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JOÃO PESSOA
MARÇO DE 2024
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GUSTAVO HENRIQUE MACHADO DA SILVA
REBECA PYETRA SANTOS VALÕES
REBECA CRISTINA C. L. MARTINS
MARINA KETILLY SILVA MACIEL
BEATRIZ PAIVA LOPES
JOÃO PESSOA
MARÇO DE 2024
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SUMÁRIO
1. Sociedade egípcia…..………….…….……….…………………………………….…..3
2. Sistema Jurídico egípcio…..……….……….………………………………………....5
3. Sociedade mesopotâmica….….…….……….………………………………………..7
4. Sistema Jurídico mesopotâmico…….…….……….……………….....……………10
5. Aspectos egípcios semelhantes aos dias atuais….…………...………………...13
6. Aspectos mesopotâmicos semelhantes aos dias atuais…..…………………...15
7. Referências…..…………………….…….……….…………………………………….16
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1. SOCIEDADE EGÍPCIA
O Egito Antigo foi uma das grandes civilizações da Idade Antiga - período que se
inicia com o advento da escrita. Com a complexidade de sua sociedade, durou mais de 3
milênios e trouxe diversas contribuições para a sociedade atual.
No berço da sua formação, o Egito antigo era formado por vários povos. Nesse viés,
os monos funcionavam como Estados independentes e cada um deles tinha uma organização
singular. Contudo, por volta do ano 3500 a.C., alguns nomos se fundiram, formando dois
reinos. Ao Norte foi criado o Baixo Egito e ao Sul, o Alto Egito. Mas, por volta de 3200 a.C.,
Menés, o rei do Alto Egito, unificou esses dois reinos e criou o Egito Antigo, se tornando o
primeiro faraó e criando a primeira dinastia egípcia.
A sociedade egípcia era hierarquicamente organizada, existindo diversas divisões
sociais e praticamente não existia mobilidade social. Ela pode ser representada por uma
pirâmide, na qual o faraó ocupava o topo, e os escravos a base. O Faraó era o senhor de todas
as terras e governava o Egito. Era considerado um deus vivo, filho de deuses e intermediário
entre eles e a população, por isso a forma de governo pode ser chamada de monarquia
teocrática. Além disso, o poder dos faraós era passado de pai para filho, ou seja, de forma
hereditária.
Ademais, os sacerdotes organizavam todas atividades religiosas do Egito Antigo,
tinham grande conhecimento sobre os deuses e administravam os bens do templo. Os escribas
registravam os principais fatos da sociedade e principalmente da vida do faraó, cobravam
impostos e organizavam as leis, isso se dava porque todos os escribas sabiam ler, escrever e
contar. Além disso, existiam os nobres, pessoas importantes que geralmente comandavam
províncias ou tinham postos altos no exército.
Pessoas como os artesãos, comerciantes e lavradores eram a maior parte da sociedade
egípcia, eles trabalhavam muito para sobreviver, mas ainda eram convocados pelo faraó para
trabalhar em obras públicas. Além disso, ainda existiam os escravos que eram, em sua
maioria, presos de guerra, eles faziam o trabalho mais pesado, mas ainda tinham alguns
direitos (casar com pessoas livres e possuir bens, por exemplo).
O Egito Antigo ficava localizado no Norte da África, em uma região chamada
crescente fértil. Além disso, eles eram uma sociedade hidráulica, ou seja, se desenvolveram
em volta do rio Nilo e é por isso que mesmo estando em uma região desértica (no deserto do
Saara) os solos eram férteis. Após as cheias do Nilo, eles plantavam trigo, cevada, frutas,
legumes, papiro e algodão. Os egípcios também praticavam a pecuária, criando bois, aves,
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porcos e outros animais. Por causa do Nilo, a pesca também era uma atividade muito usual e
usavam o rio para fazer comércio exterior. Além disso, o rio Nilo era usado para a garantia da
unidade política do Egito Antigo, haja vista que ele era usado para se comunicar com outros
pontos do território. Vale ressaltar que outros rios, como o Tigre, o Eufrates e o Jordão
também faziam parte do Egito Antigo e colaboravam com a economia junto com o Nilo.
Os egípcios eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses, podendo variar de
região para região. Contudo, a unidade política egípcia organizou todos os grandes deuses que
a sociedade deveria cultuar, como Rá (deus do Sol), Anúbis (deus dos mortos e do
submundo), Bastet (deusa da fertlidade e protetora das mulheres grávidas), Seth (deus da
tempestade, do mal, da destruição e da violência) e Osíris (deus da vida após a morte).
Os egípcios acreditavam na continuidade da vida após a morte. Os atos realizados em
vida definiriam o destino de cada pessoa. Nesse contexto, quando uma pessoa morria ela seria
julgada em um tribunal presidido por Osíris e seu coração seria pesado em uma balança com
uma pena (que representava a justiça), se ele fosse mais pesado que essa pena, ele não poderia
ter acesso ao paraíso e seria comido por Ammit.
Ademais, a mumificação era importante porque o corpo precisava estar conservado
para a continuidade da sua vida no pós vida. Esse processo era muito demorado e era restrito
apenas a nobreza. Durante a mumificação os órgãos eram retirados, o corpo era limpo e
banhado em conservantes e era enfaixado. No túmulo eram colocados alimentos, joias, ouro e
estátuas para que o morto pudesse manter sua riqueza mesmo depois da morte. Nos dias
atuais, muitos desses túmulos foram roubados. Vale ressaltar que as pirâmides serviam como
túmulos para os faraós.
Ademais, as mulheres no Egito Antigo tinham certos direitos que não existiam em
outras sociedades da época. Apesar do homem ainda ser visto como o chefe da família, as
mulheres eram consideradas como iguais aos homens, podendo trabalhar como escribas,
sacerdotisas, médicas e várias outras profissões. Elas podiam ter propriedades, fazer contratos,
entrar com ações contra a corte e outros. Essa liberdade, porém, dependia do apoio e
aprovação dos homens. Mas, o que realmente dividiam as pessoas era a classe social, haja
vista que, mesmo com certos limites, a mulher tinha algum poder e independência e, além
disso, eram muito respeitadas, como no caso da Cleópatra e de Nesferati.
Os egípcios contribuiram muito para as ciências e as artes. Como na criação dos
sistemas de escrita hieroglífica, hierática e a demótica e no uso do precursor do papel, o
papiro. Também fizeram grandes avanços na arquitetura, como em estátuas e túmulos, à
exemplo das pirâmides de Gizé. Aprimoraram muito a matemática e a usaram para observar
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os astros e criar o calendário de 24 horas e 365 dias (com 12 meses), a partir dos movimentos
da Terra.
3. SOCIEDADE MESOPOTÂMICA
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Um dos mais importantes códigos mesopotâmicos, já citado antes, foi o código de
Hamurabi, mas não foi o único. Foi antecedido pelo código de Ur-nammu, criado pelo rei
Ur-Nammu, que governou a cidade-estado de Ur por volta de 2100-2050 a.C., durante a
Terceira Dinastia de Ur, na antiga Mesopotâmia.
O Código de Ur-Nammu é conhecido por suas disposições relacionadas à justiça
social e proteção dos direitos dos cidadãos. Ele incluía leis sobre casamento, propriedade,
herança, dívidas e crimes, estabelecendo penas proporcionais para diferentes tipos de ofensas.
Infelizmente, o Código de Ur-Nammu não chegou até nós em sua forma completa.
No entanto, fragmentos deste código foram descobertos em tabuinhas de argila na
antiga cidade de Ur e em outros locais na Mesopotâmia, fornecendo compreensão valiosa
sobre a organização social e jurídica da época.
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basicamente feudal, e regulamentou as irregularidades do seu império, originando o famoso
código, o qual recebeu influências de seus antecessores durante a elaboração.
O ordenamento é composto por 282 artigos, escritos em quase 3600 linhas de texto,
das quais o trecho mais conhecido é a “Lei de Talião”: “olho por olho, dente por dente”.
Assim, percebe-se que é mais completo e extenso do que os seus antecessores, além de
também possuir um efeito mais autoritário, observa-se em seu prólogo o caráter divino para
dar tal autoridade ao ordenamento, afirmando que o imperador está representado no texto
normativo as vontades divinas:
“[...] Anu e Bel chamaram por meu nome, Hamurabi, o príncipe exaltado, que temia
a deus, para trazer a justiça na terra [...]”
Em seu texto, mantinha basicamente a mesma divisão social exposta no “Código de
Ur-Nammu”, uma divisão em três classes: Awilum (indivíduos livres, ricos ou pobres, com
direito de cidadania), Muskenum (indivíduos com personalidade jurídica) e os escravos
(tratados como bem alienável).
Deve-se destacar certos elementos inéditos que surgiram neste código, com foco no
direito da família, no direito econômico, direito penal e direito privado.
Com relação à família, a mulher era dotada de personalidade jurídica, possuindo a
liberdade de uso do seus bens após o casamento e tendo em vista que era previsto no código a
possibilidade de repúdio da mulher pelo marido, a recíproca também era verdadeira; além
disso, o ordenamento também discorre neste tópico familiar sobre a possibilidade e
consequências jurídicas da adoção.
Com relação à economia, elabora acerca de possíveis intervenções nas atividades
privadas, com relação aos salários e preços.
No direito penal, ocorre a centralização do poder para o rei, como foi demonstrado no
prólogo do código, consagrou aos delitos e as penas um caráter em partes sobrenatural e em
outras os princípios e autotutela e retaliação e, também, penas ligadas à mutilação e ao castigo
físico.
Por fim, a verdadeira inovação do código foi a regulamentação do direito privado, na
qual a responsabilidade civil é elevada e a possibilidade de empréstimos a juros, títulos de
crédito, operações de caráter bancário e outras possibilidades surgem. Conclui-se que, a partir
desses escritos, conservados em tabletes de argila ou cilindros de pedra, ocorriam os
processos de aplicação do direito na Antiga Mesopotâmia.
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Estrutura do mundo jurídico: Acerca do sistema legal egípcio, há de se nortear pelo
pensamento da egiptologista Rosalie David:
Ou seja, os detalhes estruturais mais detalhados não são conhecidos na atualidade, não
foram encontrados códigos egípcios complexos e unificados como o Código de Hamurabi,
mas mas arqueólogos e estudiosos defendem a existência deles, tendo em vista os precedentes
legais para julgar casos no Egito, como na Época Tinita, no Império Antigo e Império Médio.
Nesse sentido, a Lei Egípcia Antiga se assemelha com países contemporâneos em sua gênese,
uma vez que era regida por um conjunto de regras formuladas por homens (especialistas no
assunto), em um sistema jurídico que ponderava as evidências de infrações a essas regras,
além de agentes aplicadores dessas regras, que levavam os transgressores à justiça.
Além disso, o meio jurídico também era hierarquizado, claro que com suas diferenças,
já que no topo estava o faraó, representando os deuses e, consequentemente, a justiça divina,
seguido pelo vizir, com responsabilidades na administração prática da justiça, ouvindo casos,
nomeando magistrados e se envolvendo em tribunais locais.
O regime de bens poderia ser pactuado e existia certa proteção a mulher no que se
refere ao divorcio, podendo ser estipulado pelo vizir ou acordado entre as partes uma espécie
de pensão em caso de divórcio, muito parecido com o que se observa nos dias atuais.
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Burocracia: O sistema notarial e de registro também era muito evoluído e no caso dos
registros de contratos formais como a compra e venda de imóveis os procedimentos eram
similares aos de hoje. Primeiro registrava-se o contrato de compra e venda no cartório de
notas e depois se transferia a propriedade pelo registro do imóvel.
Casamento: Código de Hamurabi 128º - Se alguém toma uma mulher, mas não conclui
um contrato com ela, esta mulher não é esposa.
Entende-se que é condição sine qua non, para o Código de Hammurabi, a celebração
do contrato de casamento para obtenção da validade legal, como posto no parágrafo
128 do código (HAMMURABI, 1976)
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Partilha de bens no divórcio: O marido que pedisse o divórcio deveria devolver o dote
a sua esposa.
Tal situação se assemelha ao artigo 1.575 do Código brasileiro, o qual afirma que a
separação judicial provoca a partilha de bens. No entanto, na Babilônia apenas a mulher
recebia o dote, enquanto no Brasil ambos devem compartilhar os bens diante da proposta
acordada pelos cônjuges.
Morte do cônjuge:
[...] parágrafo 171, o qual aborda a questão do falecimento do marido. Nesse sentido,
a esposa poderá ficar com o seu dote e com o presente nupcial, além da casa familiar
que futuramente servirá de herança para os filhos (HAMMURABI, 1976).
Esse parágrafo recorda o artigo 1.788 do Código Civil, o qual expressa que: Morrendo
a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá
quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima
se o testamento caducar, ou for julgado nulo.
7. REFERÊNCIAS
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https://www.worldhistory.org/trans/pt/2-623/mulheres-no-antigoegipto/. Acesso em: 10
março. 2024.
AGUIAR, Lilian Maria Martins de. A Religião do antigo Egito. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/a-religiao-antigoegito.htm#:~:text=A%20reli
gi%C3%A3o%20do%20antigo%20Egito%20domina
va%20todos%20os%20aspectos%20sociais,que%20a%20sociedade%20deveri a%20cultuar.
Acesso em: 10 mar. de 2024.
PERÍODOS da História Egípcia. Só História. Disponível em:
http://www.sohistoria.com.br/ef2/egito/p2.php. Acesso em: 10 março de 2024.
VARGAS, Francisco Furtado Gomes Riet. Egito Antigo. Monografias Brasil Escola.
Disponível em:
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/historia/egitoantigo.htm#:~:text=A%20hist%C3%
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C3%A7o%2C%20o%20Egito%20era,viviam%20em%20cl%C3%A3%2C%20os %20nomos.
Acesso em: 10 mar. 2024.
BEZERRA, Juliana. Egito Antigo. Toda Matéria. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/egito-antigo/. Acesso em: 10 mar. 2024.
RELIGIÃO Egípcia. História do Mundo. Disponível em:
https://www.historiadomundo.com.br/egipcia/religiao-egipcia.htm. Acesso em: 10 mar. 2024.
CAMPOS, Tiago Soares. EGITO ANTIGO. História Enem. Disponível em:
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/egito-antigo. Acesso em: 10 mar. 2024.
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