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TRILHA

HISTÓRIA

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Te

Concepções de individualismo
e coletivismo

Aqueça os motores

1. Cada doutrina e/ou ideia política e econômica compreende a rela-


ção entre indivíduo e sociedade de determinada maneira. O fato é
que um indivíduo vive em sociedade, e a política é uma das formas
pelas quais ele se insere nela. O primeiro quadro da tirinha expressa
uma visão negativa da política, considerando-a uma “coisa chata”,
que pode estar relacionada à concepção de governo, de burocra-
cia e, consequentemente, de gestão ineficaz e mesmo à noção de
corrupção. Esses e outros motivos podem explicar o desinteresse
das pessoas pela política, o que afasta os indivíduos das questões
sociais e coletivas.
2. Segundo o autor, o individualismo é fruto do desenvolvimento da
sociedade democrática, resultado da igualdade. É o que faz com
que cada pessoa se isole de seus semelhantes e crie uma pequena
sociedade com sua família e seus amigos. Trata-se de um fenômeno
característico da modernidade, e o esforço individual é uma das
bases das condições/ocupações que o indivíduo tem na sociedade,
favorecidas, na visão do autor, pela igualdade de oportunidades.
O autor reconhece que o individualismo pode ser positivo desde
que seja equilibrado com um senso de responsabilidade social. Do
contrário, se utilizado em excesso, pode causar problemas, como a
perda da solidariedade com os outros. Por fim, o individualismo não
pode ser confundido com egoísmo, sentimento em que a pessoa se
guia exclusivamente pelos próprios desejos.

Pratique em diversos
contextos
1. D
Todas as características citadas – exaltação do nacionalismo, combate
ao individualismo, defesa da superioridade de grupos ou categorias,
defesa do uso da força militar ou policial, escolha de minorias como
inimigos da nação – são próprias dos regimes fascistas.

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2. E
O Iluminismo é considerado o movimento filosófico que consolidou os princípios liberais
e burgueses na modernidade. Em linhas gerais, foi composto por intelectuais de diversas
localidades e criticava, basicamente, duas instituições: o absolutismo monárquico e a
Igreja Católica. Também recebe outras denominações, como Ilustração e Esclarecimento,
termos que designam um período da história marcado pelo racionalismo e pelos ideais
de progresso e de emancipação política.
3. A
a) (V) No contratualismo de Locke, a defesa de um modelo de Estado liberal é associada
à necessidade da garantia dos direitos naturais inalienáveis (vida, liberdade e
propriedade).
b) (F) Para Hobbes, o estado de natureza é um estado de guerra generalizada, e o
contrato social tem como principal objetivo gerar um Estado soberano, forte, que
possa garantir a segurança e a proteção de todos. A propriedade privada só pode
existir após o estabelecimento do contrato social, quando as sociedades burguesas
encontram estabilidade e a propriedade deixa de ser limitada pelas leis feudais.
c) (F) Para Rousseau, a propriedade privada é a origem de todo o mal no estado de
natureza, gerando a corrupção do estado puro em que se encontravam os seres
humanos. O autor considera que, antes do desenvolvimento da propriedade, os
indivíduos viviam em um estado de virtude e felicidade e, com a propriedade,
perdem a condição de igualdade natural e são corrompidos pela sociedade. Assim,
o contrato social é firmado para que eles recuperem a liberdade civil e a igualdade.
d) (F) Para Montesquieu, o objetivo do pacto social é a regulamentação das relações
por meio das leis. Para que o Estado possa cumprir essa função, o autor defende
a separação do poder em três esferas: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.
4. E
Segundo o texto, a noção de individualismo presente na cultura moderna pode trazer
a solidão e o isolamento, já que, se por um lado o indivíduo é valorizado em sua singu-
laridade, por outro ele pode perder a conexão com o coletivo. Ou seja, a valorização do
indivíduo pode levar à falta de engajamento social, afetando a convivência em sociedade.
5. D
O totalitarismo e a experiência dos campos de concentração servem de exemplo para
perceber os efeitos perversos de uma sociedade moderna que se utiliza dos instrumentos
de gestão da população e de controle dos corpos e das mentes para segregar e exterminar
determinados grupos étnicos. Os campos de concentração foram criados na Alemanha
nazista para a destinação das chamadas sub-raças (judeus, ciganos e africanos, princi-
palmente). Nesse sentido, sua legitimação como política de Estado nada mais é do que a
naturalização da segregação humana.

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Elabore sua rota

1. Edmund Burke pode ser enquadrado na corrente liberal conservadora, pois seu pensa-
mento conduz à manutenção das relações de poder vigentes na sociedade, legitima as
desigualdades sociais e refuta a noção de igualdade social, considerando-a negativa.
Já Stuart Mill pode ser classificado como liberal democrático, uma vez que suas ideias
acompanham anseios da sociedade industrial e moderna na qual ele está inserido, como
quando defende o voto universal, contribuindo para que todos possam ter uma igualdade,
ainda que no nível dos direitos civis.

Desafie seus limites

1. 01 + 02 + 04 + 16 = 23.
A única alternativa incorreta é a de número 08. Para Rousseau, a vontade individual corres-
ponde à vontade particular do indivíduo, o que se diferencia da vontade do cidadão, isto é,
do indivíduo em sua dimensão de ser coletivo, cuja vontade se fundamenta no interesse,
também coletivo, pelo bem comum. O contrato social, segundo o pensador, baseia-se na
alienação da vontade individual, substituindo-a pela vontade geral, e condiciona a igual-
dade entre todos os indivíduos. Uma vez que as leis derivam dessa vontade, obedecer a
elas é o mesmo que seguir a vontade geral, ou seja, a lei que o cidadão estabelece para
si mesmo, sendo, assim, uma afirmação da liberdade.

2. B
A teoria de Karl Marx faz uma crítica ao idealismo, colocando as condições materiais,
por meio das quais os indivíduos produzem suas condições de existência, no centro da
análise histórica e social, na perspectiva do materialismo dialético. Os indivíduos, então,
produzem a própria história, mas não por meio das condições que escolhem, e sim das
condições materiais do tempo em que vivem e que lhes são dadas. Assim, a consciência
seria reflexo das relações materiais concretas existentes, e não sua produtora.

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