Você está na página 1de 3

ESCOLA

ALUNO (A): _
º ANO “ ” DISCIPLINA: –CIDADE – ESTADO , / DE 2023
AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM –– Professor
 Contratualistas 04.Sem leis e sem Estado, você poderia fazer o que
01. O contratualismo é uma escola de pensamento a quisesse. Os outros também poderiam fazer com você
partir da qual várias interpretações sobre a natureza o que quisessem. Esse é o “estado de natureza”
humana e o surgimento das sociedades civis foram descrito por Thomas Hobbes, que, vivendo durante as
concebidas. Para os contratualistas, o ser humano: guerras civis britânicas (1640-60), aprendeu em
a) era como uma tábula rasa, pois nascia primeira mão como esse cenário poderia ser
completamente desprovido de qualquer tipo de ideia assustador. Sem uma autoridade soberana não pode
ou consciência. haver nenhuma segurança, nenhuma paz. Fonte: LAW,
b) vivia em um estado de natureza anterior às Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de
organizações sociais ou políticas que temos hoje. Janeiro: Zahar, 2008. Considere as afirmações:
c) era um animal desprovido de qualquer tipo de I. A argumentação hobbesiana em favor de uma
capacidade de relação social. autoridade soberana, instituída por um pacto,
d) era o único ser vivo do planeta capaz de manter representa inequivocamente a defesa de um regime
relações sociais. político monarquista.
II. Dois dos grandes teóricos sobre o “estado de
02.Thomas Hobbes acreditava que o “homem era o natureza”, Hobbes e Rousseau, partilham a convicção
lobo do homem”. O que Hobbes queria dizer com de que o afeto predominante nesse “estado” é o medo.
isso? III. Um traço comum da filosofia política moderna é a
a) Que o homem, assim como os lobos, relacionavam- idealização de um pacto que estabeleceria a passagem
se em alcateias, formando uma hierarquia em que o do estado de natureza para o estado de sociedade.
objetivo comum era a obtenção de alimento. Está(ão) correta(s)
b) Que o ser humano passou a ver na figura do lobo a) apenas I.
um espelho de suas atividades sociais, de forma que, b) apenas II.
em algumas sociedades, o lobo ainda é uma figura c) apenas III.
simbólica. d) apenas I e II.
c) Que o homem é capaz de agir como predador de sua
própria espécie, podendo ser cruel, vingativo e mau 05. Polemizando contra a tradicional tese aristotélica,
quando lhe fosse conveniente em seu estado de que via na sociedade o resultado de um instinto
natureza. primordial, Hobbes sustenta que no gênero humano,
d) Que a amizade entre os seres humanos era diferentemente do animal, não existe sociabilidade
comparável à relação próxima que os lobos possuem instintiva. Entre os indivíduos não existe um amor
em uma alcateia. natural, mas somente uma explosiva mistura de temor
e necessidade recíprocos que, se não fosse disciplinada
03. John Locke acreditava que o homem era uma pelo Estado, originaria uma incontrolável sucessão de
criatura naturalmente “racional e social”, com violências e excessos. NICOLAU, U. Antologia
inclinação para o bem e um forte senso de amor ao ilustrada de filosofia: das origens à Idade Moderna.
próximo e empatia pela dor alheia. Nesse sentido, o São Paulo: Globo, 2005 (adaptado). Referente à
que motivaria o homem natural de Locke a se sujeitar constituição da sociedade civil, considere,
ao contrato social? respectivamente, o correto posicionamento de
a) O homem natural para Locke, apesar de racional, Aristóteles e Hobbes:
não era invariavelmente “bom”. O amor próprio e o a) Instrumento artificial para a realização da justiça e
egoísmo ainda faziam parte de sua índole. Isso forma de legitimação do exercício da coerção e da
prejudicaria o estabelecimento de uma sociedade violência.
harmoniosa sem que houvesse uma entidade de b) Realização das disposições naturais do homem e
mediação de conflitos. artifício necessário para frear a natureza humana.
b) O texto engana-se. O homem natural de Locke c) Resultado involuntário da ação de cada indivíduo e
jamais se sujeitaria ao contrato social, já que as anulação dos impulsos originários presentes na
liberdades individuais do homem natural não seriam natureza humana.
abandonadas. d) Objetivação dos desejos da maioria e
c) O contrato social implicava o abandono da representação construída para possibilitar as
selvageria e da barbárie em que o homem vivia. relações interpessoais.
d) A perpetuação da paz natural que o ser humano e
suas relações sociais proporcionavam no estado de 06. O fim último, causa final e desígnio dos homens,
natureza. ao introduzir uma restrição sobre si mesmos sob a qual
os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua
própria conservação e com uma vida mais satisfeita; Tolstói e Rousseau retratam ideais da existência
quer dizer, o desejo de sair da mísera condição de humana e defendem uma experiência
guerra que é a consequência necessária das paixões a) Lógico-racional, focada na objetividade, clareza e
naturais dos homens, como o orgulho, a vingança e imparcialidade.
coisas semelhantes. É necessário um poder visível b) Místico-religiosa, ligada à sacralidade, elevação e
capaz de mantê-los em respeito, forçando-os, por medo espiritualidade.
do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao c) Sociopolítica, constituída por integração,
respeito às leis, que são contrárias a nossas paixões solidariedade e organização.
naturais. HOBBES, T. M. Leviatã. São Paulo: Nova d) Naturalista-científica, marcada pela
Cultural, 1999 (adaptado). experimentação, análise e explicação.
Para o autor, o surgimento do estado civil estabelece as e) Estético-romântica, caracterizada por sinceridade,
condições para o ser humano vitalidade e impulsividade.
a) Internalizar os princípios morais, objetivando a
satisfação da vontade individual. 09. Sendo os homens, por natureza, todos livres, iguais
b) Aderir à organização política, almejando o e independentes, ninguém pode ser expulso de sua
estabelecimento do despotismo. propriedade e submetido ao poder político de outrem
c) Aprofundar sua religiosidade, contribuindo para o sem dar consentimento. A maneira única em virtude da
fortalecimento da Igreja. qual uma pessoa qualquer renuncia à liberdade natural
d) Assegurar o exercício do poder, com o resgate da e se reveste dos laços da sociedade civil consiste em
sua autonomia. concordar com outras pessoas em juntar-se e unir-se
e) Obter a situação de paz, com a garantia legal do em comunidade para viverem com segurança, conforto
seu bem-estar. e paz umas com as outras, gozando garantidamente das
propriedades que tiverem e desfrutando de maior
07. Antes que a arte polisse nossas maneiras e proteção contra quem quer que não faça parte dela.
ensinasse nossas paixões a falarem a linguagem LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Os
apurada, nossos costumes eram rústicos. Não era pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1978 Segundo a
melhor, mas os homens encontravam sua segurança na Teoria da Formação, de John Locke, para viver em
facilidade para se reconhecerem reciprocamente, e essa sociedade, cada cidadão deve
vantagem, de cujo valor não temos mais a noção, a) Manter a libertadade do estado de natureza,
poupava-lhes muitos vícios. ROUSSEAU, J.-J. direito inalienável.
Discurso sobre as ciências e as artes. São Paulo: Abril b) Abrir mão de seus direitos individuais em prol
Cultural, 1983 (adaptado). No presente excerto, o do bem comum.
filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) exalta c) Abdicar de sua propriedade e submeter-se ao
uma condição que teria sido vivenciada pelo homem poder do mais forte.
em qual situação? d) Concordar com as normas estabelecidas para a
a) No sistema monástico, pela valorização da vida em sociedade.
religião.
b) Na existência em comunidade, pela comunhão de 10. Para que não haja abuso, é preciso organizar as
valores. coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder.
c) No modelo de autogestão, pela emancipação do Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo
sujeito. corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo,
d) No estado de natureza, pelo exercício da liberdade. exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de
executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes
08.TEXTO - Eu queria movimento e não um curso ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os
calmo da existência. Queria excitação e perigo e a poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando
oportunidade de sacrificar-me por meu amor. Sentia de forma independente para a efetivação da liberdade,
em mim uma superabundância de energia que não sendo que esta não existe se uma mesma pessoa ou
encontrava escoadouro em nossa vida. TOLSTÓI, L. grupo exercer os referidos poderes
Felicidade familiar. Apud KRAKAUER, J. Na concomitantemente.
natureza selvagem. São Paulo: Cia. das Letras, 1998. MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São Paulo:
TEXTO Meu lema me obrigava, mais que a qualquer Abril Cultural, 1979 (adaptado) A divisão e a
outro homem, a um enunciado mais exato da verdade; independência entre os poderes são condições
não sendo suficiente que eu lhe sacrificasse em tudo o necessárias para que possa haver liberdade em um
meu interesse e as minhas simpatias, era preciso Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo
sacrificar-lhe também minha fraqueza e minha político em que haja
natureza tímida. Era preciso ter a coragem e a força de a) Exercício de tutela sobre atividades jurídicas e
ser sempre verdadeiro em todas as ocasiões. políticas.
ROUSSEAU, J.-J. Os devaneios do caminhante b) Consagração do poder político pela autoridade
solitário. Porto Alegre: L&PM, 2009. Os textos de religiosa.
c) Concentração do poder nas mãos de elites técnico- d) Estabelecimento de limites aos atores públicos e às
científicas. instituições do governo.

Você também pode gostar