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Direito Imobiliário I
Prof. Esp. Brendon Monteiro
Apresentação
Brendon Monteiro
▪ Advogado
▪ Professor
▪ Especialista em Direito Público Administrativo
▪ Pós-graduando em Advocacia extrajudicial
▪ Formando em TTI
▪ Contato: brendon.adv@gmail.com
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Noções preliminares
▪ Moral e o Direito: ordenam a conduta humana
▪ Moral → regramento íntimo do sujeito
▪ Direito → regramento das relações entre os sujeitos
▪ O Direito é uno e indivisível
▪ Divisão em ramos facilita a compreensão, o estudo e a aplicação.
▪ O Direito Imobiliário é um desses ramos
▪ Possui regras próprias que lhe caracteriza, regulando situações específicas dentro de
inúmeras relações jurídicas.
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Noções preliminares
▪ Decreto ou Regulamento: é ato normativo de competência do chefe do Poder
Executivo visando implementar/concretizar/regulamentar o comando genérico
contido na lei, mas sem apresentar inovações.
▪ Portaria: são instruções expedidas pelos Auxiliares do Chefe do Poder
Executivo destinadas a executar a lei, os decretos e os regulamentos.
▪ Ex.: Portaria do Ministério do Trabalho n.º 3.214/1978 aprovou as Normas
Regulamentadoras (NR’s).
▪ Contrato: norma criada pelos sujeitos interessados a partir da expressão da
vontade e da observância de regras mínimas de validade.
▪ Costume: norma reconhecida e praticada reiteradamente pela sociedade, mas
que não está escrita em um instrumento legislativo.
▪ Jurisprudência, doutrina, princípios, entre outros.
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Fontes do Direito
▪ Não precisamos sair do senso comum para entender o
sentido da expressão “fonte do direito”, portanto, em
linhas simples, o termo “fonte” designa a origem, a
procedência de alguma coisa.
▪ Entende-se então que “fonte do direito” é o meio pelo
qual nasce o Direito.
▪ Teoria da Pirâmide de Kelsen – forma de organização
piramidal das normas de um Ordenamento Jurídico.
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Fontes do Direito
▪ Hierarquia das fontes
▪ Regra geral:
▪ Norma de hierarquia superior
prevalece sobre a de hierarquia
inferior.
▪ Ao mesmo tempo, a regra de
hierarquia superior serve de
fundamento para a de hierarquia
inferior.
▪ Exceção:
▪ Mitigação/flexibilização da hierarquia
▪ Quando a lei autorizar e as partes
manifestarem vontade 7
Direito Civil
▪ Ramo do Direito Privado que regula das relações obrigacionais,
patrimoniais e familiares dos indivíduos entre si e perante a
comunidade em toda a vida social.
▪ É um conjunto de regras e princípios que disciplina as relações
humanas desde antes do nascimento até a morte do ser
humano.
▪ A principal norma de Direito Civil no Brasil é o Código Civil (Lei n.º
10.406/2002).
▪ Os direitos são titularizados por pessoas. Por isso elas recebem o
nome de sujeitos de direito.
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Personalidade e Capacidade Jurídica
▪ Personalidade jurídica é a aptidão genérica para ser titular de um
direito e contrair deveres na ordem jurídica.
▪ Tanto Pessoas Físicas quanto Pessoas Jurídicas possuem
Personalidade no Brasil, ou seja, podem ser titulares de direitos.
▪ Objeto de direito são os bens titularizados pelos Sujeitos de Direito.
▪ Capacidade Jurídica: é a possibilidade de exercício da personalidade.
▪ Capacidade de Direito: adquirida durante o nascimento.
▪ Capacidade de Fato: plena possibilidade de exercitar os atos da vida civil.
▪ Capacidade de Fato + Capacidade de Direito = Capacidade Jurídica
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Personalidade e Capacidade da Pessoa Física
▪ Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
▪ Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei
põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
▪ Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida
civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
▪ Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
▪ I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
▪ II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
▪ III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
▪ IV - os pródigos.
▪ Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.
▪ Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
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Personalidade e Capacidade da Pessoa Física
Absolutamente Relativamente incapazes Plenamente capazes
Incapazes
Menores impúberes Menores púberes Maiores de 18 anos
Ébrio habitual
Viciado em tóxico
Incapacitados de exprimir sua vontade
Pródigo
• Absolutamente incapazes são representados - Tutor ou Curador
• Relativamente capazes serão assistidos - Assistente
• Senilidade (velhice) e Deficiência não implicam, por si só, em
incapacidade. 11
Pessoa Jurídica
▪ É a soma dos esforços humanos ou patrimoniais tendente a uma
finalidade lícita, específica e constituída na forma da lei.
▪ Ter CNPJ não significa ser pessoa jurídica (Ex.: Empresário Individual).
▪ A PJ é sujeito de direito, participando de relações jurídicas com a mesma
capacidade da pessoa física.
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Classificação da Pessoa Jurídica
1. Pessoas Jurídicas de Direito Público: desenvolvem atividade
de direito público:
I. Externo: países e organismos internacionais, como a ONU.
II. Interno:
▪ Entes políticos (União, Estados, DF e Municípios)
▪ Entes da Administração Indireta (Autarquias, Fundações Públicas, Sociedade de
Economia Mista e Empresas Públicas)
▪ Bens divisíveis: podem ser repartidos em porções sem alterar sua substância,
destinação ou valor econômico. Ex.: Um loteamento.
▪ Bens Indivisíveis: não admitem uma divisão, sem que ocorra sua
desvalorização ou um dano. Ex.: uma casa edificada.
▪ Bens Principais: é o bem que existe de forma autônoma. Ex.: Uma árvore em
relação ao fruto; O carro em relação ao som automotivo.
▪ Bens Acessórios: é o bem que depende de um bem principal. Ex.: O fruto da
árvore; os rendimentos de um imóvel, como o aluguel.
▪ Regra geral de Direito Civil: os bens acessórios seguem o principal!
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Bens Jurídicos – Classificação quanto à titularidade
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Negócio Jurídico
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Contrato de Corretagem
e Contrato de Mandato
Contrato de Corretagem
▪ Arts. 722 a 729, do CC/02: Trabalho que tem por objetivo aproximar as pessoas
para a realização de determinado negócio jurídico.
▪ Mediação com diligência e prudência + dever de prestar informações do negócio
▪ Corretagem imobiliária depende de inscrição no CRECI (Lei nº 6.530/78)
▪ Responsabilidade civil (Art. 723, § único): quebra do dever de informação acerca da
segurança e riscos do negócio.
▪ Ex.: Imóvel com constrição judicial (cláusula de inalienabilidade averbada no registro) ou
pendente de meação após divórcio.
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Contrato de Corretagem
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Contrato de Corretagem
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Contrato de Corretagem
▪ Obrigações do mandante:
▪ Pagar todas as obrigações contraídas pelo mandatário e adiantar o valor de
despesas necessárias à execução do mandato. (ex.: adiantamento de
despesas cartorárias).
▪ Pagar a remuneração ajustada e as despesas da execução do mandato, ainda
que o negócio não surta o efeito esperado (obrigação de meio, e não de
resultado), exceto quando o mandatário teve culpa no resultado negativo.
▪ (Caso concreto) Resp 1.103.658-RN, julgado em 04/04/2013 – Situação em que a
imobiliária foi condenada a indenizar o proprietário pelo insucesso de execução
judicial de aluguéis, débitos condominiais e tributos fruto da má aprovação do
cadastro do locatário e de seu fiador.
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Contrato de Mandato ou de Administração de Bens
▪ “Direito do consumidor. Aplicabilidade do CDC aos contratos de administração
imobiliária. É possível a aplicação do CDC à relação entre proprietário de
imóvel e a imobiliária contratada por ele para administrar o bem. Isso
porque o proprietário do imóvel é, de fato, destinatário final fático e também
econômico do serviço prestado. Revela-se, ainda, a presunção da sua
vulnerabilidade, seja porque o contrato firmado é de adesão, seja porque é
uma atividade complexa e especializada ou, ainda, porque os mercados se
comportam de forma diferenciada e específica em cada lugar e período. No
cenário caracterizado pela presença da administradora na atividade de locação
imobiliária sobressaem pelo menos duas relações jurídicas distintas: a de
prestação de serviços, estabelecida entre o proprietário de um ou mais imóveis e
a administradora; e a de locação propriamente dita, em que a imobiliária atua
como intermediária de um contrato de locação. Nas duas situações, evidencia-se
a destinação final econômica do serviço prestado ao contratante, devendo a
relação jurídica estabelecida ser regida pelas disposições do diploma
consumerista” (REsp 509.304/PR – Rel. Min. Villas Bôas Cueva – j. 16.05.2013,
publicado no seu Informativo n. 523).
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Responsabilidade Civil
Responsabilidade Civil
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Responsabilidade Civil
▪ Interpretação do CDC
▪ Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência
de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos. (responsabilidade objetiva)
▪ Aplicável quando o serviço de corretagem é prestado por uma Pessoa Jurídica
(imobiliária)
▪ O prejudicado não precisará prova a culpa
▪ § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada
mediante a verificação de culpa. (responsabilidade subjetiva)
▪ Aplicável quando o serviço de corretagem for prestado diretamente por Pessoa Física
(Técnico em Transações Imobiliárias)
▪ Depende da prova de culpa.
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Elementos da Responsabilidade Civil
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Avaliação – Parecer Imobiliário
▪ Parecer é um instrumento de opinião técnica acerca de determinado
assunto emitido por um especialista em uma situação que exige
análise por meio de conhecimentos específicos.
▪ É composto pelas seguintes partes:
1. Solicitante: quem pediu o parecer
2. Ementa: palavras que resumem a opinião técnica
Ex.: Usucapião. Posse mansa e pacífica. Boa fé. Justo título.
Extrajudicial. Anuência dos Confinantes.
3. Relatório: síntese do problema que foi apresentado
4. Fundamentação: base técnica que justifica a opinião defendida
5. Conclusão: posicionamento final do parecer com proposta de solução
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Muito obrigado!