ASPECTOS GERAIS
Transmissão do patrimônio de uma pessoa que
faleceu (autor da herança) para seus sucessores.
 A lei vigente ao tempo da abertura da
sucessão regula:
• A sucessão
• A legitimação para suceder
• A sucessão abre-se no lugar do último
domicílio do falecido.
• A herança é um todo unitário, ainda que
vários sejam os herdeiros.
• Até a partilha, o direito dos coerdeiros é
indivisível e regula-se pelas normas do
condomínio.
CONCEITOS/TERMINOLOGIAS
- ESPÓLIO: bens, direitos e obrigações
deixadas pelo falecido.
↳ construção doutrinária PROCESSUAL
(identificação da herança)
Administrada pelo Inventariante
responde pelo espólio
- HERANÇA: bens, direitos e obrigações
(1.784,CC)
↳ é o que os herdeiros recebem – se
perpetua no tempo
• AUTOR DA HERANÇA: de
cujus/falecido
• AUTOR DO PROCESSO DE
INVENTÁRIO E DE PARTILHA: herdeiro
• HERDEIRO UNIVERSAL: o único
sucessor de toda a herança. (neste
caso não haverá partilha e sim
adjudicação).
- QUINHÃO (cota/fração): é a fração ou quota
da herança a que tem direito o herdeiro.
ESPÉCIES DE SUCESSÃO
Sucessão legítima (1.829,CC):
• Decorre da lei.
• No caso de a pessoa não ter deixado
testamento.
• Salvo justa causa declarada em
testamento, não pode o testador
estabelecer cláusula
Inalienabilidade
de Incomunicabilidade sobre nos bens
Impenhorabilidade da legítima.
* havendo herdeiros necessários (aqueles
que têm o direito a parte legítima da
herança), o testador só pode dispor da
metade da herança. (não havendo
herdeiros necessários, ele tem ampla
liberdade)
HERDEIROS NECESSÁRIOs – 1.845,CC
 DESCENDENTES (filho, neto, bisneto)
 ASCENDENTES (pai, avô, bisavô)
 CÔNJUGE
Sucessão Testamentária:
• Decorre de testamento ou disposição de
última vontade.
• Afasta a incidência ampla da sucessão
legítima.
A sucessão legítima sempre é a título
universal, não havendo legado se não há
testamento. Já a sucessão testamentária pode
ser a título universal ou a singular.
-
PRINCÍPIO DA SAISINE
 A sucessão ocorre no momento da
morte da pessoa e a herança
automaticamente transmite-se aos
herdeiros
 É importante para que os bens do
espólio não fiquem desorientados e
sejam considerados coisa, ou coisa
sem dono, sujeita a ocupação por
terceiros.
ACEITAÇÃO DA HERANÇA
Aceita a herança, torna-se definitiva a sua
transmissão ao herdeiro, desde a abertura da
sucessão.
↳ Pode ser:
• Expressa: por declaração escrita.
• Tácita: resulta de atos próprios da qualidade de
herdeiro.
Não importa aceitação:
• Atos oficiosos
• Atos meramente conservatórios
• Atos de administração/guarda provisória
• Cessão gratuita, pura e simples, da herança aos
demais coerdeiros.
Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita  Parágrafo único. Não se habilitando até a
a herança, o poder de aceitá-la passa declaração de vacância, os colaterais
ficarão excluídos da sucessão.

HERANÇA JACENTE E VACANTE

JACENTE:
Pessoa morre e não tem absolutamente
nenhum herdeiro (nem legítimo ou
testamentários) para deixar o seu patrimônio.
OBS: quando todos os herdeiros vierem a
rejeitar a herança também será herança
jacente.
Art. 1.844. Não sobrevivendo cônjuge, ou
companheiro, nem parente algum
sucessível, ou tendo eles renunciado a
herança, esta se devolve ao Município ou
ao Distrito Federal, se localizada nas
respectivas circunscrições, ou à União,
quando situada em território federal.
*O Estado ficará com a herança até
aparecimento de herdeiro, pois não se pode
deixar perecer os bens. (O estado é um sucessor
irregular, não é considerado herdeiro)

 Massa despersonalizada - deve ser

representada por um curador (que irá
gerir os bens e não deixar os bens
perecerem)
 O curador fará um levantamento dos
bens e logo após começará a procurar
herdeiros.
 Durante 1 ano serão expedidos três
editais chamando conhecidos ou pessoas
que possam conhecer herdeiros do de
cujus para que os bens sejam
transferidos para os reais herdeiros.

VACANTE:
 No caso de transcorrido 1 ano da primeira
publicação sem aparecer herdeiros, torna-
se vacante.
Art. 1.822. A declaração de vacância da herança
não prejudicará os herdeiros que legalmente se
habilitarem; mas, decorridos cinco anos da
abertura da sucessão, os bens arrecadados
passarão ao domínio do Município ou do Distrito
Federal, se localizados nas respectivas
circunscrições, incorporando-se ao domínio da
União quando situados em território federal.