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INTRODUÇÃO À PROPRIEDADE INTELECTUAL

Campinas, 30 de março de 2016


PROPRIEDADE INTELECTUAL

 Os direitos de propriedade
intelectual são bens intangíveis
que conferem competitividade a
empresas que sabem como
proteger suas invenções.

 Quando utilizada de forma


correta, a propriedade
intelectual permite a proteção
dos frutos decorrentes da
atividade criativa, assim como
dos investimentos necessários
para levar esses frutos ao
mercado.
PROPRIEDADE INTELECTUAL – PREMISSAS
ATUAIS

 Propriedade intelectual é uma ferramenta para:

 fidelizar clientes – marcas

 diferenciar produtos, serviços e estratégias de inovação


de outros existentes no mercado – design e know-how

 obter monopólio pelas pesquisas realizadas – patente

 manter-se um passo à frente dos concorrentes – segredos


de negócio
PROPRIEDADE INTELECTUAL

Inteligência Patentes
Competitiva Marcas
em Patentes

Cultivares e Desenhos
Biotecnologia Industriais

Transferência Publicidade
de Tecnologia (CONAR)

Software
Propriedade Entretenimento
Intelectual

Combate à
Contratos Pirataria e
de licença Medidas de
Fronteira

Direitos
Internet Autorais

Nomes de
Franchising Contencioso Domínio
judicial e
extrajudicial
PROPRIEDADE INTELECTUAL

 Proteção das criações da mente e do


intelecto humano.
• Invenções, trabalhos literários e artísticos, símbolos,
nomes, imagens e desenhos usados no comércio e
mercado.

• O titular da propriedade é livre para usá-la como


quiser, respeitando as disposições legais.

• Propriedade Intelectual = Propriedade Industrial +


Direitos de Autor.
PROPRIEDADE INTELECTUAL

Direito Autoral Propriedade Industrial

 Trabalhos científicos e artísticos  Marcas


 Patentes e Modelos de Utilidade
 Programas de computador
 Desenhos Industriais

 Indicações Geográficas

 Cultivares

 Concorrência Desleal

 Segredos Industriais / Know-how


PROPRIEDADE INTELECTUAL

 Órgãos responsáveis pelo registro de direitos de propriedade


intelectual:

• Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI


 Marcas, patentes, desenhos industriais,
software (registro não obrigatório para software).

• Registro.br/Registrocom.com
 Nomes de domínio

• Direito Autoral
 Biblioteca Nacional, Agência Nacional do Cinema – ANCINE, Conselho Federal de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia e Escola de Belas Artes da UFRJ (registro não
obrigatório para direitos autorais).
MARCAS
MARCAS - CONCEITO

 Qualquer empresa deve saber a importância e funções das marcas,


assim como os limites do uso de marcas de terceiros.

• São suscetíveis de registro como marca os sinais distintivos


visualmente perceptíveis, desde que não compreendidos nas
proibições legais.

• O INPI não aceita o registro de marcas não tradicionais por não serem
visualmente perceptíveis. Assim, as seguintes marcas não podem ser
registradas no Brasil:

 Sonoras
 Olfativas
 Gustativas
 Sensoriais
MARCAS - FUNÇÕES

 Principais funções das marcas:

• Indicação de origem do produto ou serviço (função principal)

• Garantia de qualidade uniforme do produto/serviço

• Ferramenta de publicidade

 Objetivo da lei: proteger consumidores e titulares da marca


MARCAS - TIPOS

FORMAS DE APRESENTAÇÃO NATUREZA

• De produtos:
• Nominativa – Rio 2016
APPLE, BIC, BOEING

• De serviços:
• Mista – CCPL, COOPERTRAMO

• Coletivas:
Brasil Speciality Coffe
• Figurativa –
Association, Cooperativa
Agropecuária Boa Esperança
– CAPEBE
• Tridimensional -
• De certificação:
INMETRO, ABTN, ISO2000
MARCAS - USO DE MARCAS DE TERCEIROS

 Quando é possível utilizar a marca de um terceiro sem autorização?

• Uso sem conotação comercial:


 mais fácil de se provar que o uso da marca é legítimo, pois não
resulta em confusão pelos consumidores e as funções da marca
permaneceram protegidas.

• Uso comercial:
 necessário provar que a marca é usada para fins de parodia ou
crítica, sem que a imagem da marca ou do seu titular seja denegrida e
que não há risco de confusão pelos consumidores.

Problema: delimitar o que constitui uso


legítimo da marca ou abuso da liberdade
de expressão.
PROTEÇÃO À TECNOLOGIA

 No Brasil, a tecnologia pode ser protegida por meio de:

 Patentes (patentes de invenção e modelos de utilidade)

 Desenhos industriais ou

Know-how / Segredos de Negócio (tecnologia não


patenteável)
TECNOLOGIA – BASE DA PROTEÇÃO

• Patentes: proteção conferida nos termos da Carta


Patente concedida pelo INPI. Quando uma patente é
concedida pelo INPI a Carta Patente é emitida e enviada
ao titular

• Know-how / Segredos de Negócio: proteção conferida


por meio da concorrência desleal e cláusulas de
confidencialidade, por meio de contratos “bem
amarrados”
PRAZO DE VIGÊNCIA

• Patente de Invenção: proteção por 20 anos contados a


partir do depósito ou 10 anos a partir da concessão

• Modelo de Utilidade: proteção por 15 anos contados a partir


do depósito ou 7 anos a partir da concessão

• Desenho Industrial: proteção por 10 anos a partir do


depósito, prorrogável por mais 15 anos

• Know-How: proteção por tempo indeterminado desde que


mantido em segredo
PATENTES / MODELOS DE UTILIDADE

 PATENTE DE INVENÇÃO - é patenteável a invenção que atenda


aos requisitos de:

 novidade
 atividade inventiva
Objeto
 aplicação industrial concreto!

 MODELO DE UTILIDADE – recebe proteção qualquer objeto de


uso prático, suscetível de aplicação industrial, que apresente
nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que
resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.
PATENTES - FUNÇÕES

 FUNÇÕES:

 Estimular a criação de invenções


 Estimular a disseminação de conhecimento (evitar o
segredo industrial)
 Recompensar o inventor

 Portanto, a patente tem função social


PATENTES – DE INVENÇÃO

GB 1502096, de 1975
Título: Spark Plugs (Velas de Ignição)
Titular: Bunker Ramo Corp.

Medicamento

Lavagem de jeans

Velcro
PATENTES – MODELOS DE UTILIDADE

MU 7601776-1 de
07/08/1996
Título: Ignitor de
Centelhamento para
Equipamentos
Titular: Petrobrás
PATENTES – FERRAMENTA ESTRATÉGICA

 Exploração econômica dos investimentos (monopólio da exploração) /


facilita a entrada e garante mercados

 Fornece instrumentos de combate à infração e contrafação (“pirataria”) /


concorrência desleal

 Permite vantagem econômica por meio de licença ou de cessão

 Permite a obtenção de benefícios fiscais em virtude do desenvolvimento


da nova tecnologia patenteada
MATÉRIAS NÃO PATENTEÁVEIS

 Teorias científicas
 Métodos matemáticos, comerciais (know-how),
financeiros
 Obras artísticas
 Programas de computador (exceto em circunstâncias
específicas)
 Métodos cirúrgicos
 Todo ou parte de seres vivos

E=mc²
PATENTES – BUSCA PRELIMINAR

 O Estado da Técnica pode ser encontrado


em:

 Artigos científicos
 Base de dados de Patentes já
publicadas. Inúmeras bases de dados
(inclusive gratuitas):

 CEDIN/SAOBUS - 25 milhões de
documentos de patentes, estima-se
que 70% da tecnologia só é divulgada
por documentos de patentes
 Escritório de Patentes Europeu (EPO)
 PATENSCOPE (OMPI)
 Google Patent Search
PATENTE – EXPIRAÇÃO DO DIREITO

I - pela expiração do prazo de vigência


II - pela renúncia de seu titular, ressalvado o direito de
terceiros
III - pela caducidade
IV - pela falta de pagamento da retribuição anual
V – por ausência de representante no país em caso de titular
estrangeiro

Extinta a patente, o seu objeto cai em


domínio público
DESENHO INDUSTRIAL

 Forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto


ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a
um produto, proporcionando resultado visual novo e
original na sua configuração externa e que possa servir
de tipo de fabricação industrial.
DI 6303929-0
Título: Configuração Aplicada em Válvula
de Controle de Fluxo
Titular: Bermad
PATENTES - DESENVOLVIDAS POR
EMPREGADO E PRESTADORES DE SERVIÇOS

 Ressalvada expressa disposição


contratual em contrário:

• A invenção e o modelo de
utilidade pertencem
exclusivamente ao empregador
quando decorrerem de contrato de
trabalho cuja execução ocorra no
Brasil e que tenha por objeto a
pesquisa ou a atividade inventiva,
ou resulte esta da natureza dos
serviços para os quais foi o
empregado contratado.
KNOW-HOW E SEGREDO DE NEGÓCIO

 Know-how e segredos de negócio


somente podem ser protegidos no
Brasil por meio de acordos de
confidencialidade ou através de
dispositivos legais que vedem a
concorrência desleal

 Isto porque o direito brasileiro não


prevê que métodos de negócio
(know-how) são passíveis de
aquisição a título de propriedade
(patente ou direito de autor)
DIREITOS AUTORAIS

 Direitos Patrimoniais

 Direitos Morais
DIREITOS AUTORAIS - MORAIS

Autoria
 Os direitos autorais se dividem em direitos
morais e direitos patrimoniais de autor

• Direitos Morais – reivindicar autoria da obra,


ter seu nome indicado como autor, conservar a
obra inédita, modificar a obra, assegurar a
integridade da obra, retirar a obra de
circulação

 não expiram nunca


 não possuem caráter econômico e
 não podem ser renunciados ou transferidos
a terceiros
DIREITOS AUTORAIS - PATRIMONIAIS

• Direitos Patrimoniais – uso, reprodução, edição, adaptação,


tradução e distribuição da obra

Edição
 expiram após 70 anos da morte do autor
 possuem caráter econômico (exploração da obra)
 podem ser transferidos a terceiros

Tradução
DIREITO AUTORAL – OBRAS PROTEGIDAS

 Proteção conferida a obras expressas em qualquer forma ou


meio, como por exemplo:

 textos de obras literárias, artísticas ou científicas


 obras dramáticas e dramático-musicais

 composições musicais

 obras audiovisuais

 obras fotográficas

 obras de desenho, pintura, gravura, escultura

 adaptações, traduções e outras transformações de obras originais

 programas de computador e

 coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários,


bases de dados
DIREITOS AUTORAIS – OBRAS NÃO
PROTEGIDAS

Não são obras intelectuais protegidas:

• ideias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos ou


conceitos

• esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos ou negócios

• formulários em branco e suas instruções

• textos legais, decisões judiciais e atos oficiais

• nomes e títulos isolados e

• aproveitamento industrial ou comercial de ideias contidas em obras


protegidas
DIREITOS AUTORAIS – USOS AUTORIZADOS

 Não constitui violação de direitos autorais a:

• Reprodução de notícias, artigos jornalísticos e discursos públicos


• Reprodução de passagens de obras para fins de estudo, crítica ou
polêmica
• Representação ou execução musical no recesso familiar ou para fins
didáticos
• Reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras
preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de
artes plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo
principal da obra nova e que não prejudique a exploração normal da
obra reproduzida, nem cause um prejuízo injustificado aos legítimos
interesses dos autores
 IMPORTANTE: SEMPRE CITAR A FONTE!
DIREITOS CONEXOS

 Direitos conexos são concedidos àqueles que desenvolvem obras


consideradas menos “originais” que as obras que fazem jus à proteção
por direito de autor

• Artistas intérpretes ou executantes, produtoras de fonogramas, emissoras


de rádio e televisão
USO AUTORIZADO DE OBRAS PROTEGIDAS
POR DIREITOS AUTORAIS OU CONEXOS
USO AUTORIZADO DE OBRAS PROTEGIDAS
POR DIREITOS AUTORAIS OU CONEXOS
DIREITOS AUTORAIS E CONEXOS – USO DE
IMAGENS

 Uso de imagens por terceiros:

• Imagens que contenham obras protegidas por direitos autorais


ou conexos só podem ser utilizados por terceiros, sem
autorização do titular, nos casos autorizados por lei

• Caso contrário, é necessário obter a autorização do titular dos


direitos patrimoniais (para cada uso específico da obra) e
sempre mencionar quem é o autor da obra

• Se a obra já estiver em domínio público, pode ser utilizada


livremente
SOFTWARE OU PROGRAMAS DE
COMPUTADOR
SOFTWARE – O QUE É?

 Lei do Software - Lei 9.609/98

• Programa de computador é a expressão de um conjunto organizado de


instruções em linguagem natural ou codificada, contida em suporte
físico de qualquer natureza, de emprego necessário em máquinas
automáticas de tratamento da informação, dispositivos, instrumentos
ou equipamentos periféricos, baseados em técnica digital ou análoga,
para fazê-los funcionar de modo e para fins determinados

• Deve ser entendido como texto escrito. Aplicam-se as regras dos


direitos autorais
SOFTWARE - REGISTRO

 A proteção dos direitos relativos a programas de computador


independe de registro

 Embora não obrigatório, o registro é recomendável tendo em


vista que:
- o registro confere presunção de autoria
- o depósito e a concessão do registro servem para provar a
anterioridade do desenvolvimento/criação
- em caso de conflito, a presunção de autoria e o prévio registro
da documentação do software no INPI aumentam as chances de
sucesso da parte titular do software registrado.
Adicionalmente, a prévia organização da documentação para o
registro do software é de grande utilidade em caso de conflito,
pois evita a necessidade de fazê-lo em prazos curtos
SOFTWARE – ASPECTOS GERAIS

Não constituem ofensa aos direitos do titular de programa de


computador:

a reprodução, em um só exemplar, de cópia legitimamente


adquirida, desde que se destine à cópia de salvaguarda

a citação parcial do programa, para fins didáticos (citar a


fonte)

a ocorrência de semelhança de programa a outro,


preexistente, quando se der por força das características
funcionais de sua aplicação, da observância de preceitos
normativos e técnicos, ou de limitação de forma alternativa
para a sua expressão
SOFTWARE – ASPECTOS GERAIS

Não constitui ofensa aos direitos do titular de


programa de computador (continuação):

a integração do programa, mantendo-se suas


características essenciais, a um sistema aplicativo
ou operacional, tecnicamente indispensável às
necessidades do usuário, desde que para o uso
exclusivo de quem a promoveu.
SOFTWARE – EMPREGADO/ PRESTADOR DE
SERVIÇO

 Salvo estipulação em contrário, pertencerão


exclusivamente ao empregador, contratante de serviços ou
órgão público, os direitos relativos ao programa de
computador, desenvolvido e elaborado durante a vigência
de contrato ou de vínculo estatutário, expressamente
destinado à pesquisa e desenvolvimento, ou em que a
atividade do empregado, contratado de serviço ou servidor
seja prevista, ou ainda, que decorra da própria natureza
dos encargos concernentes a esses vínculos.

 Salvo ajuste em contrário, a compensação do serviço


prestado será limitada à remuneração ou salário
convencionado.
SOFTWARE – LICENÇA

 O uso de programa de computador no Brasil será objeto


de contrato de licença.

 No caso de transferência de tecnologia de programa de


computador, o contrato deverá ser averbado no INPI para
os fins de remessa de royalties para o exterior,
dedutibilidade fiscal e para que produza efeito perante
terceiros.
SOFTWARE – PONTOS DE ATENÇÃO

 Uso do software por empresas do mesmo grupo econômico


ou número limitado de usuários / sublicenciamento para
terceiros

 Execução de termo de adesão aos termos do contrato de


licença em caso de sublicenciamento ou uso por empresas
do mesmo grupo econômico

 Engenharia reversa
 Extensão da assistência técnica / atualização de versões /
encerramento das atividades do licenciante (falência)

 Inspeção dos computadores licenciados


SOFTWARE – PONTOS DE ATENÇÃO

 O escopo do desenvolvimento, em detalhes


A titularidade sobre os resultados - há realmente
desenvolvimento de novo software ou apenas adaptação de
software pré-existente?

 Os termos adequados para a transferência de direitos autorais,


se for o caso, e incluindo a cessão por parte dos funcionários

 Sobre a propriedade intelectual das partes anterior ao


desenvolvimento e eventuais licenças de uso para os fins do
projeto

 Níveis de serviço (SLAs)


SOFTWARE – PATENTE DE SOFTWARE

 O INPI anunciou que em breve publicará uma resolução sobre como são
analisados os processos de registro de software no Brasil. Júlio Cesar
Castelo Branco Reis Moreira alega que o INPI continuará não concedendo
patentes de software. “Não existe nenhuma mudança em relação à forma
como o instituto sempre encarou esse tema. A única diferença é que,
agora, estamos tornando público para a sociedade como o INPI examina
esses pedidos”.

 Por outro lado, Marcos Mazoni, presidente do Serviço Federal de


Processamento de Dados (Serpro) afirma que “se eles chamaram as
pessoas para discutir é porque podem estar pensando em levar adiante
essa questão da patente de software, mesmo que não seja agora”.

 Como a Lei do Software define que o regime de proteção ao software é


o conferido às obras literárias pela legislação de direitos autorais, o INPI
não concede patentes de software.
SOFTWARE – PATENTE DE SOFTWARE

 Por outro lado, é possível proteger o software por meio de patente se


o programa estiver diretamente relacionado com a atividade inventiva
de uma invenção patenteável. Entretanto, neste caso a proteção é
essencialmente conferida ao hardware e não ao software.

• Exemplos: programas de controle de equipamentos, sistemas de freio


ABS, programas embutidos em máquinas de lavar – software
embarcado.

 A proteção por meio de patente é mais abrangente, pois protege a


funcionalidade do programa e não apenas a forma em que foi escrito
(código fonte, textos e elementos visuais contidos no software). Com a
proteção patentária, concorrentes não poderiam criar software com a
mesma “ideia” objeto de software anteriormente registrado.
SOFTWARE – PATENTE DE SOFTWARE

 Adeptos do software livre defendem que a concessão de


patente de software seria um grave bloqueio à inovação
tecnológica.

 Empresas de Tecnologia da Informação como Nokia,


Philips, Siemens, Ericsson e Alcatel alegam, em
documento enviado à União Europeia, que amargariam
prejuízo de 15 a 18,5 bilhões de euros de seus gastos com
pesquisa de desenvolvimento (P&D), caso não fossem
permitidas patentes relacionadas a software.

SILVA, D. O conflito de interesses na proteção do software por patentes: o caso da União Europeia.
Dissertação (MBA em Análise de Políticas Públicas em Inovação e Propriedade Intelectual) - Universidade
Federal do Rio de Janeiro/INPI, 2007.
SOFTWARE – SOFTWARE LIVRE

 O termo “software livre” foi criado por Richard Stallman, fundador da Free
Software Foundation (sem fins lucrativos). Conforme informações divulgadas em
seu website www.fsf.org:

“Software livre significa software que respeita a liberdade e comunidade de


usuários. Basicamente usuários tem a liberdade de operar, copiar, distribuir,
estudar, mudar e melhorar o software. Assim, “software livre” é uma questão de
liberdade e não preço. Para entender o conceito, você deve pensar no termo
“liberdade” como em “liberdade de expressão” e não “cerveja liberada”. Um
programa é considerado software livre se os usuários tem as quatro liberdades
essenciais:

- Liberdade 0 – liberdade para executar o programa para qualquer propósito


- Liberdade 1 – liberdade para estudar como o programa funciona e modificá-lo
(acesso ao código fonte necessário)
- Liberdade 2 – liberdade para distribuir cópias
- Liberdade 3 – liberdade para distribuir versões modificadas”
SOFTWARE – SOFTWARE LIVRE

 Software Livre
• licença deve ser permanente e irrevogável, contanto que o
usuário não faça nada de errado
• regras envolvendo a distribuição são aceitáveis quando não
conflitem com liberdades centrais
• a licença software livre ou “copyleft” não permite que o
software livre seja inserido em software proprietário
 Domínio Público
• nenhum impedimento quanto ao uso, cópia, distribuição,
modificação e inclusão em software proprietário
• Open Source (criado pela Open Source
Initiative) - muito parecida com a licença
Software Livre, apenas definem algumas
licenças um pouco mais restritas
PERGUNTAS?
Obrigado

FÁBIO PEREIRA

Propriedade Intelectual, Mídia &


Entretenimento e Tecnologia da
Informação

Veirano Advogados

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