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RESUMO DE DIREITO EMPRESARIAL-P2

MARCA Para ser marca de auto renome requer pedido


para que ela seja considerada como tal.
➔ É sinal distintivo do empresário, produto ou
serviço. Distingue a pessoa comerciante → sinais Quem registra a marca primeiro tem
visuais. exclusividade.
Espécies: Prazo: exclusividade dura 10 anos, prorrogáveis por
igual período indefinidamente. O prazo, em regra,
1- Produto ou serviço: identifica produto/ serviço também vale para marcas de auto renome.
no mercado. Ex: Skol. É a espécie de marca
mais comum, você o identifica olhando para Marcas de auto renome, ainda que percam o prazo
marca. para renová-la permanecem com ela devido ao
2- Certificação: indica conformidade com regras/ princípio da anterioridade.
normas técnicas. Não é sabido de onde veio o
produto, nem que produto é esse, mas apenas nome Marca
que este cumpriu determinadas normas Identifica O empresário como Produto/ serviço
técnicas. Ex: inmetro. sujeito de direitos. no mercado.
3- Coletiva: indica origem do produto/ serviço. Registro Junta Comercial INPI
Você não sabe qual é o produto ou o serviço Proteção Estadual Nacional
que você está recebendo, mas sabe que faz Proteção Independente da No ramo de
parte de determinado grupo. Ex: Ambev; atividade atividade
unimed. É essencialmente indicativa de algo Prazo indeterminado 10 anos,
que não a empresa, portanto, indica que prorrogável por
aquele produto ou serviço está vinculado a igual período
alguma associação, cooperativa etc. indefinidamente.
→ Não diz o que é, apenas de onde veio. * em relação ao nome, não pode haver dois nomes
iguais em um Estado, mesmo que em ramos de
Estrutura: atividade diferentes. É o nome do empresário que o
1- Nomenclatura (nominativas): identificada por identifica como sujeito de direitos. Identificando-o no
palavras. Ex: mc donalds. contrato, no banco, na duplicata.
2- Figurativas: identificadas por imagens, PROPRIEDADE INDUSTRIAL
logotipo, estética. Quanto a estética, pode ser
uma palavra escrita de um feito que só aquela ➔ Inovações e invenções com potencial
empresa tem, dessa forma, é registrada o econômico. Consistem em “coisas” que o
layout de como se escreve a palavra. Ex: Coca- empresário tem, que o fazem ganhar dinheiro,
Cola. mas que não são palpáveis, que só ele poderá
3- Mistas: elementos nominativos e figurativos. usar.

Princípio da especialidade: a proteção da marca é Proteção e garantia de exclusividade na exploração: lei


nacional e relativa a um determinado ramo de 9279/96, só serve para o Brasil.
atividade. Normas internacionais: protege invenções e inovações
Se o ramo for parecido e a pessoa desejar registrar a em âmbito internacional.
mesma marca, o INPI aciona o empresário que tem a
Convenção de Paris sobre propriedade industrial 1880:
exclusividade da marca para saber se ele permite ou
Brasil foi signatário, diz se realmente o que você
não o seu uso.
inventou nunca foi inventado por outra pessoa.
→Exceção: marcas de alto renome tem proteção Bens que integram a PI: bens imateriais que compõem
ampla. A proteção da marca, se requisitada, só vale o patrimônio do empresário.
para o mesmo ramo de atividade.
1- Invenção
A exceção é justamente que marcas de grande patente
2- Modelo de utilidade
projeção não permitem que sua marca seja usada
3- Desenho industrial
ainda que para ramos de atividade diferentes, uma vez registro
4- Marca
que estas apresentem proteção ampla, internacional.
O direito de exploração é exclusivo por um tempo, não 5- Aplicação industrial: deve ser possível sua
para sempre. produção e reprodução em escala industrial.
Não pode depender de tecnologia inexistente.
INVENÇÃO E MODELO DE UTILIDADE 6- Não impedimento: art. 18, LPI. Não pode
Invenção: é produto da criatividade humana, que cria contrariar a moral, sequência pública, ordem e
algo inexistente para uso empresarial. Dessa forma, a a saúde pública.
invenção é uma coisa verdadeiramente nova, na qual Prazos:
não exista nada parecido em qualquer lugar do mundo.
É algo inexistente do ponto de vista humano, se existe - Prazos improrrogáveis:
criação humana não é invenção.
• 20 anos para invenção
• Descoberta não é invenção • 15 anos para modelo
• Teoria cientifica não é invenção
- No momento em que se pede a patente deve-se
• Concepções abstratas e ideias não são
entregar um croqui/ laudo do produto, explicando
invenção.
passo a passo de como é feito e passo a passo de como
Modelo de utilidade: é o instrumento que melhora ou se utiliza.
aperfeiçoa uma invenção pré-existente. Mediante tal
- A patente pode ser vista por qualquer pessoa.
fato, pois todo modelo de utilidade parte de uma
invenção pré-existente. Ademais, não Cessão e licença de uso
necessariamente a pessoa que inventou será quem irá
melhorar. Cessão: transferência de propriedade. Consiste na
entrega/ venda da ideia/ invenção.
Patente: explora invenção ou modelo de utilidade
daquele que detém sua patente. A patente não é um Licença de uso: permissão de uso. Consiste na licença
bem em si, ela surge para provar que determinada que o dono da patente dá para alguém usar a sua
dessa é dona de algo → reconhecimento da invenção pagando-lhe, mas permitindo que ele
propriedade. O detentor da patente pode explorar com também possa a produzir → aluguel.
exclusividade aquilo que ele tem a patente, portanto, Obs: para ter efeito entre as partes, não há
uma garantia dada a ele. necessidade de registro no INPI. Para ter efeito “erga
Não é obrigatório patentear o produto, pois não omnes”, precisa estar registrada no INPI. Dessa forma,
patentear pode ser uma técnica de segredo industrial. tanto no caso de cessão, quanto no caso de licença de
Ex: a fórmula da coca cola não é patenteada. uso, se as partes almejarem que terceiros respeitem a
decisão pactuada, se fará necessário o registro da
Art. 195, LPI: crime de concorrência desleal. Ex: relação da pessoa e do comprador no INPI e Instituto
explorar, divulgar, contar um elemento que a empresa Nacional da Propriedade Industrial. Nesse caso, os
considera segredo é crime. valores dos royalties que serão pagos são as partes que
o determinarão.
*Importante: o dono da patente pode autorizar outras
pessoas a explorarem sua invenção ou melhoramento Quebra de patente: licença compulsória. Encerra com
de utilidade. Ex: parcerias da polishop. a exclusividade da exploração. Deve ser determinada
pelo INPI ou pelo juiz.
Requisitos:
1- Abuso de poder econômico: o titular da
1- Novidade: não pode ser algo de conhecimento
patente não explora sua invenção na medida
público, ou seja, deve ser algo
da demanda do mercado. É levado em
verdadeiramente novo.
consideração a proteção do interesse do
2- Estado de técnica: deve ser algo que os experts
mercado. A exploração por terceiros será
sabem até que ponto a tecnologia já chegou,
remunerada através do pagamento de
não sendo algo que deve ser apenas
royalties (aqui são de valores médios) ao dono
desconhecido do público. Se a invenção chegar
da invenção com determinação do INPI.
aos técnicos ou modelo já existe, a patente não
Portanto, o que ocorre é que, se a pessoa com
será concedida.
exclusividade da patente não produz abaixo do
3- Domínio público
que a sociedade necessita ela não perderá sua
4- Atividade inventiva: não pode decorrer lógica
patente, mas sim a exclusividade desta, dando
e obviamente de outras criações e/ ou
a oportunidade/ possibilidade de outras
fenômenos.
pessoas se valerem dessa ideia/ invenção!
2- Emergência nacional ou interesse público: bens organizados e, para ser empresário, é necessário
depende de declaração do representante do justamente organização.
Poder Executivo Federal ou de Ministro com Se tem atividade empresária consequentemente tem
poderes para tanto. Haverá remuneração, mas estabelecimento comercial.
em patamar diferente (inferior) aos royalties OBS: estabelecimento tem sobre valor, perspectiva de
comumente fixados → os royalties pagos são lucratividade + know how.
de valores baixos. Ex: o inventor de • Good win (mercado)
determinada vacina a qual a sociedade • Fundo de comércio (direito): capacidade de
necessita → licença compulsória. As demais aquisição (de chamar), de clientela e freguesia,
pessoas poderão produzir tal invenção. ou seja, é a previsibilidade de clientela que
aquele lugar tem, sua previsibilidade em
* Em ambos os casos, o inventor receberá certa
chamá-los. Ex: fila de um restaurante.
quantia.
- Material + organização: mínimo para que haja o
Obs: licença compulsória pode ser não exclusiva ou estabelecimento empresarial.
temporária. Importante: o estabelecimento precisa de loja física
para ser considerada como tal, podendo, portanto,
INVENÇÃO POR EMPREGADO (ART. 88 A 91, LPI) haver ou não. Sendo assim, o imóvel não é elemento
➔ A patente exclusiva do empregador se necessário para que haja estabelecimento empresarial.
pesquisa decorre do contrato de trabalho. Características:
o O empregado só recebe o salário. 1. Não é sujeito de direitos.
o Será do empregador a patente de 2. É um bem
invenção registrada pelo empregado a. Bem→universalidade de fato: Art. 90,
até 1 ano após rescisão. CC: “consiste universalidade de fato a
➔ Exclusivamente do empregado, se não utilizar pluralidade de bens singulares que,
equipamento do empregador pertinentes à mesma pessoa, tenham
➔ Comum, em partes iguais, quando houver destinação unitária.
participação pessoal do empregado e recursos Paragrafo único: os bens que formam
do empregador. essa universalidade podem ser objeto
o Empregador explora e empregados de relações jurídicas próprias.”
recebem participação ($) Em suma, consistem numa pluralidade
o Se não houver iniciado exploração em de bens singulares de uma mesma
1 ano da concessão da patente, pessoa que são usados para uma
empregados poderão fazê-lo. mesma finalidade.
Elementos:
DESENHO INDUSTRIAL
1. Bens materiais
- Criação de natureza estética, que não altera a 2. Bens imateriais
funcionalidade do bem. Deve haver distinção na a. Nome empresarial
configuração em relação aos outros objetos b. Título do estabelecimento
(originalidade). c. Propriedade industrial
*Exclusivamente garantida por registro. d. Ponto comercial
*Registro por 10 anos + 3 prorrogações de 5 anos.
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL OBS: clientela não elemento do estabelecimento, pois
cliente não é propriedade.
➔ Conjunto de bem que o empresário reúne para
exploração da sua atividade econômica (art. PONTO COMERCIAL
1142, CC): “considera-se estabelecimento todo ➔ Endereço onde se localiza o estabelecimento
complexo de bens organizados para exercício comercial (empresarial). Ponto geográfico.
da empresa, por empresário, ou por sociedade
empresária”. Em outras palavras, consiste num - Tem valor econômico → legitimo interesse do
conjunto de bens organizados, que, dessa empresário permanente no ponto.
forma, valem mais dinheiro do que as coisas
- O principal instrumento que interfere se um lugar terá
em si, via de regra. Há uma previsibilidade de
lucro ou não é o lugar.
lucro, organização, clientela etc.
OBS: não existe atividade empresária sem - O ponto comercial tem uma grande influência no
estabelecimento. Ele é indispensável. sucesso do negócio.
Portanto, nunca haverá atividade empresária sem
estabelecimento comercial, pois est é um conjunto de
- Direito Comercial: conhecimento da empresa pelo imóvel, os contratos com intervalo, por conta disso,
lugar em que está. valerão como ininterruptos.
- É difícil proteger um endereço em qual, mas para o 4. Mesma atividade por pelo menos 3 anos: os 3
empresário tal proteção faz-se necessária. anos devem ser de atividade a qual a pessoa
quer exigir a renovação compulsória.
- Imóvel próprio: ok
- O dono do imóvel e apenas dono do imóvel, não do
Imóvel de 3°:? ponto comercial.
- Valor econômico: - Quando ocorre a renovação compulsória é retirado do
- Direito de permanência no ponto dono do imóvel o direito de propriedade pleno.

- Previsão legal de renovação - Entra-se com uma ação chamada AÇÃO


compulsória do contrato de locação RENOVATÓRIA para requerer a renovação
compulsória.
- A renovação compulsória só existe em locação
empresarial. Ocorre quando o dono do imóvel não Exceções de retomada: podem outras hipóteses legais
quer mais o locatário neste, mas ele deseja ficar. que afastam o direito de inerência ao ponto.

- Direito de propriedade (Art. 5°, XXII, CF) (princípio 1. Obras determinadas pelo poder público que
constitucional) X Direito de inerência ao ponto (Art. 51, importam em radical transformação no
lei da locação. Aqui, acaba—se com o direito de imóvel: assim, quando o dono do imóvel é
propriedade do dono do imóvel, prevalecendo o direito obrigado pelo poder público a fazer uma obra
de inerência ao ponto que consiste no direito de grande que não pode ser feita sem que o
continuar no ponto. locatário saia do imóvel não cabe a renovação
compulsória (direito de permanecer no ponto).
Lei de Locações (8245/91) Ocorre a demanda do fechamento do imóvel
- Locação residencial. para que essa obra seja feita.
2. Reforma pretendida pelo proprietário que
- Locação não residencial: art. 51 → Renovação objetivar a valorização do imóvel: se a obra
Compulsória → se o dono de um imóvel aluga este para seja pequena, seja grande) valorizar o imóvel,
uma pessoa com fins comerciais por muito tempo e em é justificável retirar o locatário do imóvel.
determinado momento este dono decide que não quer 3. Insuficiência da proposta feita pelo locatário: o
mais tal locatário lá, este ultimo terá o direito de lá locatário paga pouco e o dono não quer mais
permanecer, tendo em vista que o imóvel tem um valor receber pouco, pois sabe que o imóvel vale
muito grande para pessoa que está alugando, ou seja, mais. Ex: quando o ponto se torna valorizado.
o ponto onde se localiza o imóvel vale dinheiro por 4. Proposta mais vantajosa de 3°: o locatário paga
mérito do locatário. Vale ressaltar que o locatário bem (dentro da média do valor), contudo, o
apenas terá o direito de renovar seu contrato locador recebe uma proposta mais vantajosa
compulsoriamente se cumprir os requisitos impostos. de outra pessoa. Há a prevalência por quem já
ocupa o imóvel, desde que ele cubra a
Requisitos:
proposta que ofereceram ao locador.
1. Contrato escrito 5. Transferência de estabelecimento de cônjuge:
2. Contrato com prazo determinado nesse caso assim como nos outros, quando o
3. Relação locatária de 5 anos: não são 5 anos de contrato vencer não será renovado. Ex: o filho
um mesmo contrato, mas sim 5 anos da do locatário quer abrir seu negócio, que antes
relação locatícia → “acessio temporis” → os ficava em outra cidade, no imóvel de seu pai.
contratos só podem ser somados se forem 6. Uso próprio: neste caso, a lei impede a
ininterruptos, ou seja, não deve haver exploração da mesma atividade do locatário.
intervalos entre eles.
Doutrina: vedação inconstitucional. Exercício pleno da
4 anos de contrato ininterrupto l renovação contrato propriedade + indenização. A doutrina entende que
quando o dono é proibido de exercer, em seu imóvel a
Quando houver o intervalo de 15 dias entre os mesma atividade que era praticada pelo locatário, há
contratos, o tempo recomeçara a ser contado a partir aqui uma limitação do direito de propriedade do
do último contrato. locador, que é vista como inconstitucional e, assim, a
Doutrina e Jurisprudência: se o contrato não for doutrina entende que o dono do imóvel poderia
renovado por má-fé/ impensilho locado pelo dono do exercer a mesma atividade desse que uma indenização
seja paga ao locatário que valorizou o ponto comercial.
Prazo decadencial: 1 ano a 6 meses antes do fim do - Art. 1146, CC: adquirente responde pelas dívidas
contrato. contabilizadas:
Defesa: a) transparência e boa-fé
b) demonstração explicita do passivo.
a) Não é locação empresarial.
c) Se o vendedor não contabilizar, não há
b) Exceção de retomada. responsabilidade do adquirente (vendedor
c) Decadência responde integralmente
Indenização pelo ponto (artigo 52, §3°, LI) ➔ Se houver contabilização o adquirente
responde pelo passivo:
- Preparação material: o 1 ano de responsabilidade entre
* investimentos comprador e alienante.
o Após 1 ano, o vendedor está
* lucros cessantes desobrigado.
* mudança OBS: 1 ano contado da data da publicação do trespasse
na imprensa para créditos vencidos ou da data do
- Hipóteses:
vencimento para créditos vencidos.
a) proposta + vantajosa de 3°
OBS 2: somente crédito anteriores ao trespasse.
b) obras não iniciadas em 3 meses da entrega do
imóvel. - Art. 448, CIT + Art. CTN: créditos tributários e
c) não destinar imóvel para a finalidade alugada trabalhistas independem de contabilização.
no prazo de 3 meses da entrega do imóvel.
SINTESE:
TRESPASSE
- Quando há a contabilização das dívidas, o comprador
➔ venda do estabelecimento empresarial. responderá solidariamente com o vendedor pelas
dívidas Durant e1 ano. Depois de 1 ano, apenas o
- Se o estabelecimento tem valor econômico, ele pode
adquirente estará responsabilizado pelas dívidas, ainda
ser negociado.
que provenientes de contrato anterior.
- Normalmente, quando se fala em trespasse, vende-se
- Se não há a contabilização, apenas o vendedor
o estabelecimento inteiro como estoque, nome, marca
assume as dívidas, independentemente de prazo. Via
etc.
de regra, neste caso, ele responderá com seus próprios
- Quem compra este “empreendimento pronto” bens → responsabilidade limitada.
recebe o ônus e os bônus do negócio.
- Contabilização: ocorre quando o adquirente tem
- ônus: dívidas/ passivos → dessa forma, o comprador ciência das dívidas, pois foi informado destas.
do estabelecimento assume as dívidas deixadas pelo
SHOPPING CENTER
antigo dono. Vale ressaltar que as dívidas não fazem
parte do estabelecimento comercial, pois não são - Dentro do shopping center há algumas figuras que
bens, todavia, os bens que estão inseridos no não há nas locações comuns, sendo elas:
estabelecimento empresarial são onerados por causa
das dívidas, ou seja, ficam vulneráveis. 1. administrador: as vezes este pode ser a mesma
figura do empreendedor. o empreendedor é quem
- Natureza das dívidas: segue o imóvel e responde por isso, ou seja, é o dono
da infraestrutura. Quando as figuras se confundem ela
1. natureza civil: aqui a relação jurídica é
ganhará duplamente pela administração + pelo
horizontalizada, portanto, não há subordinação, as
empreendedorismo.
partes encontram-se no mesmo patamar. Estes bens
não integram o estabelecimento, mas oneram os bens. A associação de lojistas é obrigatória dentro de
Ex: conta de luz, água, boletos. qualquer empreendimento de shopping center não
sendo, portanto, opcional. Comparecendo ou não as
2. Natureza tributária: presumem uma situação que
reuniões dos lojistas, o legista se responsabilizará pelas
não é igualitária, tem uma relação vertical: o Estado
decisões tomadas na Assembleia da Associação dos
manda (são excepcionais). Ex: impostos e taxas.
lojistas.
3. Natureza trabalhista:
- Contrato de locação em shopping center respeita as
- O dono do estabelecimento (adquirente) tem regras da lei 8245/91, porém possui uma série de
responsabilidade pelo passeio. outras disposições em lei:
1. aluguel mínimo: similar ao aluguel tradicional, Locatário tem direito a Ação Renovatória: locador não
consiste no quanto o lojista deve pagar no mínimo para pode alegar uso próprio ou transferência de
ter uma loja no shopping. estabelecimento empresarial de cônjuge, ascendente
ou descendente.
2. aluguel percentual: porcentagem sobre o
faturamento bruto de cada loja. O administrador - O lojista não pode ser cobrado por despesas que
estabelece um percentual que é cobrado do digam respeito a: estrutura do imóvel, indenização/
faturamento bruto, do qual não é tirado os encargos, valores de reclamações trabalhistas anteriores à
normalmente, esse percentual é de 2% a 8%, contudo, locação. Estas ficam a encargo do empreendedor.
não tem um valor mínimo fixado.
Aluguel dobrado em dezembro: é o aluguel mínimo
que é dobrado. É cobrado nesse mês pois é nele que
ocorre o décimo terceiro.
3. luvas ou reserva de localização:
*Reserva de localização: ocorre quando o
empreendimento ainda está sendo constituído e ele é
anunciado pelo empreendedor ou pelo administrador
e o lojista s interessa para o alugar. Dessa forma, o
lojista interessado deve pagar uma quantidade de
aluguéis mínimos para reservar seu lugar
*Luvas: para entendê-lo faz se necessário saber o que
é aviamento. Este consiste no potencial de lucro que
determinado ponto comercia pode oferecer. Dentro
dele há a freguesia e a clientela. O cliente você
conquista, já a freguesia são aquelas pessoas que
frequentam o shopping, pois querem ir a um lugar
específico, mas que para isso acabam passando por
diversas lojas, assim, essa pessoa torna-se freguesa de
todas as lojas do shopping. Em razão disso é que se
paga as luvas para o empreendedor. Na luva,
deferentemente da reserva de localização, o
empreendimento já existe.
*Normalmente, ambas são devolvidas no final.
4. Participação nas despesas comuns: todos os
elementos que no shopping que todos os aproveitam
não serão pagos, somente por um locatário, ou seja,
individualmente, pois são benéficas a todos os lojistas.
Dessa forma, tais despesas serão rateadas (divididas)
entre todos os lojistas. Ex: seguranças, faxineiras etc.
5. dever de informação: prestação de contas para
coeficiente de rateio de despesas. Tanto o lojista tem
direito a prestação de contas, como o próprio locador
tem direito a ter acesso a informação sobre o
faturamento do lojista, pois é sobre este que incide o
aluguel percentual.
6. taxa de administração: o administrador também
necessita receber, podendo seu pagamento incidir
sobre o percentual do aluguel mínimo ou do percentual
de faturamento.
7. aluguel de desempenho: cobrança de 75% do valor
do aluguel (semestral)

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