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FICHAMENTO

Discente: Deronilson Almeida Santos


Livro: O Código De Hamurabi

Por volta de 1700 a.c., O Rei Hamurabi foi o responsável por decretar o
código conhecido como “O Código de Hamurabi”. O código consiste em um
conjunto de normas e leis comuns sendo considerado um código civilizatório.
Este código de leis padronizava as ações do rei Hamurabi, estipulando direitos
e deveres para a população e facilitando sua administração.
O código apresenta a jurisprudência de seu tempo, em um agrupamento
de disposições casuísticas, de ordem civil, penal e administrativa. Uma das
principais características notadas neste código foi o aumento considerável da
severidade das penas, em especial contra os crimes que envolvessem sinais
de traição ao rei. Como por exemplo “Se o escravo de um homem livre
espanca um homem livre, se lhe deverá cortar a orelha”. (Lei 205º do Código
de Hamurabi).

O princípio básico do código era a sua pena, onde a punição de um ato


criminoso deveria ser na mesma medida em relação ao crime cometido, por
isso o lema "Olho por olho, dente por dente". No entanto, as punições ocorriam
de acordo com a posição que o criminoso ocupava na hierarquia social,
resultando, assim, em penas variadas.
O conteúdo do Código de Hamurabi contém 282 leis escritas em uma
linguagem cotidiana e simplificada, pois o rei Hamurabi queria que as leis
fossem compreendidas e acessíveis por todos. A forma de descrição das leis é
sempre a mesma: ele descreve um problema legal ou de ordem social, e em
seguida por uma resposta no tempo futuro cominando em uma pena ou uma
solução.
Os principais temas encontrados no Código de Hamurabi são:
 O direito penal, que era caracterizado pela severidade na cominação
das penas para os crimes. Onde: a pena de morte era largamente
aplicada, seja na fogueira, na forca, por afogamento ou empalação. A
morte era infligida de acordo com a natureza da ofensa. Como é
possível observar neste exemplo “Se alguém furta bens do Deus ou da
Corte deverá ser morto; e mais quem recebeu dele a coisa furtada
também deverá ser morta”. (Lei 6º do Código de Hamurabi).
 O direito da família, onde a maior parte desse código é dedicada à
regulamentação das relações familiares, legislando sobre noivado,
casamento, divórcio, adultério, incesto, adoção e até mesmo sucessão e
herança. Por exemplo, “se uma mulher consagrada ou uma meretriz, às
quais seu pai fez um donativo e lavrou um ato e acrescentou que elas
poderiam alienar a quem lhes aprouvesse o seu patrimônio e lhes
deixou livre disposição; se depois o pai morre, então elas podem legar
sua sucessão a quem lhe aprouver. Os seus irmãos não podem levantar
nenhuma ação.” (Lei 179 do Código de Hamurabi).
 Regulamentação profissional, comercial, agrícola e administrativa:
O Código também estabelece preços e salários, como no exemplo a seguir: “se
um homem contratar um marinheiro, ele deverá pagar seis gur de cereais por
ano” (Lei 239 do Código de Hamurabi).
Estas leis referentes às atividades produtivas refletiam o interesse do
Estado no progresso da economia, onde a concepção de justiça estaria
relacionada à noção de prosperidade. Pois o rei acreditava que através de
condições de paz e ordem necessárias, as atividades econômicas poderiam se
desenvolver.
Embora o Código de Hamurabi esteja repleto de contradições e não se
assemelha ao código contemporâneo, sua importância histórica reside no fato
de ter se tornado uma fonte jurídica para diversas civilizações da Antiguidade,
as quais se basearam para formar seus conjuntos de leis.
Para a história do Direito, este código possui alta relevância por ser um
dos principais marcos históricos já registrado. Sendo um dos primeiros textos
escritos sobre a regulamentação de normas penais, civis e comerciais, onde já
atribuía a tutela da sociedade ao Estado.

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