Bigamia (CP, art.

235)
Aula 4:

. A Proteção
penal à
família
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Bigamia (CP, art. 235) Bigamia (CP, art. 235)

Introdução
• Cap. I – instituição do casamento (arts. 235 a 239)
• Cap. II – Estado de filiação (arts. 241 a 243)
• Cap. III – Assistência familiar (arts. 244 a 247)
• Cap. IV – Direitos e deveres familiares (arts. 248 e 249)
• Constituição Federal (Cap. VII do Título VIII)
• base da sociedade; proteção especial do Estado (art. 226, caput)
• Casamento – celebração gratuita; religioso com efeitos civis; dissolução pelo
divórcio;
• Entidade familiar;
• Igualdade entre homem e mulher;
• Planejamento familiar
• Assistência familiar e mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações
Cap. I – Dos crimes contra o casamento (Arts.
235 a 240)
• Proteção ao matrimônio – caráter subsidiário
• Código Civil arts. 1511 a 1532 (base jurídica do casamento)
• Código Penal (punir criminalmente as violações mais graves)
• Proteção dos direitos subjetivos dos contraentes enganados
• Código Penal
• Ofensa ao vínculo monogâmico (art. 235)
• Desrespeito as normas reguladoras de impedimentos matrimoniais absolutos
ou erros essenciais (questões de ordem pública e interesse social) – arts. 236
e 237
• Celebração fraudulenta (arts. 238 e 239)

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 Bigamia (CP, art. 235) Bigamia (CP, art. 235)
Art. 235 - Bigamia
1. Objeto jurídico Organização familiar (casamento monogâmico)
2. Tipo objetivo Ação Nuclear: “contrair”
Art. 235. Contrair alguém, sendo casado, novo casamento: Bigamia própria: caput
Bigamia imprópria: § 1º (exceção pluralística à teoria monista)
Pena – reclusão, de dois a seis anos Elementos normativos: “casado” e “casamento”
§ 1º Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa 3. Sujeito ativo Bigamia própria: Crime próprio (pessoa casada)
casada, conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou Bigamia imprópria: Crime comum (qualquer pessoa)
detenção de um a três anos. 4. Sujeito passivo Família enganada, especialmente o cônjuge do primeiro
casamento e o do segundo quando de boa fé
§ 2º Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o outro 5. Tipo subjetivo Dolo
por motivo que não a bigamia, considera-se inexistente o crime.
6. Consumação Celebração do segundo matrimônio (Art. 1.514 do CC)
Crime de mera conduta
7. Tentativa Admissível
8. Ação Penal Ação penal pública incondicionada
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Art. 236 – Induzimento a erro essencial e ocultação de

1. Objeto Jurídico Família (direito dos cônjuges contra matrimônios ilegalmente celebrados)
impedimento
2. Tipo objetivo Ação nuclear: “contrair”
Art. 236. Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro Meios de execução: induzir a erro essencial ou ocultar impedimento
Norma penal em branco
contraente, ou ocultando impedimento que não seja casamento Erro essencial: Art. 1.557 do CC
anterior: Impedimentos matrimoniais: Art. 1.521 do CC

Pena – detenção de 6 (seis) a 2 (dois) anos. 3. Sujeito ativo Crime próprio (cônjuge em situação de impedimento matrimonial ou ensejador
de erro essencial)
Parágrafo único. A ação penal depende de queixa do contraente 4. Sujeito passivo Cônjuge enganado (secundariamente a sociedade)
enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em 5. Tipo subjetivo Dolo
julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o 6. Consumação Celebração do matrimônio
casamento. 7. Tentativa Não é punível em razão da condição de procedibilidade
8. Condição de Trânsito em julgado da ação cível que anular o casamento em razão do erro
procedibilidade essencial ou impedimento (parágrafo único)
9. Ação Penal Ação penal privada personalíssima
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 Bigamia (CP, art. 235) Bigamia (CP, art. 235)
Bigamia (e poligamia: pluralidade de casamentos)
Casamento civil, ou
religioso com efeitos civis O solteiro(a), viúvo(a), divorciado(a) se
Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento:
souber que o cônjuge era casado não
responde pelo art. 235 CP, mas pelo crime
A Tentativa é impossível!
mencionado no art. 235 § 1º
Pena - reclusão, de dois a seis anos.

§ 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai

§ 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa
casada, conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou casamento com pessoa casada, conhecendo
detenção, de um a três anos. essa circunstância, é punido com reclusão ou
§ 2º - Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o outro
por motivo que não a bigamia, considera-se inexistente o crime. detenção, de um a três anos.
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Bigamia (CP, art. 235) Bigamia (CP, art. 235)

• E no casamento de pessoas do mesmo sexo? Tem bigamia?
• O STJ (ADPF nº 132 e ADI 4.277) reconheceu em
conformidade do art. 1.723 CC que pessoas do mesmo sexo
podem ser consideradas casadas
Pluralidade Não podemos • Então o crime de bigamia pode ser constatado em relação às
pessoas do mesmo sexo (Art. 235 CP)
fazer a analogia
de União para prejudicar • As testemunhas que declararam não existir impedimentos
para a realização daquela união são concorrentes da
Estável: o réu. bigamia?
• Se mentiram, SIM art. 235 na figura do partícipe (Regis
Prado); há posicionamento contrário (Damásio de Jesus)
• O crime de falsidade ideológica, ou material fica absorvido?
Não ( Regis Prado) é absorvido; não (posição minoritária)
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 Bigamia (CP, art. 235) ver art. 1.557 CC Induzimento a erro essencial e
ocultação de impedimento (CP, art. 236)
Induzimento a erro essencial e ocultação de
Contraente
Suj. Passivo Estado
enganado
impedimento

Art. 236 - Contrair casamento, induzindo

Induzir erro
em erro essencial o outro contraente, ou
Condutas essencial ocultando-lhe impedimento que não seja
casamento anterior:

Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos.

Conduta Dolosa

Parágrafo único - A ação penal depende de

queixa do contraente enganado e não pode ser
Com o Ação penal
intentada senão depois de transitar em julgado
consumação casamento épersonalíssima a sentença que, por motivo de erro ou
13 impedimento, anule o casamento. 14

Induzimento a erro essencial e ocultação

1. Objeto Jurídico Família (direito dos cônjuges contra matrimônios ilegalmente celebrados)
de impedimento (CP, art. 236)
• O título deste crime (bigamia), por essência, representa a pessoa que possui
2. Tipo objetivo Ação nuclear: “contrair” dois cônjuges simultaneamente. Entretanto, deve-se fazer interpretação
Meios de execução: induzir a erro essencial ou ocultar impedimento
Norma penal em branco extensiva, reconhecendo-se a possibilidade de haver mais de dois
Erro essencial: Art. 1.557 do CC casamentos (poligamia), configurando-se o delito do mesmo modo.
Impedimentos matrimoniais: Art. 1.521 do CC
• Seria tolice punir quem se casa duas vezes e desprezar aquele que possui
3. Sujeito ativo Crime próprio (cônjuge em situação de impedimento matrimonial ou
ensejador de erro essencial) mais de dois matrimônios ao mesmo tempo.
4. Sujeito passivo Cônjuge enganado (secundariamente a sociedade) • A figura privilegiada envolve a pessoa solteira ou divorciada, que,
5. Tipo subjetivo Dolo conhecendo a circunstância do outro ser casado, mesmo assim contrai
6. Consumação Celebração do matrimônio matrimônio.
7. Tentativa Não é punível em razão da condição de procedibilidade • Sem dúvida, é menos grave do que se casar já sendo casado. Trata-se de
8. Condição de Trânsito em julgado da ação cível que anular o casamento em razão do excludente de tipicidade, pois a norma aponta para a anulação do primeiro
procedibilidade erro essencial ou impedimento (parágrafo único) casamento, que é desconstituído em vista de não preenchimento de
9. Ação Penal Ação penal privada personalíssima requisito previsto em Lei à época de sua celebração (p. ex., as causas
presentes nos arts. 1.548 e 1.550 do Código Civil). Ora, se este inexiste, o
segundo foi legalmente celebrado. Enfim, inexiste bigamia. 16
 Induzimento a erro essencial e ocultação Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento (CP, art.
de impedimento (CP, art. 236) 236) (norma penal em branco)
CC Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro
Não admite tentativa por ser delito cônjuge:
O sujeito ativo é qualquer pessoa, mas condicionado. Exige-se a prévia
é preciso que se case induzindo outrem anulação do casamento para que se
em erro ou ocultando-lhe possa tornar o tipo relevante. Trata-se
impedimento. de condição mista: objetiva de
punibilidade e de procedibilidade. I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse
erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em
Significa que somente a pessoa comum ao cônjuge enganado;
prejudicada (cônjuge enganado) pode
Este é o único caso remanescente de ajuizar a demanda criminal; se ela
ação penal privada personalíssima. morrer, não pode ser substituída por II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza,
outros, extinguindo-se a punibilidade
do agente.
torne insuportável a vida conjugal;

O sujeito ativo é qualquer pessoa que

se case, impedida pela lei civil. III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que
Demanda-se dolo direto, pois consta do não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por
tipo: conhecendo a existência de
impedimento contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge
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ou de sua descendência; 18

Induzimento a erro essencial e ocultação Induzimento a erro essencial e ocultação

de impedimento (CP, art. 236) de impedimento (CP, art. 236)
Na primeira hipótese o dispositivo pune o induzimento do outro contraente 1. Objeto Jurídico Família (direito dos cônjuges contra matrimônios ilegalmente celebrados)
em erro essencial referente à pessoa, como ocultação de crime anterior ao
casamento e outros casos definidos na lei civil (norma penal em branco. 2. Tipo objetivo Ação nuclear: “contrair”
Meios de execução: induzir a erro essencial ou ocultar impedimento
Norma penal em branco
Na 2ª hipótese pene a ocultação dolosa (fraudulenta) de impedimento (não Erro essencial: Art. 1.557 do CC
Impedimentos matrimoniais: Art. 1.521 do CC
referente a casamento anterior) que cause nulidade absoluta do casamento
nos termos da lei civil ( Art. 1.521 CC 2002) 3. Sujeito ativo Crime próprio (cônjuge em situação de impedimento matrimonial ou ensejador
de erro essencial)

A ação penal e personalíssima e só pode ser proposta após a anulação do 4. Sujeito passivo Cônjuge enganado (secundariamente a sociedade)

casamento 5. Tipo subjetivo Dolo

6. Consumação Celebração do matrimônio
7. Tentativa Não é punível em razão da condição de procedibilidade
O crime so se consuma com o casamento 8. Condição de Trânsito em julgado da ação cível que anular o casamento em razão do erro
procedibilidade essencial ou impedimento (parágrafo único)
9. Ação Penal Ação penal privada personalíssima
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 - Abandono material (CP, art. 244) - Abandono material (CP, art. 244)
• Abandono material
• Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do
cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o
trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos,
não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao
pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou
majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou
ascendente, gravemente enfermo: (Redação dada pela Lei nº
10.741, de 2003)
Abandono material é Se caracteriza pela Também se • Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a
um crime contra a sonegação de enquadram o devedor dez vezes o maior salário mínimo vigente no País. (Redação dada pela
assistência familiar no provimento de de pensão alimentícia Lei nº 5.478, de 1968)
Brasil. subsistência ao nestes casos, e as
cônjuge e ao filho demais pessoas
• Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo
solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono
menor de 18 anos ou enumeradas no artigo injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão
inapto para o 244 do Código Penal alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada. (Incluído
trabalho. brasileiro. 21 pela Lei nº 5.478, de 1968) 22

- Abandono material (CP, art. 244) - Abandono material (CP, art. 244)
Cônjuge, filhos,
Cônjuge, pais, descendentes
Sujeito ativo

Ascendentes

Devedor da pensão alimentícia Credor de alimentos

Sujeitos
passivos
Descendentes
Ascendentes
Ascendentes
Descendentes
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Estado 24
 - Abandono material (CP, art. 244)
Elemento
Objeto jurídico
subjetivo
Proteção
dispensada pelo Dolo
Estado à família
- Abandono material (CP, art. 244)
Já quanto à figura típica que criminaliza o abandono
decorrente do “não pagamento de pensão alimentícia
judicialmente acordada, fixada ou majorada”, tem-se que o
Direito Civil, por admitir a imediata prisão civil do prestador
inadimplente - enquanto na esfera criminal, necessita de um
processo-crime, além do que, por tratar-se de delito
apenado com detenção, iniciar-se-á o cumprimento de pena
em regime semiaberto ou aberto, obrigatoriamente,
podendo ainda o agente prestar fiança ainda à autoridade
policial, o que lhe possibilitará responder o processo em
liberdade -, é absolutamente mais eficiente, restando
demonstrado, com isso, violação frontal à intervenção
mínima do Direito Penal.
- Abandono material (CP, art. 244)
Diante do não cumprimento do dever de exercer a
paternidade responsável, os pais poderão
responder criminalmente pelo cometimento do
crime de abandono material, contrariando o
princípio da intervenção mínima, segundo o qual, o
Direito Penal deve ser a ultima ratio, isto é, deve
atuar somente quando os demais ramos do Direito
revelarem-se incapazes de dar a tutela devida a
bens relevantes na vida do indivíduo e da própria
sociedade
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- Abandono material (CP, art. 244)
Não haverá crime se existir justa causa para a omissão (elemento
normativo do tipo) como a impossibilidade jurídica de cumprir a
obrigação.
Em várias hipóteses o critério de justa causa é dado pela lei civil como
no abandono do lar.
Objeto jurídico: é a instituição da família.
Sujeito ativo: quem deve
Sujeito Passivo: o credor do amparo.
Crime doloso: não há forma culposa
Consumação: com a omissão do amparo devido (crime permanente)
Não cabe tentativa: crime omissivo próprio.
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 - Abandono material (CP, art. 244) - Abandono material (CP, art. 244)
O abandono material contém um componente
normativo, contido na expressão “sem justa
causa”, na qual é exigida para a configuração do
delito, ou seja, para que a conduta seja
amparada por lei o inadimplemento tem que
ocorrer sem motivo justo.
Assim, o mero inadimplemento, por si só, não
caracteriza o abandono material.
Neste contexto, Fernando Capez leciona:
É o dolo, consubstanciado na vontade livre e
consciente de praticar uma das condutas prevista
no tipo penal.
Importa observar que não basta o mero
inadimplemento das prestações alimentícias
fixadas judicialmente para que o crime se
configure. È necessário comprovar que o agente,
propositadamente, possuindo recursos para
arcar com a pensão, frustra ou ilide seu
pagamento. 29 https://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/10/2019/morre-em-mg-menino-que-teve-dinheiro-de-campanha-desviado-pelo-pai 30

Subtração de incapazes (CP, art. 249)
• Subtração de incapazes
• Art. 249 - Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao poder de
quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial:
• Pena - detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não constitui
elemento de outro crime.
• § 1º - O fato de ser o agente pai ou tutor do menor ou curador do
interdito não o exime de pena, se destituído ou temporariamente
privado do pátrio poder, tutela, curatela ou guarda.
Subtração de incapazes (CP, art. 249)
• Consiste na retirada de menor de dezoito anos ou interdito de quem
o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial.
• O bem jurídico protegido é o poder familiar, a tutela ou curatela,
como medidas inerentes à instituição familiar.
• Eventual consentimento do menor de idade ou interdito é
juridicamente irrelevante, pois presume-se sua incapacidade para
anuir à conduta típica.
• Admite qualquer meio de execução, a exemplo da fraude, da grave
ameaça e da violência à pessoa.
• Nos dois últimos casos, deverão ser imputados ao agente a subtração
de incapazes e o crime resultante da violência.

• § 2º - No caso de restituição do menor ou do interdito, se este não

sofreu maus-tratos ou privações, o juiz pode deixar de aplicar pena. 31 32
 Subtração de incapazes (CP, art. 249)
Sujeito ativo
Sujeito
Passivo
Crime
doloso
Consumação
Subtração de incapazes (CP, art. 249)
• Furto
• Art. 155 - Subtrair, para si ou para
outrem, coisa alheia móvel:
• “No furto para uso" uma pessoa
que furta o carro de uma vítima
apenas para dar um passeio,
devolvendo-o voluntariamente no
mesmo exato lugar que o
encontrou, com o mesmo tanto de
combustível, sem nenhum dano no
veículo fica impune.
Subtração de incapazes (CP, art. 249)
Pode ser pai, mãe,
Qualquer pessoa
curador, tutor,
No art. 249 ele tira o
curador, sem
Nesse caso o agente
guarda da vítima
menor ou interdito da
deixa de entregar o
companhia de quem o
Detentor da menor ou interdito.
guarda e o menor detém legitimamente.
ou interdito
Não existe forma
culposa Cabe perdão judicial
Objeto jurídico: Pátrio
no caso de restituição
Poder, tutela ou
sem ter havido maus
Com a subtração
curatela.
do menor ou
interdito tratos ou privações.
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• Ora, a mãe que tem o filho
sequestrado e o recupera incólume
na semana seguinte, seja por
intervenção policial, seja por
pagamento de resgate ou
arrependimento do agente,
agradece a Deus a sorte ou
privilégio do desfecho.
• Mas é capaz de perder a fé se
descobre que o Código Penal, à luz
da doutrina — ou o Código e a
doutrina, de mãos dadas —
equiparam, de um lado, a
subtração de criança ou
adolescente à subtração de uma
simples coisa; e, de outro, as
diferenciam substancialmente. 35