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THOMAS MORE
UTOPIA
Introdução
"Utopia" é uma obra literária clássica escrita por Sir Thomas More, um
humanista renascentista e conselheiro do rei Henrique VIII da Inglaterra, no início do
século XVI. Publicado pela primeira vez em 1516, este livro revolucionário apresenta
uma visão altamente imaginativa e provocativa de uma sociedade ideal.
O livro é apresentado como um diálogo fictício entre o próprio Thomas More e
um viajante e explorador chamado Rafael Hitlodeu. Durante esse diálogo, Hitlodeu
relata suas experiências e observações em uma ilha fictícia chamada Utopia, que
ele visitou durante suas viagens. Em Utopia, ele encontrou uma sociedade que
funcionava de maneira notavelmente diferente da sociedade europeia de sua época.
A palavra "Utopia" em si é derivada do grego e significa "lugar que não
existe". Neste livro, More emprega a utopia como um espaço para explorar e
expressar suas ideias e críticas sobre a sociedade e a política da Inglaterra
renascentista. Ele usa a narrativa de Utopia para desafiar e questionar problemas
prementes de sua época, como a desigualdade, a corrupção, a injustiça e a
ganância.
A sociedade utópica descrita por More em seu livro é notável por suas
características únicas, como a ausência de propriedade privada, uma igualdade
econômica notável, um sistema de educação abrangente e a tomada de decisões
coletivas. A obra de More é uma crítica mordaz da sociedade europeia do século
XVI e serve como uma provocação para que os leitores considerem alternativas
utópicas ao sistema vigente.
"Utopia" continua a ser uma obra de influência duradoura, desafiando leitores
ao longo dos séculos a refletirem sobre o funcionamento de suas próprias
sociedades e a considerarem alternativas utópicas. O livro é uma exploração
profunda de questões sociais, econômicas e políticas, e permanece relevante na
discussão de temas políticos e filosóficos até os dias de hoje. A visão de More sobre
uma sociedade ideal e justa continua a inspirar e instigar o pensamento crítico sobre
como podemos melhorar o mundo em que vivemos.
“O que vos digo em voz baixa & ao ouvido, pregai-o em voz alta &
abertamente.”
Thomas More começa o capítulo descrevendo a ilha da Utopia suas terras e
cidades, e continua até descrever as linguagens, hábitos, as instituições e leis
("todas perfeitamente idênticas") dos utópicos.
Na utopia de More, o trabalho desempenha um papel central e é organizado
de maneira bastante singular. Aqui estão alguns aspectos notáveis relacionados ao
trabalho na sociedade utópica de More:
Distribuição igualitária do trabalho: Em Utopia, todos os cidadãos trabalham e
VOLTA REDONDA, 2023
UGB – Compromisso com a Transformação Social!
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Seus magistrados
Seus ofícios
esse ofício. Quando acontece esse tipo de mudança as autoridades e os pais devem
estar cientes de que ele está sendo transferido para uma família decente é
responsável. Se um cidadão quiser aprender um outro ofício, a oportunidade é
concedida. À função mais importante é de garantir que todos façam seus ofícios de
forma pacífica e conscienciosa. Ninguém deve trabalhar horas por dia até tarde da
noite ou 24 horas. Essa condição de trabalho era Das vinte a quatro horas do dia,
apenas seis são dedicadas ao trabalho. Trabalham por três horas na parte da
manhã, almoçam e descansam por duas horas para, em seguida, trabalhar por mais
três horas. É deixado à escolha de cada um o que fazer nas demais horas do dia,
quando não estão trabalhando, comendo ou dormindo. Praticavam atividade
intelectual, aliás as palestras públicas eram de obrigatória a presença para aqueles
que se dedicavam ao estudo, para os outros que não se interessavam pelas
palestras públicas poderiam trabalhar nas horas vagas nos seus ofícios, entretanto
essas pessoas eram reconhecidas como benéficas para a sociedade. Costumavam
sempre após a ceia fazer alguma atividade recreativa, os utopienses faziam essas
atividades em qualquer época do ano alguns se dedicavam a música outros
preferiam a conversa, outros os jogos de azar.
A experiência de utopia conta sobre capacidade de ordem não mais que
quinhentas pessoas em suas regiões, desde que tenham idade e força para exercer
o seu ofício e a quantidade de horas menores trabalhadas para que os utopienses
tivessem horas do dia para fazer o que desejavam.
Entre os utopienses estão os sifograntes que não visto como algo benéfico,
mas devem servir para bons exemplos para os seus concidadãos. Algumas dessas
referências do sifograntes era de se dedicassem aos estudos, porém aqueles que
frustram a confiança depositada como estudiosos retornam à condição de
trabalhador. Em outros países o modo de vida era diferente quando um pai adquiriu
algo e teve um herdeiro, ele deve ter trabalho constante para não cair em colapso.
Em grande maioria após utopia veem a grande necessidade de reparo em uma
construção que poderia ter economizado gastos, sendo assim poderiam vender e
construir casas em outros lugares com o mesmo modelo somente para julgar o
gosto refinado.
Suas viagens
Suas riquezas
Após abastecer todo o país com mantimentos suficientes para dois anos,
medidas tomadas para evitar terríveis consequências de uma colheita desfavorável,
ordenando esporta o que resta, tanto milho, o mel, a lã ,o linho ,como a madeira, a
cera ,o sebo ,o couro e até mesmo os animais, normalmente são enviados em
grandes quantidades para outras nações e a sétima parte dado aos pobres
utopianos.
Os tesouros (dinheiro) na guerra não tem tanto uso, mas em caso repentino
de ter que contratar mais tropas aí é usado pagando bem.
E os utopianos preferem ferro a ouro e prata pois um homem não pode viver
sem ferro, como não vive sem água ou fogo.
Suas filosofias
Utopienses se espantam com o fato de que o ouro, um material tão pouco útil
por si mesmo, tenha adquirido, em toda parte, um valor tal que o próprio homem,
para seus propósitos, lhe atribui esse valor, valorize mais o metal do que a si
mesmo.
Eles não entendem porque um estúpido com menos cérebro do que um poste
e tão desonesto quanto parvo, pode manter a seu serviço um número tão grande de
homens virtuosos e sábios, unicamente porque possui montes de moedas de ouro.
O que parece ainda mais espantoso para os utopienses é o fato de que
muitas pessoas praticamente veneram o homem rico, muito embora nada lhe devam
e nenhuma obrigação. O que impressiona essas pessoas é simplesmente o fato do
homem ser rico e o veneram mesmo não ignorando sua sórdida avareza e sabendo
que nunca receberão dele um só vintém dos tesouros acumulados.
Por prazer, os utopienses entendem toda atividade, estado da alma ou do
corpo em que, de acordo com a natureza, a pessoa encontra satisfação. Assim,
estão corretos ao considerar como naturais todos os apetites. Apenas seguindo seus
sentidos e sua razão correta, o homem é capaz de descobrir aquilo que é prazer de
acordo com a natureza: é tudo aquilo que não prejudica outros, que não impede a
obtenção de prazeres maiores e que não traz sofrimento depois.
Do ensino
educação para todos, independentemente de seu status social ou gênero, uma visão
que era progressista para a época em que o livro foi escrito, no início do século XVI.
Sobre a morte
Sobre o casamento
As moças não podem se casar antes dos dezoito anos, nem os rapazes antes
dos vinte e dois. Relações sexuais antes do casamento, quando devidamente
comprovadas, são motivo de punições severas tanto ao homem quanto a mulher.
A esposa, seja ela virgem ou viúva, é mostrada nua ao seu pretendente, sob
os cuidados de uma mulher casada e respeitável e, do mesmo modo, um homem,
de honorabilidade reconhecida, apresenta o noivo nu, a noiva. Chamando-o de
absurdo, no entanto, os utopienses mostravam-se igualmente surpresos com a
loucura dos outros povos.
Quando a deformidades são descobertas depois do casamento, cada um
deve carregar o fardo de seu destino, assim, os utopienses pensam que todos
devem ser protegidos pela lei antes do casamento.
Os crimes mais graves são punidos com a escravidão, pois considera-se tão
eficaz para conter um criminoso quanto a pena de morte, além de ser mais benéfica
ao Estado.
Ademais, os escravos ficam visíveis a sociedade, para lembrar-lhes de que o
crime não compensa. Os escravos que se rebelam por conta de sua condição, são
executados. No entanto, os que demonstram arrependimento, cumprindo sua pena,
submetendo-se a trabalhos forçados por longo período, demonstrando com seu
comportamento que sofre mais pelo crime cometido do que pela punição podem ter
sua pena abrandada ou até cancelada, pelo príncipe ou pelo voto popular.
Um homem que tenta cometer um crime, tem a mesma punição do que
comete, pois não se deve dar vantagem a alguém que teria feito de tudo para
consumá-lo.
Costumes – Os bufões (bobos da corte) são queridos em Utopia e é errado
maltratá-los. São tão queridos que não é permitido que fiquem aos cuidados de
qualquer um, principalmente de quem é muito sério e não valorizaria seu talento que
é de divertir pessoas.
Caçoar um aleijado é considerado uma desgraça pra quem caçoa, pois
reprime a pessoa por uma deformação que não pode evitar.
Os utopianos consideram fraqueza e preguiça não cuidar da aparência, mas,
também acham falta de naturalidade recorrer a maquiagem e produtos cosméticos.
Por suas experiências, entendem que a beleza física de uma esposa não pode ser
mais importante para seu marido que seu caráter. Da mesma maneira, poucos
homens são escolhidos por beleza, e são mantidos por suas virtudes e docilidade.
Da mesma maneira que punem os criminosos, também estimulam as virtudes
com honrarias. Nas praças colocam estátuas de homens que se destacaram por
servir seu país com coragem.
Para se obter um cargo público não pode ser muito ganancioso, os
magistrados jamais são arrogantes e inacessíveis. Pelo contrário, são chamados de
“pai”, pela maneira que se comportam, e não precisam exigir respeito, as pessoas
respeitam espontaneamente.
Leis- Em Utopia, existem poucas leis e os cidadãos conhecem bem delas. Os
utopienses acham muito injusto em outros povos obrigarem os homens a cumprirem
tantas leis e de difícil entendimento.
Por isso, lá não existem advogados, como todos são especialistas em leis,
cada qual defende sua causa. E o juiz procura proteger os mais simples de alguma
acusação falsa que possa ser feita pelos mais entendidos.
As leis são claras, com o objetivo de indicar aos cidadãos suas obrigações.
Se não for assim, elas serão inúteis, pois os homens mais simples que são a
maioria, são incapazes de entender, é como se não existisse lei alguma.
As relações exteriores
Nas relações exteriores dos utopianos, alguns dos seus vizinhos, senhores de
sua própria liberdade desejam receber magistrados para administrar, alguns
trocados anualmente e outros a cada cinco anos. No final do seu governo são
trazidos a Utopia, como demonstração de honra e levam outros para governarem em
seu lugar. Percebe-se também que nesta ilha é visado a sua própria felicidade, pois
a condição da saudável ou doente depende simplesmente de seus magistrados,
logo não poderiam ter feito escolha melhor do que escolher homens que não se
deixem levar por vantagem nenhuma, como exemplos as riquezas materiais.
É necessário citar também que os Utopianos, nunca entram em aliança com
nenhum estado, enxergam como inúteis, pois acreditam que se os laços comuns à
humanidade não são suficientes para unir os homens, a fé em promessas não terá
grande efeito. Dessa forma, toda sorte de justiça no mundo passa por uma virtude
baixa e vulgar, muito abaixo da dignidade da grandeza real.
Os utopianos pensam também é possível que seus aliados mudem de ideia
se fossem entre eles, mas, mesmo que os tratados fossem cumpridos
religiosamente, pois o mundo adotou uma falsa máxima acerca dele, como se não
houvesse um elo da natureza unindo uma nação à outra.
Entretanto, os mesmos, julgam que ninguém deve considerar inimigo quem
nunca nos fez mal. Assim, o compromisso entre os corações dos homens se torna
mais forte do que o elo e a obrigação das palavras.
As questões militares
A verdadeira comunidade
Eduarda: Os utopianos eram uma sociedade fictícia criada por Thomas More
em seu livro "A Utopia", publicado em 1516. More descreveu uma sociedade
idealizada, mas não especificou uma religião específica para os utopianos. Ele
mencionou que os utopianos tinham liberdade religiosa e que adoravam um único
Deus, mas não detalhou a religião em grande profundidade. A ausência de uma
religião dominante era uma das características da utopia imaginada por More, onde
a tolerância religiosa era uma norma. Portanto, as religiões dos utopianos eram
vagamente descritas no livro e não se baseavam em uma fé específica.
João Pedro Quiarelli: A ideia do livro utopia de uma nação perfeita pela falta
de ambições perversas e igualdade total e bastante chamativa, porém não concordo
que a longo prazo traria benefícios ao ser humano visto que por natureza
procuramos sempre evoluir sendo movidos por nossas ambições e desejos