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1. A ilusão teleológica - ler a história dos direitos humanos de forma linear. "ler a
história passada como um caminhar linearmente orientado para conduzir a
este resultado" -> escolha de narrativa ocidental. A escolha dos percursores
é crucial. A vitória histórica dos direitos humanos traduziu-se num ato de
reconfiguração histórica: as mesmas ações vista a partir de uma perspectiva
que traz outras concepções de dignidade humana, eram ações de opressão
ou dominação; mas foram reconfiguradas como ações emancipatórias e
libertadoras, levadas a cabo em nome dos direitos humanos ( = colonialismo;
intervenções "humanitárias")
(muda a visão de onde surgiu/ por que e para quem, muda a concepção do que é
direitos humanos / histórica única)
- Ter presente estas ilusões é fundamental para construir uma concepção e uma
prática anti-hegemônica de direitos humanos. Esse trabalho intelectual e político se
baseia em dois pilares:
1. o trabalho político dos movimentos e organizações sociais que lutam por uma
sociedade mais justa;
2. o trabalho teórico de construção alternativa dos direitos humanos ->
questionar os direitos humanos e todos os que recorrem a eles para
interpretar e transformar o mundo, fazendo-lhes a seguinte pergunta: de que
lado estão eles? do lado dos oprimidos ou do lado dos opressores?
Compreender que o mundo excede em muito a compreensão ocidental do
mundo