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Nome completo: Leonardo Cardozo da Silva Junior Matrícula: 20102678

Curso: Engenharia Mecânica Disciplina: Projeto Integrador II

TEXTO ESTUDO DE CASO: 2


A ideia de incentivar as invenções mediante a concessão do monopólio de
uso – A patente, surgiu na Republica de Veneza, em 1477. Esta prática ficou
esquecida por século e meio, e retomada pelo Estatuto dos Monopólios e, a partir de
então, foi se difundindo pela Europa, chegando à América no fim do século XVIII. No
transcorrer do século XIX até seu fim, inúmeros países tinham suas leis nacionais de
patentes, sendo o Brasil o primeiro dos países em desenvolvimento, em 1830, a
conceder proteção patentária às invenções. As leis nacionais somente conferiam
proteção aos inventores do próprio país, inexistindo a possibilidade de proteção de
inventores estrangeiros.
As patentes são ferramentas importantes utilizadas para proteger invenções e
garantir o desenvolvimento tecnológico. Por definição, de acordo com o livro
Patentes – Proteção na Lei de Propriedade Industrial, o sistema de patentes nada
mais é do que uma troca entre o Estado e o inventor, em que o inventor
apresenta uma invenção útil à sociedade, como máquinas, remédios, processos
industriais, entre outros, enquanto o Estado lhe recompensa com um direito de
exclusividade temporário, isto é, a patente.
Patente ou “carta patente” é um documento concedido pelo Instituto nacional
da Propriedade Industrial – INPI, que confere a seu titular a exclusividade de uso,
comercialização, produção e importação de determinada tecnologia no Brasil. Em
resumo, a patente serve para proteger uma invenção ou criação dos concorrentes.
Por meio deste, os inventores se reservam o direito de explorar comercialmente
sua produção intelectual, protegendo-a de possíveis cópias.
A patente é uma ferramenta importante até mesmo para a sobrevivência de
uma empresa no mercado. O investimento de milhões para trabalhar em inovação
operacional e design, é algo que requer máximo de proteção possível.
Muitos negócios foram capazes de dominar mercados justamente por
inventarem produtos revolucionários. Sem a patente, seria impossível garantir a
exclusividade sobre essas invenções.
O desenvolvimento de uma nova tecnologia é sempre voltado para a
conquista de uma nova posição única no mercado. Independentemente do produto,
se ele traz algo de novo e nunca visto, a ideia da empresa é justamente ocupar essa
posição sozinha.
Esse cenário oferece praticamente uma condição de exclusividade, já que a
tecnologia e a construção original estão devidamente protegidas. Produtos
similares podem surgir, mas não iguais.
O que pode ser patenteado, de forma geral, todas as criações que solucionem
problemas ou avanços tecnológicos e que possuam aplicação industrial. A Lei nº
9.279/96 trata das patentes no Brasil e divide o registro em diferentes tipos:
a) Patente de Invenção – estão inclusos quaisquer produtos ou processos que
realmente sejam inventados e que tenham aplicação industrial. A validade é
por 20 anos a partir da solicitação de registro. Exemplo é o ferro elétrico.
b) Patente de Modelo de Utilidade – voltada para invenções que reconceituem o
modo de uso de um objeto já existente. Sendo assim, é patenteada a
proposta de melhoria. Exemplos estão a tesoura para canhotos e novos
modelos de lacres.
A INPI é considerada um dos principais motores da economia globalizada. O
que denota o fato de o direito assegurar que criações e inovações estejam
protegidas contra cópias ou outros usos indevidos por concorrentes. Durante um
período determinado, somente o titular do direito de propriedade industrial pode
explorar economicamente o objeto protegido. Ou seja, a finalidade da Propriedade
Industrial incentivar a criação e coibir a concorrência desleal.
É importante frisar a diferença entre marca e patente. A Marca é um sinal
aplicado a serviços e produtos com o objetivo de identificar sua origem e se
distingui de outros produtos ou serviços idênticos, semelhantes ou afins de outro
proprietário. As redes de fast-foods, por exemplo, oferecem serviços semelhantes,
mas possuem marcas diferentes, como McDonald’s, Bob’s, Burger King, etc. A
marca é registrada, ao passo que a invenção ou o modelo de utilidade são
patenteados. Ela e feita para aquele produto ou serviço seja identificado pelo
consumidor, enquanto a patente existe para proteger uma criação que resolve um
problema existente.
Para melhor definir, suponhamos que um laboratório crie um medicamente
que combate a disfunção erétil e entre com o pedido de patente dessa invenção.
Posteriormente, ao ser produzido em larga escala, tal medicamente recebe o nome
de Viagra, com uma identidade visual própria. Essa é a marca!!

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