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Moral é um conjunto de regras adotadas por um indivíduo ou grupo social, enquanto ética é o
estudo filosófico dessas normas, de como escolher o peso de delas ao tomar uma decisão. Por
exemplo, na moral cristã, mentir é errado, mas, durante a Segunda Guerra Mundial, muitos alemães
mentiram ao governo, escondendo judeus em suas casas, pois entendiam que a vida é mais
importante nesse contexto.
Nessa linha, o utilitarismo de Jeremy Bentham enfatiza a busca pela maximização do prazer e
minimização da dor como critérios para determinar a moralidade das ações. Ele propõe o princípio
da utilidade, onde as ações devem ser avaliadas pelos seus efeitos no bem-estar geral.
Por outro lado, John Stuart Mill acrescenta uma dimensão qualitativa ao utilitarismo. Ele argumenta
que nem todos os prazeres são iguais e que devemos considerar a qualidade do prazer ao tomar
decisões éticas. Mill também destaca a importância de proteger os direitos individuais e promover a
liberdade, mesmo que isso possa limitar a busca pelo maior bem-estar geral.
A Menoridade em Kant
O filósofo Immanuel Kant aborda a questão da menoridade em sua filosofia, argumentando que a
menoridade é a incapacidade de usar nosso próprio entendimento sem a orientação de outros. Kant
enfatiza a importância de superar essa menoridade através do exercício da razão e da autonomia
moral. Ele defende que devemos ter coragem de pensar por nós mesmos e agir de acordo com
princípios racionais universais. Por exemplo, a menoridade pode ser vista quando as pessoas
aceitam informações sem questionar sua base verídica, como as fake news.
Ele também discute a dignidade da pessoa humana em sua filosofia, em que a dignidade é intrínseca
a todos os seres humanos e não pode ser medida ou negociada. Ele argumenta que os seres
humanos possuem um valor inerente e devem ser tratados como fins em si mesmos, nunca como
meros meios para alcançar outros fins. A dignidade humana está ligada à nossa capacidade de
raciocinar e agir moralmente, sendo uma característica única que merece respeito e consideração
em todas as circunstâncias. A dignidade da pessoa humana é evidenciada quando respeitamos as
opiniões e direitos dos outros, mesmo discordando de suas ideias e posicionamentos.
O Iluminismo
O Iluminismo foi um movimento intelectual do século XVIII que defendia a razão, a liberdade e o
progresso. Duas correntes importantes dentro do Iluminismo foram o contratualismo e o
enciclopedismo.
O contratualismo, representado principalmente por filósofos como Thomas Hobbes, John Locke e
Jean-Jacques Rousseau, argumentava que a sociedade é baseada em um contrato social entre os
indivíduos. Eles exploraram diferentes formas de contrato para justificar a autoridade política e
estabelecer direitos e deveres dos cidadãos. Hobbes enfatizava a necessidade de um governo forte
para evitar o caos, Locke defendia a proteção dos direitos naturais do indivíduo e Rousseau
destacava a importância da vontade geral na tomada de decisões políticas.
Já o enciclopedismo, liderado por Denis Diderot e Jean le Rond d'Alembert, foi um movimento que
buscava reunir todo o conhecimento humano em uma enciclopédia. Eles acreditavam na difusão do
conhecimento como forma de combater a ignorância e promover o progresso. A Enciclopédia,
publicada por eles, abrangia diversas áreas do conhecimento, desde ciências naturais até filosofia e
política.
Thomas Hobbes
Thomas Hobbes abordou diversos tópicos em sua filosofia. Alguns dos principais são: o estado de
natureza, o contrato social, a soberania absoluta do governo, a necessidade de uma autoridade
central forte para evitar o caos, a visão pessimista da natureza humana e a defesa do absolutismo
como forma de garantir a ordem social.
1. Estado de natureza: Hobbes descreve o estado de natureza como um cenário de guerra e conflito,
onde não há governo ou autoridade para impor leis e garantir a segurança. Nesse estado, todos os
indivíduos têm direito a tudo e competem uns com os outros por recursos escassos.
2. Contrato social: Para escapar do estado de natureza, Hobbes propõe que os indivíduos renunciem
seus direitos naturais através de um contrato social, transferindo seu poder e liberdade para um
governo central. Esse contrato estabelece a base para a sociedade civil e a formação do Estado.
3. Soberania absoluta do governo: Hobbes defende a ideia de um governo soberano com poder
absoluto. Ele argumenta que o soberano deve ter autoridade irrestrita para impor leis, manter a
ordem e garantir a segurança dos cidadãos. A soberania deve ser centralizada em uma única
autoridade para evitar conflitos internos.
4. Natureza humana pessimista: Hobbes acredita que a natureza humana é egoísta e movida pelo
desejo de poder, segurança e satisfação pessoal. Ele argumenta que os indivíduos são naturalmente
competitivos e propensos à violência quando não há uma autoridade central para controlá-los.
5. Absolutismo como forma de ordem social: Hobbes defende o absolutismo como forma de garantir
a ordem social. Ele argumenta que um governo forte e centralizado é necessário para evitar o caos e
proteger os direitos dos cidadãos. A autoridade absoluta do soberano é vista como a única maneira
de manter a estabilidade e a segurança na sociedade.
5. Crise das grandes narrativas e perda de confiança nas instituições tradicionais: Os filósofos pós-
modernos argumentaram que as grandes narrativas da modernidade, como a religião, a política e a
ciência, entraram em crise e perderam sua capacidade de fornecer respostas definitivas para os
problemas humanos. Isso resultou em uma desconfiança em relação às instituições tradicionais e na
busca por novas formas de interpretação e organização social.
Alguns dos principais teóricos que abordaram os temas relacionados à crítica da modernidade e à
filosofia pós-moderna incluem Michel Foucault, Jean-François Lyotard, Jacques Derrida, Jean
Baudrillard, Richard Rorty e Zygmunt Bauman. Cada um deles contribuiu com perspectivas únicas e
críticas à modernidade, questionando conceitos como poder, conhecimento, linguagem, cultura e
sociedade.
1. Theodor Adorno e Max Horkheimer: Esses teóricos da Escola de Frankfurt analisaram a indústria
cultural como um sistema de produção em massa que padroniza e comercializa a cultura,
transformando-a em mercadoria. Eles criticaram a cultura de massa por sua tendência à
uniformidade, alienação e manipulação das massas.
3. Guy Debord: Debord desenvolveu a teoria da Sociedade do Espetáculo, na qual argumentava que
a cultura de massa cria uma sociedade baseada na aparência e no consumo, onde as relações
humanas são mediadas por imagens e espetáculos. Ele criticou o papel alienante da mídia na
sociedade capitalista.
Jean-Paul Sartre:
1. Existência precede a essência: Sartre argumenta que os seres humanos existem primeiro e, em
seguida, definem seu próprio propósito e significado na vida por meio de suas escolhas e ações. Não
há uma essência ou natureza humana fixa e pré-determinada.
2. Liberdade e responsabilidade: Sartre enfatiza que os indivíduos são livres para tomar decisões e
são responsáveis pelas consequências de suas escolhas. Essa liberdade pode ser angustiante, mas
também confere aos indivíduos o poder de criar seu próprio significado na vida.
2. A liberdade como objetivo: Beauvoir argumenta que as mulheres devem buscar sua própria
liberdade, rompendo com os papéis de gênero e as expectativas sociais impostas a elas. Ela defende
a autonomia e a autenticidade individuais.