Você está na página 1de 4

Aníbal Quijano! Chatterjee.

A modernidade capitalista conquista sua gênese na colonização da américa pela Europa.


Como esse processo foi feito? Como a ideia e o conceito de racionalidade foi desenvolvido e
imposto pelos europeus? Quais as semelhanças entre Qijano e Chatterjee? Qual conceito de
etnicidade do autor.

A ideia de raça emposta no colonialismo da américa foi uma maneira de dominação sobre os
escravizados. Por mais que o colonialismo tenha acabado a racionalidade construída como
eurocêntrica pelos europeus se preservou até os dias de hoje, tal sua força.

ambos falam de como a ideia de modernidade é uma construção. O Quijano fala que
a ideia de Europa nasce quando os "europeus" entram em contato com o "outro" na
descoberta da América. Assim eles para explicar esse outro, desenvolvem a ideia de
raça, ou melhor acabam criando a racialização, o que por sua vez vira um elemento
constitutivo do colonialismo, uma base para todas as demais dimensões da
dominação europeia sobre esses "outros"
O chaterjee fala de como a ideia de democracia /modernidade é diferente nos países
que experimentaram a colonização. Fazendo uma leitura crítica a ideia "utópica" de
modernidade ele pontua a impossibilidade de existência desse "sujeito moderno", já
que a própria existência da modernidade é algo criado pelos europeus e que
necessita de pessoas "Não modernas" pra existir. O avanço da modernidade, é
colocado como o avanço do Ocidente sobre os demais povos. Assim qualquer
resistência a "modernidade" era tachada de "passado" ou "resquício desnecessario"
que precisava ter seu fim... Assim essa ideia europeia universalizante de modernidade
gera uma percepção falsa e desconectada da realidade dos povos "Não modernos". O
que cria um conflito, ou vc é moderno, abandonando suas especificidades e
adotando essa identidade universalizante, essa ideia de classe, cidadania, direitos,
etc... ou vc mantém sua identidade local, suas tradições é tachado de etnia, sendo
fechado nessa identidade, sem poder transitar em nenhuma outra.
Basicamente, ele fala que existem cidadãos, com direitos modernos, privilégios e
etc... e existem o que ele vai chamar de governados, que são esses grupos que
passaram por esse processo de etnizanização...
O que o Quijano chama de sujeitos racializados, o chaterjee chama d etnizados.

Ele crítica que a ideia de modernidade é uma invenção. Invenção europeia, que só
funciona para europeus, mas eles tentam vender a modernidade como algo
universal... Assim como a ideia de democracia
No mundo real, a modernidade assim como a democracia é bem diferente, assume
diversas formas e organizações. Os europeus, falam que essas outras organizações
outras que não a deles... são falhas. São resquícios de um passado pré moderno,
negando a possibilidade de outras modernidades que não a universal. Se não é no
modelo europeu é atrasado, é passado, é falho...
chaterjee afirma justamente que as democracias dos países subalternos, periféricos,
etc... São assim porque são compostas dessa população que foi etnicizada. As
democracias subalternas não são compostas apenas de cidadãos com direitos, elas
têm esses grupos étnicos que sofrem as mazelas coloniais ainda hoje.
As marcas coloniais e toda a construção da ideia de raça ainda marca essas
populações, que por não serem cidadãos democráticos completos precisam se
organizar de formas diversas, muitas vezes fora do modelo democrático esperado.
Vide nós aqui com as favelas.
1

Não é um modelo de vida democrático em que os cidadãos tem direito pleno, mas
é uma forma de vida que as populações desenvolveram e o estado aceita, mesmo
fazendo vista grossa. O que gera uma dinâmica diferente do modelinho europeu
de democracia... As marcas deixadas pela racialização, gerou o domínio
econômico, político e social de populações que posteriormente ao período colonial
se tornaram etnias. O que no Quijano é raça, no chaterjee vira etnia. Mas sempre
é sobre a população controlada por uma elite e que não tem direitos.

chatterjee fala sobre as politicas governamentais modernas


relações governamentais entre governo e as populações
teoria social das, relações entre sociedade civil, estado, cidadania e
direitos em contexto universal e e particulares

a teoria social que vou precisar revisão nesta conferência são os da sociedade civil e do
estado, cidadania e direitos, afiliações universais e identidades particular. Já que eu examinarei
a política popular, também Eu devo considerar a questão da democracia.

A sociedade civil, por exemplo, aparecerá como a associação de grupos de elite moderna,
fechado e isolado da vida popular mais larga das comunidades, murado em enclaves de
liberdade racionalidade cívica e normativa. Os cidadãos levarão dois diferentes formas - a
formal e a efetiva

governado. O governança, esse novo chavão em estudos políticos, é, como vou sugerir, o
corpo do conhecimento e o todo técnicas utilizadas por aqueles que governam ou em nome de
eles. Democracia de hoje, vou insistir, não é o governo de, por e para a cidade. Pelo contrário,
deve ser visto como a política de o governado.

É a oposição entre o ideal universal


do nacionalismo cívico, baseado em liberdades individuais
e direitos iguais, independentemente das distinções de
religião, raça, língua ou cultura, e as exigências particulares do
identidade cultural que reivindicam o tratamento diferenciado
certos grupos por razões de vulnerabilidade, atraso ou
injustiça histórica, entre muitas outras razões. A oposição
Vou argumentar, é sintomático da transição que ocorreu no
política moderna no decorrer do século XX a partir de uma concepção
da política democrática baseada na ideia de soberania popular,
para um em que a política democrática é moldada por
a governamentalidade.

imagine o espaço social da modernidade distribuído no tempo – um marxista pode chamar de


capitalismo.
O tempo vazio homogêneo é o tempo do capitalismo.
Dentro de seu domínio, o capital não permite qualquer resistência
à sua livre circulação. Quando você encontra um obstáculo, você pensa
que encontrou outro tempo - precapitalista, que pertence
para a era pré-moderna. Essas resistências ao capitalismo (ou
modernidade) são entendidos como resultado da
passado da humanidade, algo que as pessoas deveriam ter deixado
de volta, mas que por algum motivo ele não tem. No entanto,
imagine o capitalismo (ou modernidade) como um atributo de
tempo em si, essa visão é bem-sucedida não apenas em rotular
resistências a ele como arcaicas e atrasadas, mas garantindo Ao mesmo tempo, o triunfo final
do capitalismo e da modernidade, independentemente do que alguns podem acreditar e sua
espera, porque afinal, como todos sabemos, o o tempo não pára.

faz uma diferenciação entre


nacionalismo e as políticas de
etnia Para isso, ele identifica dois
tipos de séries produzidas por
os imaginários modernos do
comunidade Uma é a serialidade
abierta8 dos universais universais
do pensamento social
moderno: nações, cidadãos,
revolucionários, burocratas, trabalhadores,
intelectuais, e assim
sucessivamente
O outro é serialidade
fechado9 da governamentalidade:
os totais finitos de
classes enumeráveis ​da população,
produzido pelos censos
e modernos sistemas eleitorais.
As serialidades abertas
eles geralmente são imaginados e narrados
por meio dos instrumentos
Clássicos do capitalismo impresso
principalmente o jornal e
novela Estes oferecem a oportunidade
para que as pessoas se imaginem como membros
de solidariedades face-a-face mais amplas, de escolher agir
em nome dessas solidariedades e de transcender por um ato
da imaginação política os limites impostos pelas práticas
tradicional Seriais fechados, por outro lado, podem
operar apenas com números inteiros. Isso implica que para
cada categoria de classificação, qualquer indivíduo pode contar
apenas como um ou zero, nunca como uma fração, que
significa que todas as afiliações parciais ou mistas
em uma categoria eles estão fora. Só pode ser
negro ou não negro, muçulmano ou não muçulmano, tribal ou não tribal,
nunca seja apenas parcial ou contextualmente dessa maneira. A série fechada, sugere
Anderson, é constritiva e talvez inerentemente conflitante. Eles produzem as
ferramentas de a política étnica.
Anderson usa essa distinção entre serialidades fechadas e aberto para construir seu
argumento sobre gentileza residual do nacionalismo e do mal inerente das políticas de
etnia

As ideias de liberdade e igualdade que moldaram os direitos universais do cidadão


eram cruciais não só na luta contra a dietético políticos absolutistas, mas também para
minar o práticas pré-capitalistas que restringem a mobilidade individual e privilegiou as
fronteiras tradicionais definidas pelo nascimento para e status.

Quando falamos de igualdade, liberdade, propriedade e comunidade em relação ao


estado moderno, estamos realmente falando da história política do capitalismo

vigésimo século, quando o possibilidade da transição capitalista no mundo


não-ocidental, a mesmo orçamento lançou as bases para a teoria da modernização,
bem em sua versão marxista ou weberiana. O argumento, para simplificar, foi que sem
uma transformação das instituições e práticas da sociedade civil, trazidas para de cima
ou de baixo, era impossível criar ou manter liberdade e igualdade na esfera política.
Para ter comunidades políticas modernas e livres, primeiro você tem que dizer com
pessoas que são cidadãos, não sujeitos. Para muitos, esta maneira de ver as coisas
forneceu a base ética de um projeto de modernização do mundo não ocidental:
transformar sujeitos que até então não estavam familiarizados possibilidades de
igualdade e liberdade nos cidadãos modernos.

Você também pode gostar