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CÓDIGO DE HAMURABI
http://www.geocities.com/Athens/Olympus/7866/
HAMURABI, rei da Babilônia (1792-1750 ou 1730-1685 a.C.), criador do império babilônico. O seu código é
uma das leis mais antigas da humanidade e está gravado em uma estela cilíndrica de diorito, descoberta
em Susa e conservada no Museu do Louvre (Paris).
"O Código de Hamurabi protege a propriedade, a família, o trabalho e a vida humana (...) O autor de roubo
por arrombamento deveria ser morto e enterrado em frente ao local do fato (...) As penas eram cruéis: jogar
no fogo (roubo em um incêndio), cravar em uma estaca (homicídio praticado contra o cônjuge), mutilações
corporais, cortar a língua, cortar o seio, cortar a orelha, cortar as mãos, arrancar os olhos e tirar os dentes."
(Trecho da obra: "Criminologia", do Des. Álvaro Mayrink da Costa, Ed. Forense, vol. 1, p. 23.)
"-Quando o alto Anu, Rei de Anunaki e Bel, Senhor da Terra e dos céus, determinador dos destinos do
mundo, entregou o governo de toda a humanidade a Marduc; quando foi pronunciado o alto nome da
Babilônia; quando ele a fez famosa no mundo e nela estabeleceu um duradouro reino cujos alicerces tinham
a firmeza do céu e da terra, -por esse tempo Anu e Bel me chamaram, a mim Hamurabi, o excelso príncipe,
o adorador dos deuses, para implantar justiça na terra, para destruir os maus e o mal, para prevenir a
opressão do fraco pelo forte, para iluminar o mundo e propiciar o bem estar do povo. Hamurabi, governador
escolhido por Bel, sou eu; eu o que trouxe a abundância à terra; o que fez obra completa para Nippur e
Dirilu; o que deu vida à cidade de Uruk; supriu água com abundância aos seus habitantes; o que tornou bela
a nossa cidade de Brasíppa; o que encelerou grãos para a poderosa Urash; o que ajudou o povo em tempo
de necessidade; o que estabeleceu a segurança na Babilônia; o governador do povo, o servo cujos feitos
são agradáveis a Anuit."
O capítulo I do Código dedica-se aos Sortilégios, juízo de Deus, falso testemunho, prevaricação de Juizes.
A seguir alguns artigos referentes às penalidades aplicadas, nota-se desde logo a influência do Talião:
Art. 1º - Se alguém acusa um outro, lhe imputa um sortilégio, mas não pode dar prova disso, aquele que
acusou deverá ser morto.
Art. 3º - Se alguém em um processo se apresenta como testemunha de acusação e não prova o que disse,
se o processo importa perda de vida, ele deverá ser morto.
No art. 5º está estabelecido que o juiz prolator de uma sentença errada será punido com o pagamento das
custas multiplicadas por 12, e ainda será expulso publicamente de sua cadeira
Art. 15 - Se alguém furta pela porta da cidade um escravo ou uma escrava da Corte, ou escravo ou escrava
de um liberto, deverá ser morto.
Art. 128 - Se alguém toma uma mulher, mas não conclui contrato com ela, essa mulher não é esposa.
Art. 129 – Se a esposa de alguém é encontrada em contato sexual com um outro, deve-se amarrá-los e
lançá-los n'água, salvo se o marido perdoar à sua mulher e o rei a seu escravo.
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História do Direito – Profª Sílvia Paz – 2019/1
Art. 130 – Se alguém viola a mulher que ainda não conheceu homem e vive na casa paterna e tem contato
com ela e é surpreendido, este homem deverá ser morto e a mulher irá livre.
Art. 131 – Se a mulher de um homem livre é acusada pelo próprio marido, mas não surpreendida em contato
com outro, ela deverá jurar em nome de Deus e voltar à sua casa.
135º - Se alguém é feito prisioneiro de guerra e na sua casa não há de que sustenta-se e sua mulher vai a
outra casa e tem filhos, se mais tarde o marido volta e entra na pátria, esta mulher deverá voltar ao marido,
mas os filhos deverão seguir o pai deles.
195 - Se um filho espanca seu pai, dever-se-lhe-á decepar as mãos.
Sobre a navegação:
Art. 236 – Se alguém freta o seu barco a um bateleiro e este é negligente, mete a pique ou faz que se perca
o barco, o bateleiro deverá ao proprietário barco por barco.
Art. 237 – Se alguém freta um bateleiro e o barco e o provê de trigo, lã, azeite, tâmaras e qualquer outra
coisa que forma a sua carga, se o bateleiro é negligente, mete a pique o barco e faz que se perca o
carregamento, deverá indenizar o barco que fez ir a pique e tudo que ele causou perda.