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DIREITO CIVIL

Prof. Wiverson George de Oliveira


Professor
WIVERSON
GEORGE
DE OLIVEIRA
Professor
WIVERSON
GEORGE
DE OLIVEIRA

Instagram: wiversonwill.advogado@gmail.com
Whatsapp: (71) 991233948
Direito Civil
Código Civil: Lei 10.406 de 10.01.2002

• Regem a vida cotidiana


• História de vida

• *união estável
• *Divórcio unilateral – negativa
• *propriedade imóvel
Direito Civil
Código Civil: Lei 10.406 de 10.01.2002
• Conceito:
• Ramo do Direito Privado destinado a reger as
relações familiares, patrimoniais e
obrigacionais que se formam entre os
indivíduos enquanto membros da sociedade.
• Direito Privado- âmbito das relações privadas,
regulando as relações entre os particulares
com fundamento na igualdade jurídica e na
autodeterminação
Amplitude
• Família

• Patrimônio

• Obrigações
Direito Civil

• Antigo Código Civil: lei 3.071 de 01.01.1916

• Novo Código Civil: lei 10.406 de 10.01. 2002


Direito Civil e Codificação
•Código é uma lei que busca disciplinar
relações jurídicas da mesma natureza (civis,
penais, trabalhistas etc.), organizando e
sistematizando o direito material.
•segurança
•Critérios uniformes
•Engessamento - rigidez, o que implica na
dificuldade de sua alteração
Direito Civil e Codificação

•Código Civil

•Código de Processo Civil


Estrutura do Código Civil
• Estrutura
• Parte Geral
• Livro I- Das Pessoas
(naturais,jurídicas,domicílio)
• Livro II - Dos Bens
• Livro III- Dos fatos Jurídicos (negócio
jurídico, atos lícitos e ilícitos, prescrição,
decadência)
Estrutura do Código Civil
• Estrutura
• Parte Especial
• Livro I- Direito das Obrigações (inclusive
contratos e Responsabilidade Civil)
• Livro II – Do Direito de Empresa (sociedade)
• Livro III- Do Direito das Coisas (posse,
propriedade, direitos reais, usufruto, penhor)
• Livro IV – Do Direito de Família (casamento,
parentesco, regime de bens, alimentos,
separação divórcio, união estável tutela
curatela)
• Livro V – Do Direito das Sucessões
Direito Civil e Constituição
• Constituição assume um novo papel de
regência das relações privadas
• constitucionalização do Direito privado
• Constituição - definindo princípios e regras
relacionados a temas antes reservados
exclusivamente ao Código Civil e ao império
da vontade, como a função social da
propriedade, organização da família, etc
• Constituição federal 1988
• Dignidade da pessoa humana
• Igualdade e proteção filhos
• Visão social e coletiva
• Constituição federal 1988
• Dignidade da pessoa humana
• Dos princípios fundamentais
• Art. 1°, III
• Igualdade e proteção filhos
• Art.227 (Caput e § 6º)
• Visão social e coletiva
• Art. 1°, IV - valores sociais do trabalho
• Art. 5°, XXIII – função social da
propriedade

• O CC teve que se adaptar


Princípios norteadores do Código Civil
Eticidade – eficácia - efetividade - dignidade
humana, da cidadania, da personalidade, da
confiança, da probidade, da lealdade, da boa-fé,
da honestidade nas relações jurídicas de direito
privado

Socialidade - o predomínio do social sobre o


individual

Operalidade – soluções normativas para


possibilitar uma compreensão maior e mais
simplificada para sua interpretação e aplicação
pelo operador do Direito
Princípios norteadores do Código Civil
• CC 1916: Patriarcal/individualista/
patrimonialista - Motivos
• CC 2002 – Princípios norteadores:
• Eticidade – 113 (boa-fé)/ p.u.473
• Socialidade
- 421 (contrato função social –
relativização do pacta sunt servanda)
- § 1º - 1228 / 1239 (usucapião -
posse)
• Operalidade – 927 (teoria objetiva da
responsabilidade civil)
Novo e antigo Código Civil
• Virgindade:
• Anulação casamento
• CC16- Art. 218. É também anulável o casamento, se
houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro
essencial quanto à pessoa do outro
• Art. 219. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do
outro cônjuge:IV - O defloramento da mulher, ignorado
pelo marido.
• Deserdação filha
• Art. 1744. Além das causas mencionadas no artigo 1.595,
autorizam a deserdação dos descendentes por seus
ascendentes:III - Desonestidade da filha que vive na casa
paterna.
• CC2002- 1962 exclui este inciso do rol de deserdação
Novo e antigo Código Civil
• Isonomia sexos:
CC16-Art. 233. O marido é o chefe da sociedade
conjugal, função que exerce com a colaboração da
mulher, no interesse comum do casal e dos filhos
(artigos 240, 247 e 251).Compete-lhe:
I - A representação legal da família.
II - A administração dos bens comuns e dos particulares
da mulher que ao marido incumbir administrar, em
virtude do regime matrimonial adotado ou de pacto
antenupcial (artigos 178, § 9º, nº I, c, 274, 289, nº I e
311).

C2002- Art. 1565.


igualdade – guarda filhos
Novo e antigo Código Civil
• Mulher coadjuvante:

CC16-Art. 385. O pai e, na sua falta, a mãe são os


administradores legais dos bens dos filhos que se
achem sob o seu poder, salvo o disposto no artigo
225.

C2002- Art. 1565. Art. 1690. Compete aos pais, e na


falta de um deles ao outro, com exclusividade,
representar os filhos menores de dezesseis anos,
bem como assisti-los até completarem a maioridade
ou serem emancipados.
Novo e antigo Código Civil
• Igualdade entre os filhos:

C2002 - Art. 1596. Os filhos, havidos ou não da


relação de casamento, ou por adoção, terão
os mesmos direitos e qualificações, proibidas
quaisquer designações discriminatórias
relativas à filiação.
Novo e antigo Código Civil
• Desconsideração da personalidade jurídica

C2002- Art. 50 -Em caso de abuso da


personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio
de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode
o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do
Ministério Público quando lhe couber intervir no
processo, que os efeitos de certas e
determinadas relações de obrigações sejam
estendidos aos bens particulares dos
administradores ou sócios da pessoa jurídica.
• DUPLO GRAU OBRIGATÓRIO DE JURISDIÇÃO – AÇÃO
DE ANULAÇÃO DE CASAMENTO – SENTENÇA DE
PROCEDÊNCIA DO PEDIDO – AUSÊNCIA DE RECURSO
VOLUNTÁRIO TEMPESTIVO – REEXAME NECESSÁRIO
DO JULGADO NO 2º GRAU DE JURISDIÇÃO – Processo
com tramitação regular, que foi acompanhado pela
representação do Ministério Público e contou com a atuação
do Curador do vínculo. Decisão monocrática embasada na
prova dos autos e fulcrada nas regras dos arts. 218 e 219,
III, do Código Civil. A impotência coeundi, mesmo relativa, se
desconhecida anteriormente pela mulher e impeditiva da
consumação do casamento, com a realização do ato sexual,
segundo a doutrina e a jurisprudência, constitui motivo para
se anular o matrimônio civil, por tratar-se de defeito físico
irremediável, considerado erro essencial sobre a pessoa do
outro cônjuge, capaz de viciar o consentimento dado para a
celebração do ato jurídico especial. Formalidades legais
necessárias observadas. Decisão judicial compatível.
Confirmação do julgado no procedimento sobre o seu
reexame obrigatório. (TJRJ – DGJ 396/1999 – 6ª C.Cív. –
Rel. Des. Ronald Valladares – J. 09.10.2001)JCCB.218
JCCB.219 JCCB.219.III
DAS PESSOAS
E DA
PERSONALIDADE
CIVIL
Das pessoas
• Ente físico ou coletivo suscetível de
direitos e obrigações
• Sujeito. Titular de um direito.
•O ser humano, organizações,
coletividades.
• Pessoas. Espécies:
- natural ou física
- jurídica - entidades abstratas
agrupamento para um fim - distintos das
pessoas físicas que o compõem
Das pessoas- Pessoa Natural
• Ente físico. Ente dotado de
personalidade
• Personalidade =Aptidão = adquirir
direitos e contrair obrigações.
• Capacidade - elemento da
personalidade exercer atos da vida
civil.
PERSONALIDADE
• Atributo que dá a um ser status de
pessoa
• A aptidão para adquirir direitos e
contrair obrigações
• É atributo jurídico
• Começa com o nascimento com vida –
Teoria Natalista
• Encerra com a morte
• Concepção “in utero”
PERSONALIDADE
• Nascituro.
- Direitos protegidos desde a concepção.
- Art.2° CC
- possui expectativa de direito.
- Personalidade condicional: Direitos sob
condição suspensiva. - nascer com vida.
- Teoria concepcionista: personalidade desde a
concepção (influência: proteção direito à vida,
gestação saudável) mas não patrimoniais (só
ao nascer) X teoria natalista
- O nascituro só tem a proteção mas não tem
personalidade civil
PERSONALIDADE
• Nascituro
• Não é considerado pessoa
• “sujeito de direito”- Tem proteção legal de seus
direitos desde a concepção
• - Problemática.
- Banco de sêmen - Concepção “in vitro”
- Natimorto
- Natimorto e sucessão
- Feto milionário falecido
- Feto anencéfalo - questão do aborto proibido
- CP Arts. 124, 127 e 128
PERSONALIDADE
• Nascituro.
- Representado :
pelos pais
por curador (pai falecido,ausente e
mãe sem o poder familiar em caso de
mulher interditada;curador para mãe e
feto).
PERSONALIDADE
• Nascituro.
- Direitos personalíssimos – vida (crime aborto) ,
proteção pré-natal, etc
- Direito de ação:Figura em relações jurídicas:
doação(542), direito herança(1798),
reconhecimento paterno(1609 parágrafo
único).
- Pólo ativo = alimentos (a mãe representando e
não em nome próprio dela)
- Pólo passivo = anulação de doação ou de
testamento.
Pessoa Natural
• Personalidade
- A aptidão para adquirir direitos e
contrair obrigações

• Capacidade
- atributo da Personalidade Jurídica
CAPACIDADE
• Aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações
e exercer, por si ou por outrem, atos da vida civil
- Capacidade de Direito = personalidade = de
gozo, potencial

- Capacidade de fato = exercício,poder efetivo =


prática plena de atos da vida civil
- A incapacidade de fato não restringe a
personalidade.
- Todos possuem a Capacidade de Direito Nem
todos possuem a Capacidade de fato
EXERCÍCIOS
O nascituro tem direito a
participar da sucessão
hereditária?
Art. 1.798 do CC: Legitimam-se a
suceder as pessoas nascidas ou
já concebidas no momento da
abertura da sucessão.
(FCC/TRT 9ª REGIÃO/AJAJ/2015) De acordo com o Código Civil,
os menores de dezesseis anos:
a) possuem personalidade desde a concepção e, com o
nascimento com vida, adquirem capacidade para praticar os atos
da vida civil, embora devam fazê-lo por meio de assistência.
b) possuem personalidade desde o nascimento com vida, mas são
absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da
vida civil.
c) possuem personalidade desde a concepção e, com o nascimento
com vida, adquirem capacidade para praticar os atos da vida civil,
embora devam fazê-lo por meio de representação.
d) não possuem personalidade, a qual passa a existir, de maneira
relativa, aos dezesseis anos completos.
e) possuem personalidade desde o nascimento com vida, mas são
relativamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da
vida civil
(FCC/TRT 9ª REGIÃO/AJAJ/2015) De acordo com o Código Civil,
os menores de dezesseis anos:
a) possuem personalidade desde a concepção e, com o
nascimento com vida, adquirem capacidade para praticar os atos
da vida civil, embora devam fazê-lo por meio de assistência.
b) possuem personalidade desde o nascimento com vida, mas são
absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da
vida civil.
c) possuem personalidade desde a concepção e, com o nascimento
com vida, adquirem capacidade para praticar os atos da vida civil,
embora devam fazê-lo por meio de representação.
d) não possuem personalidade, a qual passa a existir, de maneira
relativa, aos dezesseis anos completos.
e) possuem personalidade desde o nascimento com vida, mas são
relativamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da
vida civil
((FCC/MANAUSPREV/PROCURADOR AUTÁRQUICO/2015)
Considere que determinada pessoa pratique diversos atos de
dilapidação de seu patrimônio, colocando em risco sua
subsistência e de seus dependentes. De acordo com o Código
Civil, referida pessoa:
a) deverá ser mantida sob tutela, que recairá,
preferencialmente, na pessoa do cônjuge
b) será considerada incapaz de direitos e deveres na ordem civil,
sendo representado, em todos os atos, pelo curador nomeado
pelo Ministério Público.
c) não será considerada incapaz, até a declaração de interdição,
após o que deverá ser nomeado tutor para a prática de atos
que impliquem disposição patrimonial.
d) somente será interditada se constatada enfermidade ou
deficiência mental que comprometa o necessário
discernimento para os atos da vida civil.
e) está sujeita a curatela, decorrente de interdição que poderá
ser promovida inclusive pelo cônjuge.
((FCC/MANAUSPREV/PROCURADOR AUTÁRQUICO/2015)
Considere que determinada pessoa pratique diversos atos de
dilapidação de seu patrimônio, colocando em risco sua
subsistência e de seus dependentes. De acordo com o Código
Civil, referida pessoa:
a) deverá ser mantida sob tutela, que recairá,
preferencialmente, na pessoa do cônjuge
b) será considerada incapaz de direitos e deveres na ordem civil,
sendo representado, em todos os atos, pelo curador nomeado
pelo Ministério Público.
c) não será considerada incapaz, até a declaração de interdição,
após o que deverá ser nomeado tutor para a prática de atos
que impliquem disposição patrimonial.
d) somente será interditada se constatada enfermidade ou
deficiência mental que comprometa o necessário
discernimento para os atos da vida civil.
e) está sujeita a curatela, decorrente de interdição que poderá
ser promovida inclusive pelo cônjuge.
#576705 | 11 • Direito Civil • Parte Geral | Personalidade, Pessoa Natural e Capacidade

2006 • ND • OAB-DF • Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase • Prova: 50597

Download PDF: Prova

Sobre a capacidade é correto afirmar:

A) capacidade e personalidade são conceitos sinônimos, podendo ser utilizados indistintamente;

B) capacidade de direito e capacidade de exercício são atributos inerentes a toda pessoa humana;

C) somente aos dezoito anos adquire-se a capacidade de exercício por implemento da idade;

D) o poder familiar estende-se além dos dezoito anos completos em relação aos filhos, relativamente a responsabilização civil.
• Letra C
CAPACIDADE de FATO

• Absolutamente incapazes
• Relativamente capazes
• Capazes
CAPACIDADE de FATO
• lei 13.146/2015, que institui o Estatuto da Pessoa com
Deficiência.
• Código Civil (arts. 114 a 116) alterado
• Foi alterado o caput do art. 3º do Código Civil, que tinha a
seguinte redação: "São absolutamente incapazes de
exercer pessoalmente os atos da vida civil: I – os menores
de dezesseis anos; II – os que, por enfermidade ou
deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento
para a prática desses atos; III – os que, mesmo por causa
transitória, não puderem exprimir sua vontade".
• alterado o caput do comando, passando a estabelecer que
"são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente
os atos da vida civil os menores de 16 anos".
CAPACIDADE de FATO
COMO ERA Incapacidade Absoluta
(Art.3°)
• I- Menores de 16
• II- Enfermidade ou deficiência mental
(Interdição)
• III- Não puderem exprimir a vontade
(mesmo transitoriamente)
CAPACIDADE de FATO
Incapacidade Absoluta (Art.3°)
atualmente
• I- Menores de 16

• não existe mais, no sistema privado


brasileiro, pessoa absolutamente
incapaz que seja maior de idade. Como
consequência, não há que se falar mais
em ação de interdição absoluta
CAPACIDADE de FATO
COMO ERA Incapacidade Absoluta
(Art.4°)
• Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos,
ou à maneira de os exercer: I – os maiores de
dezesseis e menores de dezoito anos; II – os
ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que,
por deficiência mental, tenham o discernimento
reduzido; III – os excepcionais, sem
desenvolvimento mental completo; IV – os
pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos índios
será regulada por legislação especial.
CAPACIDADE de FATO
Incapacidade Relativa (Art. 4°)
“ Art. 4º - São incapazes, relativamente a certos
atos ou à maneira de os exercer:
I- Maiores de 16 e menores de 18
II - Os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III- aqueles que, por causa transitória ou
permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV- Os pródigos
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas
será regulada por legislação especial.” (NR)
CAPACIDADE de FATO
Incapacidade Relativa (Art. 4°)
“ Art. 4º - São incapazes, relativamente a certos
atos ou à maneira de os exercer:
I- Maiores de 16 e menores de 18
II - Os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III- aqueles que, por causa transitória ou
permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV- Os pródigos
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas
será regulada por legislação especial.” (NR)
CAPACIDADE de FATO
• o art. 6º da lei 13.146/2015, segundo o qual a deficiência
não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive
para: a) casar-se e constituir união estável; b) exercer
direitos sexuais e reprodutivos; c) exercer o direito de
decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a
informações adequadas sobre reprodução e
planejamento familiar; d)conservar sua fertilidade, sendo
vedada a esterilização compulsória; e) exercer o direito à
família e à convivência familiar e comunitária; e f) exercer
o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como
adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades
com as demais pessoas. Em suma, no plano familiar há
uma expressa inclusão plena das pessoas com
deficiência.
CAPACIDADE de FATO
❖Suprimento e cessação da
incapacidade civil

- Assistência e Representação
pais ou tutor: assistem os maiores de 16 e menores de 18
anos.
curador: art. 1767, CC, determina que apenas os que por
causa transitória ou permanente não puderem exprimir a
sua vontade; os ébrios habituais e viciados em tóxicos e os
pródigos estarão sujeitos à curatela.
CAPACIDADE de FATO
- Tutela e Curatela
- Sem ter poderes totais – Não é plena

• A curatela afetará tão somente os atos relacionados


aos direitos de natureza patrimonial e negocial –
curatela específica para determinados atos

• inovação: O art. 116, Estatuto, inseriu o art. 1783-A


no CC, que disciplina Tomada de Decisão Apoiada.-a
pessoa com deficiência elege pelo menos 2 (duas)
pessoas idôneas
CAPACIDADE de FATO
• A incapacidade relativa gera a anulabilidade do ato
jurídico.
• Direitos políticos – relativamente capaz – alguém com
síndrome de down pode ser eleito
• Pessoa com deficiência pode testemunhar –
mudança do artigo 228 - § 2o A pessoa com deficiência
poderá testemunhar em igualdade de condições com as
demais pessoas, sendo-lhe assegurados todos os recursos
de tecnologia assistiva.” (NR)
•O cego pode testemunhar?
• O falido não é incapaz, apenas lhe são impostas
restrições à atividade mercantil.
• A condenação criminal não implica capacidade civil.
CAPACIDADE de FATO
• Relativamente incapazes podem praticar alguns atos
sozinhos:
• Fazer um testamento: Art. 1.860, Parágrafo único. Podem
testar os maiores de dezesseis anos.

• Aceitar mandato para praticar negócios; Art. 666. O maior de


dezesseis e menor de dezoito anos não emancipado pode ser
mandatário, mas o mandante não tem ação contra ele senão de
conformidade com as regras gerais, aplicáveis às obrigações
contraídas por menores.

• Ser testemunha a partir de 16 anos: Art. 228. Não podem ser


admitidos como testemunhas: I – os menores de dezesseis
anos;
FIM DA INCAPACIDADE de FATO
• Maioridade: ao completar 18 anos;
• Levantamento da interdição: cessar a causa que
determinou o respectivo decretamento, quer
mediante requerimento do próprio interdito, quer
por quem tinha legitimidade para requerer o
decretamento da interdição
• Emancipação
CAPACIDADE de FATO

CAPAZES

• Maiores de 18 anos
• Emancipados
DIREITO CIVIL
Prof. Wiverson George de Oliveira
EMANCIPAÇÃO
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE
CAPACIDADE de FATO
EMANCIPAÇÃO
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE
Art.5° parágrafo único

• Parental - Por concessão dos pais


• Por sentença judicial
• Por determinação legal
CAPACIDADE
EMANCIPAÇÃO
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE

• Parental:
- Por concessão dos pais
- maiores de 16 anos
- Ato de emancipação no cartório
CAPACIDADE de FATO
EMANCIPAÇÃO
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE

• Por sentença judicial:


- Quando os pais divergirem quanto
ao assunto
- Maior de 16 anos com tutor
Emancipação
• Por determinação legal:
- Automática
- Pelo casamento
- Emprego público efetivo
- Colação de grau ensino superior
- Atividade civil, comercial ou relação
de emprego – desde que gerem
economia própria
EMANCIPAÇÃO
• Menores capazes
• irrevogável
• Perpétua
• ato jurídico puro e simples- não admite
termo ou condição
• Não gera maioridade
• Alguns atos que exigem 18 anos
continuam proibidos (dirigir)
• A questão eleitoral não torna obrigatório
Legitimação e Capacidade
Incapacidade e Impedimento
impedimento – LEGITIMAÇÃO - vedação à realização
de certos negócios jurídicos (a lei proíbe que o leiloeiro
e seus prepostos adquiram, ainda que em hasta
pública, os bens de cuja venda estejam encarregados)
CC Art. 1.749. Ainda com a autorização judicial, não pode o
tutor, sob pena de nulidade: I – adquirir por si, ou por interposta
pessoa, mediante contrato particular, bens móveis ou imóveis
pertencentes ao menor;

capacidade negocial é aquela exigida como plus, além


da genérica, para a realização de atos jurídicos
específicos. Exemplo: outorga uxória
EXERCÍCIOS
2016 • FGV • OAB • Exame de Ordem Unificado - Xx - Primeira Fase
(reaplicação Salvador/ba) • Prova: 56569
Participar do Simulado | Download PDF: Prova • Edital
Pedro, em dezembro de 2011, aos 16 anos, se formou no ensino médio. Em
agosto de 2012, ainda com 16 anos, começou estágio voluntário em uma
companhia local. Em janeiro de 2013, já com 17 anos, foi morar com sua
namorada. Em julho de 2013, ainda com 17 anos, após ter sido aprovado e
nomeado em um concurso público, Pedro entrou em exercício no
respectivo emprego público.

Tendo por base o disposto no Código Civil, assinale a opção que indica a data
em que cessou a incapacidade de Pedro.

A) Dezembro de 2011.

B) Agosto de 2012.

C) Janeiro de 2013.

D) Julho de 2013.
2016 • FGV • OAB • Exame de Ordem Unificado - Xx - Primeira Fase
(reaplicação Salvador/ba) • Prova: 56569
Pedro, em dezembro de 2011, aos 16 anos, se formou no ensino médio. Em
agosto de 2012, ainda com 16 anos, começou estágio voluntário em uma
companhia local. Em janeiro de 2013, já com 17 anos, foi morar com sua
namorada. Em julho de 2013, ainda com 17 anos, após ter sido aprovado e
nomeado em um concurso público, Pedro entrou em exercício no
respectivo emprego público.

Tendo por base o disposto no Código Civil, assinale a opção que indica a data
em que cessou a incapacidade de Pedro.

A) Dezembro de 2011.

B) Agosto de 2012.

C) Janeiro de 2013.

D) Julho de 2013.
2015 • FGV • OAB • Exame de Ordem Unificado - Xvi - Primeira
Fase • Prova: 50372
Os tutores de José consideram que o rapaz, aos 16 anos, tem
maturidade e discernimento necessários para praticar os atos da vida
civil. Por isso, decidem conferir ao rapaz a sua emancipação.
Consultam, para tanto, um advogado, que lhes aconselha corretamente
no seguinte sentido:

A) José poderá ser emancipado em procedimento judicial, com a


oitiva do tutor sobre as condições do tutelado.

B) José poderá ser emancipado via instrumento público, sendo


desnecessária a homologação judicial.

C) José poderá ser emancipado via instrumento público ou


particular, sendo necessário procedimento judicial.
D) José poderá ser emancipado por instrumento público, com
averbação no registro de pessoas naturais.
2015 • FGV • OAB • Exame de Ordem Unificado - Xvi - Primeira Fase •
Prova: 50372
Os tutores de José consideram que o rapaz, aos 16 anos, tem maturidade e
discernimento necessários para praticar os atos da vida civil. Por isso,
decidem conferir ao rapaz a sua emancipação.
Consultam, para tanto, um advogado, que lhes aconselha corretamente no
seguinte sentido:

A) José poderá ser emancipado em procedimento judicial, com a oitiva


do tutor sobre as condições do tutelado.

B) José poderá ser emancipado via instrumento público, sendo


desnecessária a homologação judicial.
C) José poderá ser emancipado via instrumento público ou particular,
sendo necessário procedimento judicial.

D) José poderá ser emancipado por instrumento público, com


averbação no registro de pessoas naturais.
DIREITOS DA
PERSONALIDADE
Principais elementos
individualizadores da pessoa natural

NOME
ESTADO E
DOMICÍLIO
DOMICÍLIO CIVIL
Domicílio Civil da pessoa natural - artigos 70 e 71 CC
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela
estabelece a sua residência com ânimo definitivo.
Objetivo: elemento externo e visível (residência) + subjetivo:
receber correspondência, receber as contas
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências,
onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu
qualquer delas.
DOMICÍLIO NECESSÁRIO - Art. 76. Têm domicílio necessário o
incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
DOMICÍLIO CIVIL
•A invasão do domicílio pode ocorrer nas seguintes situações:
•1- Para prestar socorro / 2- Situação de desastre
•3- Para cumprir mandado judicial, DURANTE O DIA. período
compreendido entre as 06:00 às 18:00. Após esse período, só com
consentimento. Mas se a diligência policial já estiver sido iniciada
dentro do período diurno, poderá ser finalizada após esse período
sem maiores problemas.
•4-Flagrante delito
. segundo a jurisprudência: suspeita de um crime permanente, é
necessário que ocorram FUNDADAS RAZÕES que permitam concluir
que há uma elevada probabilidade de um crime dessa natureza na
residência - cheiro forte da droga e uma movimentação estranha,
sempre de pessoas entregando quantias em dinheiro
se nada for encontrado - os policiais estão protegidos pelas
FUNDADAS RAZÕES - agiram em erro de tipo (falsa percepção da
realidade) e portanto não respondem por nenhum crime
O NOME CIVIL
O NOME CIVIL
O nome possui interesse público e privado -
regulamentado pelo Código Civil de 2002 e a Lei de
Registros Públicos
Atributo da personalidade – direitos da personalidade
Necessidade elementar de identificação
referencial de sua identificação na sociedade
Integra a personalidade e individualiza a pessoa
como pessoa ao seu pertencer identitário.
O nome é direito essencial à personalidade
O NOME CIVIL
O direito ao nome
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele
compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado
por outrem em publicações ou representações que a
exponham ao desprezo público, ainda quando não haja
intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome
alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas
goza da proteção que se dá ao nome.
O NOME CIVIL
Partes do nome:

• Prenome (pode ser simples ou composto);


• Sobrenome ou patronímico (designa a origem
familiar da pessoa);
• Agnome (é a partícula acrescentada ao final do
nome para diferenciar as pessoas da mesma família
com o mesmo nome).

Jorge Carlos de Oliveira neto


ALTERAÇÃO - NOME CIVIL
LRP - Lei nº 6.015 de 31 de Dezembro de 1973
Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências.
Art. 56. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a
maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por procurador
bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos
de família, averbando-se a alteração que será publicada pela
imprensa. (Renumerado do art. 57, pela Lei nº 6.216, de 1975).

Art. 57. A alteração posterior de nome, somente por exceção e


motivadamente, após audiência do Ministério Público, será
permitida por sentença do juiz a que estiver sujeito o registro,
arquivando-se o mandado e publicando-se a alteração pela
imprensa, ressalvada a hipótese do art. 110 desta Lei. (Redação
dada pela Lei nº 12.100, de 2009)
ALTERAÇÃO - NOME CIVIL
O NOME CIVIL – Nome social
Alteração de nome segundo identificação de gênero
A questão da alteração de registro civil (nome e sexo )
Nome social se refere à designação pela qual a pessoa travesti
ou transexual se identifica e é socialmente reconhecida .
O nome social é aquele pelo qual transexual se identificam e
desejam ser reconhecidos e denominados pela sociedade.
Travestis e transexuais já podem incluir seu nome social em
registros funcionais e acadêmicos
Fundamentação: a valorização da dignidade da pessoa humana
(art. 1º, III, da CF/88), a solidariedade social (art. 3º, I, da CF/88)
e a isonomia ou igualdade"lato sensu"(art.5º,"caput", da CF/88.

• Nome social no RG, CPF, Título de eleitor, CTPS, etc


O NOME CIVIL – Nome social
A identidade sexual integra a identidade pessoal

• Transexual é o individuo que possui uma identidade de gênero


diferente do gênero do nascimento e tem o desejo de viver e ser
aceito como sendo do sexo oposto
são pessoas que não se identificam de acordo com o órgão
genital que portam
• Transgênero - também é o individuo que possui uma
identidade de gênero diferente do gênero do nascimento,
porém, o transgênero não deseja viver e ser aceito como no
sexo oposto, pois eles estão constantemente em transito de um
gênero para o outro, como por exemplo, as Drags Queens
POSSIBILIDADES DE ALTERAÇÃO NOME CIVIL

• NOME SOCIAL

• o STJ decidiu que “O direito dos transexuais à retificação do


prenome e do sexo/gênero no registro civil não é condicionado à
exigência de realização da cirurgia de transgenitalização” (STJ.
4ª Turma. REsp 1.626.739-RS, Rel. Luis Felipe Salomão,
julgado em 9/5/2017 – Info 608).

• Decreto Presidencial Nº 8.727/2016


POSSIBILIDADES DE ALTERAÇÃO NOME CIVIL

• Decreto Presidencial Nº 8.727/2016


• uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de
pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública
federal.
• à designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica
e é socialmente reconhecida .
•Os órgãos e as entidades da administração pública federal direta,
autárquica e fundacional, deverão adotar em seus atos e
procedimentos o nome social da pessoa travesti ou transexual, de
acordo com seu requerimento.
•Deverá também constar o campo “Nome Social” nos registros de
sistema de informação, de cadastros, de programas, de serviços, de
fichas, de formulários, de prontuários e congênere.
•O Nome Social deverá vir em destaque nestes instrumentos,
acompanhado do nome civil. Deverá constar nos documentos ofi ciais
o nome social da pessoa travesti ou transexual (feminino e masculino.
POSSIBILIDADES DE ALTERAÇÃO NOME CIVIL

•Lei nº 14.382, de 26 de junho de 2022


• Alteração do artigo 56 da Lei nº 6.015/1973
•Alteração imotivada do prenome, a qualquer tempo, não se
sujeitará a nenhuma exigência, tendo-se por certo que a
modificação não prejudicará os apelidos de família, como
aludia a redação primitiva do dispositivo
•dispensa de intervenção judicial para os atos registrais
• permite a alteração do prenome
• após ter atingido a maioridade civil
• independente de decisão judicial, ou seja, por via
extrajudicial com requerimento pessoal diretamente em
cartório
• sem submissão ao anterior prazo decadencial de um ano do
atingimento da maioridade, como agora dispõe a nova
redação dada artigo 56 da Lei nº 6.015/1973.
POSSIBILIDADES DE ALTERAÇÃO NOME CIVIL

•Lei nº 14.382, de 26 de junho de 2022


• opção por inclusão do sobrenome materno ou avoengo - com a
apresentação de certidões e de documentos necessários,
independente de autorização judicial.
•Pode gerar perda do Agnome
• adequação do nome por alteração do gênero - procedimento
extrajudicial de alteração do nome e do gênero dos
transgêneros diretamente perante o Registrador Civil das
Pessoas Naturais
POSSIBILIDADES DE ALTERAÇÃO NOME CIVIL

•Lei nº 14.382, de 26 de junho de 2022


• Em prol da devida segurança jurídica:

• Artigo 56, §2º da Lei nº 6.015/1973 exige que "a averbação


de alteração de prenome conterá, obrigatoriamente, o prenome
anterior, os números de documento de identidade, de inscrição
no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) da Secretaria Especial
da Receita Federal do Brasil, de passaporte e de título de eleitor
do registrado, dados esses que deverão constar expressamente
de todas as certidões solicitadas.

•A lei permite a mudança de prenome diretamente no cartório


apenas uma vez. Caso a pessoa depois se arrependa ou queira
uma nova alteração - precisará de uma autorização judicial. No
caso do sobrenome, não há limite para as modificações.
POSSIBILIDADES DE ALTERAÇÃO NOME CIVIL

•Lei nº 14.382, de 26 de junho de 2022


•União estável: Nova redação dada ao parágrafo 2º do artigo 57
da lei registral dispõe no sentido de que "os conviventes em
união estável devidamente registrada no registro civil de
pessoas naturais poderão requerer a inclusão de sobrenome de
seu companheiro
•Artigo 94-A § 1º, Lei n. 6.015. Não poderá ser promovido o
registro, no Livro "E", de união estável de pessoas casadas,
ainda que separadas de fato, exceto se separadas judicialmente
ou extrajudicialmente, ou se a declaração da união estável
decorrer de sentença judicial transitada em julgado
POSSIBILIDADES DE ALTERAÇÃO NOME CIVIL

• Lei nº 14.382, de 26 de junho de 2022


•companheiro/ enteado – concordância de todos
•Inclusão de apelido público e notório
• Proteção de vítimas e testemunhas (Lei 9.907/99 e art. 58
da LRP)
• Cônjuges
•União Estável
•Modificação do prenome do adotado (art, 47, ECA)
•Maioridade civil
•Transgenitalização
•Correção de registro errado
•Nomes que exponham seu portador ao ridículo (art. 55, Lei
6.015/73).
DIREITO CIVIL
Prof. Wiverson George de Oliveira
EXTINÇÃO DA
PERSONALIDADE
EXTINÇÃO PERSONALIDADE
• EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE
- Morte
- Morte presumida/Ausência
EXTINÇÃO PERSONALIDADE
• EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE
- morte
- Efeitos: extinção do poder familiar,
dissolução do vínculo conjugal, abertura
da sucessão, extinção de contrato
personalíssimo.
• Comoriência
- não há transmissão de direitos
hereditários entre eles.
- só tem relevância se forem sucessores
recíprocos.
- Cadeias sucessórias distintas
A é único filho de B com sua ex-esposa D. "B" é casado atualmente com C.

1º - Se na morte conjunta de A e B (acidente de carro, por


exemplo), for possível determinar que A(filho) morreu após B,
haverá a passagem da herança de B (pai no segundo casamento)
para A (filho), resultando que D (mãe) por ser a única herdeira de
A (filho) ficará com herança toda para ela.
2º - Se na morte conjunta de A e B (explosão de um avião, por
exemplo) for impossível a fixação do momento exato da morte de
ambos, aplicar-se-á a comoriência, isto é, não haverá transmissão
da herança, um não herdará do outro. Consequentemente, A não
herdará do pai B. A herança de B passará para a sua atual esposa
por não ter pais vivos.
• INVENTÁRIO – HABILITAÇÃO –
COMORIÊNCIA – Não havendo prova da
precedência das mortes, a presunção legal é a
da comoriência, ou seja, da simultaneidade dos
falecimentos, não havendo transmissão de
direitos entre os comorientes. Agravo de
instrumento desprovido. (TJRS – AI
70005129416 – 8ª C.Cív. – Rel. Des. José S.
Trindade – J. 28.11.2002)
Morte Presumida
- Morte presumida
- Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a
morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos
casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão
definitiva.
- morte presumida sem precisar procedimento de
ausência:
Art. 7º
I - se for extremamente provável a morte de
quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou
feito prisioneiro, não for encontrado até dois
anos após o término da guerra.
AUSÊNCIA
• Ausência
considera-se ausente pessoa de que deixa o seu domicílio,
sem deixar notícias suas e nem representante ou
procurador que administre os seus bens.
Nestes casos, a requerimento do MP ou de outro
interessado, o juiz, a requerimento de qualquer interessado
ou do Ministério Público, declarará a ausência e nomeará
curador provisório – para gerir negócios e bens.-
semelhante ao tutor ou curador
Venda só para evitar ruína e com autorização judicial
Só é reconhecido ausente com a abertura da sucessão
definitiva
JUSTIFICAÇÃO DO ÓBITO
• Campanha militar
• Desastre (terremoto, naufrágio, incêndio, inundação,
etc)
• Calamidade
• Impossibilidade de exame do cadáver
• Depois de esgotadas buscas
• Art.88 LRP procedimento de justificação do óbito – com
necessária intervenção do MP – semelhante a morte
presumida
PERSONALIDADE
• Ausência
-Curadoria bens do ausente
- CC/02- Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu
domicílio sem dela haver notícia, se não houver
deixado representante ou procurador a quem caiba
administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de
qualquer interessado ou do Ministério Público,
declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.
PERSONALIDADE
- Sucessão provisória
- após 1 ano da arrecadação dos bens do ausente
- CC/02- Art. 26. Decorrido UM ANO da arrecadação dos bens do
ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se
passando três anos, poderão os interessados requerer que SE
DECLARE A AUSÊNCIA e se ABRA PROVISORIAMENTE A
SUCESSÃO.

- Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão


provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de
publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado,
proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao
inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.
PERSONALIDADE
- SUCESSÃO DEFINITIVA

- CC/02 - Art. 37. DEZ ANOS DEPOIS DE PASSADA EM


JULGADO a sentença que concede a abertura da sucessão
provisória, poderão os interessados requerer a sucessão
definitiva e o levantamento das cauções prestadas.

- Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também,


provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e
que de cinco datam as últimas notícias dele.
PERSONALIDADE
- Sucessão definitiva = A sucessão provisória cessará pelo
comparecimento do ausente e converter-se-á em definitiva:
- I - quando houver certeza de morte do ausente;
- II - dez anos depois de passada em julgado a sentença de
abertura da sucessão provisória;
- III - quando o ausente contar 80 (oitenta) anos de idade e
houverem decorrido 5 (cinco) anos das últimas notícias
suas.
PERSONALIDADE
• Ausência -retorno do ausente
- Sucessão definitiva = direito aos bens incólumes
- Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à
abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus
descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os
bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados
em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais
interessados houverem recebido pelos bens alienados depois
daquele tempo.
- Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo,
o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a
sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio
do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas
respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da
União, quando situados em território federal.
DIREITOS DA
PERSONALIDADE
• Proteção essência
• Conceito: tem por objeto os atributos
físicos, psíquicos e morais da pessoa em si
e em suas projeções sociais.
• Vida, liberdade, intimidade, honra,
integridade física.
• extrapatrimonial
• Titularidade
• Ser humano
• Pessoa jurídica?
• Não vida privada e sentimentos/ Sim nome e imagem
• Dano moral/ Dano honra e imagem
• Casos (escola base, restaurante)
• Art. 5º, V : direito de resposta
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
imagem;
• Art. 52 CC Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a
proteção dos direitos da personalidade.
• STJ Súmula 227 A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
• CF/88, art. 5º, X. - são invioláveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente
de sua violação;
https://www.youtube.com/watch?v=NJteqG-5EQE

https://www.youtube.com/watch?v=AdLjLd5fOUw
Direitos da Personalidade Características

• Absolutos
• Oponibilidade “erga omnes”
• Gerais ou necessários
• Todos possuem
• Extrapatrimoniais
• Não é possível aferir objetivamente
• Não patrimonial
• Impenhorabilidade
Direitos da Personalidade Características
• Indisponibilidade
• Não se altera o titular
• Relativamente – STJ: O exercício dos direitos da
personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que
não seja permanente nem geral.
• Ex: artista fechar um contrato com uma empresa de
cosméticos, visando à exploração patrimonial de sua
imagem. É possível, desde que tal contrato não seja
vitalício.- a imagem dele não pode ficar vinculada para
sempre à empresa
• Irrenunciabilidade
• Não abandono do direito
• Suicídio e induzimento
• Intransmissibilidade
• Não modificação subjetiva – titular
• Inalienabilidade
• Imagem ou direito de uso de imagem – limites – não
pode fazer tudo que quiser com a imagem
Direitos da Personalidade Características

• Imprescritibilidade
• Aquisição e extinção não sofre ação
do tempo
• Não se refere à pretensão de ação
reparatória – CC art.206,§ 3°,V (3
anos)
Direitos da Personalidade Características

• Vitaliciedade
• Vida e após morte
• Art.12.CC.Pode-se exigir que cesse a ameaça,
ou a lesão, a direito da personalidade, e
reclamar perdas e danos, sem prejuízo de
outras sanções previstas em lei.
• Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá
legitimação para requerer a medida prevista
neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou
qualquer parente em linha reta, ou colateral
até o quarto grau.
Direitos da Personalidade Características

• Absolutos
• Gerais
• Extrapatrimoniais
• Indisponibilidade
• Impenhorabilidade
• Imprescritibilidade
• Vitaliciedade
Direitos da Personalidade classificação

• Direito à vida e integridade física


(corpo vivo, cadáver)

• Direito à integridade psíquica e


criações intelectuais (privacidade,
segredo, liberdade, criações)

• Direito à integridade moral (honra,


imagem, identidade pessoal)
Direitos da Personalidade classificação

• Direito à vida e integridade física (corpo vivo, cadáver)


• Vida:
• Aborto
• Eutanásia
• Alimentos
• Integridade física: Art. 15 CC
• Intervenção cirúrgica sem anuência (146, § 3, I CP) a questão da
emergência
• Enunciado 533 – O paciente plenamente capaz poderá deliberar sobre todos
os aspectos concernentes a tratamento médico que possa lhe causar risco de
vida, seja imediato ou mediato, salvo as situações de emergência ou no curso
de procedimentos médicos cirúrgicos que não possam ser interrompidos.
Enunciado 403 O Direito à inviolabilidade de consciência e de crença,
previsto no art. 5º, VI, da Constituição Federal, aplica-se também à pessoa
que se nega a tratamento médico, inclusive transfusão de sangue, com ou
sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, desde que
observados os seguintes critérios: a) capacidade civil plena, excluído o
suprimento pelo representante ou assistente; b) manifestação de vontade
livre, consciente e informada; e c) oposição que diga respeito exclusivamente
à própria pessoa do declarante
Direitos da Personalidade classificação

• Direito à vida e integridade física


• corpo:
• Art. 13 CC, Venda de órgãos
• Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de
disposição do próprio corpo, quando importar
diminuição permanente da integridade física, ou
contrariar os bons costumes.
• Transgenitalização – Artigo 5º CF (garantias
fundamentais)
• Doação intervivos (orgãos duplos, parte sem prejuízo,
não intuito lucrativo)
• Não precisa mais comunicar ao MP
• Corpo inalienável
• interesse público / não intuito lucrativo
Direitos da Personalidade classificação

• Direito à integridade psíquica


• liberdade:
• Liberdade (civil, política, sexual, religiosa)
• Art. 5 CF
• Habeas corpus
• locomoção
• Liberdade de pensamento e expressão:
• Voltaire
• Censura
• Livre manifestação pensamento sendo
vedado o anonimato
Direitos da Personalidade

• Direito à integridade psíquica

• privacidade:
• Art. 21 CC
• Segredo profissional (no exercício) ,
comunicações (correspondência, telefonia),
doméstico ( casa, quarto, diário, poder familiar)
Direitos da Personalidade

• Direito à integridade moral


• Direito à honra:
• Honra objetiva – reputação, sociedade
• Honra subjetiva – sentimento pessoal de estima.
• CF Art. 5°, X
• Calúnia (tipo crime), difamação(reputação) e
injúria(dignidade decoro). (CP 138,139 e 140)
• Crimes de imprensa: lei 5250/67
• Exceção da verdade prerrogativa que confere a quem
delata a prática de um ato delituoso, a oportunidade de
provar o que alega, descaracterizando, se comprovada a
alegação, o crime de calúnia. Trata-se de uma dirimente
da responsabilidade penal.
Direitos da Personalidade

• Direito à integridade moral


• Direito à imagem:
• Não autorização ou desvio de finalidade
• CC Art. 20
Proteção dos Direitos da Personalidade

• Preventiva
• Repressiva
• Civil (indenização) e penal
• Direito à imagem:
• Não autorização ou desvio de finalidade
Astreintes
• Multa diária
• Garantia de cumprimento
• Meio de coação para cumprimento do
comando judicial
• Princípio da efetividade
• Não é meio de reparação de danos
decorrente do inadimplemento
ASTREINTES

• Art. 536. CPC. No cumprimento de sentença


que reconheça a exigibilidade de obrigação de
fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou
a requerimento, para a efetivação da tutela
específica ou a obtenção de tutela pelo resultado
prático equivalente, determinar as medidas
necessárias à satisfação do exequente.
Professor
WIVERSON
GEORGE
DE OLIVEIRA
PESSOA JURÍDICA
PESSOA JURÍDICA
•sujeito de direito personalizado entidade ou
instituição que, por força das normas jurídicas
criadas, tem personalidade e capacidade jurídicas
para adquirir direitos e contrair obrigações.
• Ela nasce do instrumento formal e escrito que a
constitui (art. 45 CC), ou diretamente da lei que a
institui
•termina com a sua dissolução e extinção, e sendo
empresária também com a falência
• Características:
Personalidade própria;
Patrimônio próprio;
CLASSIFICAÇÃO PESSOA JURÍDICA
QUANTO AO REGIME:

Pessoas jurídicas de Direito Público Interno:


União/Estados/Distrito Federal/ Municípios, Autarquias e
demais e entidades de caráter público.

Pessoas jurídicas de Direito Público Externo: Estados


Soberanos e todas as pessoas regidas pelo Direito
Internacional Público, tais como a ONU, OTAN, Mercosul,
União Européia, Comunidade dos Estados Independentes.

Pessoas jurídicas de Direito Privado: sociedades,


associações, fundações privadas, organizações religiosas e
partidos políticos
PESSOA JURÍDICA – direito público
• UNIÃO - nação brasileira, nas suas relações com os Estados
federados que a compõem e com os cidadãos que se encontram
em seu território
• ESTADO /TERRITÓRIOS / MUNICÍPIOS / DF (adm. Direta)
• DISTRITO FEDERAL -a capital da União.
É um Município equiparado ao Estado federado por ser a sede da
União
•AUTARQUIAS - São pessoas jurídicas de Direito público
criadas por lei específica (art. 37, XIX, CF), que dispõem de
patrimônio próprio e realizam atividades típicas do Estado de
forma descentralizada- Administração indireta - Banco Central,
UFBA, ANATEL, INSS, DETRAN

• FUNDAÇÕES PÚBLICAS
PESSOA JURÍDICA- direito privado

• ASSOCIAÇÕES
são sociedades que não têm interesse de lucro, embora
nada as impeça de ter o lucro que será revertido para a
própria instituição.
Tem patrimônio formado com a contribuição de seus
membros para a obtenção de fins culturais, educacionais,
esportivos, religiosos, recreativos

Ex: clubes recreativos, sindicatos, partidos políticos,


Entidades religiosas
PESSOA JURÍDICA
• SOCIEDADES
Direito privado - grupos de pessoas que, com interesse de
lucro, se reúnem para a realização de um empreendimento
qualquer, podendo ser simples ou empresárias.

•FUNDAÇÃO
É um complexo de bens livres colocado por uma pessoa
física ou jurídica a serviço de um fim lícito e especial com
alcance social pretendido pelo seu instituidor, em atenção
ao disposto em seu estatuto.
PESSOA JURÍDICA – direito privado

• EMPRESA PÚBLICA
pessoa jurídica de Direito Privado, com patrimônio
próprio e capital exclusivo da União, criada por lei para a
exploração de atividade econômica que o governo seja
levado a exercer por força de conveniência administrativa,
podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em
direito.
.Caixa Econômica Federal / Empresa Brasileira de Correios
e Telégrafos
PESSOA JURÍDICA – direito privado

• SOCIEDADED E ECONOMIA MISTA


pessoa jurídica de Direito Privado,criada por lei para a
exploração de atividade econômica sob a forma de
sociedade anônima, cujas ações com direito de voto
pertençam em sua maioria à União.

Petrobras (Petróleo Brasileiro S/A) / O Banco do Brasil


S.A.
PESSOA JURÍDICA

Entes Despersonalizados - aqueles que, embora possam


ser capazes de adquirir direitos e contrair obrigações, não
preenchem as condições legais e formais para serem
enquadrados como pessoas jurídicas, por falta de alguns
requisitos ou pela sua situação jurídica sui generis.
Ex: a massa falida, espólio e a pessoa jurídica de fato
DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica,
caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo,
desconsiderá-la para que os efeitos de certas e
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos
bens particulares de administradores ou de sócios da
pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo
abuso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o
propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos
de qualquer natureza. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
confusão patrimonial : a ausência de separação de fato
entre os patrimônios
Desconsideração inversa: veículos em nome da empresa
para lesar cônjuge
Professor
WIVERSON
GEORGE
DE OLIVEIRA
BENS
DOS BENS
• Pessoas( naturais e jurídicas) –
sujeitos de direito
• Bens -Objeto das relações jurídicas
entre os sujeitos
• Fatos jurídicos - forma de criar,
modificar e extingir direitos

• Bens -Objeto das relações jurídicas entre os


sujeitos
• Valores materiais ou imateriais que servem de
objeto a uma relação jurídica.
Bem
Bens Corpóreos e Incorpóreos.

Bens incorpóreos são os que não têm existência tangível e


são relativos aos direitos que as pessoas físicas ou jurídicas
têm sobre as coisas, sobre os produtos de seu intelecto ou
com outra pessoa, apresentando valor econômico, tais como
os direitos reais, obrigacionais e autorais .
Ex: Marca, patente
Processo: 0274707-43.2009.8.26.0000
A indústria de refrigerantes que produz a bebida
“Bad Bull” deverá pagar R$ 70 mil de indenização
por danos morais à Red Bull por imitação da marca.
Na decisão, a 5ª Câmara Extraordinária de Direito
Privado do TJ/SP destacou a “ausência de
criatividade” e o “parasitismo notório” da ré ao
utilizar nome semelhante, bem como a figura de
um touro, mundialmente associada às bebidas
energéticas da autora.
Classificação dos BENS
1.Bens considerados em si mesmos (móveis e
imóveis; fungíveis e infungíveis; consumíveis e
inconsumíveis; divisíveis e indivisíveis;
singulares e coletivos);
2. Bens reciprocamente considerados
(principais e acessórios)
3. Bens conforme a natureza das pessoas de
seus titulares (públicos e privados)
Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
BEM IMÓVEL - Espécies: Bem imóvel por sua natureza / Bem imóvel
por acessão / Bem imóvel por força da lei
1) Bem imóvel por sua natureza – é o solo/terreno e tudo o que estiver
abaixo e acima deste - sem intervenção humana - árvore nascida
naturalmente e seus frutos pendentes – árvore plantada não pois é
acessão artificial - se o fruto cair é móvel
2) Bem imóvel por acessão – acessão significa adição, soma. Ela
pode ser ou porque a natureza o fez ou porque o homem acresceu.
Bem imóvel por acessão física artificial – tudo que é intervenção
humana – plantações e construções
Bem imóvel por acessão física intelectual – pertenças – utilizados para
utilização do bem imóvel – móveis guarnecem o lar – ex:lei 8009/90
Bem imóvel por acessão física natural – se incorpora ao bem imóvel
por natureza, não pela intervenção humana. Ex: aluvião,
avulsão,etc...
Da Aluvião
Art. 1250. Os acréscimos formados, sucessiva e
imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais
ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio
das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos
marginais, sem indenização.

Da Avulsão
Art. 1251. Quando, por força natural violenta, uma
porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a
outro, o dono deste adquirirá a propriedade do
acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem
indenização, se, em um ano, ninguém houver
reclamado.
Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
BEM IMÓVEL E BEM MÓVEL
BEM IMÓVEL:

3) Bem imóvel por força da lei - direitos subjetivos lei concede


o status jurídico de bem imóvel
- Herança até o momento da partilha – o direito à sucessão
aberta - daí a vênia conjugal
- Direitos reais sobre bens imóveis e as ações que os
asseguram: Ex: usufruto, habitação – para transferir é igual
à um imóvel – Vênia conjugal
Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS

BEM IMÓVEL:
art. 81 do CC: Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a
sua unidade, forem removidas para outro local;
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio,
para nele se reempregarem. Obs: A lei disciplina como
bens imóveis os materiais provisoriamente separados de
um prédio, para nele se reempregarem. (Ex: uma porta
retirada para reforma para nele se reempregar)
.
Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
BEM MÓVEL:

1) BENS MÓVEIS POR NATUREZA – são aqueles que


podem ser movidos por força alheia sem alteração de sua
substância (mesa, cadeira, automóvel, motocicleta,
bicicleta)
BENS SEMOVENTES – se incluem como móveis por
natureza (aquele que anda ou se move por si) – são
suscetíveis de movimento próprio (ex: animais em geral)
2) BENS MÓVEIS POR ANTECIPAÇÃO - eram imóveis mas
foram mobilizados por sua destinação econômica - fruta
colhida – consumo – extração madeira
Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
BEM MÓVEL:
3) BENS MÓVEIS POR FORÇA DA LEI - a lei os classifica dessa
forma) – Energia elétrica - os direitos autorais, a propriedade
industrial
Direito real sobre bem móvel (Ex: direito real de uso sobre um
veículo)
Direitos pessoais de caráter patrimonial – um crédito- os que
derivam dos contratos. Ex: locação, empréstimo . (Por conta disso, a
cessão de crédito não depende de vênia conjugal)

Navio e avião são bens móveis? São Móveis – tem matrícula


mas são móveis – Mas para efeito de hipoteca (garantia), são
considerados imóveis (por ficção, por serem bens de grande valor
econômico), mas não deixam de ser bens móveis. – transmissão
só por registro- segurança.
Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
BEM - DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS (art.87 e 88 do CC):
Divisíveis - são aqueles bens que podem se fracionar em porções
distintas, mas cada qual sendo um todo perfeito.exemplo: terreno

Indivisíveis - são os que não podem ser fracionados sem que se


altere sua substancia.
Há três categorias de bens indivisíveis:
a) por sua natureza: carro, animal (vivo).
b) por determinação legal: herança até a partilha
c) por vontade das partes: condomínio (ver art.314) Obs.: vontade
das partes – pode-se ajustar que determinado bem naturalmente
divisível seja considerado indivisível para seus titulares. (Ex: Pai
que doa grande fazenda para 2 filhos impondo sua
indivisibilidade temporária).
Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS

BEM - FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS:


Fungíveis: Podem ser substituídos por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade. (dinheiro)
Infungíveis: não podem ser substituídos. (obra de arte)

BENS CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS (art.86):


O critério é a destruição imediata que o uso acarreta nos consumíveis
(ex: alimentos) e não acarreta nos inconsumíveis (ex: bens duráveis-
automóvel).
Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS

BEM - SINGULARES E COLETIVOS (arts. 89 e 91):


Singulares são aqueles considerados individualmente e não em seu
conjunto (Ex: livro, ovelha, carro).
Coletivos compostos por várias coisas singulares, mas consideradas
em seu conjunto. Ex: biblioteca, rebanho, herança, espólio, parte
disponível...
Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM RELAÇÃO AO TITULAR DO
DOMÍNIO - QUANTO AO TITULAR
❖BENS PARTICULARES – são aqueles que não pertencem às pessoas
jurídicas de direito privado.
❖BENS PÚBLICOS – são os pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público :
1)uso comum do povo – são os bens destinados indiscriminadamente e
livremente à população. Há lei especial que impede a cobrança pela utilização
da praia.
2) Uso especial ou específico – são os bens públicos destinados à uma
finalidade da administração. (prédio de escola pública)
3) Dominiais ou dominicais – acervo patrimonial do Estado, integram o
domínio do Estado mas podem ser utilizados pelo privado- possibilidade de
alienação, mediante as formalidades do direito administrativo. Ex: ações de
uma empresa pública(CEF), ações de uma sociedade de economia
mista(Petrobrás), dólares que o Banco Central compra e vende diariamente
para ajustar o mercado, terrenos da marinha.
4) Bens difusos: são os bens ambientais
Classificação dos BENS
DOS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
PRINCIPAIS – são aqueles cuja existência independe de outro.
ACESSÓRIOS – pressupõem a existência de outro bem para sua plena
utilização. - princípio da gravitação jurídica: o acessório segue a sorte do
bem principal
Acessórios podem ser:
❖Frutos – são os bens acessórios que se reproduzem periodicamente na
coisa principal.
Naturais: (safra, colheita)
Civis: que decorrem da transferência da posse direta (aluguel, juros, rendas)
Industriais: que advêm da intervenção humana (indústria) .
❖ Produtos – é o bem acessório que não se reproduz periodicamente. Ex:
Carvão da mina, pedra da pedreira, petróleo do poço, metais preciosos.
❖ Benfeitorias – são obras que servem ao bem principal
-NECESSÁRIAS ÚTEIS e VOLUPTUÁRIAS
❖ Pertenças– CC, 93. São os bens que, não constituindo partes integrantes, se
destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro
Professor
WIVERSON
GEORGE
DE OLIVEIRA
DIREITOS REAIS
Direitos Reais

• Direitos Reais – normas reguladoras das


relações jurídicas concernentes äs coisas
suscetíveis de apropriação pelo homem
• Direito Real - Poder jurídico que tem alguém
sobre uma coisa específica, e que vincula esta
coisa direta e imediatamente ao seu titular, o
qual pode opor esse direito erga omnes.
• Diretamente - sem dependência de quem quer
que seja
• Direitos Reais: Art.1196 a 1510
Distinção entre direitos reais e direitos
Obrigacionais
CC.Art. 1225. São direitos reais:
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído
pela Lei nº 11.481, de 2007)
XII - a concessão de direito real de uso. (Incluído pela Lei nº
11.481, de 2007)
Direitos Reais
Classificação dos direitos reais:

Sobre a coisa própria – Propriedade.

Sobre a coisa alheia – superfície, servidões, usufruto, uso,


habitação, direito do promitente comprador, penhor, hipoteca,
anticrese.
de duração temporária. Ex.: usufruto é vitalício, hipoteca
dura 20 anos.

De uso(fruição) – usufruto, uso, servidão e habitação.


De garantia – hipoteca, penhor e anticrese.
De aquisição – promessa de compra e venda.
Teoria do Patrimônio Mínimo
• Constituição de 1988
• dignidade da pessoa humana como principal valor a ser
respeitado na elaboração e interpretação das normas
• Visa garantir um mínimo de patrimônio com base no
ordenamento jurídico, ou seja, deve o indivíduo ter o
mínimo existencial como forma de garantir-lhe a sua
dignidade
• Lei 8009/90 – impenhorabilidade do bem de família
Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar,
é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil,
comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos
cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele
residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei.
Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o
qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de
qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso
profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados
Teoria do Patrimônio Mínimo
• Lei 8099/90 –Impenhorabilidade legal
• Mais de um imóvel impenhorável o de menor valor

Art. 2º Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de


transporte, obras de arte e adornos suntuosos.
Parágrafo único. No caso de imóvel locado, a
impenhorabilidade aplica-se aos bens móveis quitados que
guarneçam a residência e que sejam de propriedade do
locatário, observado o disposto neste artigo.
Teoria do Patrimônio Mínimo
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de
execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza,
salvo se movido:
• por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de
locação.
• crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à
aquisição do imóvel
• credor da pensão alimentícia
• para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e
contribuições devidas em função do imóvel familiar; (IPTU
/Condomínio)
• para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como
garantia real pelo casal ou pela entidade familiar;
• por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de
sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou
perdimento de bens.
Teoria do Patrimônio Mínimo
• Impenhorabilidade Convencional

• Art. 1.711. Podem os cônjuges, ou a entidade familiar,


mediante escritura pública ou testamento, destinar parte de
seu patrimônio para instituir bem de família, desde que
não ultrapasse um terço do patrimônio líquido existente
ao tempo da instituição
Obrigações Reais
(Propter Rem)

• Definição: Estão a cargo de um sujeito, à medida que


este é proprietário e uma coisa, ou titular de um direito real
de uso e gozo dela.
• Sempre vinculada a um direito real - espécie de obrigação
de natureza mista
Tais obrigações existem quando o titular de um direito real é
obrigado, devido a essa condição, a satisfazerdeterminada
prestação”

Ex.: condôminos devem contribuir para a conservação da


coisa comum; proprietários ou usufrutuários devem
custear as despesas com a demarcação das áreas
confinantes; direitos de vizinhança; impostos inerentes à
propriedade
• O devedor está ligado ao vínculo não em razão
da sua vontade mas em decorrência de sua
particular situação em relação à um bem, do qual
é proprietário ou possuidor.
• O sucessor a título particular assume as
obrigações do sucedido, ainda que não saiba da
sua existência- adquirir um apartamento valores
de condomínio perante o condomínio responde o
atual proprietário. Cabe Ação regressiva após.
• A obrigação acompanha a coisa.
Obrigações Reais
(Propter Rem)
• Obrigação Real: misto de direito real e direito
pessoal
• o abandono da coisa não libera o devedor -
condomínio.
• Diferente de direito real é uma obrigação
• CIVIL – CONDOMÍNIO – TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DEVIDAS AO CONDOMÍNIO –
OBRIGAÇÕES PROPTER REM – RESPONSABILIDADE DO PROPRIETÁRIO –
INEXISTÊNCIA DE JUSTIFICATIVA PARA AFASTAR TAL HIPÓTESE – 1 – Se o réu
não aceita pagar o que o credor está cobrando sob o argumento de que não concorda
com os valores ali consignados em relação aos consectários da dívida, há a pretensão
resistida que demonstra o interesse jurídico do autor na solução do litígio, confundindo-
se a preliminar de possibilidade jurídica do pedido com o mérito da questão, havendo a
necessidade de com ele ser decidido. 2 – Preliminar rejeitada. 3 – As taxas e
contribuições devidas ao condomínio constituem obrigações propter rem, ou seja,
estão aderidas à coisa, constituindo responsabilidade do proprietário sua quitação, seja
ele quem for, ainda que o bem não esteja sob sua posse direta, assegurando-se a
possibilidade de regresso contra quem tenha assumido a responsabilidade pela
quitação dos débitos, hipótese que não é oponível ao condomínio credor. 4 – Sendo
regular a cobrança do débito, é indiferente que a propriedade tenha sido adquirida por
adjudicação do bem em razão de inadimplência do devedor relativamente às parcelas
do mútuo, pois não há exceção na legislação de regência que afaste a obrigação do
proprietário quitar as contribuições que lhe cabem. 5 – Apelação a que se nega
provimento. (TRF 1ª R. – AC 38000135137 – MG – 5ª T. – Relª Desª Fed. Selene Maria
de Almeida – DJU 28.04.2003 – p. 133)
POSSE
Posse
Teoria de SAVIGNY X IHERING.

Teoria Subjetiva ou clássica: Savigny

Posse - poder físico sobre a coisa - intenção de tê-la para si e


defendê-la de outros.
Dois elementos: corpus e animus (vontade-sentir-se dono -
animus domini)

Sem animus domini - mera detenção. Ex.: usufrutuário,


locatário, comodatário.

Os detentores não fariam jus às tutelas possessórias.


Posse e Propriedade
Teoria de SAVIGNY X IHERING.

Teoria Objetiva. Ihering:

Posse = Corpus - poder de fato e a propriedade é o poder


de direito sobre a coisa.- corpus – exterioridade –
visibilidade ao domínio.
-Não precisa do elemento volitivo

O CC qual adota?
1.196 –objetiva (usucapião – subjetiva)
Posse
Desdobramento da posse:
proprietário transfere a o poder de fato sobre a coisa.
art.1197 CC
Posse direta – locatário, usufrutuário, comodatário
(temporária). –Relação Transitória de direito
Posse indireta – proprietário (nem sempre. Ex.: sublocação.

O primeiro locatário e o proprietário terão posse indireta).


Ambos podem defender esta posse contra terceiros e entre
eles
-posses paralelas-concorrência sobreposição de posses de
naturezas diversas sobre a coisa
-Usucapião para alguém com posse direta por desdobramento
da posse?
Não. por faltar o animus domini
Posse
Composse–1199 CC- pluralidade de pessoas/coisa
indivisa- duas ou mais com a posse

adquirentes de coisa comum/marido e mulher/ co-


herdeiros antes da partilha/condomínio.

Composse x desdobramento da posse(posses


paralelas)? Composse, todos tem o mesmo poder sobre
o bem, sendo as posses iguais. Desdobramento ou
concorrência ou bifurcação de posse, há graus de posse
diferentes.
Posse
Critério objetivo
Posse justa – art.1200 CC- A posse justa não é violenta,
clandestina ou precária.
Posse injusta - Adquirida de forma proibida e viciada-mera
detenção.
Violenta – força (vis absoluta) ou ameaça (vis compulsiva). O
vício é objetivo, ou seja independe de motivo- arts. 1.210, § 1.º
e 1.208, CC.
Clandestina – de forma oculta, sem publicidade ou
ostensividade. Subtrair relógio.casa de praia finge ser dono.
Precária – abuso de confiança. O precarista detinha a posse
direta e justa e se estendeu após cessada a concessão. Ex.:
comodatário que se recusa a devolver o bem-Ver art. 1.203,
CC.
Posse
Critério subjetivo
Posse de boa-fé – ignorância de vício, e não como convicção
de boa-fé. - Incumbe ao interessado provar a má-fé do
possuidor. Art. 1.202 e 1.203.-compra acreditando ser válido o
documento.
Consequências da boa-fé:1214-frutos percebidos/1219 –
benfeitorias necessárias, úteis com retenção
Posse de má-fé – sabe do vício – compra de imóvel sem
documento
Consequências: 1216 – responde frutos percebidos e os que
deixou de perceber / 1218 –reponde pela deterioração mesmo
acidentais / 1220 – só necessárias sem retenção

Se proprietário toma a posse violentamente- posse de boa-fé


mas injusta.
Posse
Critério tempo
Posse nova (de força nova)– se defende em juízo dentro do
prazo de um ano e um dia – contado da turbação ou do
esbulho
Posse velha (de força velha) – a partir de um ano e um dia

Interdito possessório posse nova – cabe liminar de mandado


de manutenção ou reintegração- inaudita altera pars

Detenção
Art. 1.198 , 1.208, CC
Caseiro.
Permissão ou tolerância.
Ações Possessórias
POSSE VERSUS DETENÇÃO
Art. 1.198 do C.C – Considera-se detentor aquele que,
achando-se em relação de dependência para com
outro, conserva a posse em nome deste e em
cumprimento de ordens ou instruções suas.
Art. 1.208 do C.C – Não induzem posse os atos de mera
permissão ou tolerância assim como não autorizam a
sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos,
senão depois de cessar a violência ou clandestinidade.

O possuidor exerce o poder de fato em razão de um


interesse próprio; o detentor, no interesse de outrem.
Ex. de detenção: Caseiros.

Pretensões possessórias (efeitos jurídicos) só para quem


tem a posse.
Detenção não
Ações Possessórias
Ações Possessórias
Interditos
–a posse é uma situação de fato, enquanto a propriedade é
uma situação de direito - Fato com conseqüências
jurídicas – com amparo jurídico
Detentor não (caseiro)
- legitimidade passiva – autor da turbação ou esbulho
- Terceiro que recebeu a coisa sabendo que o
era (1.2212)
- Ação possessória pode ser cumulada com indenização
perdas e danos- multa para caso de nova turbação-
desfazimento de construção
- princípio da fungibilidade dos interditos possessórios
- Juízo possessório (posse e não se fala em propriedade)
- Juízo petitório (fala da propriedade)
Ações Possessórias

- Turbação – ato que embaraça o livre exercício


da posse
- Abertura de caminho, corte de árvores

- Esbulho – possuidor se Vê privado da posse


- Violência
- Clandestinidade – finge ser dono
- Abuso de confiança – emprestou casa
para fim de semana e não saiu mais
Ações Possessórias
POSSE VERSUS DETENÇÃO
Art. 1.198 do C.C – Considera-se detentor aquele que,
achando-se em relação de dependência para com
outro, conserva a posse em nome deste e em
cumprimento de ordens ou instruções suas.
Art. 1.208 do C.C – Não induzem posse os atos de mera
permissão ou tolerância assim como não autorizam a
sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos,
senão depois de cessar a violência ou clandestinidade.

O possuidor exerce o poder de fato em razão de um


interesse próprio; o detentor, no interesse de outrem.
Ex. de detenção: Caseiros.

Pretensões possessórias (efeitos jurídicos) só para quem


tem a posse.
Detenção não
Ações Possessórias
Proteção Possessória
1- Legítima defesa e desforço imediato – o possuidor pode
manter ou restabelecer situação de fato pelos seus
próprios recursos.
2- Ações Possessórias (Interditos Possessórios)
Art. 1.210 do C.C – O possuidor tem direito a ser mantido na
posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e
segurado de violência iminente, se tiver justo receio de
ser molestado
§ 1o- O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se
ou restituir-se por sua própria força, contando que o faça
logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir
além do indispensável à manutenção, ou restituição da
posse.
§ 2o- Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a
alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a
coisa.
Ações Possessórias
Ação de Reintegração de Posse
– “ o possuidor tem direito a ser (...) restituição no caso
de esbulho” (art.1210 do C.C.)
– Esbulho: perda, despojamento, privação, tirar a posse.
Ação de Manutenção de Posse
– “ o possuidor tem direito a ser mantido na posse em
caso de turbação” (art.1210 do C.C.)
– Turbação: alterar, perturbar, revolver, agitar, inquietar,
desassossegar a posse.
Interdito Proibitório (art.932 e 933 do CPC)
– “ o possuidor tem direito a ser (...) segurando de
violência iminente, se tiver justo receio de ser
molestado” (art.1210 C.C.)
– Ameaça: pôr em perigo, dar mostras ou indícios,
anunciar malefício, procurar intimidar.
Ações Possessórias
Procedimento
• Força nova (01 ano e dia) – Rito Especial
• Força Velha (mais de 01 ano e dia) – Rito Comum

Art. 558. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de


posse as normas da Seção II deste Capítulo quando a ação for
proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho afirmado na
petição inicial.
Parágrafo único. Passado o prazo referido no caput, será comum o
procedimento, não perdendo, contudo, o caráter possessório..

Concessão liminar: Art. 562. Estando a petição inicial devidamente


instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado
liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará
que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para
comparecer à audiência que for designada.
Ações Possessórias
Rito Especial (Força Nova – art. 554 e ss do CPC) e Rito Comum
(Força Velha)
– As cumulações possíveis são: a) perdas e danos; b) cominação
de pena para caso de nova turbação ou esbulho; e c)
desfazimento de construção ou plantação.
Ações Possessórias
Foro Competente
• Regra Geral: Foro da Situação da Coisa Imóvel
• Observações:
Versando sobre coisas móveis, a ação possessória correrá
no foro do domicílio do réu
Os JECs também têm competência para o processamento e
julgamento de ações possessórias.
Art. 3o. Da Lei 9099-95: O Juizado Especial Cível tem
competência para conciliação, processo e julgamento das
causas cíveis de menor complexidade, assim
consideradas:
I- as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário
mínimo;
(...)
IV- As ações possessórias sobre bens imóveis de valor não
excedente ao fixado no inciso I deste artigo.
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE

Propriedade – jus in re propria. É o único direito real originário.


É o direito real por excelência.
Latim: Propium – “aquilo que me pertence”. (qualquer coisa
com expressão socioeconômica)

“É a manifestação primária e fundamental dos direitos reais,


detendo um caráter complexo em que os atributos de uso,
gozo, disposição e reivindicação reúnem-se” (Rosenvald)
Faculdades da propriedade - art. 1.228, CC.
Trata-se de um direito complexo, pois abrange 4 faculdades:
Usar – jus utendi – Servir-se da coisa de acordo com sua
destinação econômica.
Gozar – jus fruendi – Exploração econômica da coisa
mediante extração de frutos e produtos.
Frutos:
Diretos – naturais e industriais.
Indiretos – civis – rendas da utilização da coisa por
outrem.
Produtos: Os produtos exaurem quando extraídos da
natureza, enquanto os frutos são renováveis(Ex:ouro).
Dispor – jus abutendi – “abusar”, alterar a substancia da coisa
ou mesmo destruí-la, abandoná-la, desfazer-se dela.
Reivindicar – exclusão de terceiros de indevida ingerência
sobre o bem. Seqüela.
Restrições:
-Função social da propriedade. Art. 1.228, §§ 1º a 4º, CC.
- Usucapião coletiva / favelização/proveito do titular e da
coletividade / desapropriação (necessidade pública)
- Vertical – qual altura e que profundidade? Art. 1.229, CC. Art.
1.230, CC.(Política Energética Nacional, Monopólio do
Petróleo, Conselho Nacional de Política Energética e Agência
Nacional do Petróleo - L-009.478-1997; Regime Legal das
Jazidas de Petróleo e Gases Naturais, de Rochas
Betuminosas e Piro-Betuminosas - DL-003.236-1941 )
- Administrativa – segurança, saúde, prosperidade públicas,
economia popular, higiene, cultura, urbanismo, defesa
nacional...
- Desapropriação
Usucapião
Formas de aquisição de Bens
USUCAPIÃO.
Prescrição aquisitiva X prescrição extintiva – O fator tempo
conta em favor do adquirente. Não há transmissão de ônus
inerentes ao bem e não há incidência de ITBI (art. 35,
CTN).
Forma originária de aquisição da propriedade – O usucapiente
adquiri o bem contra o antigo proprietário, e não dele. Não
herda eventuais vícios inerentes à propriedade.
Pressupostos.
• Coisa suscetível de usucapião – excetuam-se os bens fora
de comércio e os legalmente indisponíveis.
• Imóvel público NÃO pode ser usucapido. Arts. 183, § 3º e
191, parágrafo único, CF/88 e art. 102, CC.
• Posse – mansa e pacífica / contínua / sem oposição / Deve
haver corpus e animus domini. / não pode locatário,
comodatário, detentor
USUCAPIÃO.
Pressupostos.
• Decurso de tempo
• Justo título(nem todos tipos) - Ato jurídico que conduz um
possuidor a iludir-se, por acreditar que ele lhe outorga a
condição de proprietário.
• Justo título só pode ser escritura? Doação, dação em
pagamento, arrematação, adjudicação, legado...
• Ver o Enunciado n.º 86 da Jornada de Direito Civil.
Conselho de Justiça federal: “a expressão justo título,
contida nos arts. 1.242 e 1.260 do CC, abrange todo e
qualquer ato jurídico hábil, em tese, a transferir a
propriedade, independentemente do registro”

• Boa-fé - É o estado subjetivo de ignorância do possuidor


quanto ao vício ou obstáculo que lhe impede a aquisição da
coisa.
USUCAPIÃO.

• Risco de usucapião entre herdeiros - Recurso Especial


1.631.859 do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) – posse
exclusiva
• Usucapião de ascendente vivo – falta do animus domini
• Relação de pais e filhos são nítidamente de caráter
permissionário, ou seja, altruístico
USUCAPIÃO. Espécies

• Extraordinária.
Lapso de tempo: 15 anos;
U.E.Abreviada-10 anos, se morar ou produzir no
imóvel.
* Não é necessário justo título e boa-fé.
• Ordinária.
Lapso de tempo: 10 anos;
U.O.Abreviada- 5 anos, se houve aquisição onerosa,
com registro em cartório posteriormente cancelada,
residindo ou produzindo no imóvel.
* Necessário justo título e boa-fé.
USUCAPIÃO. Espécies
• Usucapião extraordinário. Requisitos autorizadores do
usucapião extraordinário que se mostram presentes.
Gravame hipotecário sobre o imóvel que não inviabiliza o
reconhecimento do usucapião extraordinário, se preenchidos
os requisitos legais. Precedente do STJ. A execução
hipotecária pelo credor em face do proprietário do imóvel não
interrompe a prescrição aquisitiva, por não importar em
resistência à posse de quem postula a declaração do domínio
em ação de usucapião. Conjunto probatório a evidenciar
exercício de posse mansa, pacífica e ininterrupta com 'animus
domini'. Sentença de procedência mantida. Verba honorária
que observou o artigo 85, § 2º, CPC, agora majorada, em
razão da fase recursal. Recurso não provido.
(TJSP; Apelação Cível 1013335-94.2016.8.26.0071; Relator
(a): João Pazine Neto; Órgão Julgador: 3ª Câmara de Direito
Privado; Foro de Bauru - 2ª Vara Cível; Data do Julgamento:
23/06/2020; Data de Registro: 23/06/2020)
USUCAPIÃO. Espécies
• DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO.
SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. POSSE DA AUTORA MANSA, PACÍFICA E
ININTERRUPTA DA ÁREA POR 23 (VINTE E TRÊS) ANOS. ANIMUS DOMINI
COMPROVADOS. PROVA TESTEMUNHAL QUE CORROBORA O
RECONHECIMENTO DA AUTORA COMO LEGÍTIMA PROPRIETÁRIA. TESE
DO RÉU INVEROSSÍMIL. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO FATO
IMPEDITIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO DA AUTORA, ART.
373, II DO NCPC. INEXISTÊNCIA DE OPOSIÇÃO POR PARTE DOS
CONFRONTANTES. LAPSO TEMPORAL AQUISITIVO RECONHECIDO.
EXEGESE DO ART. 1.238 DO CÓDIGO CIVIL. (...) fático dos autos revela
motivos consideráveis que autorizem o reconhecimento da pretensão aqui
deduzida, qual seja, o deferimento do título de domínio da apelada (...) sobre o
imóvel usucapiendo. 6. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida em
todos os seus termos. ACÓRDÃO Vista, relatada e discutida a Apelação Cível nº
0004293-63.2011.8.06.0170, em que figuram como apte: (...), e Apda: Maria da
Conceição Pereira Veras, acorda a Terceira Câmara de Direito Privado do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, por unanimidade, em conhecer
o recurso, mas para negar-lhe provimento, nos termos do voto da Relatora.
Maria Vilauba Fausto Lopes Desembargadora Relatora (TJ; Relator (a): MARIA
VILAUBA FAUSTO LOPES; Comarca: Tamboril; Órgão julgador: Vara Única da
Comarca de Tamboril; Data do julgamento: 13/11/2019; Data de registro:
13/11/2019)
USUCAPIÃO. Espécies.
• Especial ou Constitucional.
Lapso de tempo: 5 anos para ambos os casos.
Art.191 CF, 1239 CC

• Rural – resida e produza no imóvel rural de até 50


hectares.(pro labore). Surgiu com a CF/34.

• Urbana – resida em imóvel urbano de até 250 m2,

• Desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano.


(pro residentia). Inovação da CF/88 (183). Rural nem
posse.

• Só pode ser concedido uma única vez por pessoa.

• Não bem publico


USUCAPIÃO. Espécies.
• A USUCAPIÃO COLETIVA
• art. 10 do Estatuto da Cidade:

“As áreas urbanas com mais de duzentos e cinqüenta


metros quadrados, ocupada por população de baixa
renda para sua moradia, por cinco anos
ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível
identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são
susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde
que os possuidores não sejam proprietários de outro
imóvel urbano ou rural.”
USUCAPIÃO. Espécies.

Familiar
• 1.240-A CC
• Lapso de tempo: 2 anos
• imóvel urbano de até 250 m2
• Propriedade comum
• ex cônjuge ou ex companheiro que abandonou o lar
• Moradia da família
• desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano
ou rural (pro residentia).
• Só pode ser concedido uma única vez por pessoa.
• Todos os standers de família
• Não vale se a saída se deu pela Lei maria da Penha
USUCAPIÃO. Espécies.

Familiar
CNJ - VII Jornada de Direito Civil
• Enunciado Número 595
• Enunciado
• O requisito "abandono do lar" deve ser interpretado na
ótica do instituto da usucapião familiar como abandono
voluntário da posse do imóvel somado à ausência da
tutela da família, não importando em averiguação da
culpa pelo fim do casamento ou união estável. Revogado
o Enunciado 499.
USUCAPIÃO. Espécies.

DIREITO CIVIL E DE FAMÍLIA. APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO DE USUCAPIÃO FAMILIAR.


ABANDONO VOLUNTÁRIO DO LAR. RÉU REVEL. REQUISITOS DO ART. 1.240-A DO CÓDIGO CIVIL
BRASILEIRO. PREENCHIMENTO. COMPROVAÇÃO. APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA. SENTENÇA
REFORMADA. PEDIDO DE USUCAPIÃO CONJUGAL JULGADO INTEIRAMENTE PROCEDENTE. ÔNUS
SUCUMBENCIAIS PELO RÉU. 1. Com o advento do art. 1.240-A do Código Civil Brasileiro, "Aquele que
exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel
urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou
ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o
domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Incluído pela Lei nº
12.424, de 2011)" 2. O cônjuge que, mesmo tendo deixado o ambiente familiar, seja por culpa sua, seja por
culpa de outrem, continua cumprindo com suas obrigações, ainda que esteja separado fisicamente do
restante da família, não deve ser alcançado pelo disposto no artigo supracitado. Entretanto, tutelar a família
implica em amparo emocional e financeiro razoável e contínuo, uma vez que mais grave que abandonar um
imóvel é desamparar ou pouco assistir - condutas que se equivalem - os que nele vivem (Enunciado 595 da
VII Jornada de Direito Civil, do Conselho de Justiça Federal). Precedentes. 3. No caso, ainda que a autora
e suas testemunhas tenham declarado em juízo que o réu, no ano seguinte ao rompimento do casal, ou
seja, há mais de 10 (dez) anos, compareceu eventualmente à residência para visitar a prole, contribuindo,
também de forma esporádica, com o valor módico de R$ 80,00 (oitenta reais) para o sustento tão somente
do filho caçula, isto, de forma alguma, comprova que ele tenha tido qualquer outra participação no cotidiano
da família durante todos esses anos, o que, somado à sua revelia e, portanto, ao seu notório desinteresse
em contestar o pedido de usucapião conjugal em liça, demonstra que o abandono voluntário do lar aqui de
fato ocorreu. 4. Nesse contexto, evidenciado o preenchimento de todos os requisitos legais para a
aquisição da propriedade do imóvel em causa pela via da usucapião familiar, inclusive quanto ao abandono
do lar pelo réu (art. 1.240-A, CCB), impõe-se a reforma da sentença apelada para reconhecer a prescrição
aquisitiva do bem em favor da autora/apelante, cabendo ao juiz singular a expedição dos mandados e
demais expedientes de estilo, por se tratar de providência típica do cumprimento de sentença (art. 516, II,
CPC/15). 5. APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA, NOS TERMOS DO VOTO CONDUTOR.(TJ-CE;
Apelação Cível - 0014068-77.2016.8.06.0154, Rel. Desembargador(a) MARIA VILAUBA FAUSTO LOPES,
3ª Câmara Direito Privado, data do julgamento: 27/01/2021, data da publicação: 27/01/2021)
Professor
WIVERSON
GEORGE
DE OLIVEIRA
RESPONSABILIDADE CIVIL
E
ATO ILÍCITO
Responsabilidade
• responder pelos atos que praticamos
• responsabilidade civil - fonte de obrigação, que é a
reparação de um dano
• situação obrigacional - duas relações - Obrigação
• Prestação - débito- o dever originário
• Responsabilidade- é a consequência jurídica
patrimonial do credor ao descumprimento de uma
obrigação (decorrente da lei ou da vontade das partes)

-pode haver obrigação sem responsabilidade (dívida


prescrição – se pagar não pode repetir)
-pode haver responsabilidade sem obrigação (fiador)
Responsabilidade – sanção - dever jurídico, em que se
coloca a pessoa, seja em virtude de contrato ou não, seja
em face de fato ou omissão.
RESPONSABILIDADE CONTRATUAL OU
RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL
(AQUILIANA)

•Responsabilidade contratual
•as conseqüências podem ir além da indenização,
abrangendo também a execução específica, quando
possível

• Responsabilidade extracontratual (desvinculado de


qualquer contrato)

• ATOS ILÍCITOS – abuso de direito ou ato


intrinsicamente ilícitos (aquiliana) – ART.186 e 187 CC
RESPONSABILIDADE CONTRATUAL OU
RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL
(AQUILIANA)

• ATOS ILÍCITOS
– abuso de direito ou ato intrinsicamente ilícitos
(aquiliana) – ART.186 e 187 CC
Responsabilidade por atos ilícitos
• Ato ilícito – ilegal – danos – ação ou omissão
• Ilícito contratual, inadimplemento contratual; a
quebra de uma promessa; a prática de um ato
intrinsecamente ilícito, o abuso de direito.

• Geram responsabilidade - sanções (adimplir a


obrigação contratual, pagar multa fixada em cláusula
contratual, indenizar danos, conceder à vítima o
exercício de direito de resposta (no caso dos jornais,
por exemplo), desmentir uma afirmação falsa
Ato ilícito
Ato ilícito em sentido amplo
◦conduta humana antijurídica, contrária ao Direito,
sem qualquer referência ao elemento subjetivo ou
psicológico;

Ato ilícito em sentido estrito


◦ gera dano
◦comportamento injurídico do agente, que acarreta
resultado danoso (ilegalidade do comportamento
humano + dano injusto)
Ato ilícito
• ATOS ILÍCITOS – abuso de direito ou ato
intrinsicamente ilícitos (aquiliana) – ART.186 e
187 CC
• Ato intrínsecamente ilícito
• Dever genérico de não lesar
• Artigo 186
• atos que vão contra o ordenamento jurídico,
lesando o direito subjetivo de alguém
• Ação ou omissão
• Danos
• Ilícito civil gera uma obrigação indenizatória pelos
danos efetivos e por lucros cessantes
• Sanção – Indenização
Abuso de Direito
• Abuso de direito –Art. 187. Também comete ato
ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos pelo
seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos
bons costumes. (abuso no direito de propriedade,
desrespeito meio ambiente, punição exagerada
filho)
• Visão social e não individual liberal
• Art. 42.CDC. Na cobrança de débitos, o
consumidor inadimplente não será exposto a
ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de
constrangimento ou ameaça.
RESPONSABILIDADE CIVIL
PRESSUPOSTOS

• Responsabilidade Civil objetiva


• Elementos

• risco da atividade
• Avião cair, banco

• Responsabilidade Civil subjetiva


• Elementos
-Aquiliana - extracontratual
-Dever genérico de não lesar
-A teoria adotada é a subjetiva
-Exceção: teoria objetiva – pela lei ou pela
atividade (teoria e risco)
-Elementos
-Prazo
-Ex: banco/ dono animal/prédio ruína/queda
objeto janela /
-roubo banco (STJ) / roubo ônibus(STJ)
-Advogado (obrigação meio ou de resultado)
- Prescrição
Excludentes de ilicitude
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício
regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a
lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.

• legítima defesa
• exercício regular de direito reconhecido
• estado de necessidade
•caso fortuito e força maior e culpa exclusiva da
vítima
Excludentes de ilicitude
LEGÍTIMA DEFESA
• Repulsa necessária para repelir uma injusta agressão,
sendo ela atual, defendendo interesse próprio ou de
terceiro.

Legítima Defesa da Posse e o Desforço Imediato- Art. 1.210.§


1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou
restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os
atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do
indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
Não pode exceder – não pode ser abusivo
Excludentes de ilicitude
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO RECONHECIDO

•Penhor legal
Art. 1.467. São credores pignoratícios, independentemente de
convenção:
I - os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou alimento,
sobre as bagagens, móveis, jóias ou dinheiro que os seus
consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas
casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que
aí tiverem feito;

•Direito de Retenção(hotéis)
•Instituição bancária que cobra tarifas para manutenção de
conta
Excludentes de ilicitude
ESTADO DE NECESSIDADE

o ato será legítimo somente quando as


circunstâncias o tornarem absolutamente necessário,
não excedendo os limites do indispensável para a
remoção do perigo.

Ocorre quando alguém deteriora ou destrói coisa


alheia, ou causa lesão a pessoa, para remover
perigo iminente - caráter de urgência – não pode
esperar nem liminar

Ação de Nunciação de Obra Nova


Excludentes de ilicitude
CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR E CULPA EXCLUSIVA DA
VÍTIMA
caso fortuito e a força maior - incidem sobre o nexo de causalidade
entre o dano e a conduta do agente - fato inevitável ou imprevisível,
o agente não deu causa ao resultado.

CC Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes


de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver
por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no
fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.
Caso fortuito = evento proveniente de ato humano, imprevisível e
inevitável, que impede o cumprimento de uma obrigação, tais como: a
greve, a guerra etc.
força maior = evento previsível ou imprevisível, porém inevitável,
decorrente das forças da natureza, como o raio, a tempestade etc
RESPONSABILIDADE
CIVIL DO ESTADO
Evolução da responsabilidade
Estatal
 Teoria da Irresponsabilidade – Estado Absoluto. The king
can do no wrong

 Teorias civilistas – necessidade de comprovação de culpa


do agente público

 Teoria da Responsabilidade subjetiva – faute du serviço,


sem necessidade de identificação do agente

 Responsabilidade objetiva – teoria do risco da atividade


estatal
EVOLUÇÃO HISTÓRICA E TEORIAS

1º) Fase da irresponsabilidade: O REI NÃO ERRA (the king can do no


wrong).

2º) Fase civilista: responsabilidade subjetiva (necessidade de prova da


culpa). Diferenciava-se o ato de império (não indenizável) do ato de gestão
(indenizável).

3º) Fase publicista: responsabilidade civil com as características estatais:

a) Culpa administrativa: origem – serviço defeituoso (mal funcionamento


do serviço). Não havia mais distinção entre atos de império e gestão. Foco
não é culpa do funcionário, mas a culpa do serviço, também chamada
de culpa anônima ou falta do serviço.

❖ CONDUTA OMISSIVA DO ESTADO. A responsabilidade é


SUBJETIVA.
219 21

e
• A responsabilidade civil do estado
impõe à fazenda pública a obrigação de
indenizar terceiro pelo danos causados:
materiais e morais
• O dano pode decorrer de
descumprimento de um contrato
celebrado pelo ESTADO–
Responsabilidade contratual
• O dano pode decorrer da prática de uma
ato ou omissão de agente estatal –
neste caso trata-se de
responsabilidade civil do ESTADO
Responsabilidade extracontratual
• Teoria do Risco Administrativo

• A Responsabilidade civil do estado é objetiva.

• Constituição Federal de 1988, adotou a teoria do


risco administrativo, em seu artigo 37, parágrafo 6º :
Artigo 37, § 6º - As pessoas jurídicas de direito
público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que
seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra
o responsável nos casos de dolo ou culpa.

❖ Responsabilidade civil do agente

❖ Responsabilidade civil das Pessoas Jurídicas de


Direito Privado Estatais, exploradoras de atividade
econômica.
❖ STF: a responsabilidade civil das PJDPriv prestadoras
de serviço público se aplica aos usuários e terceiros.
223 22
3
• nexo de causalidade – liame entre o dano e o
ato/omissão de agente estatal
• relação de causa – efeito

• no caso de omissão do agente estatal podemos falar em


responsabilidade subjetiva – será necessário comprovar o
dever de agir e a possibilidade de ter sido evitado o dano
• ELEMENTOS:

- ATO/OMISSÃO DE AGENTE PÚBLICO

- DANO

- NEXO DE CAUSALIDADE
AGENTE PÚBLICO NO SENTIDO
GENÉRICO DE SERVIDOR PÚBLICO -
TODAS AS PESSOAS INCUMBIDAS
DE REALIZAR SERVIÇO PÚBLICO
• o dano representa aquilo que
efetivamente a vítima perdeu,
despendeu ou deixou de ganhar (lucros
cessantes).
• estes podem ser materiais ou morais
• dano moral: prejuízo de cunho moral:
dor, sofrimento – abalo interno de cada
indivíduo

• tarefa difícil é atribuir valor a


indenização por danos morais
• RESPONSABILIDADE SUBJETIVA
(deve-se provar a culpa do agente)
• Exemplo (acidente envolvendo alunos
dentro da escola – omissão?)
• Morte de preso por terceiros
• Suicídio de preso
• Rebelião de presos – impossibilidade
de impedir o ocorrido
• excludentes de responsabilidade:

• força maior
• caso fortuito
• culpa exclusiva da vítima
(Ex: acidente de trânsito envolvendo
viatura)
APELAÇÃO CÍVEL. REMESSA NECESSÁRIA AVOCADA. DIREITO ADMINISTRATIVO E
CONSTITUCIONAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO CIVIL. JULGAMENTO ULTRA PETITA. AFRONTA AO
PRINCÍPIO DA ADSTRIÇÃO DA SENTENÇA AO PEDIDO INICIAL. PRELIMINAR ACOLHIDA. ÓBITO
DECORRENTE DE DISPARO DE ARMA DE FOGO EFETUADO POR POLICIAL MILITAR.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO (ART. 37, §6º, DA CF/88). PRESSUPOSTOS DA
RESPONSABILIZAÇÃO CIVIL PRESENTES. DANO MORAL MINORADO. PRECEDENTES DO TJCE.
DANO MATERIAL DEVIDO. FAMÍLIA DE BAIXA RENDA. DEPENDÊNCIA PRESUMIDA. PRECEDENTE DO
STJ. APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA. REMESSA NECESSÁRIA AVOCADA E
DESPROVIDA. É obrigatório o reexame da sentença ilíquida proferida contra a União, os Estados, o Distrito
Federal, os Municípios e as respectivas autarquias e fundações de direito público. O juízo de origem, ao
condenar o réu à reparação por danos materiais, determinou o pagamento de valores que ultrapassam o
montante fixado na petição inicial, em manifesta afronta ao princípio da adstrição ou congruência da
sentença ao pedido inicial, o que evidencia a existência de erro hábil a emergir na nulidade parcial da
sentença, decorrente do vício de julgamento ultra petita. 3. Cuida-se de recurso interposto em face de
sentença que condenou o Estado do Ceará ao pagamento de indenização por danos morais e materiais
ao genitor de adolescente morto após ser atingido por disparo de arma de fogo efetuado por Policial
Militar. 4. O ordenamento jurídico brasileiro adotou a Teoria do Risco Administrativo, segundo a qual
responsabilidade civil estatal é, ordinariamente, objetiva, uma vez que decorre do risco administrativo em si,
mão se exigindo perquirir sobre existência de culpa ou dolo por parte do agente público. 5. O Estado do
Ceará não logrou comprovar existência de fato apto a romper o nexo de causalidade e, assim, afastar sua
responsabilidade em relação ao ocorrido. Precedentes do TJCE. 6. O quantum arbitrado a título de
indenização por danos morais deve ser minorado para o patamar de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), mais
adequado e condizente com os parâmetros normalmente adotados por este Tribunal de Justiça em casos
análogos. 7. Não sendo líquida a condenação, a fixação do percentual dos honorários advocatícios deverá
ocorrer, a posteriori, na fase de liquidação, a teor do que preconiza o art. 85, § 4º, II, do CPC. 8. Remessa
necessária avocada e desprovida. Apelação conhecida e parcialmente provida. Sentença parcialmente
reformada para decotar o valor que excede a pretensão inicial a título de danos materiais, bem como para
reduzir o quantum da indenização por danos morais.(TJ-CE; Apelação / Remessa Necessária - 0004271-
10.2000.8.06.0099, Rel. Desembargador(a) JORIZA MAGALHAES PINHEIRO, 3ª Câmara Direito Público,
data do julgamento: 12/12/2022, data da publicação: 12/12/2022)
RESPONSABILIDADE
CIVIL DO ESTADO
RESPONSABILIDADE
CIVIL DO ESTADO
EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE DO ESTADO

❑ Teoria do risco administrativo – defesas:


✓ Negativa dos fatos, dano e nexo
✓ Fatos imprevisíveis (acaso) e irresistíveis: Caso fortuito
ou força maior (quebra o nexo)
✓ Culpa exclusiva da “vítima” ou de terceiro (quebra o
nexo)
✓ Culpa concorrente (causa de redução da indenização)

234 23
4
PRESCRIÇÃO
❖5 anos – art. 1º do Decreto 20.910/32
❖3 anos – art. 206, §3º, inciso V do CC.

PRESCRIÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA.


STJ - prazo prescricional a ser aplicado nas ações de
reparação de dano em face do Estado.

Tema Repetitivo 553 - Aplica-se o prazo prescricional


quinquenal - previsto do Decreto 20.910/32 - nas ações
indenizatórias ajuizadas contra a Fazenda Pública, em
detrimento do prazo trienal contido do Código Civil de 2002.
•contados da data do ato ou fato do qual se originarem
235 23
5
Teoria do Dano

Dano é a lesão ao bem protegido pelo ordenamento jurídico. Pode haver


ato ilícito sem dano.

O dano se divide em:


✓ Patrimonial;
✓ Extrapatrimonial.

Dano patrimonial (art. 402 do CC): é lesão a um interesse econômico,


interesse pecuniário. Divide-se em dano emergente e lucro cessante.

Dano emergente (art. 402 do CC): são os prejuízos efetivamente sofridos


pela vítima. É o decréscimo patrimonial.

Lucro cessante ou lucros frustrados (art. 402 do CC): é o que a vítima


deixou de auferir razoavelmente (certamente). Tudo o que a vítima deixou
de ganhar. Também chamado de lucro frustrado.
236 23
6
Teoria da Perda de uma Chance (art. 402 do CC): é uma subclasse do
dano emergente. É a oportunidade dissipada de obter futura vantagem ou
de evitar um prejuízo em razão da prática de um dano injusto, Resp.
788.459. É o meio caminho entre dano emergente e lucro cessante.

O benefício não precisa ser certo, mas deve haver uma chance e esta
tinha um valor econômico. O valor da indenização deve ser menor que do
lucro cessante. O juiz calcula com base na razoabilidade ou probabilidade,
desta forma, ele faz uma proporcionalidade.

Quando o profissional da saúde faz um tratamento errado, é possível a


aplicação da teoria da perda de uma chance. No entanto, deve-se ter em
mente se a chance perdida era razoavelmente considerada.

237 23
7
HOMICÍDIO

✓ HOMICÍDIO - Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste,


sem excluir outras reparações:
•I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e
o luto da família;
•II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia,
levando-se em conta a duração provável da vida da vítima.

Art. 948 CC trata sobre pensão no caso de homicídio.

238 23
8
PESSOA JURÍDICA E DANO MORAL

Pessoa jurídica pode pedir dano moral (súmula 227 STJ e art. 5, X, CF). A
pessoa jurídica tem honra objetiva; é a reputação, o bom nome no
mercado. Mas segundo o art. 52 CC, pessoa jurídica não tem direitos da
personalidade, mas sim abalo de crédito.

239 23
9
Professor
WIVERSON
GEORGE
DE OLIVEIRA

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Whatsapp: (71) 991233948
Professor
WIVERSON
GEORGE
DE OLIVEIRA

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