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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................. 3
VII – BIBLIOGRAFIA................................................................................... 52
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Desde os tempos imemoriais que o homem busca viver em harmonia, para isso
chegou a criar regras, normas, leis que pudessem garantir a vivência em harmonia consigo
e com os seus semelhantes.
A busca dessa harmonia tão sonhada através das leis chega a ser tão sublime que
dela só podemos falar através da linguagem poética e por isso lembro que o poeta mineiro
o fez tão bem em seu poema:
na pedra.
II
***
Na frase destacada acima: “os lírios não nascem da lei”, podemos observar
claramente o desencanto do poeta pela justiça advinda da lei, por essa harmonia na
sociedade que para alguns denomina-se justiça, mas fazendo um parêntese podemos
reflexionar melhor ao nos debruçarmos sobre a História humana e constatarmos que se
os lírios não nascem da lei sem ela tampouco a sociedade sobreviveria em sua busca
constante por harmonia, por paz e justiça.
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As leis foram criadas para organizar a sociedade, estabelecendo o que cada
indivíduo poderia ou não fazer. Eram as leis que determinavam o que era certo e o que
era errado. Mas é claro, obedecendo às determinações religiosas e culturais de cada povo.
Pouco mais de dois séculos depois, por volta do ano 1447 a.C., por intermédio de
Moisés, um profeta hebreu, nasceria um dos mais importantes códigos de leis já escrito:
Os Dez Mandamentos, influente até hoje na vida de bilhões de pessoas por todo o mundo.
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A lei romana foi fortemente influenciada pela filosofia grega, mas suas regras
detalhadas foram desenvolvidas por juristas profissionais e eram altamente sofisticadas.
Ao longo dos séculos, entre a ascensão e o declínio do Império Romano, a lei foi adaptada
para lidar com as situações sociais em mudança e sofreu grandes codificações sob
Teodósio II e Justiniano I. Embora os códigos foram substituídos por costume e
jurisprudência durante o início da Idade Média, a lei romana foi redescoberta em torno
do século XI, quando estudiosos de direito medievais começaram a pesquisar códigos
romanos e adaptar seus conceitos à lei canônica, dando origem à jus commune. As
máximas legais em latim (chamadas Brocardo) foram compiladas para orientação. Na
Inglaterra medieval, os tribunais reais desenvolveram um corpo de precedentes que mais
tarde se tornaram a lei comum. Uma Law Merchant (Lei mercante) foi formada em toda
a Europa para que os comerciantes pudessem negociar com padrões comuns de prática,
em vez de com as muitas facetas fragmentadas das leis locais, sendo um precursor do
direito comercial moderno, enfatizava a liberdade de contratar e a alienabilidade da
propriedade. Assim que o nacionalismo cresceu nos séculos XVIII e XIX, a Law
Merchant foi incorporada à lei local dos países sob novos códigos civis. Os Códigos
Napoleônicos e Bürgerliches Gesetzbuch (Germânicos) se tornaram os mais influentes.
Em contraste com a lei comum inglesa, que consistia em enormes volumes de
jurisprudência, os códigos em livros pequenos são fáceis de exportar e fáceis de serem
aplicados pelos juízes. No entanto, hoje há sinais de que o direito civil e o direito comum
se convergem.
“No Brasil dos primeiros tempos, dos anos 1500 e 1600, os portugueses
ocuparam o litoral da colônia e ficaram muito concentrados no litoral do nordeste. Eles
estavam muito interessados no comércio com a Índia e eles pensaram no Brasil como
uma espécie de ponto de parada na rota para as Índias. A primeira forma de governo no
Brasil Colônia foi o sistema de capitanias hereditárias. As capitanias em geral
fracassaram, com exceção de São Vicente e Pernambuco. Diante do fracasso, Portugal
estabeleceu um sistema centralizado de governo, que foi o Governo-Geral. Os três
primeiros governadores-gerais foram Tomé de Sousa, Duarte da Costa e Mem de Sá.
Quando os portugueses chegaram à conclusão de que era preciso dar um ganho
econômico ao Brasil, eles se concentraram principalmente na produção de açúcar,
plantando a cana-de-açúcar. Eles tinham uma vantagem com a plantação da cana-de-
açúcar porque já tinham a experiência na costa da África. Só que para tocar uma grande
fazenda de cana, eles necessitavam de braços. Então era necessário encontrar uma saída
para o problema da mão de obra e foi aí que os portugueses começaram a utilizar os
índios e a explorar o tráfico africano.” — Boris Fausto
O Brasil foi “descoberto” por Portugal no ano de 1500, mas ele foi explorado a
partir de 1532. Este período entre 1500 e 1532 foi denominado de pré-colonial, ou seja,
antes da colonização e da exploração por Portugal. Para racionalizar a exploração da
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colônia, Portugal implantou diversas legislações no Brasil, com o intuito de melhor
administrar a colônia e principalmente para estruturar a sua exploração. O direito no
Brasil, nesta época, foi imposto pela metrópole portuguesa, para resguardar o direito de
alguns, e a colônia era vista apenas como um território de exploração e não como uma
nação. E o direito no Brasil sofreu a mesma sorte desta cultura. As principais
características do direito colonial foram as leis de caráter geral e os Forais, que
centralizavam o poder nas mãos de Portugal e dos seus dirigentes no Brasil.
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Cartas Forais
Divisão de poderes
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estadual ou federal, dependendo da natureza do caso. O sistema judicial é composto por
vários tribunais. O ápice é o Supremo Tribunal Federal e é o guardião da Constituição.
Entre outras atribuições, tem competência exclusiva para: (i) declarar inconstitucionais
as leis federais ou estaduais; (ii) ordenar pedidos de extradição de Estados estrangeiros;
e (iii) decidir sobre os casos decididos em tribunais de única instância, em que a decisão
impugnada possa violar a Constituição.
CONSTITUIÇÃO E LEI
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stare decisis, denominado súmula vinculante. No entanto, de acordo com o artigo 103-A
da Constituição brasileira, apenas o Supremo Tribunal Federal pode publicar normas
vinculantes.
Os Deputados são eleitos para cumprir um mandato de quatro anos. Cada Senador
é eleito com dois suplentes para um mandato de oito anos, sendo que há eleição de quatro
em quatro anos, ou seja, a renovação se dá, alternadamente, por um e dois terços.
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indicados para importantes cargos da administração federal, como os embaixadores e
Ministros do Supremo Tribunal Federal; além de decidir sobre operações financeiras,
inclusive contratação de empréstimos, em âmbito federal, estadual, distrital e municipal.
Por isso, ela é livre e não pode sofrer qualquer tipo de constrangimento. Fiscalizar
o Poder
Executivo é tarefa a que o Legislativo não pode se furtar, sob pena de perder sua
razão de ser. Por fim, ele recebe a delegação da representação popular para fazer as leis,
seja propondo, seja votando propostas vindas dos outros poderes e da própria sociedade.
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A Constituição Federal de 1988, prima facie, delegou ao Poder Executivo (em
todas as esferas de governo) a formulação, a implementação, a execução, o
acompanhamento e a avaliação das políticas públicas. Contudo, os demais Poderes da
República – Legislativo e Judiciário – não foram totalmente alijados pela Carta
Constitucional desta mesma atribuição.
Vereador, segundo De Plácido e Silva (1993, p. 480) é “(...) a pessoa que é colocada para
vigiar, ou cuidar do bem e dos negócios do povo, ditando as normas necessárias a esse
objetivo”.
(...) o que faz o vereador? Enquanto agente político, ele faz parte do poder
legislativo, sendo eleito por meio de eleições diretas e, dessa forma, escolhido pela
população para ser seu representante. Esta noção de representante da sociedade está entre
as noções mais caras dentre suas funções, pois as demandas sociais, os interesses da
coletividade e dos grupos devem ser objeto de análise dos vereadores e de seus assessores
na elaboração de projetos de leis, os quais devem ser submetidos ao voto da assembleia
(câmara municipal). Dessa forma, são responsáveis pela elaboração, discussão e votação
de leis para a municipalidade, propondo-se benfeitorias, obras e serviços para o bem-estar
da vida da população em geral. Os vereadores, dentre outras funções, também são
responsáveis pela fiscalização das ações tomadas pelo poder executivo, isto é, pelo
prefeito, cabendo-lhes a responsabilidade de acompanhar a administração municipal,
principalmente no tocante ao cumprimento da lei e da boa aplicação e gestão do erário,
ou seja, do dinheiro público.
Sabemos que o vereador é o agente político mais acessível a qualquer cidadão: ele
pode ser nosso vizinho, amigo, parente, residir em nosso bairro ou em nossa comunidade
interiorana. O vereador pode ser um empresário, um professor, um profissional da saúde,
um agricultor. Enfim, o vereador é aquele que mais sujeito está às demandas e
necessidades sociais, dado que o Poder Legislativo – o parlamento – é composto, em
regra, pelas principais forças políticas de uma comunidade, possuindo estreitos laços de
vínculo para com esta mesma comunidade.
Política pública é uma expressão que visa definir uma situação específica da
política. A melhor forma de compreendermos essa definição é partirmos do que cada
palavra, separadamente, significa. Política é uma palavra de origem grega, politikó, que
exprime a condição de participação da pessoa que é livre nas decisões sobre os rumos da
cidade, a pólis. Já a palavra pública é de origem latina, publica, e significa povo, do
povo.
Segundo SHIROMA et al (2007, p. 7), Aristóteles (384–322 a.C.), com sua obra
A Política, considerada o primeiro tratado sobre o tema, introduziu a discussão sobre a
natureza, funções e divisão do Estado e sobre as formas de governo. Ainda nesta
perspectiva, as autoras complementam (2007, p. 7), dizendo que:
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O conceito de política encadeou-se, assim, ao do poder do Estado – ou sociedade
política – em atuar, proibir, ordenar, planejar, legislar, intervir, com efeitos vinculadores
a um grupo social definido e ao exercício do domínio exclusivo sobre um território e da
defesa de suas fronteiras.
Após o PPA, regra geral, vem a Lei de Diretrizes Orçamentárias, ou LDO, que
deverá estabelecer os parâmetros da Administração Municipal, incluindo em seu texto as
despesas de capital para o exercício subsequente; orientações à elaboração da lei
orçamentária anual e disporá sobre as alterações na legislação tributária local. Sua
duração é anual e é feita com base no PPA.
Para que ocorra a efetivação dos planos previsto no PPA e a observância das
orientações definidas na LDO, é elaborada uma Lei Orçamentária Anual. A Lei
Orçamentária Anual – LOA – compreende o orçamento fiscal referente aos Poderes
Municipais, aos seus fundos, órgãos e entidades da Administração direta e indireta; o
orçamento de investimentos das empresas em que o Poder Público Municipal de forma
direta ou indireta, detenha a maioria do capital social com direito a voto; e o orçamento
da seguridade social, incluindo as entidades e órgãos a ela vinculados, assim como dispõe
o artigo 165, §5°, da Constituição.
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– LOA (e também todas as demais proposições, diga-se de passagem), observar o devido
processo legislativo traçado na Lei Orgânica do Município e no Regimento Interno do
Poder Legislativo. Neste sentido, o Supremo Tribunal Federal considera que as regras
básicas acerca do processo legislativo previstas na Constituição Federal são modelos
obrigatórios a serem seguidos nas Constituições Estaduais e Leis Orgânicas Municipais,
eis que imprescindíveis à constituição do Estado Democrático.
Qualquer alteração nos projetos de lei respectivos será promovida através de emendas,
que são, conceitualmente, proposições destinadas a modificar o texto do projeto original,
oferecidas no momento próprio por vereador, comissão ou pela Mesa Diretora, na forma
regimental. O poder de emenda está previsto na Constituição nos artigos 63 c/c 166, §§3°
e 4°, podendo a Lei Orgânica dispor sobre o poder de emenda da Câmara de Vereadores
nos moldes da Constituição, decorrente do exercício da atividade legiferante, intrínseca
ao Poder Legislativo.
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pessoal e seus encargos; serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais ou
ainda, devendo ser relacionadas com a correção de erros ou omissões ou com os
dispositivos do texto do projeto de lei.
A reestimativa de receita pelo Legislativo só pode ser feita caso comprovado erro ou
omissão de ordem técnica ou legal, conforme dispõe o artigo 12, §1° da Lei de
Responsabilidade Fiscal. A alteração do projeto pelo Executivo é admitida através de
mensagens aditivas enquanto não estiver concluída a votação do projeto inicial.
O Brasil enfrenta desde muito tempo uma série de desafios e problemas no campo
das políticas públicas. Diante desse quadro, a contumaz ineficiência governamental –
em todas as esferas de governo – vem colocando em risco a consecução de políticas
públicas que visam atender direitos historicamente conquistados por todos os cidadãos.
Em linhas gerais, a culpa pela baixa qualidade de grande parte das políticas públicas
aplicadas no país é atribuída única e exclusivamente aos membros do Poder Executivo e
seu corpo auxiliar. Todavia, é também papel do parlamento – em todas as esferas de
governo – participar do processo de formulação de políticas públicas, bem como
acompanhar a execução das respectivas políticas, buscando uma proatividade que hoje
ainda não é, infelizmente, característica da maioria das Câmaras de Vereadores
brasileiras.
É fato público e notório que nossos municípios – assim como nosso próprio estado e a
União – atravessam uma grave crise socioeconômica. Contudo, é neste momento que a
formulação de políticas públicas se reveste de grande importância, eis que a escassez de
recursos faz com que os formuladores de políticas públicas sejam obrigados a escolher as
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políticas prioritárias, eis que inexistem recursos para atender todas as demandas da
sociedade.
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crescimento de Manaus e Belém, até hoje capitais e maiores centros de seus respectivos
estados, Amazonas e Pará; Além de muitas outras cidades da região como: Itacoatiara,
Marabá, Rio Branco, Eirunepé, Cruzeiro do Sul e Altamira. No mesmo período, foi criado
o Território Federal do Acre, atual Estado do Acre, cuja área foi adquirida da Bolívia, por
meio da compra no valor de 2(dois) milhões de libras esterlinas, em 1903. O ciclo da
borracha viveu seu auge entre 1879 e 1912, tendo depois experimentado uma sobrevida
entre 1942 e 1945, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O que sabemos pela narração oral da Sra. Maria José de Melo Arseno, mais conhecida
como D. Nini(In Memoriam), que o seu avô o Sr. Seraphim Rocha de Carvalho, brasileiro,
filho de portugueses, teria migrado a contragosto do Vale do Mamanguape para o Brejo
paraibano, se fixado entre Bananeiras e Caiçara, para trabalhar como intendente entre os
anos 1910 e 1925 na Great Western Railway Company que instalou sua malha ferroviária
no interior da Paraíba, o ramal de Bananeiras foi um ramal ferroviário de ligação que unia
seis estações ferroviárias do brejo paraibano, especialmente as estações de Bananeiras à
Estação de Guarabira, teve seu primeiro trecho entregue em 1910 e chegou em Bananeiras
somente em 1925. Seus 35 quilômetros foram entregues em 15 anos, embora o ramal
deve-se avançar mais 35-40 km para atingir Picuhy,(Picuí), ele jamais avançou. Tendo o
Sr. Seraphim adoecido gravemente fez, como de costume aos católicos da época, uma
promessa ao seu santo de devoção, que se curado, retornaria para o Vale do Mamanguape
e nele ergueria uma capela em sua homenagem. Tempos depois aconteceu a sua cura e
tendo descido do Brejo para Mamanguape, resolveu se fixar com a permissão da
Arquidiocese da Paraíba em terras doadas à Igreja, antigas terras de sesmarias, nela se
fixando ergueu uma capela conforme prometido as margens de uma picada de
mula(estradas estreitas abertas em matas por onde passavam tropas de mulas), por onde
andavam os tropeiros que comercializavam entre Mamanguape e a cidade de Guarabira.
Resta-nos diante dessa estória mais plausível alguns questionamentos, como por
exemplo, seria a lenda formulada para obnubilar a verdadeira história biográfica do Sr.
Seraphim Rocha de Carvalho? Ou seria a lenda criada pelo próprio Sr. Seraphim? Haja
vista a presença nas duas narrativas do fato da promessa ao santo, em virtude, do alcance
de um milagre, na primeira versão(mítica) a libertação do cativeiro indígena e na segunda
versão a cura de uma enfermidade(biográfica).
Durante o século XIX, quando tropeiros (conjunto de homens que transportavam gado
e mercadorias no Brasil) fizeram integrar o litoral às regiões mais longínquas da Paraíba,
abrindo e descobrindo novos caminhos.
Nas rotas tropeiras foram estabelecidos pousos para descanso e troca de montarias,
além de pernoite para os viajantes, que, com o tempo, se transformaram em núcleos de
várias cidades, a exemplo do nosso atual município, que originou um pequeno povoado
local, originando a Vila São João, distrito anexado ao município de Mamanguape, datado
de 1908.
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Os tropeiros que faziam pouso na então Vila São João, costumavam caminhar várias
horas por dia, percorrendo léguas de distância das cidades em direção aos lugares mais
distantes do nosso Estado. O transporte de mercadorias, visto como algo marginal, era
realizado pelos homens livres, pobres, que o desempenharam por ser uma forma de
garantir sua subsistência.
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Segundo depoimentos de antigos moradores do nosso município, atualmente ainda
existiram até a década de 1970, remanescentes da secular atividade tropeira na região,
principalmente nas áreas rurais.
Os lotes de terras que se tornaram povoados eram vestígios das sesmarias advindas das
capitanias hereditárias, na época pertencentes a Arquidiocese da Parahyba que concedeu
arrendamento aos fazendeiros locais, entre eles o Sr, Paulo Rodrigues de Mello. Com o
povoamento da região do Vale do Mamanguape, algumas famílias começaram a se
estabelecer em propriedades localizadas onde hoje está situado o município de
Itapororoca, e naquelas propriedades deu-se início a construção dos engenhos de açúcar,
o qual abrangia a casa-grande, a capela e o próprio engenho, e no seu entorno, deu-se
início a construção das primeiras casas residenciais na área rural, área que anos mais tarde
viria a ser nosso município. Com o passar de alguns anos, comerciantes resolveram
estabelecer suas moradas na região, que apresentava terras férteis e outras condições para
o surgimento de uma vila. Em 1929, foi instalada a primeira padaria pelo Sr. Smith, um
alemão, também comerciante, que aproveitou a instalação da CIA de Tecidos em Rio
Tinto(grupo empresarial da família sueca Lundgren). Uma bulandeira, primitiva máquina
de beneficiar algodão, foi instalada na região por Pedro Gervásio e seu filho, Francisco
Antônio Cleto. Daí começaram os sonhos para o surgimento de uma cidade. Paulo
Serafim que instalou uma beneficiadora de agave e constituiu família na Vila de S. João
de Mamanguape.
Percebendo sua vocação para a vida pública resolvem por ela se aventurar.
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Manoel Fernandes de Lima foi um usineiro, empresário e político. paraibano. Foi
acionista do Banco Nacional do Norte (Banorte), proprietário e diretor-presidente da
Usina Monte Alegre e prefeito de Mamanguape duas vezes. Filho do fazendeiro Antônio
Fernandes Sobrinho e de Maria Caetano Fernandes de Lima. Foi irmão do deputado
estadual e governador da Paraíba José Fernandes de Lima e do deputado estadual,
deputado federal e governador João Fernandes de Lima, pai do prefeito de Mamanguape
Gustavo Fernandes de Lima Sobrinho e avô do deputado estadual Ariano Fernandes.
Casou com Guilhermina de Novaes Fernandes, conhecida como dona Dadá, teve cinco
filhos: Gustavo, Guilherme, Maria Elizabeth, Maria Vanise e Maria Célia. Fundou em
1940 ao lado de seus irmãos, a Usina Monte Alegre SA. localizada às margens da BR-
101, na entrada do município de Mamanguape.
Em torno do rancho de tropas, situado na atual cidade Itapororoca, foi erguida uma
capela em louvor a São João Batista, onde o Pároco João Medeiros e depois o Cônego
Antônio Augusto Pereira de Souza celebravam o Culto Divino(Missa) e outras cerimônias
religiosas, acolhidos na casa de D. Fifinha(Josefa Jorge de Carvalho) e posteriormente na
casa do Sr. Epitácio Américo Madruga. E em torno dela, deu-se início o povoado.
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Capela de São João Batista- erguida em aproximadamente 1908 e derrubada na gestão
do prefeito José Félix de Brito 1965.
O deslocamento da população local, a qual residia em sua grande maioria em áreas
rurais, para as cidades próximas (Mamanguape, Guarabira, Pirpirituba e Bananeiras),
devido as dificuldades de condução, pois o transporte era feito através de mulas, a pé, em
carroças e raramente em automóveis, daí o papel relevante dos mercadores ambulantes.
As tropas que levavam os produtos rurais para serem vendidos, também eram
responsáveis por trazer ao interior os bens de consumo que vinham da capital, já caídos
no gosto popular, como tecidos, ferramentas, entre outros.
Após o surgimento da Vila iniciou-se a feira-livre que hoje é uma das maiores da
região, local esse que os moradores da localidade vinham fazer suas compras, pois o
comércio organizado mais próximo, ficava nas cidades vizinhas de Mamanguape, Sapé e
Guarabira, às quais tinhas suas estradas de difícil acesso, e poucos moradores possuíam
meios de se deslocarem até as mesmas, devido a falta de transportes.
Conforme ilustra o documento exposto na página seguinte o município de Itapororoca
foi criado/emancipado em 28 de dezembro de 1961:
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A criação de municípios, elevando territórios distritais à condição de unidades locais
de governo, se constitui como uma prática política recorrente na história republicana,
sendo os anos de 1950 e 1960 aqueles em que essa iniciativa é mais destacável. Nesse
período, a Paraíba apresenta a mais expressiva fragmentação municipal dentre todos os
estados do país. Este texto analisa essa fragmentação, com foco nas forças políticas que
ocuparam os postos de poder constituídos com a criação de suas municipalidades.
Investigamos os municípios cujos primeiros prefeitos haviam atuado nas prefeituras dos
municípios de origem.
A criação de municípios é um dado inerente à dinâmica territorial brasileira, sendo
uma prática continuadamente presente na configuração do nosso território. Tocante a essa
configuração, ao investigarmos os limites internos do país, verificamos que a intensidade
dos processos de compartimentação municipal, a resultar na formação de
municipalidades, se apresenta de modo bastante variável no decorrer da história.
Nas décadas de 1950 e 1960, essa intensidade foi mais expressiva, notadamente na
Paraíba. Isso porque o estado mais que quadruplicou o número de municípios, saindo
esses de 41 para 171 unidades – um crescimento bem acima das médias nacional e
regional, em que se duplicou a malha municipal.
Nesse curso, os prefeitos se constituem como importantes atores da cena
compartimentadora, compondo a elite política local. A seu modo, fomentaram as
emancipações, que foram efetivadas por intermédio de projetos de lei aprovados na
Assembleia Legislativa (ALPB) e sancionados pelo governo estadual. Dessa forma, esses
outros atores igualmente são compostos no campo da elite política que viabilizou as
emancipações, sendo inscritos na esfera estadual.
Juntas, essas elites participaram dos dividendos eleitorais produzidos pela iniciativa
emancipadora: com esta, o território distrital emancipado realizou-se como norma, à
medida que foi regulado como unidade de governo, realizando-se também como recurso,
uma vez que, por seu conteúdo institucional, serviu à reprodução política de espaços de
poder. Com efeito, enfatizamos a esfera local, relativa aos municípios então recortados
para a pesquisa.
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Ao centro o Prefeito Rúbio Maia Coutinho e o seu vice-prefeito José Félix de Brito
Com uma matéria remissiva à posse do prefeito de Prata, que deixará de ser distrito de
Monteiro, na edição de 6 de janeiro de 1959, o jornal Correio da Paraíba traz o seguinte
registro:
Por volta da 12:30 horas, uma salva de 21 tiros, às portas da cidade, anunciava a
chegada da comitiva que acompanhava o Prefeito do município caçula, composta pelo
representante do Chefe do Executivo [...] e outras autoridades. Sob os aplausos da
multidão, foi o Prefeito conduzido até as dependências provisórias da [nova] Prefeitura
(EMPOSSADO..., 1959).
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certamente instalados ao modo daqueles aplausos. Em específico, nos anos de 1959 e
1961 houve a criação de 84 dessas localidades. Uma após outra, todas ocuparam a
condição de nova unidade política “caçula”, diante dos tantos “filhos” incorporados ao
mapa estadual.
A despeito de fugir ao escopo direto deste texto, vale ressaltar que aqueles anos têm
relação com as eleições estaduais de 1960, a partir das quais Pedro Gondim, que, no pleito
de 1956, fora sagrado vice-governador, foi eleito governador do estado. Ao sancionar a
emancipação daquelas 84 localidades, seguiu uma agenda que recebeu amplo apoio
popular.
Articulado por lideranças locais (Rúbio Maia Coutinho) e posto como uma vontade
manifesta das pessoas do lugar, o intuito emancipacionista foi movido pela denúncia de
que pesava sobre os moradores distritais o abandono do seu distrito, uma vez que este não
recebia da sede o suporte de serviços por eles demandado.
Primeira legislatura:
07/10/1962 – 07/10/1965
Presidente da Câmara:
Presidente da Câmara:
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Quarta Legislatura: 1973-1976
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Nona Legislatura: 1993-1996
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Décima Segunda Legislatura: 2005-2008
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LEGISLATURA ATUAL
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IV- CÂMARA MUNICIPAL DE ITAPOROROCA: O PASSADO E O PRESENTE
DA CASA DE RÚBIO MAIA COUTINHO
Colaboradores:
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Magna Maria Costa de Souza Rodrigues é servidora efetiva da Câmara Municipal de Itapororoca no
cargo de Auxiliar Administrativo e do Controle Interno. Possui formação de Bacharel em Direito pela
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB (2005), Licenciada em História pela Universidade Estadual Vale
do Acaraú (2016) e é pós-graduada em História do Brasil/Paraíba pelo Instituto de Educação Superior da
Paraíba – IESP (2018).
Natan Evangelista da Silva é servidor comissionado da Câmara Municipal de Itapororoca no cargo de
Assessor de Mesa Diretora. Possui formação técnica em Manutenção e Suporte de Informática (ECIT),
graduando em Letras – Língua Portuguesa pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), graduando em
Filosofia pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER), pesquisador de literatura brasileira e
estudos clássicos greco-romanos.
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No decorrer dos anos, com o aumento da população, foi aumentando o número de
vereadores para atuarem na Casa de Rúbio Maia Coutinho, bem como também as
responsabilidades em suas atribuições e dos servidores da Câmara, que passaram cada
vez mais a receberem apelos e requerimentos dos munícipes que em muitas ocasiões vão
até a casa legislativa para reivindicar os seus direitos.
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De maneira geral, percebemos grande interesse na participação de todos que
fazem acontecer a Câmara Municipal (vereadores e servidores), por sempre estarem
dispostos ao trabalho inovador para disponibilizar o melhor para o município, seja no
tratamento das leis, organização das sessões, digitalização, serviço de edições e
transmissões, arquivo, protocolos, entre outras tantos serviços que fazem da Câmara
Municipal de Itapororoca, uma casa legislativa que pensa sempre no povo, buscando
colocá-lo em primeiro lugar. A Lei Orgânica do Município de Itapororoca foi reeditada
na legislatura (2000-2004), na legislatura (2009-2012) e na legislatura (2013-2016). Com
um Regimento Interno de 26 de dezembro de 2008.
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também em Gestão Pública, pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) e Unipê. Em
2012, foi candidato pela primeira vez a vereador de Itapororoca, com uma campanha
pacífica, cheia de objetivos positivos para o bem dos seus conterrâneos sendo eleito com
834 votos. Durante o seu primeiro mandato, Rodrigo lutou pelos direitos de várias classes
do município, sempre com um discurso futurista, visando os direitos e benefícios
merecidos para os servidores de Itapororoca. Em 2016, lançou-se novamente como
candidato à Casa de Rúbio Maia Coutinho, sendo eleito com 716 votos para mais um
mandato de desafios e muitas conquistas. Seguindo combativo e atuante, Rodrigo
continuou lutando pelos direitos dos menos favorecidos e classes trabalhistas do
município, promovendo também eventos para crianças e adolescentes e facilitando o
ingresso universitário a partir dos vestibulares itinerantes em parceria com o IESP. Nesse
mandato, Rodrigo realizou um grande sonho de erradicar grande parte das casas de taipa
espalhadas pelo município, sendo construídas mais de 100 unidades habitacionais, que
possibilitou o sonho de uma moradia digna e sem riscos para pessoas em vulnerabilidade
social. No ano de 2020, mais uma vez, foi candidato a vereador e obteve 1083 votos,
sendo o mais votado da eleição. Tomou posse em 1 de janeiro de 2021, onde também foi
eleito presidente de Casa de Rúbio Maia Coutinho para o biênio 2021-2022. Na Câmara
Municipal, promoveu a digitalização de todo o acervo documental da Câmara Municipal
de Itapororoca, com o objetivo de preservá-los e disponibilizá-los para todos os
interessados de maneira mais prática e objetiva. Como presidente, assinou uma permuta
com a Prefeita Elissandra para a construção de uma nova Câmara Municipal com espaço
amplo; auditório para 200 pessoas e gabinetes para os vereadores. E continua trabalhando
incansavelmente na Câmara e fora dela pelo povo de Itapororoca, com projetos
habitacionais, erradicação da pobreza, luta pelos direitos dos professores, agentes de
saúde e endemia, enfim, por toda a sociedade itapororoquense e paraibana.
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Sessão durante o período de Pandemia pós- vacinação
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Presidente da Câmara – Vereador Rodrigo Santos de Carvalho faz pronunciamento
utilizando a tribuna.
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Sessão Online- apreciação das comissões
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Sessão Legislativa 13/08/2021
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Primeira -secretária Vereadora Neuza Madruga fazendo uso da tribuna
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Líder do governo – Vereadora Cleonice faz pronunciamento utilizando a tribuna
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Ampla testagem realizada( 2021) na Câmara aos servidores e vereadores – ação do
Presidente Rodrigo Carvalho.
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Em 20 de julho de 2022 a Câmara Municipal de Itapororoca aprovou o Piso
Salarial dos Agentes de Saúde, também foi aprovado o aumento da margem para
empréstimos consignado para servidores públicos, mais uma ação do Presidente Rodrigo
Santos de Carvalho.
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Mais uma ação da gestão do Presidente Rodrigo Carvalho.
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Abertura dos Ano Legislativo 2022
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VEREADORES DA LEGISLATURA 2021 – 2024
MESA DIRETORA
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O Vereador Presidente Rodrigo Carvalho, apresentou em conjunto com os demais
Vereadores da Casa, o projeto que extingue o a reeleição da Mesa Diretora. Visando uma
melhor rotatividade dos demais vereadores terem a oportunidade de Presidir a Casa e
também participar da Mesa Diretora da Casa, tornando o Processo ainda mais
Democrático.
Digitalização das Leis Municipais, foi um marco dos nossos 100 dias a frente na
administração da Casa. Isso representa acessibilidade e inovação, todas as nossas Leis se
encontram disponíveis ao acesso de toda população. Devemos agradecer ao eficiente
trabalho dos nossos servidores, que de forma ágil e competente desempenhou esse
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trabalho com maestria. Esse é apenas o início de um trabalho que tem como foco o melhor
a todos os Itapororoquenses.
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VII- BIBLIOGRAFIA
BRASIL. SUPREMO TRIBUNA FEDERAL. ADI 637, Rel. Min. Sepúlveda Pertence,
julgamento em 25-8-2004, Plenário, DJ de 1º-10-2004.
Notas
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[2] Por apreciar, entenda-se não tão somente o poder de aprovar ou reprovar os projetos de lei
(PPA, LDO e LOA) mas, principalmente, de emendar respectivos projetos de lei, melhorando ou
qualificando as propostas.
[3] Vide o que dispõe o art. 165 da Constituição Federal; artigos 4º à 7º da Lei Complementar n.º
101, de 4 de maio de 2000 e Lei Federal n.º4.320, de 17 de março de 1964.
[4] ADI 637, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 25-8-2004, Plenário, DJ de 1º-10-
2004.
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