Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RECONHECIMENTO
E DISSOLUÇÃO
Arts. 1.723 e seguintes CC
É reconhecido o vínculo de afinidade entre os conviventes (CC 1.595) e mantido o
poder familiar a ambos os pais (CC 1.631), sendo que a dissolução da união não altera
as relações entre pais e filhos (CC 1.632). Aos companheiros são assegurados
alimentos (CC 1.694) e o direito de instituir bem de família (CC 1.711), assim como é
admitido que um seja curador do outro (CC 1.775).
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e
a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida
com o objetivo de constituição de família.
A COABITAÇÃO. a vida sob o mesmo teto, não é elemento essencial para a sua
VÍNCULO AFETIVO. O envolvimento mútuo acaba transbordando o limite do privado,
e as duas pessoas começam a ser identificadas no meio social como um par, Casal.
ESTADO CIVIL. Com o casamento ocorre a alteração do estado civil dos noivos, que
passam à condição de casados. Já a união estável não tem um elemento objetivo
definindo seu início, mas nem por isso deixa de produzir consequências jurídicas
desde sua constituição.
NOME - É a Lei dos Registros Públicos que autoriza a mulher a averbar o patronímico
do companheiro, sem prejuízo dos apelidos próprios de família (LRP 57 § 2.º).
Art. 1.723. (...)
§ 1º A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se
aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou
judicialmente.
§ 2º As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável.
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações
patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
REGIME DE BENS. Quedando-se em silêncio tanto os noivos (CC 1.640) como os conviventes (CC
1.725), a escolha é feita pela lei: incide o regime da comunhão parcial (CC 1.658 a 1.666). No
regime da comunhão parcial, todos os bens amealhados durante o relacionamento são
considerados fruto do esforço comum. Presume-se que foram adquiridos por colaboração mútua,
passando a pertencer a ambos em parte iguais.
• RECONHECIMENTO
Extrajudicial – Tabelião do cartório de notas, Escritura publica do contrato de
convivência
Judicial
• Reconhecimento e dissolução da União Estável
• Post-mortem – reconhecimento para habilitação em inventario
• DISSOLUÇÃO
Consensual – extrajudicial ou Judicial
Litigiosa – Judicial
JURISPRUDENCIA
Face aos fatos narrados e considerando as regras de Direito Civil, assinale a opção correta.
A) A ausência de partilha dos bens de Augusto com seus herdeiros Gustavo e Fernanda
caracteriza causa suspensiva do casamento, o que obsta o reconhecimento da união estável
entre Rita e Augusto.
B) Sendo reconhecida a união estável entre Augusto e Rita, aplicar-se-ão à relação
patrimonial as regras do regime de comunhão universal de bens, salvo se houver contrato
dispondo de forma diversa.
C) As dívidas contraídas por Augusto, na constância do relacionamento com Rita, em
proveito da entidade familiar, serão suportadas por Rita de forma subsidiária.
D) Em razão do fim do relacionamento amoroso, Rita poderá pleitear alimentos em desfavor
de Augusto, devendo, para tanto, comprovar o binômio necessidade-possibilidade
Felipe e Paulo vivem em união estável desde 2010 e não firmaram pacto de convivência. Em
2012, Paulo adquiriu um veículo para facilitar sua locomoção ao trabalho. No ano de 2018, Felipe
recebeu R$ 200.000,00 de sua genitora a título de doação. Considerando que os dois são
civilmente capazes e têm menos de 70 anos, na situação hipotética de dissolução da união
estável e partilha de bens,
A) Paulo terá direito à meação do valor recebido a título de doação sem a necessidade de
prova de esforço comum.
B) Felipe terá direito à meação do veículo adquirido sem a necessidade de prova de
esforço comum. Por outro lado, Paulo não fará jus à partilha do valor recebido a título de
doação, por se tratar de bem excluído da comunhão no regime de bens aplicável à
relação.
C) Paulo não fará jus à partilha do valor recebido a título de doação, por se tratar de bem
excluído da comunhão no regime de bens aplicável à relação. Por sua vez, Felipe também
não fará jus à partilha do veículo, o qual foi adquirido para facilitar a locomoção de Paulo
ao trabalho e, portanto, excluído da comunhão no regime de bens aplicável à relação.
D) Felipe terá direito à meação do veículo adquirido sem a necessidade de prova de
esforço comum. E Paulo fará jus à partilha do valor recebido a título de doação, por se