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FACULDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL

PRIMEIRO SEMESTRE DO CURSO DE DIREITO

DYEICI PEREIRA, JOSÉ PEDRO PEREIRA, LUCAS DA SILVA, MARIA


EDUARDA COIMBRA, RICARDO DE AGUIAR

PESSOA JURÍDICA NO DIREITO CIVIL

RIO GRANDE
2023
Pessoa jurídica, por Flávio Tartuce e Maria Helena Diniz.

Os textos de Maria Helena Diniz e Flávio Tartuce exploram o conceito de


pessoa jurídica no Direito Civil. Ambos destacam que uma pessoa jurídica é uma
entidade legalmente reconhecida, separada de seus membros, com personalidade
jurídica própria. Essa distinção permite que empresas, organizações e governos
tenham direitos, deveres e a capacidade de agir legalmente, sem que seus membros
pessoais sejam diretamente responsabilizados por questões legais.
Além disso, os textos de Flávio Tartuce categorizam as pessoas jurídicas em
Direito Público (ligadas ao Estado) e Direito Privado (criadas por particulares). Ele
ressalta que essas entidades possuem um patrimônio próprio, responsabilidade
variável para seus membros e devem seguir procedimentos legais específicos para
sua criação e operação.
As principais classificações gerais da pessoa jurídica

1. Quanto à nacionalidade
● Pessoas Jurídicas nacional-é a organizada conforme a lei brasileira e
que tem no Brasil a sua sede principal e os órgãos de administração.
● Pessoa jurídica estrangeira- é aquela formada em outro País, e que
não poderá funcionar no Brasil sem autorização do Poder Executivo,
interessando também ao Direito Internacional.
2. Quanto a estrutura interna
● Corporação- é o conjunto de pessoas que atua com fins e objetivos
próprios. São corporações as sociedades, as associações, os partidos
políticos e as entidades religiosas.
● Fundação-é o conjunto de bens arrecadados com finalidade e interesse
social.
3. Quanto às funções e capacidade
● Pessoas jurídica de direito público- é o conjunto de pessoas ou bens
que visa atender a interesse públicos, sejam internos ou externos. De
acordo com o art.41 do Código Civil Brasileiro (CC) /2002 são pessoa
jurídicas de direitos público interno a União, os estados, os distritos
federal, os territórios, os municípios, as autarquias e as demais
entidades de caráter público criada pela lei.
Das associações: Conforme disciplinas do art.53 do CC/2002, invocação em total
sintonia com princípio da simplicidade: “constituem-se as associações pela união de
pessoas que se organizem para fins não econômicos”. As associações, pela previsão
legal, são conjuntos de pessoas com fins determinados, que não sejam lucrativos.
Assim deve ser entendida a expressão “fins não econômicos”.

Das sociedades: Nas duas obras são faladas de sociedades empresárias nas quais
sociedades empresárias são as organizações econômicas dotadas de personalidade
jurídica e patrimônio próprio, constituídas, ordinariamente, por mais de uma pessoa,
que têm como objetivo a produção ou a troca de bens ou serviços com fins lucrativos.

Das fundações: De acordo com as obras as fundações são bens arrecadados e


personificados, ematenção a um determinado fim, que por uma ficção legal lhe dá
unidade parcial. Nos termos do art. 62 do CC/2002, as fundações são criadas a partir
de escritura pública ou testamento. Para a sua criação pressupõem-se a existência
dos seguintes elementos:

a) afetação de bens livres;

b) especificação dos fins;

c) previsão do modo de administrá-las;

d) elaboração de estatutos com base em seus objetivos e submetidos à apreciação


do Ministério Público que os fiscalizará.

Sendo insuficientes os bens para a constituição de uma fundação, serão esses


incorporados por outra fundação, que desempenha atividade semelhante, salvo
previsão em contrário pelo seu instituidor (art. 63 do CC).
Dos Artigos 40 ao 69 do Código Civil Brasileiro

• Art. 40 ao 47 do CC

Tratam de conceitos fundamentais relacionados às obrigações e


responsabilidades das partes envolvidas. Eles abordam as diferenças entre
obrigações divisíveis e invisíveis, solidariedade nas obrigações, pagamento a um dos
credores que extingue a dívida em relação a todos os outros, entre outros aspectos.
Esses artigos estabelecem princípios essenciais para garantir a justiça nas relações
contratuais.
• Art. 48 ao 52 do CC
• Art. 53 ao 59 do CC

Esses artigos abrangem associação de pessoas jurídicas de direito privado. Eles


citam que:
1. Não existem obrigações recíprocas entre os associados.

2. Os associados têm direitos iguais nos estatutos.

3. A qualidade de associado é intransmissível se o estatuto não dispor ao contrário.

• Art. 60 ao 64 do CC

Esses artigos na primeira parte falam sobre associações dissolvidas e citam que
se não existe no Município, Estado, Distrito Federal ou território em que a associação
tiver sede, o que remanescer do seu patrimônio se devolvera a Fazenda do Estado,
Distrito Federal ou a União. Na segunda parte citam que a fundação poderá constituir-
se para fins de: Assistência Social, educação, saúde, entre outros.
• Art. 65 ao 69 do CC

Esses artigos estabelecem as bases legais para a criação e funcionamento das


pessoas jurídicas, elementos fundamentais para a vida econômica e social do país. A
análise crítica dessas disposições á luz das doutrinas de Flávio Tartuce e Maria Helena
Diniz revela a complexidade e importância desse campo do direito civil. Enquanto
Diniz adota uma abordagem mais tradicional, classificando às pessoas jurídicas de
forma detalhada, Tartuce propõem uma visão mais ampla e contemporânea. Ambas
as perspectivas para uma compreensão mais completa das pessoas jurídicas no
contexto jurídico brasileiro.

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