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CONTEXTO HISTÓRICO
O Renascimento foi um movimento marcado pela mudança de foco. O que
antes era voltado para uma constante teocentrista, agora o homem era o centro,
refletido nas artes, no rompante com a igreja e também de ordem cultural. Dando
espaço para posteriormente o iluminismo reformular os critérios de método para
obtenção do conhecimento, ciência e política. Uma das principais vertentes desse
movimento foi o empirismo.
Esse período histórico marcou o processo que findou a idade média, onde as
mudanças de valores foram inseridas principalmente pela burguesia que estava em
ascensão. O termo renascentista foi apropriado pelos historiadores pois é como se o
homem da Grécia renascesse, sua arte, sua política, sua ciência ressurgisse depois
de um período calado pela dominação da aristocracia e a imponência da igreja
católica.
É preciso compreender que não foi uma ruptura a tal ponto da igreja e a
família real não ter mais importância da noite para o dia, mas sim um processo
gradual que foi ganhando forma principalmente pela arte. Longe da história ser
linear, o processo se deu aos poucos.
O EMPIRISMO
Dentro desse contexto surgem duas principais correntes, o empirismo (que
versa esse trabalho) e o racionalismo. O empirismo compreende que o homem não
possui ideias inatas, e que o conhecimento se adquire a partir de experiências
sensíveis. Etimologicamente empirismo advém da palavra grega empeiria, que
significa experiência. Logo os pensadores empíricos utilizam-se dessa
experimentação para pôr à prova suas hipóteses.
Os empiristas dizem que tudo que existe na mente humana é resultado das
sensações dos sentidos, se contradizendo aos que afirmavam que inteligência era
inata ao homem e sim um processo que acontece por um engatilhamento dos
sentidos. Um dos precursores desse movimento foi John Locke.
JOHN LOCKE E SUAS CONTRIBUIÇÕES
John Locke nasceu em Wrington, Reino Unido, no ano de 1632. Foi um
grande influenciador das políticas públicas e sociais. Preconizou o iluminismo e da
escola empírica, trazia luz a analogia da tábula rasa, qual explicava que o ser
humano é tal qual uma folha em branco, tem as condições para aprender, mas tal
conhecimento não é nato, é preciso ser adquirido através das sensações. Locke se
referia ao homem como uma tabula rasa, algo vazio, está lá para receber
informações, com o passar de cada experiência e prática de vida cotidiana, o
indivíduo vai descobrindo o mundo ao seu redor e adquirindo conhecimento.
Locke defendia que não existe uma ideia certa de algo, não existe
pensamento puro, tudo que pensamos é um pensamento de algo que já foi pensado.
Viveu basicamente no período de guerras civis, nessa época a Inglaterra definiu seu
governo como monarquia constitucional, o rei reina, mas não governa, quem
governa é o parlamento. Locke então apresenta as bases de um governo liberal
dizendo que o poder para governar não é divino, mas sim uma escolha civil.
John Locke era contra a monarquia absoluta, acreditava que o ser humano
possui direitos naturais, como direito à vida, à propriedade, à liberdade, e entre
outros, para ele tais direitos são do indivíduo assim que nascem. Acreditando nisso
Locke lutou pela construção do estado e do contrato social para proteger e
assegurar os direitos dos cidadãos.
LIBERALISMO
Para o filósofo, o absolutismo não deveria governar soberanamente. Indo
contra todos os preceitos até então, Locke sugeriu que o povo pudesse destituir o
governante caso ele não cumprisse com os preceitos naturais ao homem. Locke via
o governo e o povo através de um contrato social, depois aprofundado por
Rousseau, onde o povo obedecia e era protegido e o governo assegurava essa
segurança e a justiça.
Tem-se que o Liberalismo é uma filosofia político-econômica que
surgiu especialmente na França junto ao desenvolvimento do Iluminismo e
do Capitalismo. Sua principal característica é a luta contra o absolutismo
dos poderes do Estado em prol de uma maior abertura social e econômica,
possibilitando aos indivíduos a própria ascensão social pela economia.
(ROMANO, 2018)
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO