Você está na página 1de 3

UTOPIA DE THOMAS MORE

Thomas More

Thomas More foi um político humanista e diplomata inglês, membro do parlamento e


Chanceler no reinado de Henrique VIII. Autor da Obra Utopia . Thomas entrou para a
corte do rei Henrique, fez uma carreira brilhante, foi secretário, tradutor, diplomata,
conselheiro, e confidente do rei. Seu pensamento esteve intimamente relacionado
com o movimento humanista que começou no século xv na Europa. Sua filosofia está
ligada com a teologia, visto que More foi indivíduo influenciado pela religião católica.
Além disso suas ideias contribuíram para a área da filosofia do direito e filosofia
política.

Em 1527 o rei Henrique VIII, a quem More servira por grande parte da sua vida,
causaria um conflito que acarretaria sua morte. O rei na época casado com Catarina
Aragão, a qual lhe dera uma filha, temia morrer sem deixar um descendente
masculino, sendo assim, tentou se divorciar e casar com Ana Bolena.

More por ser católico não concordava com a atitude do rei por conta do catolicismo
não reconhecer o divórcio e considerar o casamento um ato indissolúvel. Dizia que
antes um servo do rei, era um servo de Deus e que todos, sem exceção deveriam
seguir as leis do catolicismo.

Após diversos desentendimentos e de até não reconhecer o rei como mestre supremo
da Inglaterra, More foi acusado de alta traição e preso na torre de Londres, julgado e
condenado à decapitação.

Thomas More foi decapitado em Londres, Inglaterra, no dia 6 de julho de 1535,


Beatificado em 1886 por Leão XIII, foi canonizado em 1935 por Pio X.
Utopia é uma obra produzida e publicada por Thomas More no período da Idade
Média e tem como ponto principal descrever uma nação dita como perfeita, ou seja, o
melhor das repúblicas, o livro se trata de uma ilha imaginária que leva o nome de
Utopia, em que Tomas More durante uma viagem diplomática para tratar de questões
políticas, no momento de uma pausa de seu trabalho, começa a escrever a obra se
colocando como personagem, introduzindo um amigo íntimo e também criando um
terceiro personagem, ditos como Peter Giles e Raphael Hitlodeu. A narrativa se dá
através de uma conversa informal entre os três personagens em que Raphael é tido
como um viajante desbravador que alega ter vivido entre o povo de Utopia durante
cinco anos.
More tem como objetivo traçar um perfil crítico político, econômico e religioso em
relação a sociedade inglesa e europeia contemporânea, trazendo através de Utopia
soluções sociais como igualdade, justiça, paz e etc, porém não esperava que
sociedades iguais a Utopia viesse existir, mas desejava que coisas que existia em
Utopia viessem se realizar, isso ele relata na frase “coisa que mais desejo do que
espero”.

Rafael relatando sua viagem em Utopia onde estudou e se relacionou com a civilização
utopiense começa a discorrer sobre os costumes e modo de viver daquela sociedade,
bem como, direito a propriedade, igualdade, à saúde, à segurança e entre outros.
Todos os Utopienses tem seu direito à moradia pública materializado, porém não
possuem propriedade privada, as casas são padronizadas, bem cuidadas por todos e
mudam de 10 em 10 anos, o que difere de nosso tempo atual no Brasil, em que a
propriedade é privada, o que garante a qualquer cidadão de possuir ou ser dono de
seu bem, porém faz necessário políticas públicas que permita o alcance desta
materialização à todos os cidadãos.
Em Utopia se zela pelo bem comum a todos, onde o direito de um é o direito de todos
e o dever de um é o dever de todos, por exemplo, o trabalho no campo é um dever de
todos, em que todo cidadão tem um período de trabalho no campo, assim como
também todos tem direito a alimentação, possuindo na cidade um mercado onde o
chefe de família busca o que necessita sem necessidade de pagar, havendo tudo em
abundância de forma justa e próspera. Atualmente fala-se muito em igualdade no
Brasil, porém nosso país não consegue romper a grande barreira da desigualdade, pois
a renda é mal distribuída o que corrobora para o aumento da pobreza .
Em relação ao Direito a saúde, cada cidade Utopiense possui 4 hospitais que são
distribuídos estrategicamente em volta da cidade, estes são grandes para que, ainda
que numerosos os números de doentes, eles venham se sentir confortáveis, também
caso haja alguma doença infecciosa o paciente pode ser isolado por haver espaço
suficiente, um cenário totalmente controverso com a realidade que temos hoje em
nosso país, em que nossos hospitais possuem super lotações, pouca estrutura,
possuímos bons médicos, entretanto não é capaz de suprir as demandas existentes à
necessidade da comunidade.

Você também pode gostar