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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA

Resenha crítica sobre Iluminismo

Aluna: Gabriela Santos Coutinho de Abreu

Disciplina: História Contemporânea I


O Iluminismo surgiu como um movimento intelectual que deu início a uma
grande transformação na sociedade. Conseqüência da crise do absolutismo e do
anseio da sociedade por mudanças políticas, econômicas, sociais. Se iniciou no
sec. XVII e perdurou pelo sec. XVIII.

Um movimento ou tendência intelectual que busca através do conhecimento,


enaltecer a razão e combater o mito, o poder e a religião; que veio acompanhado
de uma chamada “Revolução Científica”. A ideia de progresso era evidente.

No livro “O Iluminismo e os Reis filósofos” de Luiz Salina Fortes


encontramos grandes nomes de homens que tiverem extrema importância para
esse movimento.

Denis Diderot foi uma das mais proeminentes figuras do Iluminismo, inventor
da primeira enciclopédia, deu inicio a tendência do enciclopedismo. Diderot dizia sobre
o século chamado “Das luzes” que: “Cada século tem um espírito que o caracteriza, o
espírito do nosso parece ser a liberdade” com os seus escritos podemos compreender
que “É com a condição de se conceber como livre no exercício da sua razão, como
senhor de suas opiniões e como fonte da sua própria verdade, que o universo inteiro
poderá libertar-se, para o homem, como um eventual campo de exercício para sua
capacidade racional de explicação.”

Na medida exata em que o senhor feudal vai sendo suplantado, a Igreja vai perdendo o
poder absoluto de que gozava e passa por uma profunda crise. Novos domínios e novos
territórios vão sendo descobertos no mapa do saber. A atenção do sábio volta-se para
este mundo. O homem vira o próprio objeto de estudo. E a História começa a se impor
como uma nova “ciência”.

O Barão de Montesquieu, ou só Montesquieu, foi outro nome de grande peso


citado por Salina Fortes. Sua principal obra foi “O Espírito das Leis”. A reflexão que ele
faz é de que as leis são as relações necessárias que derivam da natureza das coisas. Não
há leis justas ou injustas desse ponto de vista, mas leis mais ou menos adequadas a um
determinado povo e determinadas circunstancias de época e lugar. Criador da teoria de
separação e distinção dos três poderes, ele os divide em Executivo, Legislativo e
Judiciário.
A palavra sociologia só surgiu no século seguinte com Augusto Comte, mas
Montesquieu é considerado um dos pais dessa ciência. Para alguns autores, ele também
é o primeiro a ter uma “visão histórica”.

Ainda sobre o livro de Salina Fortes, podemos citar um terceiro nome e não menos
importante se tratando de Iluminismo. Voltaire é quem incorpora o “Espírito do século”,
o homem-simbolo, representante exemplar do estilo das luzes, resumo vivo da filosofia
da época. Conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades
civis, inclusive liberdade religiosa e livre comércio. Crítico da Religião e da Monarquia.
Nascido em Paris, brilhante carreira nas letras, com aproximadamente 60 anos, parte
para uma atuação política intensa. Toda sua paixão está voltada para a razão e seu livre
exercício. Apesar de ataques contra a igreja, não era ateu, ataca a superstição, a crença
em milagres mas reconhece a existência de Deus como princípio explicativo ultimo do
universo. Do ponto de vista político é um reformista moderado e pragmático. A
“liberdade” e a “propriedade privada” são dois pilares de sua política. Inventou a
História como ciência, seus escritos sobre “investigação histórica” são o ponto de
partida para qualquer ciência Histórica.

A Ilustração alcaçou um alto nível de desenvolvimento nas colônias espanholas,


meio século depois tiveram início as lutas pela emancipação política. As pricipais ideias
ilustradas conquistaram mais adesões nos círculos letrados, substituindo o princípio da
autoridade pela crítica filosófica e pelo entusiasmo em relação a ciência. Esse
movimento* se constituiu como um elemento intelectual e politicamente decisivo na
formação da geração de homens que a partir de 1808 passou a liderar a luta pela
insdependência nessas colonias. Essas ideias também chegam e agitam a colônia
portuguesa, mesmo que em menor proporção e mais tardiamente. Rosseau, Condillac,
Locke, Bayle, Voltaire, Diderot, entre outros, foram fontes ideológicas dessa
“revolução” anticolonial. Pensa-se “revolução” não apenas quanto ao sistema coloniual
mas em relação a própria sociedade colonial com sua base escravista. Afinal, esses
abusou são totalmente o contrário dos princípios universais dos direitos do homem no
cenário das Luzes.

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