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A ideia de raça emposta no colonialismo da américa foi uma maneira de dominação sobre os
escravizados. Por mais que o colonialismo tenha acabado a racionalidade construída como
eurocêntrica pelos europeus se preservou até os dias de hoje, tal sua força.
ambos falam de como a ideia de modernidade é uma construção. O Quijano fala que
a ideia de Europa nasce quando os "europeus" entram em contato com o "outro" na
descoberta da América. Assim eles para explicar esse outro, desenvolvem a ideia de
raça, ou melhor acabam criando a racialização, o que por sua vez vira um elemento
constitutivo do colonialismo, uma base para todas as demais dimensões da
dominação europeia sobre esses "outros"
O chaterjee fala de como a ideia de democracia /modernidade é diferente nos países
que experimentaram a colonização. Fazendo uma leitura crítica a ideia "utópica" de
modernidade ele pontua a impossibilidade de existência desse "sujeito moderno", já
que a própria existência da modernidade é algo criado pelos europeus e que
necessita de pessoas "Não modernas" pra existir. O avanço da modernidade, é
colocado como o avanço do Ocidente sobre os demais povos. Assim qualquer
resistência a "modernidade" era tachada de "passado" ou "resquício desnecessario"
que precisava ter seu fim... Assim essa ideia europeia universalizante de modernidade
gera uma percepção falsa e desconectada da realidade dos povos "Não modernos". O
que cria um conflito, ou vc é moderno, abandonando suas especificidades e
adotando essa identidade universalizante, essa ideia de classe, cidadania, direitos,
etc... ou vc mantém sua identidade local, suas tradições é tachado de etnia, sendo
fechado nessa identidade, sem poder transitar em nenhuma outra.
Basicamente, ele fala que existem cidadãos, com direitos modernos, privilégios e
etc... e existem o que ele vai chamar de governados, que são esses grupos que
passaram por esse processo de etnizanização...
O que o Quijano chama de sujeitos racializados, o chaterjee chama d etnizados.
Ele crítica que a ideia de modernidade é uma invenção. Invenção europeia, que só
funciona para europeus, mas eles tentam vender a modernidade como algo
universal... Assim como a ideia de democracia
No mundo real, a modernidade assim como a democracia é bem diferente, assume
diversas formas e organizações. Os europeus, falam que essas outras organizações
outras que não a deles... são falhas. São resquícios de um passado pré moderno,
negando a possibilidade de outras modernidades que não a universal. Se não é no
modelo europeu é atrasado, é passado, é falho...
chaterjee afirma justamente que as democracias dos países subalternos, periféricos,
etc... São assim porque são compostas dessa população que foi etnicizada. As
democracias subalternas não são compostas apenas de cidadãos com direitos, elas
têm esses grupos étnicos que sofrem as mazelas coloniais ainda hoje.
As marcas coloniais e toda a construção da ideia de raça ainda marca essas
populações, que por não serem cidadãos democráticos completos precisam se
organizar de formas diversas, muitas vezes fora do modelo democrático esperado.
Vide nós aqui com as favelas.
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Não é um modelo de vida democrático em que os cidadãos tem direito pleno, mas
é uma forma de vida que as populações desenvolveram e o estado aceita, mesmo
fazendo vista grossa. O que gera uma dinâmica diferente do modelinho europeu
de democracia... As marcas deixadas pela racialização, gerou o domínio
econômico, político e social de populações que posteriormente ao período colonial
se tornaram etnias. O que no Quijano é raça, no chaterjee vira etnia. Mas sempre
é sobre a população controlada por uma elite e que não tem direitos.
a teoria social que vou precisar revisão nesta conferência são os da sociedade civil e do
estado, cidadania e direitos, afiliações universais e identidades particular. Já que eu examinarei
a política popular, também Eu devo considerar a questão da democracia.
A sociedade civil, por exemplo, aparecerá como a associação de grupos de elite moderna,
fechado e isolado da vida popular mais larga das comunidades, murado em enclaves de
liberdade racionalidade cívica e normativa. Os cidadãos levarão dois diferentes formas - a
formal e a efetiva
governado. O governança, esse novo chavão em estudos políticos, é, como vou sugerir, o
corpo do conhecimento e o todo técnicas utilizadas por aqueles que governam ou em nome de
eles. Democracia de hoje, vou insistir, não é o governo de, por e para a cidade. Pelo contrário,
deve ser visto como a política de o governado.