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DIREITO DAS COISAS

Livro III do Código Civil


Artigos 1196 a 1510-E .

Ementa: Conceito e Princípios do Direito das Coisas. Posse. Direitos


Reais. Propriedade. Condomínio. Superfície. Servidões. Usufruto. Uso.
Habitação. Direito do Promitente Comprador. Penhor. Hipoteca e
Anticrese. Registro de Imóveis. Perspectiva do Direito das Coisas.

Regras para um bom aproveitamento. O acadêmico, para ter um


bom aproveitamento na disciplina deve:

a) – Sugere-se que o aluno possua e leia, no mínimo uma das


seguintes obras de doutrina referente a DIREITO CIVIL PARTE GERAL
(ou outra de sua preferência):

Flávio Tartuce/José Fernando Simão, Editora Método, Direito


Civil, Direito das Coisas, Volume 4;
Flávio Tartuce, Editora Método, Manual de Direito Civil, 7ª edição
Washington de Barros Monteiro, Saraiva, Curso de Direito Civil,
Direito das Coisas, Volume três;
Maria Helena Diniz, Saraiva, Curso de Direito Civil Brasileiro,
Direito das Coisas, Volume 4;
Sílvio de Salvo Venosa, Atlas, Direito Civil,Direitos Reais,Volume 5;
Carlos Roberto Gonçalves, Editora Saraiva, Direito Civil Brasileiro,
Direito das Coisas, Volume 5;
Saraiva;
Caio Mário da Silva Pereira, Instituições de Direito Civil, Direitos
Reais, Volume 4 Forense;
Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald, Direitos Reais,
Lumen Juris;
Tito Lívio Pontes, Da Posse, Lex Editora, última edição;
Todas as obras acima deverão ser da última edição.

b) – Sugere-se que possua as seguintes obras:


- Dicionário da Língua Portuguesa - Aurélio Buarque de Holanda
Ferreira;
- Dicionário ou vocabulário jurídico - Editora Forense - De Plácido e
Silva;
- Código Civil - Saraiva (seco - sem comentários e sem anotações);
- Todas as obras acima deverão ser da última edição.

c) - O aluno deve ler todos os dias: um jornal de ampla circulação


(Gazeta do Povo, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Diário
Catarinense e outros);
d) - O aluno deve ainda, receber e ler diariamente notícias jurídicas
pela Internet, em site sério e de sua escolha;
e) - Não chegar atrasado na sala de aula e caso porventura isto
acontecer, favor entrar silenciosamente;
f) - Evitar o entra e sai na sala de aula;
g) - Fazer silêncio durante as aulas, não assobiar, não cantar, e
etc....
h) - Não utilizar celular na sala de aula; demais aparelhos eletrônicos
e assemelhados somente poderão ser utilizados em função da aula;
i) - participar dos eventos que sejam realizados pela disciplina e pelo
curso.

DO DIREITO DAS COISAS

Na realidade social, existe uma infinidade de bens em nossa


volta.

1 - Em visão leiga: bem é tudo que pode corresponder nossos


desejos, confundindo-se entre bens e coisas;

2 - Na Visão jurídica: existe uma separação doutrinária onde temos


coisas e bens.
2.1 - COISAS: é a expressão gênero, a abranger tudo aquilo que não
é humano, podendo ser corpóreas ou incorpóreas;
2.2 - BENS: bens são coisas com interesse jurídico e ou econômico,
ou seja, constituem espécie;

Deste modo, por bens, deve ser considerado tudo o que tem valor
pecuniário ou axiológico, ou seja, bem é uma utilidade quer
econômica, quer não econômica (filosófica, social, moral, honra,
amor, pátria liberdade, nome da pessoa natural, psicológica e outros)

3 - Etimologia (origem): a palavra tem sentido extenso e


compreende tanto os bens que podem ser apropriados (corpóreos)
como aqueles que não podem (incorpóreos).

Assim, diante desta etimologia, existem bens juridicamente


considerados que não podem ser denominados de coisas, porque sua
apropriação pelo homem, segue mais o regime da ordem moral e
filosófica do que jurídica, como exemplo temos: a honra, a liberdade,
o nome da pessoa natural, são os chamados direitos da
personalidade, os quais, seriam restringidos em sua compreensão e
essência, se fossem denominados de coisa.

4 - OBJETO DO DIREITO DAS COISAS: tudo aquilo que pode ser


apropriado pelo homem com interesse econômico;

4.1 - CONCEITOS
4.1.1 - Sílvio de Salvo Venosa - Assim, coisa pode ser entendido
como unicamente os bens corpóreos (materiais), como faz o direito
alemão. Porém pode englobar tantos objetos corpóreos como
incorpóreos, conforme nossa doutrina.

4.1.2 - Maria Helena Diniz – citando Clóvis Beviláqua - Direito das


coisas vem a ser um conjunto de normas que regem as relações
jurídicas concernentes aos bens materiais ou imateriais suscetíveis de
apropriação pelo homem.

4.1.3 - Washington de Barros Monteiro O direito das coisas, de


modo geral, compreende-se tão-somente bens materiais, isto é a
propriedade e os seus desmembramentos. O código civil de 1916
enquadrava neste ramos de direito os direitos autorais, muito embora
não se desconhecesse o aspecto moral desse direito, decorrente da
própria personalidade do autor fruto de seu engenho e inteligência.
Contudo o código de 2002, acertadamente, não cuida dos direitos
autorais, vez que estes direitos são incorpóreos de natureza
imaterial, tanto que tal matéria é regulada atualmente pela Lei nº
9160 de 19.02.98;

4.1.4 - CONCLUSÃO - Então o direito das coisas visa regulamentar


as relações entre os homens e as coisas, traçando normas tanto
para a aquisição, exercício, conservação e perda do poder sobre
esses bens para a sua utilização econômica.

Assim o direito das coisas compreende tanto os bens materiais


(móveis e imóveis) como os imateriais - direitos autorais
(propriedade literária, propriedade intelectual, televisão, radio-
difusão, internet, editores-gráficos artística e científica) pois, nossa
legislação os considera como modalidade especial de propriedade

Evolução – A propriedade tinha cunho individual e privado – tanto


que o homem podia usar, gozar e dispor da coisa que lhe pertencesse
(inclusive escravos e filhos) como melhor lhe aprouvesse.
Gradativamente, mudou-se a concepção egoística e individualista
para a tendência da civilização atual, que reconhece o predomínio do
interesse público (coletivo) sobre o privado, e, hodiernamente
reconhece também o cunho social.

5 - DIREITOS PATRIMONIAIS - O direito patrimonial classifica-se


direito pessoal e direito real,

5.1 - DIREITO PESSOAL: Direito das Obrigações (arts . 293 a 420 e


arts. 854 a 965); Direito Contratual (421 a 853); Direito de
Empresas (966 a 1195) e também existem algumas regras de direito
pessoal no Direito de Família e das Sucessões; Sujeito ativo é credor
e sujeito passivo o devedor;

- cuida das relações de vínculo obrigacional entre pessoas, onde o


credor é o sujeito ativo e o devedor é o sujeito passivo;
- é oponível somente contra o devedor para exigir que este cumpra a
obrigação;
- princípio da autonomia privada (liberdade para contratar);
- efeitos “inter partes” (estes efeitos podem ser ampliados);
- rol exemplificativo (art. 425 do CC);
- os bens do devedor respondem pela obrigação (princípio da
responsabilidade patrimonial);
- caráter transitório em regra;
- Instituto típico: o contrato.
- seu objetivo é a prestação (o cumprimento da obrigação)
5.2 - DIREITO REAL: estão previstos entre os artigos 1.196 a 1510,
mais precisamente no art. 1225, denominado de “direito das coisas”.
Sujeito ativo é o detentor do direito sobre a coisa e sujeito passivo
toda a coletividade ;

- Trata da relação jurídica entre a pessoa e a coisa, onde o sujeito


ativo é a pessoa; há uma relação de “domínio” exercido pela pessoa
sobre a coisa;
- Oponibilidade erga omnes, é oponível contra todos os indivíduos
da coletividade (o sujeito passivo é a coletividade - todos tem de
respeitar o direito da pessoa sobre a coisa);
- Existe o direito de sequela, é a coisa que responde – segue a
coisa;
- Previsão de direito de preferencia a favor do titular de um direito
real;
- Possibilidade de renúncia/abandono dos direitos reais;
- pode incorporar a coisa por meio da posse;
- previsão da usucapião como um dos meios de sua aquisição;
- rol taxativo (numerus clausus) art. 1225;
- regido pelo princípio da publicidade dos atos o que se dá pela
entrega da coisa (tradição) para móveis e pelo registro em se
tratando de bens imóveis;
- Instituto: a propriedade;
- caráter permanente.

6 - OBJETO DA NOSSA DISCIPLINA DIREITOS REAIS


ou DIREITO DAS COISAS

7 - DÚVIDAS QUANTO AO TERMO CORRETO PARA NOMINAR


PELA DOUTRINA
7.1 - Este termo deve ser mais adequado pois engloba todas
as relações entre pessoas e coisas; É utilizado por Clóvis
Beviláqua, Sílvio Rodrigues, Washginton de Barros Monteiro, Maria
Helena Diniz, Arnaldo Rizzardo, Marco Aurélio Bezerra de Melo, Paulo
Lobo, Lafayette Rodrigues, Carlos Roberto Gonçalves e Álvaro Vilaça
Correa; Prefere-se esta denominação.
7.2 - E por sua vez a expressão DIREITOS REAIS, quer dizer o
conjunto de categorias jurídicas relacionadas à propriedade e tratam
do conteúdo principal do direito das coisas, mas não de todos posto
que existem outros conteúdos que compõem a matéria e não são
direitos reais; É utilizado por Caio Mário da Silva Pereira, Orlando
Gomes, Sílvio de Salvo Venosa, Marco Aurélio S. Viana, Cristiano
Chaves Farias e Nelson Rosenvald; também cuida das relações
jurídicas entre pessoas e coisas;

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