se não tiver como pagar ele será morto’
Palestina: Localização geográfica
O REI NA TRADIÇÃO JUDAICA
Figura do rei justo: Davi-Salomão
escolhido por Deus pela sua imparcialidade,
coragem, capacidade. Fortalece-se como um
mito importante. Ele julga e decide os casos
passados e ordena para os casos futuros.
Tradição judaica = justiça como um atributo
divino (segundo ela não se desvia o julgamento
nem por dinheiro e nem por afeição, nem por
temor ao rico e nem por favor ao pobre)
O Código de Hamurabi (elaborado por volta de
1700 a.C.) e os Dez Mandamentos previstos na
Torá ou Velho Testamento, no livro
Deuteronômio ("repetição da lei" ou "segunda
lei” - Moisés em 1405 a.C.), já previam
princípios de proteção de valores humanos.
Estes, principalmente, calcados no monoteísmo
ético-religioso, foram ainda mais desenvolvidos
por outros profetas hebreus, como Isaías e
Amós, que, após a divisão da Monarquia nos
reinos de Israel e Judá, ecoando a voz de
oprimidos e injustiçados, pregam por direitos
individuais e sociais
OS DEZ MANDAMENTOS OU O
DECÁLOGO
 Não farás para ti imagem esculpida, nem figura
alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na
terra, nem nas águas debaixo da terra; não te
encurvarás diante delas, nem as servirás...
 Não matarás.
 Não adulterarás.
 Não furtarás.
 Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
 Não cobiçarás a mulher do teu próximo; não
desejarás a casa do teu próximo; nem o seu campo,
nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi,
nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu
próximo.

Material de responsabilidade de Maurílio Maldonado


Código de Hamurabi Torá
Pena de morte para roubo de templo ou Roubo punido por compensação à
propriedade estatal, ou por aceitação de vítima. (Ex. 22:1-9)
bens roubados. (Seção 6)
Morte por ajudar um escravo a fugir ou "Você não é obrigado a devolver um
abrigar um escravo foragido. (Seção 15, 16) escravo ao seu dono se ele foge do
dono dele para você." (Deut. 23:15)
Se uma casa mal-construída causa a morte “Pais não devem ser condenados à
de um filho do dono da casa, então o filho morte por conta dos filhos, e os
do construtor será condenado à morte filhos não devem ser condenados à
(Seção 230) morte por conta dos pais." (Deut.
24:16)
Mero exílio por incesto: "Se um senhor Pena de morte por incesto. (Lev.
(homem de certa importância) teve relações 18:6, 29)
com sua filha, ele deverá abandonar a
cidade." (Seção 154)
Distinção de classes em julgamento: Você não deve tratar o inferior com
Severas penas para pessoas que prejudicam parcialidade, e não deve preferenciar
outras de classe superior. Penas médias por o superior. (Lev. 19:15)
prejuízo a membros de classe inferior. Material de responsabilidade de Maurílio Maldonado
O reino
dividido
A Diáspora Judaica
Palestina:
Localização
geográfica
 Patriarcas
PERÍODOS  Juízes
 Monarquia:
HISTÓRICO - Cisma: reino do Norte-Israel: dominado
pelos assírios

S - reino do Sul: Judá: dominado pelos


romanos
O reino
dividido
A Diáspora Judaica
DIREITO
HEBRAICO
TORAH OU
PENTATEUCO
TALMUD
MÓISES:
SÍMBOLO DA
LEI
DECÁLOGO
OS DEZ • Não farás para ti imagem esculpida, nem

MANDAMEN
figura alguma do que há em cima no céu, nem
embaixo na terra, nem nas águas debaixo da
terra; não te encurvarás diante delas, nem as
servirás...
TOS OU O •

Não matarás.
Não adulterarás.

DECÁLOGO •

Não furtarás.
Não dirás falso testemunho contra o teu
próximo.
• Não cobiçarás a mulher do teu próximo; não
desejarás a casa do teu próximo; nem o seu
campo, nem o seu servo, nem a sua serva,
nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa
alguma do teu próximo.
Código de Hamurabi Torá
Pena de morte para roubo de templo ou Roubo punido por compensação à
propriedade estatal, ou por aceitação de bens vítima. (Ex. 22:1-9)
roubados. (Seção 6)
Morte por ajudar um escravo a fugir ou "Você não é obrigado a devolver um
abrigar um escravo foragido. (Seção 15, 16) escravo ao seu dono se ele foge do
dono dele para você." (Deut. 23:15)
Se uma casa mal-construída causa a morte de “Pais não devem ser condenados à
um filho do dono da casa, então o filho do morte por conta dos filhos, e os filhos
construtor será condenado à morte (Seção não devem ser condenados à morte por
230) conta dos pais." (Deut. 24:16)

Material de responsabilidade de Maurílio


Maldonado
Mero exílio por incesto: "Se um Pena de morte por incesto.
senhor (homem de certa (Lev. 18:6, 29)
importância) teve relações com
sua filha, ele deverá abandonar a
cidade." (Seção 154)
Distinção de classes em Você não deve tratar o
julgamento: Severas penas para inferior com parcialidade, e
pessoas que prejudicam outras de não deve preferenciar o
classe superior. Penas médias por superior. (Lev. 19:15)
prejuízo a membros de classe
inferior.
GRÉCIA
ANTROPOCENTRISMO e HISTORICISMO
A Grécia compartilha um elemento fundamental de nossa tradição
jurídica: a laicização do direito e a idéia de que as leis podem ser
revogadas pelos mesmos homens que as fizeram.

Relações de família:
•Reconhecia-se o divórcio recíproco, com iguais direitos para
homens e mulheres.
•Era legal (não se sabe se costumeiro) abandonar crianças
recém-nascidas.
• As roupas eram uniformes para homens livres e escravos, não
se percebendo a diferença entre eles (era possível, isto sim,
saber a diferença entre ricos e pobres).
GRÉCIA ANTIGA
GRÉCIA ANTIGA
• Na Grécia não havia classe de juristas, nem um
treinamento jurídico (escolas de juristas, ensino do direito
como técnica especial).
• Haviam escolas de retórica, dialética e filosofia
organizadas pelos sofistas (argumentação dialética que
vai ter uso forense )
• Aprender de cor (recitando em forma de poemas) textos
jurídicos, como os poemas de Homero. As leis de Sólon
eram ensinadas como poemas.
• As leis faziam parte da educação política do cidadão. As
discussões sobre justiça versavam sobre a justiça da
cidade, entre cidadãos e iguais.
GRÉCIA ANTIGA
• A pólis e a consciência de que ela é um artefato humano
se sobrepõem à tradição e aos laços familiares (embora
estes também fossem determinantes na sociedade
grega).

• As formas de resolução de controvérsias: Duas espécies


de órgãos de jurisdição em Atenas: a ECLÉSIA e o
TRIBUNAL DOS HELIASTAS

• Democracia Ateniense: ISONOMIA-ISOCRACIA-


ISEGORIA:

• Grécia não profissionalizou advocacia. Não havia carreira


burocrática e, não existindo juristas profissionais, a
argumentação dita forense voltava-se para os leigos.

• O sucesso da causa estava na retórica do defensor


GRÉCIA ANTIGA
O DIREITO GREGO
•Nos tribunais era preciso provar o direito (a lei, o costume) além
dos fatos.
•Não havia a execução judicial: o queixoso recebia o julgamento e
se encarregava de executá-lo, ou passava a uma fase de ação
penal.
•Discursos perante os tribunais: era moralmente indigno receber
dinheiro para a defesa. Na teoria, qualquer cidadão podia se
apresentar perante os tribunais, juízes e árbitros para defender
seus interesses. Na prática, cresceu a atividade dos redatores de
peças “judiciais”. O advogado, como conhecemos hoje, ainda não
existia
DIREITO GREGO
• Zaleuco de Locros (650 a. C.), a quem é atribuído o primeiro código
escrito de leis e ter sido o primeiro legislador a fixar penas
determinadas para cada tipo de crime.

• Drácon (620 a.C.), que fornece a Atenas seu primeiro código de


leis. Ficou conhecido por sua severidade, cuja lei relativa ao
homicídio foi mantida pela reforma de Sólon, sobrevivendo até
nossos dias graças a uma inscrição em pedra. Foi ele o responsável
pela introdução de importante princípio do direito penal: a distinção
entre os diversos tipos de homicídio: voluntário – julgados pelo
Areópago; homicídio involuntário e em legítima defesa, julgados pelo
Tribunal dos Éfetas, composto de 4 tribunais de 51 pessoas com
mais de 50 anos e designadas por sorteio. O Areópago (mais antigo
tribunal ateniense) enviava a esses tribunais os casos de homicídio
involuntário ou desculpável.
Código de Manu
Código de Manu
•Testemunhas: Não pode ficar calada (ato que
equivalente a um falso testemunho); poderia ter
que passar por uma prova, as ordálias (prova do
fogo e do veneno).
•Mulheres: Subordinadas ao homem, sem direito
à propriedade, contudo, tinham a obrigação de
cuidar da renda familiar
•Casamento: Muitas crianças já nasciam
“prometidas em casamento”, e a fidelidade no
casamento é exigida por lei
• Divórcio: Admitia-se o divórcio (somente poderia
ocorrer caso a deficiência fosse da mulher), era o
marido quem decidia a separação e a mulher
considerada virtuosa, não poderia ser rejeitada (exceto
com o seu consentimento);

• Adultério e Tentativa de Adultério: A pena de morte,


era em geral, aplicado para os casos de adultério; e
aplicada mesmo para aqueles que praticavam a
sedução (sem cometerem o adultério ou fazerem as
mulheres cometerem-no
AS CIVILIZAÇÕES CLÁSSICAS

 GRÉCIA e ROMA representaram o APOGEU do mundo


antigo.
 Romperam com o teocentrismo e o despotismo,
inaugurando uma sociedade baseada no antropocentrismo
 Destaque para o desenvolvimento da democracia, do teatro,
do direito, filosofia e artes
ESCRAVISMO
Predominou em GRÉCIA e ROMA
Caracteriza-se pelo surgimento da
propriedade privada e relações de
produção, sobretudo pela utilização
da MÃO DE OBRA ESCRAVA,
Escravizava-se principalmente
ESTRANGEIROS, além da
escravidão por dívidas.
PENÍNSULA ITÁLICA
Os símbolos romanos
A FUNDAÇÃO DE ROMA

Origem Lendária
Fundada pelos
gêmeos Rômulo e Origem histórica
Remo
Fundada pelos latinos
(756 aC.) depois
conquistada pelos
etruscos (610 aC.)
ROMA
ROMA
ROMA

Evolução Política
 Monarquia: fundação da cidade e dominação
etrusca
 República: domínio da península itálica e lutas
sociais.
 Império: apogeu romano. Expansionismo territorial
e ‘Pax Romana’
MONARQUIA (756 -509 AC)

 Fundação da cidade de Roma (756 aC.)


 Dominação dos etruscos, expulsos em 509 aC.

 Sociedade romana: patrícios, plebeus clientes e escravos


REPÚBLICA (509 A 27 AC)
 Instituições Políticas
Ditador

Consulado

Senado
elege

veto

Assembléia Centurial
REPÚBLICA
 Os plebeus eram excluídos da vida pública,
gerando uma série de lutas sociais
 As conquistas plebéias

- eleição do Tribuno da Plebe


- Lei das 12 Tábuas
- Lei Canuléia
- Lei Licínia
 323 aC: fim da escravidão por dívidas
REPÚBLICA
 O Expansionismo romano
 Pequena Expansão (sec. V a III aC.): Domínio da
península itálica
 Grande Expansão (sec. III aC a III dC). Domínio do
Mediterrâneo, Europa e Ásia. Guerras Púnicas
IMPÉRIO (27AC-476DC)

 Otávio concentra poderes políticos, Organiza


administração e ‘ Política do Pão e Circo ’.
‘ Pax Romana ’
 Sec. III- fim do expansionismo e crise do
escravismo= crise do império.
 Constantino transfere capital p/ o Oriente (330)
 Teodósio divide o império em duas regiões:
Ocidente e Oriente
CRISTIANISMO
Jesus nasceu na Judéia no reinado de
Otávio. Foi crucificado no governo de Tibério
O cristianismo, inicialmente perseguido,
atraiu adeptos principalmente entre a
população pobre. Desafiava o Império
propondo uma religião ética que não cultuava
o imperador.
Edito de Milão (313), a liberdade de culto
Teodósio: Edito de Tassalônica:
cristianismo religião oficial (391)
DIREITO ROMANO
Direito romano: ‘ viver honestamente, a ninguém prejudicar, das a cada
um o que é dele’. Ulpiano

Leis costumeiras (baseadas nos costumes) não foram criadas por um


determinado legislador, mas fruto da crença religiosa dos antigos
povoadores da cidade.

Os romanos criaram o DIREITO, dividido em Direito Público e o Direito


Privado

Ius Gentium (Direito das Gentes). Esse ponderava os interesses das


comunidades submetidas a Roma e era considerado como fonte do
Direito Internacional

Direito romano caracteriza-se pelo rigor, formalismo e exatidão


As mulheres não eram julgadas pelos tribunais públicos. Cabia ao
chefe da família exercer o direito de justiça, na sua própria casa,
sobre os membros da família subordinados à sua autoridade.

Importância do Direito Romano:


- Regras definidas
- Garantia da ordem e a justiça, os povos do Império não se
sentiam sujeitos a um poder despótico e inconstante, mas
protegidos por leis claras, justas e adequadas à vida em
comunidade
Muitas leis hoje vigentes em muitos estados europeus derivam das
categorias básicas e do sistema de conceitos do direito romano.
DIVISÃO DIREITO ROMANO

PERÍODO PRÉ-CLÁSSICO
(SEC. VII A II aC)
•Direito Consuetudinário
•Baseado na família e poder dos patrícios
•Lei das 12 Tábuas: decodificação de leis
costumeiras
PERÍODO CLÁSSICO
(sec. II aC a III dC)

•Auge do direito
•Poder nos juriconsultos ( que ditavam
regras e pareceres aos juízes-
jurisprudência= direito + interpretação) e
pretores (magistrados) urbanos e
peregrinos
DIVISÃO DIREITO ROMANO
PERÍODO PÓS-CLÁSSICO (sec. III a VI dC)
Avanços:
•Códex: Justiniano compliou as Constituições
imperiais
•Digesto: reunião de pareceres e escritos dos
jurisconsultos
•Institutas: documento voltado para legistas.
Livro didático para estudantes
•Novelas: reunião das leis de Justiniano
PRINCÍPIOS

-O acessório segue o principal


-Alegar sem provas é o mesmo que não
alegar
-A alegação não faz o direito
-Adultério é acesso ao interior alheio
-Se alguém deve certa coisa não deve dar
uma coisa por outra
-Cedam armas às togas
-A confissão é a melhor de todas as provas
- A causa deve preceder o efeito
- Conhece-se a causa pelo efeito
- Dá-me ao fato, dar-te-ei o direito
- O direito não socorre aos que dormem
- A lei é dura mas é lei
- Haja moderação nas coisas
- Na dúvida decida-se a favor do réu
- Não é preciso negar o que se nega
- A lei posterior derroga a anterior
- Ninguém pode ser julgado sem saber
- Ninguém pode ser juiz em causa própria
IMPUTABILIDADE
 Habilidade de praticar atos com discernimento;
 Impúberes (crianças): semi-imputáveis, nunca
condenados à morte, mas haviam de ressarcir, sendo
assustados ou batidos;
 Mentalmente Incapazes:
 Furiosis – doentes agitados – punição:
 Em crimes com violência ou roubo: eram acorrentados;
 Demens – totalmente débeis – punição:
 Não lhes era atribuída imputabilidade.
 A ignorância da lei não gerava imputabilidade, mas a
ignorância do fato, sim.
Extinção da Punibilidade
 Extinguia-se a pena quando:
 Era cumprida;
 Recebimento do perdão;
 Recebimento do ‘a abotio’, ou seja, extinção
temporária, podendo ser retomada;
 Em caso de prescrição (exceto para homicídio);
 Por morte do indivíduo que cometeu o delito.
Alguns Delitos
 Distinção:
 Delitos públicos: traição, homicídio, incêndio;
 Delitos privados:
 Furto: apropriação da coisa alheia
 Pena – morte e posteriormente com multa pecuniária;
 Roubo: apropriação dolosa da coisa alheia
 Pena – multa para o ladrão de até quatro vezes o valor da coisa
roubada;
 Dano: quando causado injustamente
 Pena - reparação do dano causado;
 Injúria: prejuízo causado por culpa, mesmo sem intenção de causá-
lo
 Pena – indenização pela ofensa sofrida;
 Dolo: comportamento desonesto, induzir o individuo ao erro, delito
grave
 Pena – punição por todos os meios possíveis;
 Coação: compelir alguém a pratica de ato jurídico mediante
violência, física ou moral
 Quase – Delictus: delito por meio culposo, que poderia ter sido
evitado.
Alguns Delitos
 Distinção:
 Delitos públicos: traição, homicídio, incêndio;
 Delitos privados:
 Furto: apropriação da coisa alheia
 Pena – morte e posteriormente com multa
pecuniária;
 Roubo: apropriação dolosa da coisa alheia
 Pena – multa para o ladrão de até quatro
vezes o valor da coisa roubada;
 Dano: quando causado injustamente
 Pena - reparação do dano causado ;
 Injúria:prejuízo causado por culpa, mesmo sem
intenção de causá-lo
 Pena – indenização pela ofensa sofrida;
 Dolo: comportamento desonesto, induzir o
individuo ao erro, delito grave
 Pena – punição por todos os meios
possíveis;
 Coação: compelir alguém a pratica de ato
jurídico mediante violência, física ou moral
 Quase – Delictus: delito por meio culposo, que
poderia ter sido evitado.
CURIOSIDADES
 A liberdade – libertas – era o maior bem para o romano.
A liberdade opunha-se à escravidão
 Homem livre era um ser humano, o escravo era uma coisa
res
 Segundo Justiniano, só os livres tinham capacidade
jurídica, os escravos não tinham caput, não eram pessoas.
 O escravo podia ser vendido e mesmo destruído. O
servus pertencia ao dominus, que sobre ele exercia o
mais absoluto dominium.
 Nascimento: valia o princípio: filho de
escrava, escravo é, ou seja, não se levava em
conta a condição paterna
 Cativeiro: inimigos aprisionados ficavam
escravos do Estado Romano sendo vendidos
aos particulares
 Deserção: soldado desertor virava escravo
 Negligência: ao não se inscrever nos registros
do censo (o incensus era vendido pelo Estado
Romano como escravo)
 Insolvência: quem deixava de pagar as contas
era condenado e vendido pelo credor
 Prisão em Flagrante: o preso era vendido pela
vítima do furto
 Família Romana : conjunto de pessoas
colocadas sob o poder de um chefe , pater
familae (podia ser um impúbere ou um
celibatário)
 O pater familias tinha o dominium in domo, a
potestas. Era o dominus, o senhor, a quem
estava confiada a domus.
 Tríplice aspecto: religioso (sacerdote),
econômico (dirigente) e jurídico-político
(magistrado).
 A patria potestas não se extinguia pelo
casamento dos filhos, que tendo a idade que
tivessem, sendo casados ou não, continuavam a
pertencer à família do chefe.
IDADE MÉDIA

FEUDALISMO
CARACTERÍSTICAS
DIREITO MEDIEVAL
:
Ruralização da Sociedade
Sociedade; hierarquizada;
Enfraquecimento Dependência pessoal;
comercial;  Defesa Privada;

Sistema de Supremacia da Igreja


produção feudal Católica;
Fragmentação do Clericalização da
poder Central sociedade;
Sociedade Feudal : SOCIEDADE
TRINITÁRIA

ORAM

LUTAM

TRABALHAM
REI

CLERO NOBREZA

POVO
IDADE MÉDIA

A Igreja deteve um poder


extraordinário em função
da posse sobre grande
parte das propriedades
rurais, as quais eram
obtidas através de doações,
heranças e tributos pagos
pelos cristãos.
Direto Medieval
Policentrismo: não se pode falar de uma mas de várias ordens jurídicas,
espécie de “sub-sistemas”, com o seu espírito próprio, com proveniências
diversas, com fontes de legitimidade diversas;
Ausência de princípios axiomáticos, de “verdades primeiras”, do princípio da
“não contradição”: cada ordenamento constitui um “ponto de vista normativo”
próprio;
Abertura a outras ordens normativas: a teologia, a moral, o “senso comum”:
Divisão:
Direito Germânico
Direito Romano
Direito Canônico
DIREITO GERMÂNICO
 Direito consuetudinário, baseado na oralidade
 Valorização da família e poder do pai

 Predomínio da ‘personalidade das leis’


DIREITO CANÔNICO
 Direito da Igreja Católica
 Direito escrito, com primazia em diversas regiões

 Caráter unitário e abrangente

 Abrangeu direito privado (casamentos-divórcios,etc)

 Aplicação de tipo de prova ‘irracional’

 Tribunal da Inquisição: julgar e condenar hereges


DIREITO ROMANO
 Aplicação da ‘Personalidade das Leis’
 Vigorou Fenômeno da Recepção
DIREITO
ISLÂMICO

O Direito no mundo muçulmano


ISLAMISMO
INTRODUÇÃO

O ISLAMISMO

O islamismo é a religião fundada pelo profeta Maomé no início do


século VII, na região da Arábia.

O símbolo do islamismo é considerado por Hilal, também


chamado de Lua Crescente, remete ao calendário lunar,
regentes para a vida religiosa e principais rituais, tendo
conexão com antiga realeza árabe.

A estrela representa Alá e a adoração levada a cabo pelos


islâmicos por este mesmo.
Imagem: Star and Crescent / Kbolino /
Public Domain

O Islã é o conjunto dos povos de civilização islâmica, que professam o islamismo; em


resumo, é o mundo dos seguidores dessa religião.
O ISLAMISMO E A SUA ORIGEM

Fonte: http://www.slideshare.net/ilusaobento/7-ano-ul2islamismo
Gênese
Abraão

Isaac Ismael

Moisés
Judaísmo
Jesus Cristo
Séc. I d.C. CRISTIANISM
O

Séc. VII d.C. Maomé


ISLAM
5 Pilares do Islamismo:
CULTO
Profissão de fé: Não há senão um único Deus, e Maomé é seu
profeta.

Rezar cinco vezes ao dia repetindo textos do Alcorão,


inclinando-se à direção de Meca.

Jejuar desde o romper do sol até o ocaso no mês do Ramadão.

Dar esmolas.

Ir a Meca em peregrinação ao menos uma vez na vida.


Existência de um só Deus, cujo profeta é Maomé
DOUTRINA Predestinação para o céu ou para o inferno
Ressurreição
Necessidade de fazer a Guerra Santa - Jihad
Doutrina consagrada no Alcorão

Submeter-se a Allah pela simples submissão


MORAL Não existe qualquer preceito que vise um melhoramento pessoal

Praticar a hospitalidade
Repudiar o adultério (aceitando-se, embora, a poligamia e o
divórcio)
Repudiar carnes impuras e bebidas alcoólicas

DIA SANTO Sexta-feira


PRINCÍPIOS BÁSICOS DA FÉ ISLÂMICA

 Ter fé em Alá, único Deus existente;

 Acreditar nos anjos, seres criados por Alá;

 Acreditar no Alcorão como o derradeiro e completo livro sagrado;

 Acreditar nos vários profetas enviados por Alá a cada humanidade;

 Acreditar no Juízo Final, no qual as ações de cada pessoa serão avaliadas;

 Acreditar na predestinação: Alá tudo sabe e possui o poder de decidir sobre o


que acontece a cada pessoa.
DOUTRINA E PRÁTICA
As duas fontes fundamentais da doutrina e da prática islâmicas são o Alcorão e a sunna
(conduta exemplar do profeta Maomé). Os muçulmanos consideram o Alcorão como a
palavra "incriada" de Deus, revelada a Maomé através de Gabriel, o arcanjo da
revelação. Os islamitas acreditam que Deus, e não o Profeta, é o autor destas
revelações. Por isto, o Alcorão é infalível.

O Alcorão contém as revelações transmitidas a Maomé durante os quase 22 anos de


sua vida profética (610-632). A segunda fonte essencial do islã, a sunna ou exemplo do
Profeta, é conhecida através dos Hadith, recompilação de tradições baseadas no que
disse ou fez o Profeta. Ao contrário do Alcorão, os Hadith não são considerados
infalíveis.

O monoteísmo é uma matéria central para o Islã: a crença em um Deus (Alá), único e
onipotente. Deus desempenha quatro funções fundamentais no Universo e na
humanidade: criação, sustentação, orientação e julgamento, que se conclui com o dia
do Juízo, no qual a humanidade será reunida e todos os indivíduos serão julgados de
acordo com seus atos
DIREITO MUÇULMANO
•Intitulado ‘ Direito dos Muçulmanos’: direito
com base religiosa
-Suna: conjunto de (hadiths), palavras de
Maomé:

•Principais Aspectos do Alcorão


-infalibilidade do alcorão
-Justiça e equidade
-recompensa para quem serve a Lei
-pena de talião
-alimentos proibidos
-bebidas e jogos
MUNDO
CONTEMPORÂN
EO

O Direito na Revolução Francesa


A Idade Contemporânea se iniciou com a
revolução Francesa, em 1789. A ascensão
dos revolucionários franceses ao poder,
nesse ano, se materializou na aprovação
da declaração dos Direitos do Homem e
do Cidadão, que enumerava os direitos
inerentes a todo homem, independente de
seu país, religião, classe social, gênero
sexual etc., como os direitos à liberdade, à
propriedade, à expressão de
pensamentos, a não ser preso sem
justificativa legal etc.
Com as Grandes Navegações, as
potências europeias disseminaram sua
cultura pelos outros continentes.

No caso da Inglaterra, tal processo levou à


expansão de seu sistema legal, a lei
Comum, para suas colônias. Como
resultado, tal sistema jurídico tornou-se
um dos mais importantes no cenário
mundial
Independência dos EUA
Em 1787, na sequência da independência dos
Estados Unidos, este país tornou-se o primeiro
a elaborar uma constituição: uma lei básica,
defendendo os valores jurídicos mais
importantes e que serve de base à organização
do governo e à elaboração das demais leis.
Seguindo seu exemplo bem-sucedido, quase
todos os demais países do mundo elaboraram
suas próprias constituições
CÓDIGO NAPOLEÔNICO

Em 1804, entrou em vigor o código Napoleônico


na França. O código tinha como objetivo acabar
com os privilégios feudais, pondo em prática o
ideal de igualdade da revolução Francesa.
Uma inovação foi a criação do casamento civil,
que passava a existir conjuntamente com o
casamento religioso. Tal medida tinha por
objetivo diminuir o poder da igreja Católica sobre
a sociedade. Com a expansão do império
Napoleônico o código foi introduzido nos países
conquistados e acabou influenciando
decisivamente os códigos de vários países no
mundo,

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