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DIREITO

CIVIL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CONCEITO E CONTEÚDO DO DIREITO CIVIL
● Regras e condutas que pessoas físicas e jurídicas devem ter em sociedade;

● Trata da personalidade, da posição do indivíduo dentro da sociedade;

● Representado pelo Código Civil;

● Norteado por três princípios: socialidade, eticidade e operabilidade (ou


concretude).
CONCEITO E CONTEÚDO DO DIREITO CIVIL

{
1. Os sujeitos de direção
{ a. Pessoa física

{
Parte Geral 2. Objeto do Direito(bens
jurídicos) b. Pessoa Jurídica
3. Fatos Jurídicos
Código Civil

{
1. Direito das Obrigações
2. Direito das Empresas
Parte Especial 3. Direito das Coisas
4. Direito da Família
5. Direito das Sucessões
PESSOA NATURAL

● Pessoa natural é o ser humano dotado de personalidade civil.


● 1.º do Código Civil: “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem
civil”.
CAPACIDADE JURÍDICA E CAPACIDADE DE EXERCÍCIO

● A capacidade jurídica ou capacidade de direito é a aptidão que a pessoa tem


de gozar e exercer direitos.
● A capacidade de exercício ou capacidade de agir é a aptidão de exercer os
direitos e assumir as obrigações na ordem civil.
● ABSOLUTAMENTE iNCAPAZES:
○ Os menores de dezesseis anos;
○ Os enfermos ou com retardo mental, sem o necessário discernimento;
● RELATIVAMENTE INCAPACITADOS:
○ os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
○ os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o
discernimento reduzido;
○ os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
○ os pródigos.
Emancipação

I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
dezesseis anos completos;

II – pelo casamento;

III – pelo exercício de emprego público efetivo;

IV – pela colação de grau em curso de ensino superior;

V – Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que,
em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.”
PESSOA JURÍDICA
A existência da pessoa jurídica decorre da necessidade do
indivíduo de unir esforços para a realização de objetivos
comuns, inatingíveis individualmente.

“Conjunto de pessoas ou de bens, dotado de personalidade


jurídica própria e constituído na forma da lei, para
consecução de fins comuns.”

➢ Reunião de Pessoas e Bens


➢ Finalidade em Comum
➢ Personalidade e Capacidade Jurídica própria
Teorias relativas à natureza jurídica da PJ
TEORIA DA FICÇÃO

A PJ é criação artificial da lei. Não passa de mero conceito, abstração.


A PJ não tem existência real, apenas intelectual. Mera ficção criada
pela doutrina.

TEORIA DA REALIDADE

Afirma que a ideia de empresa surge da consciência dos indivíduos,


que passam a atuar com o objetivo de atingir os fins sociais (serviços e
ofícios), adquirindo a personalidade moral. Essa teoria não explica
definitivamente a existência da pessoa jurídica.
TEORIA DA REALIDADE TÉCNICA

Entende que a atribuição de personalidade à PJ é expediente


de ordem técnica, que o Estado utiliza para reconhecer a
existência de grupos de indivíduos que se unem na busca de
fins determinados.

Sendo assim a lei concede personalidade à pessoa jurídica


que não se confunde com a personalidade de seus membros.

As pessoas jurídicas são reais, mas baseadas em uma


realidade técnica
CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS
➔ Direito Público Interno e externo
➔ Direito Privado

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:


I— a União;
II — os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III — os Municípios;
IV — as autarquias e associações públicas;
V — as demais entidades de caráter público criadas por lei.
➔ A União

É a pessoa jurídica de Direito Público representante do Governo Federal


no âmbito interno e da República Federativa do Brasil no âmbito externo.
➔ Os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios

São Pessoas Jurídicas com autonomia legislativa e administrativa


➔ As Autarquias

Serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio


e receita próprios para executar atividades típicas de Administração
Pública. Ex.: Universidade, CREA, INSS
➔ Associações Públicas

Entidades consorciadas que optam por conferir natureza jurídica de direito


público.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público externo:
I— Os estados Estrangeiros;
II — Pessoas regidas pelo direito internacional público
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I— as associações;
II — as sociedades;
III — as fundações.
IV – as organizações religiosas
V – os partidos políticos
VI – as empresas individuais de responsabilidade limitada.
➔ Associações
As associações caracterizam-se pela união de pessoas que se
organizam em busca de uma finalidade e que não possuem fins
econômicos
➔ Sociedades
Art. 981 do CC.
Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se
obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de
atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
➔ Fundações
Fundação é a destinação de um patrimônio em prol de uma finalidade.
Cultura, Educação, Saúde, Meio Ambiente, Direitos Humanos
➔ As Organizações Religiosas
Art. 44, § 1º, CC.
São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o
funcionamento das organizações religiosas (...).
➔ Partidos Políticos
Lei 9.096/1995
➔ Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada
Também conhecida como EIRELI.
Único Titular;
Capital social mínimo = 100 vezes o Salário Mínimo;
Responsabilidade do sócio limitada ao capital social (não responde com
seus bens pessoais pelas dívidas da empresa);
Criada pela Lei 12.441/11.
INÍCIO DA EXISTÊNCIA LEGAL DA PESSOA JURÍDICA
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do
ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o
ato constitutivo.
Ex.: Sociedade anônima = Junta Comercial; Associações = Cartório de Registro Civil das
Pessoas Jurídicas.
DIREITOS DA PERSONALIDADE APLICÁVEIS À PESSOA JURÍDICA

Direito ao Nome; Direito à Identidade; Direito à Imagem;


Direito à intimidade; Direito à Honra.
FIM DA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO

Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:

I - o vencimento do prazo de duração (...);

II - o consenso unânime dos sócios;

III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;

IV - a falta de pluralidade de sócios (...);

V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar.


FATOS E ATOS JURÍDICOS

Fato

Fato Jurídico Fato Ajurígeno

❖ A principal característica de um Fato Jurídico é a sua


capacidade de produzir efeito jurídico.
FATOS E ATOS JURÍDICOS
Fato Jurídico(em
Sentido Amplo)

Fato Natural em Fato Humano/Ato


Sentido Estrito Jurídico

Fato Ordinário Fato Extraordinário Lícitos Ilícitos


FATOS E ATOS JURÍDICOS
Ato Jurídico em
Sentido Estrito
Ato Jurídico em
Sentido Amplo
Negócio Jurídico

❖ Ato jurídico é uma manifestação da vontade humana


que produz efeitos jurídicos ou conduta que tem por
objetivo a aquisição, o resguardo, a transmissão,
modificação ou extinção do direito.

❖ Negócio Jurídico é um ato que tem por


finalidade a aquisição, modificação ou extinção
do direito, formando um auto regramento de
conduta das partes, com a intenção de
satisfazer seus interesses.
CLASSIFICAÇÃO DO ATO JURÍDICO
● Quanto à ação.
● Quanto à subsunção.
● Quanto aos fatos.
● Quanto à execução.
● Quanto à declaração de vontade.
● Quanto à onerosidade.
● Quanto aos atos reciprocamente considerados.
● Quanto aos efeitos.
● Quanto à natureza.
● Quanto aos atos considerados em si mesmos.
ELEMENTOS DOS ATOS JURÍDICOS

● Elementos essenciais: agente capaz,


objeto lícito, e forma prescrita ou não
proibida na lei.
● Elementos acidentais: eventualmente
podem fazer parte do ato jurídico, mas a
sua ausência não provoca a invalidade
dele.
DIREITO E FAMÍLIA: NOÇÃO INTRODUTÓRIA

● É um conjunto de normas jurídicas de ordem privada, ou do direito social, que regulam as


relações jurídicas (pessoais e patrimoniais), entre as pessoas unidas pelo parentesco, pelo
matrimônio, pela união estável, bem como unidos por todos os modos de constituição de
família.

● Com o princípio da igualdade jurídica dos cônjuges desaparece aquela imagem


patriarcal do chefe de família e é substituída por um sistema em que as decisões
devem ser tomadas de comum acordo entre marido e sua mulher.
DIREITO E FAMÍLIA: NOÇÃO INTRODUTÓRIA

● Princípios do direito da família


- Princípio do respeito à dignidade da pessoa humana.

- Princípio da igualdade jurídica dos cônjuges e dos companheiros.

- Princípio da igualdade jurídica de todos os filhos.

- Princípio da paternidade responsável e planejamento familiar.

- Princípio da comunhão plena de vida baseada na afeição entre os conjuntos.


DIREITO E FAMÍLIA: NOÇÃO INTRODUTÓRIA
O direito de família na Constituição de 1988 e no Código Civil de 2002

O Código Civil de 1916 e as leis posteriores, vigentes no século passado, regulavam a família
constituída unicamente pelo casamento, de modelo patriarcal e hierarquizada.
Já a Constituição Federal de 1988 adotou uma nova ordem de valores, privilegiando a dignidade
da pessoa humana, realizando verdadeira revolução no Direito de Família, em três eixos.
● Art. 226 afirma que "a entidade familiar é plural e não mais singular, tendo várias formas
de constituição".
● Art. 227. Proibir designações discriminatórias decorrentes do fato de ter a concepção
ocorrido dentro ou fora do casamento ".
● Art. 54, inciso I, “ Ao consagrar o princípio da igualdade entre homens e mulheres''.
ESTRUTURA DA FAMÍLIA
Do art. 226(Constituição Federal de
1988) :
● Casamento Civil;
● União estável;
● Família monoparental;
ESTRUTURA DA FAMÍLIA

Posteriormente foram admitidas outras


manifestações familiares:
● Família Anaparental;
● Família homoafetiva;
● Família mosaico ou monoparental.
ESTRUTURA DA FAMÍLIA

Leis específicas que trazem conceito amplo de


família:
● A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006)
dispõe no seu art. 5.º , inc. II.
● A antes denominada Nova Lei da Adoção
(Lei 12.010/2009)
Relação de parentesco

● É a relação que vincula não só pessoas por descendência uma das outras ou de um só
tronco, mas também os parentes do cônjuge e entre adotantes e adotados.
● Quais as relações de parentesco
➢ Consanguíneo ou natural: é quando existe um vínculo biológico ou de sangue entre as
pessoas, que descendem de um ancestral comum, onde pode ser de forma direta ou
indireta;
➢ Civil: é toda e qualquer relação de outra origem que não seja considerada consanguínea;
➢ Por afinidade: é quando cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro.
● Enuncia o art. 1.591 do Código Civil que são parentes em linha reta as pessoas que estão umas
para com as outras na relação de ascendentes e descendentes.
● Enuncia o art. 1.592 do Código Civil são parente em linha colateral ou transversal, até o 4°grau,
as pessoas provenientes de um só tronco, sem descender uma da outra.
● Enuncia o art. 1.593 do Código Civil o parentesco é natural ou civil, conforme resulte de
consangüinidade ou outra origem.
● Enuncia o art. 1.594 do Código Civil contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo
número de gerações, e, na colateral, também pelo número delas, subindo de um dos parentes até
ao ascendente comum, e descendo até encontrar o outro parente.
● Enuncia o art. 1.595 do Código Civil cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do
outro pelo vínculo da afinidade.
Casamento
● É um instituto social, criado nos termos da lei, que tem como afinidade a reprodução ou a
assistência mútua
○ caráter permanente
○ personalismo
● Direito e obrigação entre os cônjuges:
○ Antigamente: Visão patriarcal
○ Atualmente: Visão igualitária
● Fases do casamento
○ Habilitação
○ Celebração
○ Assento
Os impedimentos matrimoniais estão previstos no artigo 1521 do Código Civil:
Art. 1.521. Não podem casar:
I – os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II – os afins em linha reta;
III – o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV – os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V – o adotado com o filho do adotante;
VI – as pessoas casadas;
VII – o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio
contra o seu consorte
● Casamento entre menores
○ Menores de 16 anos: não pode
■ excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil, para evitar imposição ou
cumprimento da pena criminal ou em caso de gravidez".
○ Entre 16 e 18 anos: precisa de autorização
■ Se os pais ou responsáveis legais não concederem: juiz pode suprir (negativa injusta)
● Regime de Casamento
○ Comunhão de bens;
○ Comunhão parcial de bens;
○ Separação de Bens;
Sucessões
● Espécies de sucessão:
➢ Legítima: é aquela definida por lei.
➢ Testamentária: é aquela advinda de disposição de última vontade do “de cujus”.
● Ordem de vocação hereditária: está expressa no art. 1.829 do Código Civil, e nada mais
é do que a sequência pela qual os parentes sucessíveis serão chamados para receber a
herança.
● Sucessão testamentária: a sucessão testamentária é aquela que se opera através de um
testamento, em que o testador indica o sucessor de seus bens, conforme sua própria
vontade, sem prejudicar o legítimo direito dos herdeiros necessários, os quais têm direito
líquido e certo da metade, caso haja testamento.
● Capacidade ativa para fazer testamento: Para a validade do testamento, é
imprescindível que o testador tenha capacidade para testar. Assim, não têm capacidade
testamentária as pessoas enumeradas no art. 1.860 do Código Civil
Formas de Testamento Herdeiro
● Testamento Público ● O herdeiro é o descendente ou
○ Escrito por tabelião, de acordo com as declarações do ascendente sucessível
testador; ○ Tem o direito da metade da
○ Deve ser lido em voz alta; herança por lei;
○ Deve ter assinatura de 2 testemunhas; ○ Deserdado :
● Testamento Cerrado ■ praticar ou tentar
○ Escrito pelo testador ou por outra pessoa (a seu rogo); assassinar o detentor da
○ Assinado por 2 testemunhas; herança, influenciar no
○ E só aberto após o falecimento do testador; testamento;
● Testamento Particular
○ Pode ser escrito de próprio punho ou por processo
mecânico;
○ Não é feito em cartório, há processo de validação;
○ Excepcionalmente, testamento assinado de próprio
punho pelo testador, sem testemunhas, pode ser
validado á critério do juiz;
DIREITOS DAS COISAS, CONTEÚDO E OBJETO

- É o ramo do Direito Civil que tem como conteúdo relações jurídicas estabelecidas
entre pessoas e coisas determinadas ou determináveis, ou seja, é o conjunto de
normas que regulamentam a relação de um sujeito que exerce poder sobre uma coisa.
DIREITOS DAS COISAS X DIREITOS REAIS
DIREITO REAL

● Consiste em um conjunto de normas, predominantemente obrigatórias, que


tendem a regular o direito atribuído à pessoa sobre bens corpóreos, móveis
ou imóveis de conteúdo econômico.
● Propriedade.
DIREITO PESSOAL

● O Direito Pessoal é um conjunto de normas que regem as relações jurídicas


de ordem patrimonial, onde um sujeito tem o dever de prestar e o outro tem o
direito de exigir essa prestação.
● Prestação do devedor.
PROPTER REM

● Propter Rem é toda e qualquer obrigação que se recaia sobre uma pessoa,
tendo características tanto do direito real quanto do pessoal, uma vez que
essa pessoa fica sujeita ao pagamento de certa prestação e vincula o titular
do bem.
● Direito intermediário.
POSSE E PROPRIEDADE

● Posse —- Propriedade
● Necessidade de demarcação de uma área
● Direito de Propriedade
● Propriedade X Domínio
● Constituição Federal

“O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor


da coisa e o direito de reavê-la do poder de quem quer
a injustamente a possua ou a detenha.”
POSSE E PROPRIEDADE
● Elementos de domínio:

JUS UTENDI JUS FRUENDI

JUS ABUTENDI REI VINDICATIO


POSSE E PROPRIEDADE
● POSSE
- Sinônimo de Propriedade
- Constitui um dos elementos dos Direitos Reais
- Posse é um fato natural, a propriedade decorre da lei
- Teoria de Niebunr
- Teoria Lherig
POSSE E PROPRIEDADE

POSSE JUSTA E POSSE VIOLENTA


INJUSTA E CLANDESTINA

POSSE DIRETA E POSSE DE BOA-FÉ


INDIRETA E MÁ-FÉ
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES, CONCEITO, FONTE, FLUXO E PRÁTICOS

Conceito:

Washington de Barros Monteiro – a obrigação é “a relação jurídica, de caráter transitório,


estabelecida entre devedor e credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal
econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o
adimplemento através de seu patrimônio”.
Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho – obrigação é a “relação jurídica pessoal
por meio da qual uma parte (devedora) fica obrigada a cumprir, espontânea ou
coativamente, uma prestação patrimonial em proveito da outra (credor)”
Como se pode notar, a questão do descumprimento ou inadimplemento ingressa no
próprio conceito de obrigação. Isso porque, para o Direito, interessa mais o
descumprimento do que o cumprimento da obrigação, já que se trata de uma ciência que
lida com o conflito.
Fluxo do Processo
Mauro contrata Breno para um serviço de pedreiro por R$ 10.000,00. Mauro pagou o valor
integral para Breno.

Por tanto :

Breno tem a obrigação de realizar o serviço para Mauro

Mauro (Sujeito Ativo) = Credor

Breno (Sujeito Passivo) = Devedor


Entre Mauro e Breno existe uma relação jurídica que visa a proteção dos direitos do
credor e do devedor:
- Mauro >> Juiz >> Breno = Resolução (Serviço ou $$$)

- Breno >> Juiz >> Mauro = Resolução ($$$)

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