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SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO
2 – HISTÓRICO
4 – DIREITO INDUSTRIAL
5 – CONTRAFAÇÃO
6 – LEGISLAÇÃO
7.1 – Cd e Dvd
7.1.1 – Tecnologia
7.1.2 – Diferença entre discos óticos industriais e graváveis
7.1.3 – Características de contrafação
7.2 – Fitas VHS
7.3 – Cartuchos
7.4 – Roupas
7.5 – Acessórios de vestuário
7.5.1 – Bolsas
7.5.2 – Tênis
7.5.3 – Óculos
7.5.4 – Relógios
7.6 – Bebidas
7.6.1 – Selos do IPI
7.6.2 – Bebidas e embalagens
7.7 – Pilhas recarregáveis
7.8 – Outros produtos
8 – EXAMES EM LOCAIS
9 – LAUDO PERICIAL
BIBLIOGRAFIA
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
Direitos da
Personalidade Direitos dos artistas,
intérpretes e
executantes
Direitos
Propriedade Autorais e Direitos dos produtores
Imaterial Conexos fonográficos
Concessão de
Privilégios.
PATENTE
Direitos
Industriais
Concessão de
Registro.
MARCA
CAPÍTULO 2
Define-se propriedade intelectual como sendo a soma dos direitos relativos às obras
literárias, artísticas e científicas, às interpretações, as execuções, aos fonogramas e às
emissões de radiodifusão, às invenções em todos os domínios da atividade humana, às
descobertas científicas, aos desenhos e modelos industriais, às marcas industriais,
comerciais e de serviço, bem como as firmas e denominações comerciais, à proteção contra
a concorrência desleal e todos os outros direitos inerentes à atividade intelectual nos
domínios industrial, científico, literário e artístico.
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
DIREITO INDUSTRIAL
ou 5 .
O desenho industrial pode ser apenas registrado, ou seja, não depende que se
demonstre sua funcionalidade, estando voltado essencialmente aos aspectos visuais do
objeto, sendo uma criação de caráter ornamental. O que se espera é a industrialização do
projeto e não a estética, sendo este traço que distingue o desenho autoral e o desenho
industrial. O prazo de proteção dos desenhos industriais é de 10 (dez) anos, prorrogáveis
por 3 (três) períodos de 5 (cinco) anos cada.
Sanções
CAPÍTULO 5
CONTRAFAÇÃO
O legislador não usou o termo plágio para identificar a reprodução não autorizada, o
termo usado é contrafação. Ocorre o plágio quando assumimos a autoria de obra de
terceiros. Já a contrafação é a reprodução da obra com a correta designação da autoria. No
plágio ofendem-se os direitos morais e na contrafação os direitos patrimoniais.
Aspectos econômicos
A pirataria é uma atividade ilícita que proporciona elevados lucros a uma pequena
parcela da sociedade e pode ser transformada em uma conta em que a maior parte dos
envolvidos sai perdendo, senão vejamos:
1. Produtos Autênticos
Matéria-Prima e Salários
Tributos e Direitos Trabalhistas +
Controle de Qualidade e Garantias
Direitos Autorais
____________Lucro____________
Preço de Mercado
DIREITO AUTORAL – 8%
DIREITO ARTÍSTICO – 19%
IPI – 15%
ICMS – 12%.
PIS/COFINS – 3%
PRODUÇÃO – 28%
LUCRO – 15%
Pode-se constatar que o lucro do falsificador será muito alto, mesmo ao praticar
preço mais baixo que o setor formal da economia.
Entre as conseqüências da pirataria, podemos incluir, a sonegação fiscal, o
desemprego, desestímulo à qualificação da mão de obra e do investimento e incentivo da
corrupção e do crime organizado.
Com o desenvolvimento e a expansão da internet, também os piratas se voltaram para este
inesgotável mercado.
Não existem sites construídos por usuários, ou seja, que não pertençam a empresas,
com autorização para distribuição de arquivos digitais de música. Este é um direito exclusivo
dos autores. A partir da criação de diversas tecnologias digitais, tais como o Mp3,
possibilitou o acesso rápido a reproduções ilegais de músicas (fonogramas). Assim
surgiram: sites de download não autorizados, sites FTP (fast transfer protocol) para
transferência de arquivos, sites de venda ilegal de CD contrafeitos e software para
compartilhamento de arquivos.
Tanto a contrafação por meio da internet quanto a utilização de programas
contrafeitos nos computadores necessita de peritos treinados e, com apoio de programas
adequados, para execução dos exames necessários e comprovação do crime.
CAPÍTULO 6
LEGISLAÇÃO
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua
utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos
nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
TÍTULO III
Dos Crimes contra a Propriedade Imaterial
CAPÍTULO I
Dos Crimes contra a Propriedade Intelectual
§ 2º Na mesma pena do § 1º incorre quem, com o intuito de lucro direto ou indireto, distribui,
vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou
cópia de obra intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito de autor, do
direito de artista intérprete ou executante ou do direito do produtor de fonograma, ou, ainda,
aluga original ou cópia de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos
titulares dos direitos ou de quem os represente.
Capítulo IV
DO PROCESSO DE JULGAMENTO DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE
IMATERIAL
Art. 524. No processo e julgamento dos crimes contra a propriedade imaterial, observar-se-á
o disposto nos Capítulos I e III do título I deste livro, com as modificações constantes dos
artigos seguintes.
Art. 525. No caso de haver o crime deixado vestígios, a queixa ou a denúncia não será
recebida se não for instruída com o exame pericial dos objetos que constituam o corpo de
delito.
Art. 527. A diligência de busca ou apreensão será realizada por dois peritos nomeados pelo
juiz, que verificarão a existência de fundamento para a apreensão, e quer esta se realizar,
quer não, o laudo pericial será apresentado dentro de 3 (três) dias após o encerramento da
diligência.
Parágrafo único. O requerente da diligência poderá impugnar o laudo contrário à apreensão,
e o juiz ordenará que esta se efetue, se reconhecer a improcedência das razões aduzidas
pelos peritos.
Art.530-A. O disposto nos artigos 524 a 530 será aplicável aos crimes em que se proceda
mediante queixa.
Art. 530-B. Nos casos das infrações previstas nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 184 do Código Penal,
a autoridade policial procederá à apreensão dos bens ilicitamente produzidos ou
reproduzidos, em sua totalidade, juntamente com os equipamentos, suportes e materiais
que possibilitaram a sua existência, desde que estes se destinem precipuamente à prática
do ilícito.
Art. 530-C. Na ocasião da apreensão será lavrado termo, assinado por 2 (duas) ou mais
testemunhas, com a descrição de todos os bens apreendidos e informações sobre suas
origens, o qual deverá integrar o inquérito policial ou o processo.
Art. 530-D. Subseqüente à apreensão, será realizada, por perito oficial, ou, na falta deste,
por pessoa tecnicamente habilitada, perícia sobre todos os bens apreendidos e elaborado o
laudo que deverá integrar o inquérito policial ou o processo.
Art. 530-E. Os titulares de direito de autor e os que lhe são conexos serão os fiéis
depositários de todos os bens apreendidos, devendo colocá-los à disposição do juiz quando
do ajuizamento da ação.
Art. 530-F. Ressalvada a possibilidade de se preservar o corpo de delito, o juiz poderá
determinar, a requerimento da vítima, a destruição da produção ou reprodução apreendida
quando não houver impugnação quanto à sua ilicitude ou quando a ação penal não puder
ser iniciada por falta de determinação de quem seja o autor do ilícito.
Art. 530-G. O juiz, ao prolatar a sentença condenatória, poderá determinar a destruição dos
bens ilicitamente produzidos ou reproduzidos e o perdimento dos equipamentos
apreendidos, desde que precipuamente destinados à produção e reprodução dos bens, em
favor da Fazenda Nacional, que deverá destruí-los ou doá-los aos Estados, Municípios e
Distrito Federal, a instituições públicas de ensino e pesquisa ou de assistência social, bem
como incorporá-los, por economia ou interesse público, ao patrimônio da União, que não
poderão retorná-los aos canais de comércio.
Art. 530-H. As associações de titulares de direitos de autor e os que lhes são conexos
poderão, em seu próprio nome, funcionar como assistente da acusação nos crimes previstos
no art. 184 do Código Penal, quando praticado em detrimento de qualquer de seus
associados.
Art. 530-I. Nos crimes em que caiba ação penal pública incondicionada ou condicionada,
observar-se-ão as normas constantes dos artigos 530-B, 530-C, 530-D, 530-E, 530-F, 530-G
e 530-H.
No que interessa ao nosso curso podemos afirmar que o Código de Processo Penal
é extremamente detalhista e burocrático no concernente à propriedade imaterial.
Impõe um ritual para a apreensão e os exames que não é factível para as
apreensões reais que ocorrem no dia a dia do combate à pirataria. À velocidade da ação
dos falsificadores se contrapõe a burocracia jurisdicional do estado.
Senão vejamos: o que significa “descrição de todos os bens apreendidos e
informações sobre suas origens”. Descrição no seu significado jurídico nos auxilia o
dicionário Houaiss da língua portuguesa, seria a enumeração circunstanciada, detalhada
dos caracteres de algo num processo. Como descrever o material em uma apreensão de
350.000 CD e DVD? Por exemplo, um determinado CD do compositor e intérprete Djavan,
deveria ser descrito assim: Coleção Preferência Nacional, artista Djavan, EMI Music Ltda.
Como atender esta exigência para o volume de apreensões que ocorrem na prática?
Outro ponto de atrito refere-se a quem se encarrega de descrever os bens
apreendidos. Muitos operadores do direito confundem o artigo 530-C com o 530-D e
geralmente solicitam que o perito apresente no laudo a descrição dos bens.
Também a determinação de realizar perícia sobre todos os bens apreendidos
provoca grandes transtornos na prática, lembrando-se que não há previsão legal para
realizar a perícia por amostragem.
Busca e Apreensão – procede-se nos moldes do artigo 240.
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial
deverá:
VII - determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer
outras perícias;
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial,
portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas,
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as
que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o
encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos
exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta
decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos,
desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam
encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as
respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado
pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia
será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na
presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua
conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento
especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar
mais de um assistente técnico.
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que
examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias,
podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
A nova redação do artigo 169 determina que a perícia seja feita por um único perito,
salvo casos especiais, conforme § 7º. Outra modificação introduzida refere-se à participação
de assistentes técnicos no curso do processo judicial, podendo apresentar pareceres.
6.4.2 – Lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 – Regula os direitos autorais e os que lhe são
conexos.
Art. 98. Com o ato de filiação, as associações tornam-se mandatárias de seus associados
para a prática de todos os atos necessários à defesa judicial ou extrajudicial de seus direitos
autorais, bem como para sua cobrança.
A lei 9610 serve para preencher a lacuna jurídica do artigo 184 do Código Penal
(norma penal em branco), já que há necessidade de se definir quais são os direitos autorais
e os que lhe são conexos e também estabelece as sanções civis pertinentes.
Art. 183. Comete crime contra a patente de invenção ou de modelo de utilidade quem:
……..
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
Art. 184. Comete crime contra a patente de invenção ou de modelo de utilidade quem:
……..
Pena – detenção, de 1(um) a e (três) meses, ou multa.
Art. 185. Fornecer componente de um produto patenteado, ou material ou equipamento para
realizar um processo patenteado, desde que a aplicação final do componente, material ou
equipamento induza, necessariamente, à exploração do objeto da patente.
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
Art. 186. Os crimes deste Capítulo caracterizam-se ainda que a violação não atinja todas as
reivindicações da patente ou se restrinja à utilização de meios equivalentes ao objeto da
patente.
Art. 187. Fabricar, sem autorização do titular, produto que incorpore desenho industrial
registrado, ou imitação substancial que possa induzir em erro ou confusão.
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
Art. 188. Comete crime contra registro de desenho industrial quem:
...................
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
Capítulo IV – Dos crimes cometidos por meio de marca, título de estabelecimento e sinal de
propaganda.
Art. 191. Reproduzir ou imitar, de modo que possa induzir em erro ou confusão, armas,
brasões ou distintivos oficiais nacionais, estrangeiros ou internacionais, sem a necessária
autorização, no todo ou em parte, em marca, título de estabelecimento, nome comercial,
insígnia ou sinal de propaganda, ou usar essas reproduções ou imitações com fins
econômicos.
Pena – detenção, de 1(um) a e (três) meses, ou multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou expõe ou oferece à venda
produtos assinalados com essas marcas.
Art. 192. Fabricar, importar, exportar, vender, expor ou oferecer à venda ou ter em estoque
produto que apresente falsa indicação geográfica.
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
Art. 193. Usar, em produto, recipiente, invólucro, cinta, rótulo, fatura, circular, cartaz ou em
outro meio de divulgação ou propaganda, termos retificativos, tais como "tipo", "espécie",
"gênero", "sistema", "semelhante", "sucedâneo", "idêntico", ou equivalente, não ressalvando
a verdadeira procedência do produto.
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
Art. 194. Usar marca, nome comercial, título de estabelecimento, insígnia, expressão ou
sinal de propaganda ou qualquer outra forma que indique procedência que não a verdadeira,
ou vender ou expor à venda produto com esses sinais.
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
Art. 196. As penas de detenção previstas nos Capítulos I, II e III deste Título serão
aumentadas de um terço à metade se:
……..
Art. 199. Nos crimes previstos neste Título somente se procede mediante queixa, salvo
quanto ao crime do art. 191, em que a ação penal será pública.
CAPÍTULO 7
7.1 – Cd e Dvd
7.1.1 – Tecnologia
Código
Máster
IFPI
L-362.
Origem da Fabricante.
música.
IFPI do
molde. Número
Baixo do
relevo. catálogo.
Origem da
fabricação.
Código de
barras.
3 – Disco Original.
Fabricante.
Dados de
fabricação.
No caso de filmes e shows utiliza-se o termo VCD. Para o arquivo original caber no
VCD (aproximadamente 700 MB de dados) tem que ser comprimido (ripado) ou se elimina
várias características técnicas, tais como: legendas e som em vários idiomas e possibilidade
de avançar ou retroceder o filme.
Nem sempre o comprador é enganado pelo pirata. Nesse caso compra-se o CD ou
DVD levando-se em conta o preço. A qualidade e a garantia do produto ficam em segundo
plano.
9 – Edição pirata do sistema operacional Microsoft Windows XP, com software KEY
FINDER, ou seja, um algoritmo criado pelo falsificador para gerar seriais válidos do windows
ou trocar um serial já reconhecidamente falsificado por seriais novos.
11 - DVD industrial de jogo de Play 2. Excelente serigrafia e utilização cor semelhante aos
originais. O código IFPI não é visualizado e normalmente são comercializados no Brasil sem
embalagens ou manuais. Faltam alguns dados encontrados nos DVD originais. A fabricação
é feita por indústrias chinesas. Em todos os DVD deste tipo os códigos IFPI foram
eliminados por ataque químico para esconder a origem do produto.
13 – DVD de GAMECUBE autêntico. São DVD com diâmetro reduzido. Os piratas também
utilizam DVD do mesmo tamanho.
14 – O falsificador se identifica – RD. Será que também se importa com direito autoral?
21 – Estojo na cor certa, porém pintado. O original apresenta plástico já na cor definitiva –
vinho. Ausência de dados obrigatórios e simulação do selo UBV são características de
falsificação. A pintura de estojos pretos (fitas virgens) na cor utilizada pelos fabricantes
foram as últimas ações dos falsificadores e visavam iludir os usuários de locadoras.
7.3 – Cartuchos
7.4 – Roupas
27 – Assimetria na costura.
30 – Colagem manual das pedras que compõem a marca DIOR. Constata-se a origem
artesanal da peça. Inexistência do modelo na coleção oficial da marca.
7.5.1 – Bolsas
35 – Qualidade do zíper (fecho éclair); sempre de material inferior, de fácil oxidação. Outras
partes metálicas com rebites e argolas apresentam a mesma característica.
Cláudio Godinho Novaes – Curso de Propriedade Imaterial – 2014. 40
PCERJ - ACADEPOL
36 – Não se encontra na bolsa autêntica uma assimetria entre motivos na costura. Sempre
os motivos idênticos se combinam.
37 – A costura nunca se sobrepõe. Não pode haver pontas de linhas da costura sobrando.
38 – Exemplo de modelo que não existe na coleção original da Louis Vuitton. Material
utilizado, além de deferente é de qualidade inferior.
39 – Bolsa Fendi. Notar a qualidade do acabamento do zíper, que avança por debaixo do
pano. Costura de baixa qualidade e assimétrica.
40 – Bolsa Dior. Fivela de baixa qualidade, material que oxida rapidamente e costurada
invertida.
7.5.2 – Tênis
Rebarba
41 – Injeção da borracha da sola com defeitos. Nos tênis autênticos sempre observamos
uma separação nítida entre as cores da borracha. Não devem existir rebarbas ou mistura de
cores (entintamento).
42 – O detalhe utilizado para ajudar na colocação do tênis foi costurado por fora, quando
deveria ter sido costurado por dentro. Inexistência de controle de qualidade.
7.5.3 – Óculos
49 – Marcas nominativas e figurativas fabricadas à parte para serem afixadas aos óculos
após o desembaraço aduaneiro.
7.5.4 – Relógios
53 – Mesmo modelo, duas marcas. Péssimo acabamento das caixas, mostrador e pulseiras.
REPLICA ITALIANA DA BREITLING, MAQUINA QUARTZ CITZEM (BATERIA), CAIXA EM AÇO INOX, VIDRO
CRISTAL MINERAL, PULSEIRA EM AÇO INOX, CRONOS FUNCIONAIS, CRONOMETER, DATADOR, TODAS AS
LOGOS E NUMERAÇÕES NOS LUGARES EXATOS.
Preço à vista:
De R$ 400,00
Por R$ 350,00
Desconto de R$ 50,00
7.6 – Bebidas
61 – Selo autêntico do IPI. A receita federal possui uma série de selos com cores e
identificações diferentes para cada tipo de bebida: tipos BEBIDAS ALCOÓLICAS, BEBIDAS
ALCOÓLICAS MINIATURA, AGUARDENTE, UÍSQUE e UÍSQUE MINIATURA; cores
VERDE, VERMELHO, VERDE ESCURO, CINZA, LARANJA e MARROM. Para maiores
detalhes consultar a Instrução Normativa 29 da SRF, de março de 1999.
62 – Nas duas imagens acima se pode notar que os traços e letras são únicos e somente
mudam de cor. Na imagem inferior percebe-se o entintamento preto nos traços laranjas.
Pode e deve haver mistura de cores, só pode haver dois traços distintos.
64 – Selo falso do IPI. Mudança nítida das linhas que não são as mesmas, quando as cores
mudam.
65 – Motivo holográfico existente nos selos autênticos do IPI. São impressos à parte, antes
do processo ofsete.
67 – Comparações entre selos do IPI. Somente o primeiro de cada cor é autêntico. Notar a
nítida diferença do motivo holográfico.
68 – Folha contendo 50 selos do IPI falsos. Apreensão em uma gráfica. Falsificação de boa
qualidade com simulação do motivo holográfico.
72 – Pilha central é falsa. Sem símbolo de reciclagem e com pólo positivo (+) menor e com
sulco mais profundo na parte superior.
73 – Pólo positivo (+) menor e corpo com sulco mais profundo na parte superior.
Uma infinidade de produtos pode ser e é falsificada. Além dos acima citados, temos:
cigarros, autopeças, isqueiros, canetas, remédios, produtos eletrônicos, cartões de
memória, combustíveis, produtos de higiene e limpeza, mel, alimentos industrializados e
escovas de dente, entre outros.
No setor de autopeças a falsificação tem sido intensa, porém voltada para algumas
peças de grande consumo. Basta ser um item de reposição com grande venda e logo
teremos a oferta de cópias de baixa qualidade geralmente importadas ou até mesmo de
produtos descartados em oficinas e recondicionados, como no caso dos rolamentos de
esfera e componentes de suspensão, principalmente amortecedores.
O procedimento que devemos adotar para identificar um produto contrafeito, seja ele
qual for, deverá ser sempre o mesmo. Em primeiro lugar precisamos identificar as
características de autenticidade do produto original e em seguida comparar com as
características dos produtos que serão examinados e assim emitir um laudo contendo uma
conclusão tecnicamente embasada.
Para esta tarefa devemos nos valer das características físicas, químicas,
dimensionais, metalográficas ou outras que tenhamos condições técnicas para identificar
nos produtos.
CAPÍTULO 8
EXAMES EM LOCAIS
Assim temos:
74 – Imagens de fábrica clandestina de vodka, sem higiene, utilizando álcool impróprio para
consumo humano e reutilizando embalagens. A correta e minuciosa descrição dos produtos,
equipamentos, tubulações de interligação, filtros, recipientes, embalagens, condições de
limpeza e higiene permitirão a elaboração de um laudo constatando a existência de uma
fábrica clandestina de bebidas no local.
CAPÍTULO 9
LAUDO PERICIAL
A constituição federal no seu artigo 5º, inciso XII, estabelece que: é inviolável o sigilo
da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.
Assim a interceptação telemática e acesso a informações cadastrais só poderão ser
executados sob autorização judicial. A interceptação telemática possui legislação própria, lei
9296, de 1996, que regulamenta a parte final do inciso acima descrito.
No artigo 10, do referido diploma legal temos: Constitui crime realizar interceptação
de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo de Justiça,
sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
Pena: Reclusão de dois (2) a quatro (4) anos, e multa.
Devemos nos resguardar em relação aos exames que deverão ser realizados em
computadores, trabalhando sempre a partir de uma solicitação da autoridade policial ou
judiciária. A CI (comunicação interna) ou o ofício (autoridade judiciária) que solicita os
exames é o documento hábil que autoriza o início dos trabalhos.
Não podemos deixar de transcrever as certeiras palavras de Malatesta a respeito da
prova em matéria criminal:
Sendo a prova um meio objetivo pelo qual o espírito humano se apodera da verdade;
sua eficácia será tanto maior quanto mais clara, mais plena e mais seguramente ela
introduzir no espírito a crença de estarmos de posse da verdade.
Se por um lado sabemos que não existe uma hierarquia entre as provas, já que
nossa legislação adotou o princípio do livre convencimento, onde o juiz aprecia livremente
as provas e firma sua convicção; por outro lado sabemos que o juiz para julgar e sentenciar
adequadamente um crime deverá se valer das evidências deixadas pelo fato, e quem lhe
apresentará estas evidências é o Perito Criminal.
BIBLIOGRAFIA
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2003.
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