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Acadêmica:
Sarah Keila Cerqueira Braga
DOURADOS – MS
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
SARAH KEILA CERQUEIRA BRAGA
DOURADOS
2023
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SUMÁRIO
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1. UNIDADE III – DIREITO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
1.1. CONVEÇÕES E TRATADOS E INTERNACIONAIS DO INSTITUTO DA PI
No âmbito da Propriedade Intelectual, especialmente no que se refere à Propriedade
Industrial, é comum ocorrer a aplicação direta das normas internacionais em nosso sistema
jurídico. O primeiro princípio estabelecido pela Convenção de Paris estipula que os cidadãos
de cada país signatário terão os mesmos direitos, em relação à Propriedade Industrial,
concedidos pela legislação do país em que se encontram ou que possam ser concedidos
posteriormente aos nacionais (Artigo II) (BARBOSA, 2017).
A Convenção, no entanto, não se limita a isso: "tudo isso sem prejuízo dos direitos
previstos por esta Convenção". Isso significa que, quando a Convenção conceder mais
direitos aos estrangeiros do que os derivados da legislação nacional, a Convenção
prevalecerá. Esse princípio é conhecido como "princípio do tratamento nacional"
(BARBOSA, 2017).
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linha de produção, pequenos inventores ou artesãos. Em tese, essas patentes tutelam
aprimoramentos que resultam em maior eficácia ou comodidade em um aparato físico
qualquer. Segundo a Lei 9.279/96, um modelo de utilidade é definido como "um objeto de
uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou
disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em
sua fabricação" (BARBOSA, 2017).
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A principal diferença entre o desenho industrial e o modelo de utilidade é que o
primeiro não traz uma melhoria em seu processo de fabricação, mas sim um resultado visual
novo e original a um produto já existente. No entanto, não basta simplesmente aplicar uma
alteração no resultado visual de determinado produto. Esta alteração deve ser considerada
original em relação a produtos similares anteriores ao produto alterado (BARBOSA, 2017).
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Vale ressaltar que o nome empresarial difere da razão social, que é o nome oficial da
empresa registrado nos órgãos governamentais e presente em documentos legais como
contratos sociais e registros na Receita Federal. Enquanto a razão social é usada para fins
tributários e jurídicos, o nome empresarial é utilizado para identificar a empresa no mercado
e na publicidade (PINHEIRO, 2013).
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2.5. CULTIVARES- LEI 9.456, de 25 de abril de 1997; RECONHECIMENTO DA
PROPRIEDADE INTELECTUAL DE CULTIVARES; TITULARIDADE; PRAZO;
EXTINÇÃO DA PROPRIEDADE INTELECTUAL DAS CULTIVARES
A Lei de Proteção de Cultivares, regulamentada pela Lei nº 9.456/97, reconhece a
propriedade intelectual das cultivares, ou seja, das variedades de plantas desenvolvidas por
meio de melhoramento genético. Para obter a proteção da propriedade intelectual das
cultivares, é necessário realizar o registro no Serviço Nacional de Proteção de Cultivares
(SNPC)(PINHEIRO, 2013).
O detentor da propriedade intelectual da cultivar pode ser o desenvolvedor da
variedade vegetal ou aquele que adquiriu os direitos por meio de contratos ou outras formas
de transferência de tecnologia. O prazo de proteção da propriedade intelectual das cultivares é
de 15 anos para espécies de árvores e videiras, e de 18 anos para outras espécies vegetais
(PINHEIRO, 2013).
A lei prevê que a propriedade intelectual da cultivar será extinta se o detentor não
efetuar o pagamento das taxas de manutenção no prazo estipulado, ou se a cultivar não for
comercializada por mais de três anos consecutivos. A proteção da propriedade intelectual das
cultivares traz vantagens para o setor agrícola, estimulando a pesquisa e o desenvolvimento
de novas variedades vegetais, gerando oportunidades de negócios para os produtores e
promovendo o acesso a variedades de alta qualidade (PINHEIRO, 2013).
3. REFERÊNCIA
PECK PINHEIRO, P. Manual de Propriedade Intelectual. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2013.
BARBOSA, Denis Borges. Propriedade intelectual: curso elementar. 3. ed. Rio de Janeiro:
Lumen Juris, 2017.