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Disciplina: História

Descrição: N2
Série: 2º EM 1º Tri | Data:
Prof.: Gislene - Coord.: Antônio Ive
Aluno(a): Laura Di Donato Cavalcante n° 07 RM: 4653
Luisa Lima de Almeida n°11 RM: 7003
Giovanna Oliveira Santana n°12 RM: 7397
Sophia Helena de Freitas Macedo n°13 RM: 7402
Bianca Barbosa de Jesus n°14 RM: 7404
Nota:
 Conteúdo - A gestação do mundo burguês -
 Objetivo: Observe abaixo
Módulo 7 – A Gestação do mundo burguês - Respeito às diferenças e às especificidades das novas ideias. Respeito
às diferenças entre as classes sociais. Valorização das diferenças culturais. Conscientização da soberania das
nações. Compreensão das razões dos movimentos de resistência dos trabalhadores. Compreensão da importância
do despotismo esclarecido para a manutenção do Antigo Regime. Análise das condições políticas e sociais dos
grupos indígenas e dos escravos africanos diante da Constituição fundamentada no Iluminismo.

"Quando na mesma pessoa, ou no mesmo corpo de magistrados, o poder legislativo se junta ao executivo,
desaparece a liberdade... Não há liberdade se o poder judiciário não está separado do legislativo e do executivo...
Se o judiciário se unisse com o executivo, o juiz poderia ter a força de um opressor. E tudo estaria perdido se a
mesma pessoa ou o mesmo corpo de nobres, de notáveis, ou de populares, exercesse os três poderes: o de fazer as
leis, o de ordenar a execução das resoluções públicas e o de julgar os crimes e os conflitos dos cidadãos".
[Montesquieu, DO ESPÍRITO DAS LEIS, 1748]

a) Qual o tema do texto?


b) Explique o contexto histórico em que foi produzido.
c) A importância dos ideais por ele defendidos.

1a) O tema do texto é a divisão dos poderes, escrito na obra "O Espírito das Leis", de Montesquieu. Para ele, a
melhor forma de reger a sociedade seria dividir os poderes de Estado em executivo, legislativo e judiciário,
visando as etapas de governar, criar leis e executá-las, respectivamente.

b)A época em que Montesquieu disserta sobre isso, é um período onde o Absolutismo era forma de governo
utilizada, sendo o poder centralizado nas mãos do monarca. Nessa época, o Iluminismo teve ênfase, movimento
este que a nobreza e o clero eram totalmente avessos, já que suas obras defendiam a queda do governo
absolutista.

c) A importância dos ideais defendidos por Montesquieu se dá ao fato de que, por ser contra ao Absolutismo, a
divisão dos poderes defendia, além da harmonia e autonomia entre estes, um liberalismo político, possibilitando
respeito às leis e liberdade aos cidadão.

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O escritor e filósofo francês Voltaire, que viveu no século XVIII, é considerado um dos grandes pensadores do
Iluminismo ou Século das Luzes. Ele afirma o seguinte sobre a importância de manter acesa a chama da razão:

“Vejo que hoje, neste século que é a aurora da razão, ainda renascem algumas cabeças da hidra do fanatismo.
Parece que seu veneno é menos mortífero e que suas goelas são menos devoradoras. Mas o monstro ainda
subsiste e todo aquele que buscar a verdade arriscar-se-á a ser perseguido. Deve-se permanecer ocioso nas
trevas? Ou deve-se acender um archote onde a inveja e a calúnia reacenderão suas tochas? No que me tange,
acredito que a verdade não deve mais se esconder diante dos monstros e que não devemos abster-nos do
alimento com medo de sermos envenenados”.

A partir da leitura do trecho acima e das discussões em sala de aula apresente as principais características do
Iluminismo e dos movimentos sociais que receberam suas influências.

R: O iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu como uma reação ao absolutismo que dominava a
Europa em meados do século XVIII, este representava a forma da burguesia interpretar o mundo, além de
contrariar as bases do antigo regime e defender o uso da razão e dos conhecimentos científicos para analisar e
resolver os problemas da sociedade, por conseguinte, seus pensadores julgavam-se propagadores da luz e do
saber, sendo por isso, denominados iluministas, estes se posicionavam contra o clericalismo e o absolutismo, e
portanto, apoiavam a implantação de monarquias parlamentares constitucionais e uma economia liberal.
Os ideais iluministas se expandiram e inspiraram inúmeros movimentos ao redor do globo, o continente
americano que era dominado pelo sistema colonialista europeu recebeu forte influência dos valores de liberdade
e autodeterminação, o que gerou a luta pela independência das treze colônias, no Brasil aqueles que pertenciam
à classes mais altas da sociedade tinham muitas vezes a oportunidade de estudar em universidades da Europa,
onde tinham contato com tais teorias, as articulações estimuladas foram as da inconfidência mineira, que
significou a luta do povo brasileiro por liberdade, e as que originaram a independência do Brasil.

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Diferentes concepções teóricas de Estado foram elaboradas na Inglaterra, em momentos distintos, por Thomas
Hobbes (1588-1679) e John Locke (1632-1704). Descreva as ideias fundamentais características do pensamento
de Hobbes e Locke, explicando o que diferencia fundamentalmente as teses dos mencionados pensadores, com
relação à organização do Estado.
R: Comparando inicialmente as ideologias de organização de estado, Thomas Hobbes era absolutista, propondo
um governo autoritário e centralizador partindo da ideia de que o poder, para ser eficaz, deve ser exercido de
forma absoluta. A partir de suas convicções e teorias Hobbes escreveu o Leviatã, onde idealizava que “o homem
é o lobo do homem”, acreditando que em um estado de natureza onde não há regras, a sociedade passa a ser
caótica e sem respeito. Afirmando que a sociedade civil entregou o poder ao governo para por o fim caos, assim
criando leis e dando poder ilimitado ao Estado. Em oposição, John Locke considerado o precursor Iluminista,
defendia o liberalismo prezando a liberdade do indivíduo e a limitação dos poderes do Estado, em um contexto
histórico repleto de lutas da burguesia contra a nobreza e a Igreja. Apesar de sua crítica contra o absolutismo, o
mesmo concordava com alguns dos ideais do Leviatã, principalmente o contrato estabelecido entre o governante
e governados. Assim todos sem exceção devem autorizar todos os atos e decisões desse líder de Estado, como se
fossem seus próprios atos e decisões, a fim de viverem em paz uns com os outros. Originando a Assembléia
Constituinte (Constituição), também conhecida como magna carta que propunha leis igualitárias e poder do
estado limitado. Em razão do racionalismo, Locke buscava justificar e explicar fenômenos pela razão ao invés da
religião, se opondo ao clericalismo. O teórico da revolução inglesa, afirma que todo homem tem direito
inalienável e natural de se rebelar e ir e vir, a partir desses ideais financia a independência norte-americana.

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"O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser
mais escravo do que eles (...) A ordem social é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito,
no entanto, não se origina da natureza: funda-se, portanto, em convenções."
(J.J. Rousseau, Do Contrato Social, in "Os Pensadores". São Paulo, Abril Cultural, 1978, p. 22).

A partir da leitura do trecho acima e das discussões em sala de aula comente como os ideais defendidos por
Rousseau se diferenciaram dos demais filósofos Iluministas.
R: Jean Jacques Rousseau se diferenciava dos ideais de outros filósofos iluministas sendo contrário ao
individualismo, por meio do pensamento de que, o estado de natureza ("Em que o homem tinha uma vida
essencialmente animal, onde ele era robusto, ágil, com os sentidos aguçados e pouco sujeito às doenças, das
quais a maioria nasceu da vida civilizada"), foi um tempo que não era marcado pelo caos, e sim pela igualdade
social. Deste modo, segundo ele, existir elementos como a propriedade privada, diferindo de antigamente
quando as terras não tinham um específico dono, traria apenas tumulto.
Logo, Rousseau propusera que, para que um bem-estar social ocorra, era necessário que a posse de bens
acabasse, desta maneira, todo mundo deveria ter as mesmas coisas, ser tratado da mesma forma e também ter o
mesmo poder, gerando assim, um cenário totalmente oposto ao passado em momento de absolutismo na França.
Por conseguinte, esse filósofo também propôs um "Contrato Social" entre os governados e o governante, que
fosse eleito pelo voto popular e, assim, preservaria a igualdade, a participação e o atendimento de interesses de
toda a população e não somente da elite, como havia sido até o momento presente.

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O dia 14 de julho de 1789, data da queda da Bastilha, é considerado pelos historiadores um marco da Revolução
Francesa.
Considerando o contexto político da França em 1789, explique a importância simbólica da queda da Bastilha para
o movimento revolucionário francês.

Apresente, também, duas propostas da Revolução Francesa que ainda façam parte da ordem política
contemporânea.
R: A Revolução francesa iniciou-se no ano de 1789 e foi particularmente impulsionada pela burguesia, entretanto,
contou com a colaboração e apoio de camponeses e classes urbanas mais necessitadas. Deu-se por conta do
contexto histórico francês, que baseava-se em um modelo agrário e com produção estruturada de forma feudal e
direcionava o poder político apenas ao rei e a poucos cooperantes. A “Bastilha” era, em suma, a penitenciária que
mantinha aprisionados os inimigos políticos do rei. Portanto, representava um símbolo do Antigo Regime
Absolutista e o poder opressivo monárquico sobre outras classes sociais. Sua grandiosa queda constituiu e
significou a posse popular sobre armas, munições e a libertação política do povo francês, visando o fim ao poder
centralizado e a monarquia e propondo influências revolucionárias que mantém-se até os dias de hoje. As
decisões políticas da maioria dos governantes contemporâneos atuantes da democracia liberal é proveniente de
muitas dessas propostas, tais como direito ao voto, liberdade de religião, liberdade de expressão, igualdade
perante a lei, sistema republicano e divisão do poder político em três competências: Executivo, Legislativo e
Judiciário.
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