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Bibliografia Básica

1) Código Civil Brasileiro de 2002;


2) Constituição Federal;
3) Diniz, Maria Helena. Direito Civil Brasileira, vol 4,
Ed. Saraiva;
4) Gonçalves, Carlos Roberto. Direito Civil.
Vol. I, Ed. Saraiva;
TÍTULO II
DAS PESSOAS JURÍDICAS
Art.40 a 69

CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 40 a 52
DAS PESSOAS JURÍDICAS
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público,
interno ou externo, e de direito privado.

Surgiu como solução à necessidade da pessoa natural


em superar as suas forças individuais para a
realização de atividades que demandam quantidade
de mão-de-obra, capitais e tempo que transplanta a
brevidade da vida.
Forças reunidas: a) tendência natural do homem
para o convívio social; b) vantagem da conjugação
de forças resultando no produto dessa composição.
Conceito de pessoa jurídica

• Pessoa jurídica é a unidade de


pessoas naturais ou de
patrimônio, que visa à
consecução de certos fins,
reconhecida pela ordem jurídica
como sujeito de direito e
obrigações.
• Pontes de Miranda: pessoas
jurídicas são criações dos homens.
• Expressão “Pessoa Jurídica”:
Savigny no começo do século XIX.
Conceito de pessoa •O Código Civil Brasileiro não define pessoa
jurídica jurídica, já partindo para a sua classificação
a partir do art. 40.
•Pessoa jurídica de direito público interno
(União, Estados, DF, Municípios,
Autarquias e Fundações Públicas).
•Pessoa jurídica de direito público externo
(Estados estrangeiros e organizações
internacionais).
•Pessoa jurídica de direito privado (art. 44:
Associações, sociedades, fundações,
organizações religiosas, partidos políticos,
empresas individuais de responsabilidade
limitada [EIRELI] – Lei n. 12.441/11).
Diversas perspectivas das pessoas jurídicas

Congregação de esforços: pessoa jurídica como resultado da vontade


humana em congregar esforços na busca de um objetivo comum
(Washington de Barros e Sílvio Venosa).

Autonomia patrimonial: pessoas jurídicas são entidades para as


quais o ordenamento jurídico concede os atributos da
personalidade, facultando-lhes serem sujeitos de direitos e
obrigações (Silvio Rodrigues e Caio Mário da Silva Pereira).

Defesa patrimonial: pessoa jurídica é uma elucubração da mente do


homem, que a fim de defender o seu patrimônio, cria um ente à sua
imagem e semelhança (Rui Geraldo Camargo Viana).
Proteção dos Grupos Reunidos

A reunião para a consecução de determinado


empreendimento pode ser protegida, quando se
mostrar importante para o desenvolvimento
econômico ou quando se mostrar perigosa ao poder
político do Estado.
A técnica para proteção e controle desses
agrupamentos, está na personificação dos grupos,
criando um pessoa jurídica, que não se confunde
com seus membros, havendo a separação
patrimonial com personalidade autônoma para
realização de um fim.
História das Pessoas Jurídicas
a) Direito Romano: reconhecia a existência de grupos,
mas não lhe atribuía a personalidade distinta dos
indivíduos e não havia base teórica sobre o
tratamento a diversas coletividades.
b) Idade Média: construção pelo direito canônico para
distinguir a Igreja dos fieis, justificando o
patrimônio e criando um entidade permanente que
ultrapasse o período de vida de seus fieis e
dirigentes;
c) Direito Moderno: a doutrina alemã do século XIX
passou a construir uma teoria abstrata para explicar
e justificar a personalização de grupos pelo direito.
Natureza Jurídica – Teorias.

Diversas são as teorias para classificar a


natureza da pessoa jurídica, dividindo-se a
doutrina em quatro grupos: as negatórias, as
ficcionistas; as orgânicas ou realidade
objetiva e da realidade das instituições
jurídicas.
Teorias Ficcionistas:

Assim como as teorias negatórias, as teorias


ficcionistas consideram que apenas o homem seria
sujeito natural de direito, contudo, não nega a
personalidade das pessoas jurídicas.
A pessoa jurídica é considerada uma criação artificial
da lei para exercer direitos patrimoniais, é pessoa
pensada mas não existente, obtendo-a somente por
abstração, em razão de previsão no direito positivo.
Teoria da Ficção (Friedrich Carl von Savigny)

Para Savigny o direito subjetivo estaria intimamente ligado à


vontade e à liberdade, atributos exclusivamente humanos.
Apenas a pessoa humana seria o único sujeito de direito.
Entretanto, semelhante aos escravos, no qual o
ordenamento retira a personalidade do indivíduo, o
direito, por ficção, personalista entes não dotados nem de
liberdade nem de vontade. Por criação da mente humana,
mera ficção, que as pessoas jurídicas são capazes de
vontade e ação.
A crítica a esta teoria reside no fato de colocar como ficção
todo o direito. Não há explicação para o pessoa do
Estado, via de consequência todo direito é uma ficção
porque emanado do Estado.
Teoria da Realidade Técnica ou Jurídica
Esta teoria parte do pressuposto de que a
personalidade, ou seja, a capacidade de ser sujeito
de direito, não é um atributo natural, mas sim um
atributo técnico.
Nesta esteira o direito pode personalizar o ente,
buscando na sociedade substratos que sejam
capazes de receber a personalidade, ou seja, a
personalidade jurídica não é ficção, mas forma,
uma investidura, um atributo, que o Estado defere
a certos entes havidos como merecedores dessa
situação.
Em razão do direito deferido ao ente jurídico, goza
ela de todo subjetivismo das pessoas físicas.
Requisitos para Constituição da Pessoa
Jurídica

a) Vontade humana criadora, através da conversão de


vontades dos integrantes na direção integrativa
deste grupo ou destaque de bens do patrimônio de
uma pessoa para atividade não econômica;
b) Observância das condições legais para sua
formação, com exigência de autorização do Poder
Executivo em relação a certas atividades;
c) Não pode a pessoa jurídica atuar contra o direito
objetivo.
Requisitos para a constituição da pessoa jurídica

• Conjugação de três requisitos: (Caio Mário da Silva


Pereira)
✔ vontade humana criadora;
✔ observância de condições legais (registro dos atos
constitutivos); e
✔ licitude de seus propósitos.
• No nosso sistema jurídico, a regra é a da liberdade na
criação das pessoas jurídicas, sendo exceção legal a
necessidade de autorização ou aprovação do Poder
Público.
Princípios Fundamentais da Personalidade Jurídica
a) a pessoa jurídica tem personalidade distinta da de
seus membros;
b) A pessoa jurídica tem patrimônio distinto;
c) A pessoa jurídica tem vida própria, distinta da de
seus membros.
Da mencionada lição dessume-se que quando as
pessoas jurídicas adquirem personalidade própria,
passam a ter existência distinta da dos seus
membros, ou seja, tornam-se entidades autônomas,
inteiramente diversas das pessoas que a compõem,
figurando, pois, como verdadeiros sujeitos de direitos
e obrigações, tanto no campo constitucional, como
no legal.
Classificação das Pessoas Jurídicas

As pessoas jurídicas são classificadas:


a) quanto às suas funções e capacidades: de
direito público interno e externo e de direito
privado (art. 40 C.C);
b) quanto à sua estrutura: sociedade,
associações ou fundações;
c) quanto à sua nacionalidade: nacionais ou
estrangeiras.
Capacidade das Pessoas Jurídicas

Há reconhecimento lógico da capacidade das


pessoas jurídica como base da personalidade
atribuída a pessoa no ordenamento jurídico.
Porém, a capacidade da pessoa jurídica é restrita,
limitada à esfera de sua própria atividade
específica – o objeto social.
As limitações são ditadas por sua própria natureza,
visto que não se equipara à pessoa física e não
pode inserir-se nos direitos de família e em outros
direitos exclusivos da pessoa natural, como ser
humano.
Administração da pessoa jurídica
• Art. 47 CC/02: “Obrigam a pessoa jurídica os atos dos
administradores, exercidos nos limites de seus poderes
definidos no ato constitutivo”.
• A princípio, os atos dos administradores da pessoa
jurídica exercidos nos limites dos poderes do ato
constitutivo ou do estatuto da entidade obrigam-na.
• Já aqueles atos dos seus órgãos que exorbitarem as
competências fixadas nos documentos constitutivos não
são da pessoa jurídica, mas de responsabilidade das
pessoas físicas que preenchem seus órgãos, que podem,
nessa hipótese, ser responsabilizadas perante terceiros e
até perante a própria pessoa jurídica.
• Art. 48: “Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva,
as decisões se tomarão pela maioria de votos dos
presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo
diverso”.
Capacidade e representação da pessoa jurídica
• A pessoa jurídica adquire personalidade jurídica a partir do seu
registro civil.
• Como pessoa, o ente pode gozar de direitos patrimoniais, de direitos
obrigacionais e de direitos sucessórios (Sílvio Venosa).
• Pessoa jurídica possui direitos da personalidade (nome, honra,
imagem) – art. 52 CC/02.
• Pessoa jurídica possui capacidade jurídica especial e limitada: o seu
campo de atuação jurídica encontra-se delimitado no escopo de seu
contrato social, nos estatutos ou na própria lei.
• Por ser a pessoa jurídica um ente cuja personificação é decorrência
da técnica legal, sem existência biológica ou orgânica, a pessoa
jurídica, dada sua estrutura, exige órgãos de presentação para poder
atuar na órbita social.
Capacidade e representação da pessoa jurídica
• Pontes de Miranda: presentação é o exercício da
capacidade das pessoas jurídicas por meio de seus
órgãos.
• Nessa medida, os seus administradores, ungidos na exata
forma prescrita na lei ou em seu ato constitutivo, são em
verdade como órgãos da pessoa jurídica e, ao agirem,
manifestam a vontade do ente personificado, não o
representando, mas sendo ele próprio.
• A competência do órgão deriva do ato constitutivo e assim
não sendo, não há que se falar em órgão ou em
presentação, mas em empregado ou representante.
Da Representação das Pessoas Jurídicas

Os entes de direito público, isto é, União,


Estados e Territórios, serão representados
por seus procuradores, e o Município, pelo
Prefeito ou procurador (art. 12, I e II).
As pessoas jurídicas serão representadas em
juízo ou fora dele por aqueles que seu
estatuto designar.
Representação da pessoa jurídica

Contrato de mandato (art. 653 a 693 CC/02): negócio


jurídico por meio do qual alguém, denominado
mandatário, recebe de outra pessoa, denominada
mandante, poderes para, em seu nome, praticar atos ou
administrar interesses, sendo a procuração seu
instrumento.

Quando o mandatário excede em suas faculdades, indo


além dos poderes que lhe foram confiados, pode o
mandante ratificar os negócios praticados sem poderes
por parte do mandatário, obrigando-se, dessa forma, por
sua própria vontade, com os terceiros da relação ou pode
o mandante não ratificar os negócios jurídicos celebrados
além dos poderes de representação conferidos.
Patrimônio como Elemento não Essencial da
Pessoa Jurídica

Não é obrigatória a existência de patrimônio na


pessoa jurídica, salvo para a fundações cujo
dotação patrimonial é essencial.
Porém, não é necessário que tenha patrimônio para
existir; basta-lhe a possibilidade de vir a tê-lo.
Nem mesmo a atividade patrimonial, dependendo da
finalidade social, é essencial, porque pode
exaurir-se independentemente da existência de
patrimônio. Assim, são as pessoas destinadas a
confraternização, assistência, propaganda que
possuem vida jurídica sem terem patrimônio.
Responsabilidade Civil das Pessoas Jurídicas
A pessoa jurídica de direito público ou de direito privado
é responsável na esfera civil, contratual e
extracontratual.
Na esfera contratual, aplicável o art. 389 do Código Civil,
ficando o devedor, pessoa natural ou jurídica, responsável
por perdas e danos (além de juros, correção monetária e
honorários de advogado), no descumprimento da
obrigação ou no inadimplemento parcial.
Na esfera extracontratual, a responsabilidade das pessoas
jurídicas de direito privado decorre do art. 927 e 932 do
Código Civil, enquanto que a pessoas jurídicas de direito
público respondem por danos causados a particulares
pelos órgãos ou funcionários (art. 43 CC. E 37, § 6. CF).
.
Nacionalidade das Pessoas Jurídicas
A nacionalidade da pessoa jurídica deve ser vista sob
o prisma de sua constituição. Há dependência
originária da pessoa jurídica ao ordenamento
primeiro a que se vinculou.
O art. 11 da Lei de Introdução ao Código Civil,
filia-se à teoria da constituição: "As organizações
destinadas a fins de interesse coletivo, como as
sociedades e as fundações, obedecem à lei do
Estado em que se constituírem." As sociedades que
se constituírem no estrangeiro ficam subordinadas,
para instalações de filiais, agências ou
estabelecimentos em nosso território, à prévia
autorização do governo brasileiro.
Das Pessoas Jurídicas de Direito Público

São Pessoas de Direito Público Externo Aquelas


Regidas pelo Direito Internacional (art. 42
C.C.):
a) Estado Estrangeiros;
b) Santa Fé;
c) Demais órgãos regidos pelo direito
internacional (ex. ONU E OMS);
São Pessoas Jurídicas de Direito Público
Interno:

a) a União;
b) os Estados, o Distrito Federal e Territórios;
c) Os Municípios;
d) As autarquias, inclusive associações
públicas;
e) As demais entidades de caráter público
criados por lei.
Da União

É ente política e administrativamente


autônomo no Plano Interno.
Dos Estados, Distrito Federal e os Territórios
Os Estados-membros da Federação, também são entes
política e administrativamente autônomos no plano
interno, com competência administrativa e legislativa de
acordo com a Constituição Federal, mas não detêm
isoladamente soberania.
O Distrito Federal possui algumas competências
administrativas e legislativas dos Estados e dos
Municípios, visto que é ente federado de caráter
especial.
Os territórios são divisões territoriais sob a administração
da União, não possuindo autonomia política, havendo
discussão sobre a sua natureza da pessoa jurídica por tal
motivo.
Dos Municípios

Os Municípios também são dotados de


autonomia político-administrativa, sendo que
no regime instaurado pela Constituição
Federal de 1988 são considerados entes da
Federação (art. 1.) com competência
legislativa, materiais e tributárias (arts. 30 e
156 da Constituição Federal).
Das Autarquias

São entidades dotadas de personalidade jurídica de


direito público, assim definidas pelo Decreto-lei n.
200 de 25.02.67, artigo 5., inciso I: “o serviço
autônomo, criado por lei, com personalidade
jurídica, patrimônio e receita próprios, para
executar atividades típicas da Administração
Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada.” EX: INSS
Características das Autarquias

a) A existência das autarquias deriva da lei que


lhe confere aptidão para adquirir um
patrimônio;
b) Têm administração distinta da administração
geral;
c) Estão sob fiscalização e controle do governo
instituidor.
Das Associações Públicas
O Consórcio Público é a pessoa jurídica formada
exclusivamente por entes da federação para
estabelecer relações de cooperação, inclusive
de objetivos de interesse comum, constituído
como associação pública, com personalidade
de direito público e natureza autárquica ou
pessoa jurídica sem fins econômicos. LEI
11.107/2005. Ex: Entidade criada a partir de
um consórcio público entre União, Estado de
São Paulo e município de Guarulhos para a
criação de um museu.
Demais entidades de caráter público criadas
por lei Fundações públicas.
Fundação é uma pessoa jurídica dotada de
patrimônio próprio para execução de
determinadas finalidades não-lucrativas
(religiosas, morais, culturais ou de
assistência, a teor do parágrafo único do art.
62 do novo Código Civil) previamente
estabelecidas pelo instituidor, que é a pessoa
que decide criar a fundação, a ela
outorgando determinado patrimônio. Ex.
Fundações Pública: Funai, Funasa, IBGE,
Funarte e Fundação Biblioteca Nacional.
Responsabilidade Civil das Pessoas
Jurídicas de Direito Público

O serviço público é organizado em benefício da


coletividade. Mas, na sua atuação, pode
produzido danos, acarretar certos malefícios.
Devem estes ser suportados por todos
indistintamente, contribuindo cada um de
nós, por intermédio do Estado, para o
ressarcimento do prejuízo sofrido por um só.
Responsabilidade Civil do Estado - Teorias

Três são as teorias quanto a responsabilidade


do Estado:
a) Irresponsabilidade absoluta do estado;
b) Civilista:
c) De direito público: 1) do risco integral; 2)
da culpa administrativa ou do serviço público;
3) do acidente administrativo.
Teoria da Irresponsabilidade do Estado

Esta teoria foi aplicada em diversos Estados, mas foi


naqueles que adotaram o regime absolutista que tal
teoria se tornou conhecida. A máxima “o rei não
pode fazer mal” demonstra o objetivo de tal teoria
nos Estados absolutistas.
A administração pública negava-se a indenizar os
prejuízos que seus agentes, nesta qualidade,
pudessem causar a terceiros. Acreditava-se que os
Estados não poderiam causar mal ou dano a quem
quer que fosse, devido a sua supremacia absoluta.
O administrado não estava desprotegido
completamente perante. A irresponsabilidade
civil do Estado era quebrada quando leis
específicas determinassem explicitamente a
obrigação deste indenizar terceiros. Portanto
configurava-se a “responsabilidade do agente
público quando o ato lesivo pudesse ser
atribuído diretamente a ele”.
Teoria Civilista

Esta teoria estabelece distinção entre os atos de


império e atos de gestão no exercício da atividade
dos Estado.
Ato de Império: o Estado age como entidade
soberana com poder irresistível;
Ato de Gestão: o Estado atua como se fosse
particular.
Segundo a teoria civilista o Estado somente
responderá pelos atos de gestão quando incorrer em
culpa.
Teorias Filiadas ao Direito Público

A responsabilidade do Estado não mais se


baseia nos critérios preconizados pelo direito
civil puro. A atuação do Estado funda-se em
razões de ordem solidarista; a administração
pública responde pelos deveres oriundos da
solidariedade social, apoiando-se, portando
nas normas de direito público.
Teoria do Risco Integral

Esta teoria foi consagrada por Diguit, o Estado


responderia invariavelmente pelo dano suportado
por terceiro, ainda que decorrente de culpa
exclusiva deste ou até mesmo de dolo. O simples
envolvimento do Estado no evento danoso
caracterizaria a obrigação de indenizar.
Hely Lopes Meirelles apregoa que esta teoria é a
“exacerbação da teoria do risco administrativo que
conduz ao abuso e a iniqüidade social”.
Teoria da Culpa Administrativa

Com o liberalismo instaurou-se a


responsabilidade civil do Estado, também
denominada responsabilidade subjetiva do
Estado, aplicando-se as mesmas regras do
direito privado, tornando-se responsável
sempre que seus agentes agissem com culpa
ou dolo.
Teoria do Acidente ou Risco Administrativo art.
43

Teoria segundo qual o lesado fará jus a uma


indenização toda vez que sofrer um prejuízo
causado pelo funcionamento do serviço público. O
termo agente empregado no Artigo 37 § 6° da
Constituição, abrange todos os que agem em nome
do estado.
Essa teoria procura combinar as teorias anteriores
onde o ofendido não terá direito somente quando
ao agente pública agir com dolo ou culpa, mas
também quanto o prejuízo advém de fato objetivo
ou acidente administrativo.
Legislação – artigo 37 § 6° da Constituição e 43
do Código Civil

A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de


direito público existe apenas dois requisitos para a
sua caracterização: dano e o nexo causal do ato de
agente praticado por agente público.
Dano: prejuízos de ordem material, moral e à
imagem;
Nexo causal: relação de causa e efeito entre o ato
praticado e o dano causado;
Agente Público: aquele que pratica o ato no
exercício de sua função pública.
Quando o Estado não Responde pelos Danos.

1) Oriundos de atos judiciais, ressalvados os


casos de condenado por erro judiciário;
aquele que permanecer preso além do tempo
fixado na sentença e nos casos de prisão
ilegal.
2) Oriundos de atos do Ministérios Público
amparados por decisão judicial;
3) Oriundos de caso fortuito ou força maior.
Das Pessoas Jurídicas de Direito Privado
No que tange à Parte Geral do Código Civil são
pessoas de jurídicas de direito privado:
a) As associações;
b) As sociedade;
c) As fundações;
d) As organizações religiosas ;
e) Os partidos políticos.
Estão excluídas as sociedades civis e mercantis,
as quais serão estudadas na parte especial.
Da representação

De acordo com o artigo 46. inciso III do Código Civil


as pessoas jurídicas serão representadas, nos atos
judiciais e extrajudiciais, por quem o seus
estatutos designarem, ou não designando, pelos
seus diretores.
Nestes termos estão as pessoas jurídicas obrigadas
pelos atos dos administradores, exercidos nos
limites de seus poderes.
Na falta de administrador, um será nomeado a
requerimento de algum interessado ao juiz (art. 49
CC)
Começo da Existência da Pessoa Jurídica -
Registro

A existência das pessoas jurídicas começa


com a inscrição dos atos constitutivos no
respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do
Poder Executivo (Art. 45 do Código Civil).
Elementos para Constituição das Sociedades e
Associações – Material

a) os atos de associação;
b) o fim a que se propõe a pessoa jurídica:
altruístico, egoístico ou misto; econômico e não
econômico; especial ou geral; de utilidade
pública, pública e particular e particular;
c) o conjunto de bens necessários às consecução
desse fim;
Dos Atos de Associação
Os atos de associação: que dizem respeito aos
agrupamento dos associados e consócios.
O número de sócios pode ser variado, podendo ser
limitado ou ilimitado, entretanto nunca inferior a
dois.
As condições de admissão são especificadas no
estatuto.
Os associados podem distribuir-se por categorias:
fundadores, contribuintes, remidos, honorários,
beneméritos.
Todos os sócios têm direito de votar e serem
votadas nas assembleias.

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