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Elaborar uma pesquisa sobre os "Códigos da Antiguidade" (Ur-Nammu,

Hammurabi e Lei das XII Tábuas), destacando o que falam sobre os direitos
das mulheres.  
Mínimo 40 linhas
Máximo duas folhas.
O texto deve estar formatado com fonte (Times New Roman ou Arial), tamanho
12, texto justificado e, ao final, deve indicar as fontes de onde retirou a
pesquisa. 

Foi na região da Mesopotâmia que surgiu a escrita, portanto foram estas


as primeiras pessoas a terem leis escritas. No pensamento sumeriano a
questão da justiça era importantíssima, pois a lei e a justiça estavam
impregnadas na vida social e econômica deste povo, emergindo através deles
o primeiro e mais antigo código da antiguidade o Código de Una-mmur,
desenvolvido através dos costumes ou decisões anteriormente proferidas.
Neste código havia referências a direitos relativos às mulheres, como por
exemplo, quando uma mulher era repudiada acarretava uma indenização
pecuniária e somente era permitido pelos motivos indicados por lei.

Na história da Antiga Mesopotâmia, destaca-se também Hammurabi,


talvez o maior rei da Mesopotâmia, que promulgou o Código de Hammurabi em
1964 a.C., escrito em caracteres cuneiformes em um maciço de pedra diorita,
no período de apogeu do Império Babilônico. Ele não somente instituiu o
código, mas também reorganizou a justiça, conferindo à Justiça Real
supremacia sobre a Justiça Sacerdotal. Dentre vários assuntos, destaca-se no
código a possibilidade de a mulher repudiar o homem, tomando seu dote e ir
para casa do pai, desde que tivesse uma conduta ilibada. Previa também o
código que havendo adultério a mulher casada seria acusada de adultério e o
homem cúmplice de adultério, quando o ato se tornava conhecido, os adúlteros
pagavam com a vida, entretanto, o código previa o perdão do marido: “Se a
esposa de um awilum for surpreendida dormindo com um outro homem, eles o
amarrarão e os lançarão n’água. Se o esposo deixar viver sua esposa, o rei
também deixará viver seu servo”.

Aludindo a Lei das XII Tábuas conferimos uma das principais leis da
história do Direito Romano produzindo uma resposta às revoltas da Peble
romana, em razão do descaso patrício, esses haviam ameaçado abandonar
definitivamente a cidade por se sentirem prejudicados por não terem acesso ao
conhecimento da lei e a julgamentos justos, reivindicando reduzir a forma
escrita todo o Direito preexistente, fazendo com que este passasse a ser de
conhecimento público sendo a primeira norma positivada dentro do sistema de
direito romano. Dentre os assuntos abordados nesta lei, temos na tábua
décima segunda discorrendo de direitos que fazem referência às mulheres:

“Que a mulher sob o poder do marido seja a mãe de família


(mater/famílias); que ela se associe às propriedades e aos sacrifícios
religiosos; que se torne herdeira sua (necessária), e ele herdeiro seu.”

“Se uma mulher bebe vinho ou comete um ato vergonhoso com homem
estrangeiro, que o marido e a família dessa mulher a julguem e a punam, e se
é surpreendida em adultério, que o marido a tenha direito de matá-la”.

“Que as mulheres órfãs e solteiras fiquem sob a tutela de seu irmão ou


do agnado mais próximo”.

Referência Bibliográfica

CASTRO, Flávia Lages. História do Direito: Geral e Brasil. 9. ed. Rio de Janeiro:
Lumen Juris, 2009.

MEIRA, Sílvio A. B., A Lei das XII Tábuas: Fonte do Direito Público e Privado. 3. ed.
Madamu, 1972.

PALMA, Rodrigo Freitas, História do Direito, 9. Ed. Saraiva Jur, 2022.

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