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AS ESFERAS DA PERSONALIDADE
CORPO FISICO + PATRIMÔNIO + ALMA + TEMPO + VIDA VIRTUAL
Homem era apenas corpo físico, só possuía concreta sua dimensão da física.
Depois passou a se compreender além da sua esfera física para sua concepção
patrimonial mesmo sendo ele o patrimônio de alguém.
Passou também a ser dotado com alma.
Depois passou a compreender a esfera temporal de sua personalidade tanto pelo
ponto de vista econômico como jurídico.
Agregou sua vida virtual.
Sob o critério da dinamicidade, a personalidade (que é esfera de investidura, esfera
dinâmica, de movimento) será exclusividade da pessoa, que representa idealmente o
sujeito de Direitos, cuja acepção física se integra ao ser humano – ou seja, a
personalidade será atributo da pessoa, que corresponde à esfera social do ser
humano, a personalização do sujeito de direitos e deveres, o destinatário de
qualquer norma social.
Essas pessoas serão: a pessoa física, ou pessoa natural, cuja dimensão concreta e
externa será o próprio ser humano, e a pessoa jurídica, denominação que se
empresta usualmente à pessoa ideal, à pessoa abstrata, que é uma criação humana,
uma ficção a que se empresta personalidade permitindo a prática de determinados
atos ou negócios e que possui vida distinta de seus componentes.
Exemplos desse tipo de pessoa (da pessoa jurídica) serão todas as empresas, todas as
companhias, quaisquer que sejam as suas respectivas áreas de atuação e de
funcionamento; serão pessoas jurídicas os bares, os restaurantes, os bancos, as
instituições de ensino; a elas se atribui personalidade sob certas condições previstas
em lei e para a prática de atos predeterminados em seu instrumento de constituição,
que via de regra é o contrato social; elas poderão contratar entre si e com terceiros,
ter funcionários, fazer investimentos, agindo por meio de seus representantes.
Coisas, Bens
a. Bens Móveis - São aqueles que se podem transportar de um ponto a outro sem
que percam as suas características físicas. Exemplo: uma cadeira.
b. Imóveis - São aqueles que não se podem transportar de um ponto a outro sem
que percam as suas características físicas. Exemplo: uma casa
c. Semoventes - São aqueles que se movem de um ponto a outro por seus
próprios meios ou forças. Exemplo: um cão.
d. Fungíveis - São aqueles que se podem substituir por outros de igual
quantidade, qualidade e forma. Exemplo: dinheiro.
e. Infungíveis - São aqueles que não se podem substituir por outros de igual
quantidade, qualidade e forma. Exemplo: uma pintura de determinado autor.
f. Materiais, corpóreos ou concretos - São os que possuem esfera concreta,
física. Exemplo: um automóvel.
g. Imateriais, incorpóreos ou abstratos - São os que não possuem esfera
concreta, física. Exemplo: o software.
h. Presentes - Aqueles que já existem no momento do contrato. Exemplo: um
animal já existente.
i. Futuros - Aqueles que ainda não existem no momento do contrato, mas têm
sua existência previsível. Exemplo: um animal ainda em gestação.
j. Estimáveis- Aqueles cujo valor pode ser estimado. Exemplo: uma escultura
que se encontre em comércio.
k. Inestimáveis - Aqueles cujo valor não pode ser estimado. Exemplo: a
escultura O Pensador, de Rodin.
l. Bens no comércio - Aqueles que podem ser objeto de apropriação pelas
pessoas e consequentemente de negócios jurídicos entre elas. Exemplo: um livro.
m. Fora de comércio - Aqueles que não podem ser objeto de apropriação pelas
pessoas e consequentemente de negócios jurídicos entre elas. Exemplo: órgãos
humanos.
n. Públicos - Aqueles que ainda não existem no momento do contrato, mas têm
sua existência previsível. Exemplo: as praias.
o. Privados - Aqueles que pertencem a indivíduos particulares. Exemplo: um
terreno partícula.
Nosso Direito estende às pessoas jurídicas a proteção dos direitos da personalidade, que
representam o substrato mínimo necessário para a existência da própria pessoa, nos
termos seguintes:
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos
da personalidade.
Para a teoria concepcionista a personalidade se inicia com a concepção e não
quando do nascimento com vida. Todavia, esta não é a orientação de nosso
Código Civil, que adota a teoria natalista do início da personalidade.
Nem sempre o nascimento com vida foi suficiente para a determinação do
início da personalidade – em algumas sociedades, como na grega, ou na
romana, exigia-se, além disso, forma humana (aparência exterior de pessoa) e
viabilidade (possibilidade de manutenção da vida por si só) para a apreensão
da personalidade. Caso não preenchesse tais requisitos, o recém-nascido não
a adquiria. Animal – tal era a definição de monstro – como o Minotauro, misto de
homem e touro e que, portanto, não deveria ser sujeito de direitos e deveres.
Capacidade
Domicílio
Para a realização de sua vida negocial, a pessoa possui um local que será o de sua
residência ou o de seu estabelecimento, aquele onde exercerá os atos jurídicos e
onde demandará e será demandada judicialmente; a esse local se chama domicílio
civil, e pode coincidir ou não com o endereço residencial ou comercial.
O Código Civil regulamenta o estabelecimento do domicílio das pessoas na forma
seguinte:
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência
com ânimo definitivo.
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde,
alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à
profissão, o lugar onde esta é exercida.
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles
constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual,
o lugar onde for encontrada.
Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de
o mudar.
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às
municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não
fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.
O domicílio não será sempre voluntário. Algumas pessoas têm seu domicílio
determinado por lei, portanto terão domicílio necessário. Nos termos do Código
Civil:
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo
e o preso.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do
servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do
militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a
que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver
matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.
Finalmente, mas não menos importante, existe o domicílio de eleição, que é aquele
estabelecido pelos contratantes como sendo o foro, o local onde deverão ser
dirimidas as questões eventualmente suscitadas pelo negócio jurídico. É usualmente
empregado nas atividades empresariais e o Código Civil o regulamenta na forma
seguinte:
Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se
exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.
É de extrema relevância o estabelecimento e a determinação do domicílio, tanto
para os atos da vida civil como para os atos empresariais; ele determina, como já
vimos, onde a pessoa será demandada judicialmente em termos espaciais (sendo a
medida do alcance da lei, como vimos anteriormente), bem como onde será
tributada ou onde realizará as suas atividades empresariais.
No tocante às pessoas jurídicas, a disposição é a seguinte: