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A ideia de usufruto emerge da consideração que

se faz de um bem, no qual se destacam os poderes


de usar, gozar ou usufruir, sendo entregues a uma
pessoa distinta do proprietário, enquanto este
remanesce apenas a substância da coisa. 

Diante do conceito trazido acima, percebe-se que


há uma divisão no direito de propriedade, que se
dá entre duas pessoas, o nu-proprietário e o
usufrutuário, sendo o primeiro, o real proprietário
do bem, todavia, os direitos de usar e gozar da
coisa pertencem ao usufrutuário.
O objeto do usufruto é trazido com clareza pelo artigo
1.390 do Código Civil, que diz "O usufruto pode recair
sobre um ou mais bens, moveis ou imóveis, em um
patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no
todo ou em parte, os frutos e utilidades".

Tal dispositivo é bastante abrangente, podendo o


usufruto recair desde coisa imóvel, até direitos autorais,
por exemplo.

O usufruto pode se instituir através da lei, vontade


das partes ou usucapião.

O direito de usufruto por determinação legal ocorre


quando a lei concede o posto de usufrutuária à
determinada pessoa. O artigo 1.689,1 do Código Civil é
um exemplo de constituição legal do usufruto, pois
determinaque os pais são usufrutuários dos bens dos
filhos.
Espécies de Usofruto

1 - Quanto à origem ou modo de constituição: O usufruto


pode ser voluntário ou legal;
Voluntário (convencional) quando é constituído
através da vontade das partes; legal quando decorre
dalei.

2 - Quanto à duração: Pode ser temporário ou vitalício,


temporário quando há um termo estipulado, vitalício
quando se encerra com a morte do usufrutuário.

3 - Quanto ao objeto: Com relação ao objeto, o usufruto


pode ser próprio ou impróprio.
Será próprio quando recair sobre bens inconsumíveis e
infungíveis, ou será impróprio, quando incidir sobre bens
fungiveis e consumíveis.
O uso é o direito real de fruição sobre coisa alheia em
que o proprietário confere ao usuário o direito de usar e
fruir de um bem com o objetivo de garantir as
necessidades de sua família (art. 1.142 do CC/02).

Diferente do usufruto, no uso o objetivo deve ser


garantir a necessidade de família do usuário.

É neste cenário que surgem as características do UsO.

O que se entende por necessidade será avaliada


conforma a condição social e o lugar onde viver o usuário
(art. 1.142, $1°, CC/02).

Como o objetivo do uso é limitado, é coerente


a legislação ao definir que o uso é incessível.
(não pode ser cedido), ao contrário do usufruto.
Uso - É o direito de servir-se
da coisa na medida das necessidades próprias e
da família, sem dela retirar as vantagens. Difere do usu-
fruto, já que o usufrutuário retira das coisas todas as utili
dades que ela pode produzir e o usuário não.

Conceito - É um direito real sobre coisa alheia,
a título gratuito ou oneroso, pelo qual alguém utiliza cois
a alheia, temporaria-
mente, na medida das necessidades suas e
de sua família. Prescreve o artigo 1.412 do CC
que o usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, q
uanto o exigirem as necessidades suas e
de sua família. As necessidades pessoais serão avaliadas 
conforme a condição social do usuário e
o lugar onde ele vive e abrangem: as de seu cônjuge, as
de seus filhos solteiros e as
das pessoas de seu serviço doméstico.
É um direito real, que incide sobre bens corpóreos
ou incorpóreos; móveis ou imóveis. Se recair em bem mó
vel, este deve ser infungível e inconsumível.

•É temporário

•É direito real que se restringe ao direito de usar, não po
dendo o usuário tirar frutos da coisa

•É indivisível e intransmissível (ou incessivel)
e personalíssimo. Nem o exercício pode ser cedido.
O usuário tem que usar a coisa pessoalmente ou por sua 
família

• O uso limita se às necessidades do usuário e de sua fam
ília, incluindo os empregados

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