Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Art. 2 A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei
põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Ex.: Um condomínio não pode comprar um terreno. Mas, uma Associação criada pelos
condôminos pode, pois tem personalidade jurídica.
Bibliografia:
1. Gagliano, Pablo Stolze, Pamplona, Rodolfo – Novo Curso de Direito Civil – Vol 1 –
Parte Geral. Ed. Saraiva (Preferência Profa.)
2. Nader, Paulo. Curso de Direito Civil, Vol 1 – Ed. Forense
3. Tartuce, Flávio – Direito Civil, Vol 1 – Introdução e Parte Geral. Ed. Forense (Profa.
Não curte)
4. Azevedo, Álvaro Villaça – Curso de Direito Civil I – Teoria Geral do Direito Civil –
Parte Geral – Ed. Saraiva
5. Monteiro, Washington de Barros, Pinto, Ana Cristina de Barros França. Curso de
Direito Civil, Vol 1 – Parte Geral Ed. Saraiva
6. Pereira, Caio Mario da Silva. Instituição de Direito Civil 1 – Teoria Geral de Direito
Civil. Ed. Forense
Rio, 10/08/2022
Ex.: Uma pessoa bateu no carro de outra. A pessoa pode optar por ser ressarcido disso ou
não contra determinada pessoa. Faculdade da pessoa de exercer ou não o direito.
Síntese: Sempre que for objetivo - Independe da nossa vontade. Subjetivo está dentro da
nossa vontade (de exercer ou não).
Observação:
Direito Potestativo
Considera-se direito potestativo o poder que seu titular possui de produzir, por sua
vontade, a modificação ou extinção de uma relação jurídica, sem a necessidade de qualquer
ato da parte contrária.
Ressalta-se que o exercício do direito potestativo depende somente do titular, não sendo
passível de sofrer lesão.
Deverá ser exercido no prazo fixado em lei, quando previsto, podendo ser exercido a
qualquer tempo, quando não houver prazo previsto.
Ex.: Loja que troca roupas em até 15 dias. Embora não previsto legalmente, mas é
um costume do mercado
Direito Natural
Ex.: Dívida de jogos. Você não é obrigado a pagar, pagou, não tem direito a devolução.
Direito que você possui, mas não está positivado e não poderá exercer judicialmente.
Divisão do Direito
Direito Público:
Direito Privado:
O direito privado cuida das relações jurídicas entre particulares entre si ou entre
particulares e o Poder Público, onde há o interesse individual.
Observação:
As normas de direito público não podem ser afastadas pela vontade das partes, como pode
ocorrer no direito privado, quando não se tratam de normas imperativas ou cogentes.
Direito Misto:
A ideia surgiu junto à necessidade da criação de um Código Civil, que substituísse as antigas
Legislações do Reino.
Augusto Teixeira de Freitas, foi o jurista nomeado para elaboração do Código Civil
Brasileiro, idealizando um Código que unificasse o Direito Civil e Comercial.
Em 1916 surgiu o primeiro Código Civil, pelas mãos de Clóvis Beviláqua que não seguiu as
ideias de Freitas.
A partir de então, tínhamos dois Códigos de Direito Privado: O Código Comercial de 1850 e
o Civil de 1916.
Parte do Código Empresarial foi unificado no Direito Civil. O Código Comercial e o Civil se
unificaram apenas no que diz respeito ao Direito das Obrigações e dos contratos, pois
ambos continuam sendo disciplinas autônomas e independentes.
Com advento do Código Civil de 2022, não houve a unificação das disciplinas de Direito Civil
e Comercial.
Segundo Francisco Amaral, em sua obra “Direito Civil – Introdução”, o Direito Civil trata do
conjunto de princípios e de normas que disciplinam as relações jurídicas comuns de
natureza privada, regulando a pessoa, na sua existência e atividade, a família e o
patrimônio.
A coexistência de um polissistema, formado pelo Código Civil e por estatutos jurídicos e leis
especiais, proporcionou a normatização do direito privado com base nos princípios e
normas consagradas na própria Constituição Federal, vez que não mais se pode entender o
Direito Civil sem o necessário suporte do Direito Constitucional.
Após o advento da Constituição Federal, o direito privado precisou passar por uma
adaptação. Assim, o Código Civil de 2022 incorporo os valores consagrados pela Carta
Magna, como a dignidade da pessoa humana, a valorização social do trabalho, a igualdade
e proteção dos filhos.
______________________________________________________________________
Rio, 24/08/2022
Declaração de Ausência.
O Código Civil autoriza que, na ausência da comprovação da morte natural, o juiz declare
presumidamente a morte após a abertura da sucessão definitiva.
Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar
mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus
poderes forem insuficientes.
Comentário: Se a pessoa deixou um procurador, vai caber a ele querer administrar os bens
na ausência do mandante ou não. É direito do procurador renunciar o mandato a qualquer
momento, bastando notificar a outra parte. Ou seus poderes podem ser insuficientes.
Se tiver um mandatário apto para exercer, não precisa de nomeação de curador e declarar
ausência.
ii. Poderes do Curador:
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as
circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e
curadores.
Comentário: O juiz ao nomear um tutor ou curador, precisa buscar pessoas que são idôneas
e etc. Juízes costumam exigir comprovação de sanidade mental.
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato
por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.
§ 1º Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos
descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.
§ 2º Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.
§ 3º Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.
Comentário: A ordem prevista pode mudar se os descendentes comprovar que tem maior
capacidade e idoneidade para administrar.
Art. 78. Por morte presumida do segurado, declarada pela autoridade judicial competente,
depois de 6 (seis) meses de ausência, será concedida pensão provisória, na forma desta
Subseção.
SUCESSÃO PROVISÓRIA
v. Abre-se a Sucessão provisória – Parecido com inventário, porém os bens ficam
resguardados.
Após:
a) 1 ano da declaração da ausência;
b) 3 anos, se o ausente tiver nomeado representante ou procurador;
Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou
representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer
que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão.
Comentário: O inventário legaliza a partilha dos bens. Quando a pessoa morre, os herdeiros são
universais. Desta forma, detêm um percentual sobre estes bens. Engloba os imóveis, bens, contas e
dívidas. Pagam-se as dívidas e o que sobrar é feita a partilha.
Na sucessão provisória é como se fosse uma pré-partilha, pois será preservado os bens.
Interessados na abertura da Sucessão Provisória:
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados:
I - o cônjuge não separado judicialmente;
II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários;
III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte;
IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.
Comentário: Uma doação pode ser feita entre marido e mulher e ao falecer um, fica com a outra
pessoa a totalidade.
Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito
cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado,
proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário e partilha dos bens,
como se o ausente fosse falecido.
§ 1º Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na sucessão
provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo competente.
§ 2º Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até trinta dias
depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-
se-á à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823.
Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens
móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela
União.
Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou
hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína.
Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa e
passivamente o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que de
futuro àquele forem movidas.
Dos Frutos
Poderão fazer seus todos os frutos e rendimentos dos bens do ausente:
a) Descendente;
b) Ascendente;
c) Cônjuge ou companheiro.
Os outros sucessores farão seus a metade dos frutos e dos rendimentos, a outra metade
deverá ser capitalizada.
Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará
seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couber; os outros sucessores,
porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art.
29, de acordo com o representante do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao
juiz competente.
Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e
injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos.
- o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, perderá
ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos (a metade capitalizada).
Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá, justificando falta de
meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria.
Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente,
considerar-se-á, nessa data, aberta a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele
tempo.
Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse
provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia,
obrigados a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono.
SUCESSÃO DEFINITIVA
Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da
sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o
levantamento das cauções prestadas.
Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta
oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.
Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou
algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes
no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e
demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.
Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e
nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao
domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições,
incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território federal.
Comentário: Se voltar, vai receber o que existir e os que foram comprados com o dinheiro dele.
Eficácia
A sentença que declarar a morte presumida tem eficácia erga omnes (que se opõe a todos.
Ninguém pode arguir a ineficácia daquela decisão), mas não faz coisa julgada material,
podendo ser revista a qualquer tempo, desde que surjam novas provas, se tenha notícia da
localização do desaparecido ou se dê o seu retorno.