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- Direito de propriedade (Art. 5°, XXII, CF) (princípio 1. Obras determinadas pelo poder público que
constitucional) X Direito de inerência ao ponto (Art. 51, importam em radical transformação no
lei da locação. Aqui, acaba—se com o direito de imóvel: assim, quando o dono do imóvel é
propriedade do dono do imóvel, prevalecendo o direito obrigado pelo poder público a fazer uma obra
de inerência ao ponto que consiste no direito de grande que não pode ser feita sem que o
continuar no ponto. locatário saia do imóvel não cabe a renovação
compulsória (direito de permanecer no ponto).
Lei de Locações (8245/91) Ocorre a demanda do fechamento do imóvel
- Locação residencial. para que essa obra seja feita.
2. Reforma pretendida pelo proprietário que
- Locação não residencial: art. 51 → Renovação objetivar a valorização do imóvel: se a obra
Compulsória → se o dono de um imóvel aluga este para seja pequena, seja grande) valorizar o imóvel,
uma pessoa com fins comerciais por muito tempo e em é justificável retirar o locatário do imóvel.
determinado momento este dono decide que não quer 3. Insuficiência da proposta feita pelo locatário: o
mais tal locatário lá, este ultimo terá o direito de lá locatário paga pouco e o dono não quer mais
permanecer, tendo em vista que o imóvel tem um valor receber pouco, pois sabe que o imóvel vale
muito grande para pessoa que está alugando, ou seja, mais. Ex: quando o ponto se torna valorizado.
o ponto onde se localiza o imóvel vale dinheiro por 4. Proposta mais vantajosa de 3°: o locatário paga
mérito do locatário. Vale ressaltar que o locatário bem (dentro da média do valor), contudo, o
apenas terá o direito de renovar seu contrato locador recebe uma proposta mais vantajosa
compulsoriamente se cumprir os requisitos impostos. de outra pessoa. Há a prevalência por quem já
ocupa o imóvel, desde que ele cubra a
Requisitos:
proposta que ofereceram ao locador.
1. Contrato escrito 5. Transferência de estabelecimento de cônjuge:
2. Contrato com prazo determinado nesse caso assim como nos outros, quando o
3. Relação locatária de 5 anos: não são 5 anos de contrato vencer não será renovado. Ex: o filho
um mesmo contrato, mas sim 5 anos da do locatário quer abrir seu negócio, que antes
relação locatícia → “acessio temporis” → os ficava em outra cidade, no imóvel de seu pai.
contratos só podem ser somados se forem 6. Uso próprio: neste caso, a lei impede a
ininterruptos, ou seja, não deve haver exploração da mesma atividade do locatário.
intervalos entre eles.
Doutrina: vedação inconstitucional. Exercício pleno da
4 anos de contrato ininterrupto l renovação contrato propriedade + indenização. A doutrina entende que
quando o dono é proibido de exercer, em seu imóvel a
Quando houver o intervalo de 15 dias entre os mesma atividade que era praticada pelo locatário, há
contratos, o tempo recomeçara a ser contado a partir aqui uma limitação do direito de propriedade do
do último contrato. locador, que é vista como inconstitucional e, assim, a
Doutrina e Jurisprudência: se o contrato não for doutrina entende que o dono do imóvel poderia
renovado por má-fé/ impensilho locado pelo dono do exercer a mesma atividade desse que uma indenização
seja paga ao locatário que valorizou o ponto comercial.
Prazo decadencial: 1 ano a 6 meses antes do fim do - Art. 1146, CC: adquirente responde pelas dívidas
contrato. contabilizadas:
Defesa: a) transparência e boa-fé
b) demonstração explicita do passivo.
a) Não é locação empresarial.
c) Se o vendedor não contabilizar, não há
b) Exceção de retomada. responsabilidade do adquirente (vendedor
c) Decadência responde integralmente
Indenização pelo ponto (artigo 52, §3°, LI) ➔ Se houver contabilização o adquirente
responde pelo passivo:
- Preparação material: o 1 ano de responsabilidade entre
* investimentos comprador e alienante.
o Após 1 ano, o vendedor está
* lucros cessantes desobrigado.
* mudança OBS: 1 ano contado da data da publicação do trespasse
na imprensa para créditos vencidos ou da data do
- Hipóteses:
vencimento para créditos vencidos.
a) proposta + vantajosa de 3°
OBS 2: somente crédito anteriores ao trespasse.
b) obras não iniciadas em 3 meses da entrega do
imóvel. - Art. 448, CIT + Art. CTN: créditos tributários e
c) não destinar imóvel para a finalidade alugada trabalhistas independem de contabilização.
no prazo de 3 meses da entrega do imóvel.
SINTESE:
TRESPASSE
- Quando há a contabilização das dívidas, o comprador
➔ venda do estabelecimento empresarial. responderá solidariamente com o vendedor pelas
dívidas Durant e1 ano. Depois de 1 ano, apenas o
- Se o estabelecimento tem valor econômico, ele pode
adquirente estará responsabilizado pelas dívidas, ainda
ser negociado.
que provenientes de contrato anterior.
- Normalmente, quando se fala em trespasse, vende-se
- Se não há a contabilização, apenas o vendedor
o estabelecimento inteiro como estoque, nome, marca
assume as dívidas, independentemente de prazo. Via
etc.
de regra, neste caso, ele responderá com seus próprios
- Quem compra este “empreendimento pronto” bens → responsabilidade limitada.
recebe o ônus e os bônus do negócio.
- Contabilização: ocorre quando o adquirente tem
- ônus: dívidas/ passivos → dessa forma, o comprador ciência das dívidas, pois foi informado destas.
do estabelecimento assume as dívidas deixadas pelo
SHOPPING CENTER
antigo dono. Vale ressaltar que as dívidas não fazem
parte do estabelecimento comercial, pois não são - Dentro do shopping center há algumas figuras que
bens, todavia, os bens que estão inseridos no não há nas locações comuns, sendo elas:
estabelecimento empresarial são onerados por causa
das dívidas, ou seja, ficam vulneráveis. 1. administrador: as vezes este pode ser a mesma
figura do empreendedor. o empreendedor é quem
- Natureza das dívidas: segue o imóvel e responde por isso, ou seja, é o dono
da infraestrutura. Quando as figuras se confundem ela
1. natureza civil: aqui a relação jurídica é
ganhará duplamente pela administração + pelo
horizontalizada, portanto, não há subordinação, as
empreendedorismo.
partes encontram-se no mesmo patamar. Estes bens
não integram o estabelecimento, mas oneram os bens. A associação de lojistas é obrigatória dentro de
Ex: conta de luz, água, boletos. qualquer empreendimento de shopping center não
sendo, portanto, opcional. Comparecendo ou não as
2. Natureza tributária: presumem uma situação que
reuniões dos lojistas, o legista se responsabilizará pelas
não é igualitária, tem uma relação vertical: o Estado
decisões tomadas na Assembleia da Associação dos
manda (são excepcionais). Ex: impostos e taxas.
lojistas.
3. Natureza trabalhista:
- Contrato de locação em shopping center respeita as
- O dono do estabelecimento (adquirente) tem regras da lei 8245/91, porém possui uma série de
responsabilidade pelo passeio. outras disposições em lei:
1. aluguel mínimo: similar ao aluguel tradicional, Locatário tem direito a Ação Renovatória: locador não
consiste no quanto o lojista deve pagar no mínimo para pode alegar uso próprio ou transferência de
ter uma loja no shopping. estabelecimento empresarial de cônjuge, ascendente
ou descendente.
2. aluguel percentual: porcentagem sobre o
faturamento bruto de cada loja. O administrador - O lojista não pode ser cobrado por despesas que
estabelece um percentual que é cobrado do digam respeito a: estrutura do imóvel, indenização/
faturamento bruto, do qual não é tirado os encargos, valores de reclamações trabalhistas anteriores à
normalmente, esse percentual é de 2% a 8%, contudo, locação. Estas ficam a encargo do empreendedor.
não tem um valor mínimo fixado.
Aluguel dobrado em dezembro: é o aluguel mínimo
que é dobrado. É cobrado nesse mês pois é nele que
ocorre o décimo terceiro.
3. luvas ou reserva de localização:
*Reserva de localização: ocorre quando o
empreendimento ainda está sendo constituído e ele é
anunciado pelo empreendedor ou pelo administrador
e o lojista s interessa para o alugar. Dessa forma, o
lojista interessado deve pagar uma quantidade de
aluguéis mínimos para reservar seu lugar
*Luvas: para entendê-lo faz se necessário saber o que
é aviamento. Este consiste no potencial de lucro que
determinado ponto comercia pode oferecer. Dentro
dele há a freguesia e a clientela. O cliente você
conquista, já a freguesia são aquelas pessoas que
frequentam o shopping, pois querem ir a um lugar
específico, mas que para isso acabam passando por
diversas lojas, assim, essa pessoa torna-se freguesa de
todas as lojas do shopping. Em razão disso é que se
paga as luvas para o empreendedor. Na luva,
deferentemente da reserva de localização, o
empreendimento já existe.
*Normalmente, ambas são devolvidas no final.
4. Participação nas despesas comuns: todos os
elementos que no shopping que todos os aproveitam
não serão pagos, somente por um locatário, ou seja,
individualmente, pois são benéficas a todos os lojistas.
Dessa forma, tais despesas serão rateadas (divididas)
entre todos os lojistas. Ex: seguranças, faxineiras etc.
5. dever de informação: prestação de contas para
coeficiente de rateio de despesas. Tanto o lojista tem
direito a prestação de contas, como o próprio locador
tem direito a ter acesso a informação sobre o
faturamento do lojista, pois é sobre este que incide o
aluguel percentual.
6. taxa de administração: o administrador também
necessita receber, podendo seu pagamento incidir
sobre o percentual do aluguel mínimo ou do percentual
de faturamento.
7. aluguel de desempenho: cobrança de 75% do valor
do aluguel (semestral)