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Descrição
Abordagem conceitual e prática dos direitos reais de garantia (propriedade fiduciária, penhor, anticrese e
hipoteca) e do direito real de servidão.
Propósito
Esta é uma das principais matérias das quais resultam demandas discutidas em ações judiciais, sendo,
portanto, um assunto de grande viés prático e de operabilidade para o exercício das profissões jurídicas que
o aluno exercerá no futuro.
Preparação
Para iniciar o estudo deste conteúdo, tenha o Código Civil atualizado em mãos, pois você precisará
consultá-lo para compreender como é a disciplina jurídica.
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31/05/2023, 14:06 Direitos Reais sobre coisa alheia e suas garantias
Objetivos
Módulo 1
Servidão
Distinguir as principais características da servidão.
Módulo 2
Módulo 3
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Introdução
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31/05/2023, 14:06 Direitos Reais sobre coisa alheia e suas garantias
Os direitos reais de garantia são instrumentos importantes para o desenvolvimento econômico, pois
contribuem para a concessão de empréstimos e financiamentos, que, por vezes, são aplicados no patrocínio
de atividades econômicas e empresariais.
Paralelamente a isso, um direito real muito comum e nem sempre conhecido é a servidão, que se destina ao
melhor uso de um imóvel, o que favorece a função social da propriedade e ameniza conflitos entre vizinhos.
1 - Servidão
Ao final deste módulo, você será capaz de distinguir as principais características da servidão.
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Definição e finalidade
A servidão é um tipo de direito real previsto no Código Civil no inciso III do art. 1.225 e dos arts. 1.378 a
1.389. Integra o rol de direitos reais sobre coisas alheias, ou seja, um poder que alguém tem sobre o imóvel
de outra pessoa.
Atenção!
Ao tratar de servidões, o Código Civil refere-se a “imóvel” como “prédio”. Aqui, então, prédio não significa,
necessariamente, uma construção de alguns andares; diz respeito a qualquer tipo de construção e até
mesmo a lotes vazios. Por isso, inclusive, as servidões também são chamadas de “servidões prediais”.
Prédio serviente
Um (ou mais) deles é chamado de “prédio serviente”: trata-se do imóvel sobre o qual o proprietário de outro
terá algum poder; este é o imóvel que caracteriza a “coisa alheia” do direito real de servidão.
Prédio dominante
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O outro imóvel é chamado de “prédio dominante”: é o imóvel beneficiado pelo encargo estabelecido sobre o
prédio serviente, ou seja, a servidão é constituída para favorecer este prédio dominante de alguma maneira.
Observe, então, que o prédio serviente é o imóvel que sofre restrições ou se submete a encargos e o prédio
dominante é aquele que se beneficiará das restrições ou encargos sobre o imóvel serviente.
X compra um carro, mas não tem espaço suficiente para passar com ele em seu quintal para chegar à
garagem.
X pede a Y uma autorização para passar em um trecho de um metro no quintal de Y todas as vezes em
que precisar retirar e recolocar o carro na garagem.
Ilustrando:
Nesse exemplo, observe que a faixa de um metro do quintal de Y permanece sendo dele, mas X passa a ter
o direito de utilizar, de alguma forma, esse trecho para seu benefício e para melhor uso do seu imóvel (que
não tem passagem para carro). X somente poderá utilizar essa faixa do imóvel de Y para a passagem do
seu carro, e para nada mais (a não ser, talvez, praticar obras de conservação). O imóvel de Y é o prédio
serviente, pois passará a servir ao imóvel de X, que é o dominante.
Observe, também, que o imóvel de Y terá seu uso, de certo modo, parcialmente restringido. Embora a faixa
do terreno permaneça sendo de Y e esta possa até utilizar, haverá uma restrição porque ele terá que tolerar
o uso por X. Ou seja, seu uso não mais será pleno, como antes. Essa situação ilustra a servidão predial:
trata-se de um direito real constituído sobre o imóvel de uma pessoa para garantir o exercício mais útil da
propriedade de outro imóvel.
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(LEI Nº 10.406/2002)
Quando o art. 1.378 diz que a servidão “grava o prédio serviente”, isso significa que a servidão cria uma
obrigação propter rem, ou seja, não recai sobre as pessoas dos proprietários dos imóveis dominante e
serviente. Na verdade, a servidão recai sobre os imóveis. É como se a servidão fosse um direito do prédio
dominante e um dever do prédio serviente, ou seja, são poderes e encargos das coisas, e não dos
proprietários de tais coisas.
Por isso, havendo transmissão da propriedade do prédio serviente, o novo proprietário suportará a servidão,
pois esta não foi constituída sobre o antigo proprietário, mas sobre o imóvel serviente. De igual maneira, se
o proprietário do prédio dominante transferir a propriedade para terceiro, o adquirente recebe o imóvel com
a possibilidade de usufruir da servidão e o proprietário do imóvel serviente deve suportá-lo.
Atenção!
Isso não significa dizer que a servidão será, obrigatoriamente, perpétua. Ela pode ser extinta nas hipóteses
dos arts. 1.387 a 1.389, que inclui a extinção por acordo de vontades.
A servidão predial serve à coisa, e não ao proprietário da coisa, pois o que é gravado com direito real é o
imóvel, e não a pessoa do proprietário. Os exemplos mais comuns são:
Características
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Acessoriedade
Sequelado
Inalienabilidade
O imóvel dominante pode ser alienado, ou seja, terceiro pode se tornar novo proprietário
dominante; por ser obrigação propter rem, a servidão permanece aderida ao imóvel dominante
e o novo proprietário poderá utilizá-la. O adquirente recebe a servidão porque ela é alienada
com a propriedade. A inalienabilidade da servidão consiste na impossibilidade de transferir
exclusiva e unicamente a servidão para terceiro, ou seja, não é possível alienar ou transferir
somente a servidão; ela pode ser transferida junto com a propriedade do imóvel dominante,
mas nunca isoladamente.
Perpetuidade
A servidão é constituída para ser perpétua, ou seja, nunca desfeita. Ocorre que a regra
comporta exceções, que são as previstas dos arts. 1.387 a 1.389 do Código Civil.
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Publicidade
Todo direito real constituído ou transmitido sobre coisas imóveis são adquiridos somente
com o registro no Cartório de Registro de Imóveis (arts. 1.245 a 1.247). Essa regra não é
diferente no caso da servidão, conforme art. 1.378 do Código Civil, que diz que a servidão
“constitui-se [...] subsequente registro no Cartório de Registro de Imóveis”. Se existir o título
que confere ao dominante o direito à servidão, mas que não foi registrado, o caput do art.
1.379 do Código Civil permite a aquisição da servidão pela usucapião, desde que haja posse
contínua e aparente por pelo menos 10 anos.
Indivisibilidade
Caso o imóvel serviente ou o imóvel dominante sejam divididos (loteados, p. ex.), a servidão
não será “dividida” em partes tal e qual os imóveis; a servidão se mantém única e as novas
partes resultantes se subordinam à servidão.
Impresuntibilidade
A servidão não é presumida, devendo ser provada de maneira explícita e inequívoca; logo, não
se admitem interpretações extensivas para caracterizar servidão em uma determinada
situação.
Voluntariedade
Uma servidão é constituída sempre com base em um negócio jurídico (unilateral, como o
testamento, ou bilateral, como um contrato). É possível que você encontre alguns livros
falando em “servidões legais”, que seriam servidões constituídas compulsoriamente por
determinação legal. Na verdade, esses casos existem, mas não são servidões; são questões
de vizinhança ou direito de vizinhança (arts. 1.282 a 1.313 do Código Civil). Além disso,
observe que o art. 1.378 do Código Civil diz que a servidão “constitui-se mediante declaração
expressa dos proprietários, ou por testamento”, ou seja, por atos jurídicos voluntários.
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Usucapibilidade
A servidão pode ser usucapida após 20 anos de posse contínua e aparente, caso o dominante
não tenha título que lhe confere o direito de usar o imóvel serviente.
Tipos
A seguir, você encontra os tipos de servidão.
Quanto ao Tipos
À forma de
Servidão aparente ou contínua: é o tipo de servidão que necessita de
exercício
ação humana reiterada para ser exercida e visualizada (ex.: passagem
de cabos de energia elétrica).
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Quanto ao Tipos
Dependendo do livro utilizado para aprofundamento do conteúdo, é possível que você encontre outros
nomes para as classificações da tabela. É possível, também, que você encontre mais classificações, as
quais repetirão conceitos de classificações quanto a outros elementos.
Servidão pessoal
Diz respeito aos direitos reais de usufruto, uso e habitação. São pessoais porque dizem respeito ao uso
e ao gozo de bens por parte do usuário, do usufrutuário e do habitante. Aqui, a relação não é entre
prédios, mas entre um terceiro e a coisa.
close
É identificada quando um prédio utiliza algo de outro prédio; não há relação pessoa-coisa, mas coisa-
coisa (isto é, prédio dominante-prédio serviente).
As servidões pessoais estão vinculadas a alguém, embora não sejam transmitidas por herança. Como a
servidão predial é um “direito da coisa”, ela é perpétua e independe de quem sejam os titulares das
propriedades dos prédios envolvidos.
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Apesar do nome, as servidões pessoais não são servidões propriamente ditas, pois estas são somente as
prediais. É um conceito tradicional que precisa ser diferenciado, mas que não se submetem ao regime
jurídico da servidão.
Contudo, às vezes, o proprietário de um imóvel precisa de acesso à via pública e não consegue constituir a
servidão de passagem com seu vizinho. Isso acontece, geralmente, naqueles loteamentos ou quadras em
que um terreno ou uma construção não tem acesso à rua.
Se há recusa em constituir uma servidão de passagem e se há necessidade em obter acesso à via pública, o
proprietário do prédio encravado poderá, judicialmente, exercer o seu direito de passagem forçada (art.
1.285 do Código Civil).
Contudo, o direito de passagem pode ser constituído voluntariamente e, à diferença da servidão, não precisa
ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis, pois não é direito real. O problema é quando nem o direito
de passagem e nem a servidão podem ser constituídas por desinteresse do proprietário do prédio serviente.
A passagem forçada não é servidão e não é um direito real; é um direito de vizinhança, de caráter pessoal e
constituído judicialmente. Assim, depende de uma ação judicial que determinará que um prédio vizinho ceda
uma parte de seu imóvel para a passagem do proprietário do prédio encravado, que, assim, terá acesso à via
pública.
Observe que o direito de passagem forçada tem lugar nos casos de encravamento em que a constituição de
uma servidão de passagem não ocorreu.
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Constituição e extinção
A servidão pode ser gratuita ou onerosa. Observe a seguir.
Gratuita
O imóvel dominante não remunera o imóvel serviente pela constituição da servidão.
Dominante
O proprietário do imóvel dominante pagará uma remuneração ao proprietário do imóvel serviente.
A onerosidade precisa ser fixada no instrumento que constitui a servidão, pois, do contrário, presume-se que
a servidão é gratuita.
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Usucapião
Sentença judicial
O art. 1.378 do Código Civil admite que a servidão seja constituída por ato negocial, ou seja, um contrato
entre os proprietários dos prédios serviente e dominante (ato inter vivos) ou um testamento do proprietário
do prédio serviente em favor do proprietário do prédio dominante (ato mortis causa).
Porém, como se trata de direito real sobre coisa imóvel, o art. 1.227 do Código Civil exige que a constituição
desse direito seja registrada na matrícula do prédio no Cartório de Registro de Imóveis. Assim, tanto o
contrato quanto o testamento devem ser registrados para que a servidão exista no mundo do Direito.
Sem o registro, o que existe entre os envolvidos é uma relação de confiança, uma promessa de constituir a
servidão, mesmo que o prédio serviente já esteja sendo usado. Haverá, assim, um direito pessoal, e não real.
Para que a situação seja considerada juridicamente uma servidão (direito real) e, consequentemente, possa
produzir seus efeitos perante os envolvidos e os terceiros, dependerá de registro.
(LEI Nº 10.406/2002)
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O Código de Processo Civil de 1973, ao tratar do procedimento especial da ação de divisão de terras
particulares (arts. 967 a 981), previa a possibilidade de o juiz instituir servidões necessárias quando fosse
decidir a partilha:
Art. 979. Ouvidas as partes, no prazo comum de 10 (dez) dias, sobre o cálculo
e o plano da divisão, deliberará o juiz a partilha. Em cumprimento desta
decisão, procederá o agrimensor, assistido pelos arbitradores, à demarcação
dos quinhões, observando, além do disposto nos arts. 963 e 964, as seguintes
regras: [...]; II - instituir-se-ão as servidões, que forem indispensáveis, em favor
de uns quinhões sobre os outros, incluindo o respectivo valor no orçamento
para que, não se tratando de servidões naturais, seja compensado o
condômino aquinhoado com o prédio serviente; [...]
LEI Nº 5.869/1973
No Código de Processo Civil de 2015, foi mantida a mesma sistemática de instituição de servidões na via
judicial, também no procedimento especial da ação de divisão de terras particulares (arts. 588 a 598):
LEI Nº 13.105/2015
Outra forma de constituição é a que ocorre pela usucapião. Não se trata da usucapião da propriedade de um
imóvel, mas da usucapião específica para o direito real de servidão. Esta previsão se encontra no Código
Civil:
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LEI Nº 10.406/2002
O caput traz a hipótese de uma usucapião ordinária de servidão; e o parágrafo único traz uma hipótese de
usucapião extraordinária. Como toda e qualquer usucapião, estas dependem de exercício contínuo (sem
interrupção) e inconteste (sem dúvidas) da servidão.
Em ambas as hipóteses (caput e parágrafo único), a servidão é exercida sem registro do título constitutivo
no Cartório de Registro de Imóveis. Esse exercício da servidão é aparente (servidão aparente), ou seja, há
exteriorização da relação de serventia entre os prédios dominante e serviente.
O caput do art. 1.379 remete à usucapião ordinária da propriedade do art. 1.242: “Adquire também a
propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por
dez anos. Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido
adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente,
desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse
social e econômico”.
Usucapião do parágrafo
Usucapião do caput do art. 1.379
único do art. 1.379
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Usucapião do parágrafo
Usucapião do caput do art. 1.379
único do art. 1.379
Obrigatória a declaração de
Obrigatória a declaração de usucapião
usucapião em sentença para
Sentença judicial em sentença para registro no Cartório de
registro no Cartório de
Registro de Imóveis.
Registro de Imóveis.
Os seguintes motivos levam à extinção de uma servidão, conforme previsto nos arts. 1.388 e 1.389 do
Código Civil:
Renúncia
Resgate
Da servidão pelo proprietário do prédio serviente, que consiste em uma resilição unilateral
(art. 473 do Código Civil) pela qual o proprietário pagará ao proprietário dominante um valor
pecuniário para extinguir a servidão (se houver divergências quanto aos valores, a questão
deve ser levada a juízo para decidir).
Resilição bilateral
Di t t ã é hi ót i t
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i i d t 1 388 1 389 é 16/56
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Distrato, que não é uma hipótese prevista nos incisos dos arts. 1.388 e 1.389, mas que é uma
regra geral de extinção de todo e qualquer contrato (art. 472 do Código Civil).
Resolução
Que também não está prevista nos incisos dos arts. 1.388 e 1.389, mas que se aplica aos
casos de inadimplemento da remuneração nas servidões onerosas (art. 475 do Código Civil).
Confusão
Que ocorre quando a propriedade dos prédios serviente e dominante passa a pertencer à
mesma pessoa (toda servidão exige que os prédios envolvidos tenham, obrigatoriamente,
proprietários diferentes).
Nas servidões aparentes, ou seja, das ações que permitem perceber que há servidão
constituída sobre um prédio.
Desuso
No período de 10 anos, ou seja, a servidão deixa de ser utilizada durante uma década.
E i ó i t d l
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á t à Ad i i t ã Públi 17/56
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Em que os imóveis ou somente um deles passará a pertencer à Administração Pública para a
realização de ações de interesse público.
Perecimento do imóvel
Destruição.
Transcurso de prazo
Direitos e deveres
Os direitos e deveres em uma servidão são recíprocos entre proprietários serviente e dominante. Pode-se
fazer a seguinte sistematização:
Direitos
Usar e usufruir da servidão, Abandonar ao proprietário do
dentro dos limites do fixado prédio dominante, total ou
no ato constitutivo e dentro parcialmente, a propriedade
do necessário para não do imóvel serviente.
causar prejuízos ao Remover a servidão, se
proprietário serviente. necessário, para outro ponto
Realizar as obras necessárias do imóvel serviente.
e ampliar a servidão, se Impedir mudanças no prédio
organizadas pelo proprietário
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Servidão civil
É constituída voluntariamente entre sujeitos particulares, para uso individual pelo prédio dominante.
Servidão administrativa
Decorre do interesse público representado pela Administração Pública. O ente público constitui
forçadamente uma servidão para uso público.
Exemplo
Nosso objeto de estudo, aqui, é a servidão civil; a servidão administrativa é matéria tratada no Direito
Administrativo.
Tutela processual
Além das ações possessórias típicas (reintegração, manutenção e interdito proibitório) de uma possível
ação de usucapião na hipótese do art. 1.379 do Código Civil e do embargo de obras prejudiciais, a servidão
possui duas ações específicas quando ela for a causa de pedir próxima e/ou remota de uma ação judicial,
quais sejam:
É proposta tanto pelo proprietário do imóvel dominante quanto do imóvel serviente, com o objetivo
de declarar a existência de uma servidão constituída entre eles; a discussão gira em torna do título
da servidão, se ele é capaz de constituir uma servidão.
Exemplo:
O proprietário dominante propõe a ação para que seja declarada a existência da servidão que está
sendo negada pelo possível proprietário serviente, que está impedindo a prática dos atos típicos da
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servidão.
O proprietário do imóvel serviente propõe a ação para ver declarada a existência de uma servidão,
recusada pelo proprietário dominante, e, assim, exercer seu direito de ser indenizado ou
remunerado.
É proposta, tanto pelo proprietário do imóvel dominante quanto pelo proprietário do imóvel serviente,
com o objetivo de declarar a inexistência de uma servidão constituída entre eles.
Exemplo:
O proprietário serviente propõe a ação para negar a existência de uma servidão e, assim, impedir o
uso de parte de seu imóvel por aquele sedizente proprietário dominante.
Alguém tido por “proprietário dominante” recebe uma notificação de um sedizente proprietário
serviente que cobra por obras ou remuneração da servidão, situação em que esse possível
“proprietário dominante” pode propor a ação para negar que exista a relação de servidão entre eles.
Essas ações têm diferenças conceituais e, no final das contas, têm a mesma causa de pedir próxima: a
servidão. Mas não têm, porém, um procedimento especial típico, recaindo no procedimento comum do
Código de Processo Civil.
Questão 1
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É o caso de uma fazenda (dominante) que utiliza trecho ou faixa de uma outra fazenda (serviente) para
a passagem de rebanho. A utilização é uma restrição à fazenda serviente, que deve suportar a
passagem dos animais. Já a fazenda dominante pode utilizar somente para fins de passagem.
Questão 2
Constituída por acordo de vontades entre os proprietários, porém nunca foi utilizada
A
pelo proprietário dominante.
Constituída por ato particular, porém nunca foi registrada no Cartório de Registro de
B
Imóveis.
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A servidão aparente é aquela que se manifesta por obras exteriores porque são aquelas visíveis e
permanentes, como a servidão de passagem. A alternativa A é hipótese de desuso, que extingue a
servidão. B não é um tipo de servidão, mas o fator que enseja a usucapião. C é a definição equivocada
de servidão contínua (invertida, pois independente de uma ação humana). A letra D não existe enquanto
tipo de servidão, mas como hipótese de extinção.
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Propriedade fiduciária
Neste vídeo, você compreenderá os conceitos de propriedade resolúvel e propriedade fiduciária.
Para entender a propriedade fiduciária, antes, você precisa entender o que é a “propriedade resolúvel” (arts.
1.359 e 1.360 do Código Civil).
O direito real de propriedade é perpétuo, ou seja, é constituído para existir até a morte do proprietário ou até
que este transfira a coisa para outrem. Mas há uma exceção: é a propriedade resolúvel, caracterizada pelo
fato de que o direito de propriedade tem prazo de existência para um determinado proprietário; após certo
tempo, o titular deixa de ser proprietário da coisa.
Definição e características
A propriedade fiduciária é um tipo de propriedade resolúvel, ela resulta de um contrato ou de uma cláusula
de outro contrato. É uma forma do credor ter garantias de que receberá o valor de uma determinada dívida.
Uma determinada coisa é registrada no nome do credor, que permanece seu proprietário até que o
devedor quite a dívida.
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Quitando a dívida, a propriedade é transferida do credor para o devedor (é nesse sentido que se trata de
uma propriedade resolúvel).
Havendo inadimplemento, o credor toma a coisa do devedor (afinal, é seu proprietário), como forma de
quitar a dívida.
O exemplo mais comum de propriedade fiduciária é a decorrente de uma alienação fiduciária na compra de
veículos, popularmente conhecida como “financiamento”.
Atenção!
A alienação fiduciária não se confunde com a propriedade resolúvel; na alienação existe uma propriedade
fiduciária, mas a alienação é um contrato.
A alienação fiduciária, por exemplo, pode ser para bens móveis e imóveis. Já a propriedade fiduciária incide
somente sobre coisa móvel (caput do art. 1.361 do Código Civil).
Com a quitação da dívida, o fiduciante (re)adquire a propriedade perpétua da coisa e o fiduciário deixa de
ser proprietário e possuidor indireto.
Requisitos
O objeto da propriedade fiduciária deve ser uma coisa móvel. O Código Civil refere-se à propriedade
resolúvel como sendo para coisas móveis; porém, outras leis admitem que exista propriedade resolúvel em
contratos que envolvam imóveis (Lei nº 9.514/1997).
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Deve ser coisa infungível. Trata-se de bem insubstituível por outro, pois possui características que o tornam
único, ou seja, não pode ser sub-rogado (trocado) por outro semelhante, pois este semelhante não existe.
O contrato ou cláusula que constitui a garantia deve ser formal, ou seja, escrito (instrumento público ou
particular). Para esse contrato, o art. 1.362 traz os elementos obrigatórios:
Prazo do pagamento.
Para ser constituída a propriedade fiduciária, o contrato ou cláusula deve, obrigatoriamente, ser levado a
registro no Cartório de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na
repartição competente para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de registro.
O credor é obrigado a vender a coisa, pois é nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com
a coisa alienada em garantia, se a dívida não for paga no vencimento (caput do art. 1.365). Porém, o devedor
pode, com a anuência do credor, dar seu direito eventual à coisa em pagamento da dívida, após o
vencimento desta (parágrafo único do art. 1.365).
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Ao alienar a coisa:
O credor deve aplicar o preço no pagamento de seu crédito e das despesas de cobrança.
Se o valor obtido com a venda não for suficiente para quitar a dívida, a cobrança prossegue quanto ao
remanescente.
Conforme art. 1.366: “Quando, vendida a coisa, o produto não bastar para o pagamento da dívida e das
despesas de cobrança, continuará o devedor obrigado pelo restante”.
Direitos
Ter a posse direta da coisa. Ter a posse indireta da
Usar e usufruir a coisa. coisa, constituída por meio
Receber o saldo remanescente do registro da alienação
na hipótese de venda pelo no Cartório de Títulos e
credor decorrente de Documentos.
inadimplemento. Reaver a coisa de terceiro
Reaver a coisa de terceiro ou do que, injustamente, possua
credor que, injustamente, ou detenha (ação
possua ou detenha (ação possessória).
possessória). Receber o valor da dívida.
Requerer busca e
apreensão da coisa ou
reivindicá-la.
Praticar atos de
conservação da coisa e
fiscalizar o uso pelo
credor.
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31/05/2023, 14:06 Direitos Reais sobre coisa alheia e suas garantias
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Questão 1
Para ter a posse, ninguém precisa ter a coisa consigo; ela é um desdobramento da propriedade. Pelo §
2º do art. 1.361 do Código Civil, com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento
da posse, tornando-se o devedor possuidor direto da coisa.
Questão 2
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A Resolúvel
B Fictícia
C Perene
D Indireta
E Pessoal
O próprio caput do art. 1.361 do Código Civil define a propriedade fiduciária como resolúvel: “Art. 1.361.
Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de
garantia, transfere ao credor”. As hipóteses das alternativas B, C, D e E são todas fictícias.
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar as modalidades de direito real de
garantia.
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Direitos reais de garantia: penhor, hipoteca e anticrese
Neste vídeo, apresentaremos a seguir a definição geral de direito real sobre a coisa alheia e sobre o direito
de garantia, lançando conceitos comuns para aprimorar o nosso entendimento sobre o regime jurídico
comum da hipoteca, da anticrese e do penhor.
A coisa é vendida a terceiros pelo credor (penhor e hipoteca) ou o credor se apropria dos frutos e dos
produtos produzidos pela coisa (anticrese), mas não pode se apropriar da coisa para si.
O acordo que permitiria ao credor se apropriar da coisa é a chamada “cláusula comissória”, porém ela é nula
de acordo com o art. 1.428 do Código Civil: “É nula a cláusula que autoriza o credor pignoratício, anticrético
ou hipotecário a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento”.
Para ser constituído, um direito real de garantia deve atender aos seguintes requisitos ou exigências:
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31/05/2023, 14:06 Direitos Reais sobre coisa alheia e suas garantias
O direito real de garantia somente pode ser constituído sobre uma coisa que pode ter sua
propriedade transmitida a outrem (alienabilidade) (caput do art. 1.420 do Código Civil).
O devedor só pode instituir garantia real se tiver capacidade civil e legitimidade para realizar atos de
alienação da coisa alienável (caput do art. 1.420 do Código Civil).
Em regra, os direitos reais são constituídos voluntariamente entre credor e devedor, via negócio
jurídico, mas há exceções, como no caso do penhor legal, da hipoteca judicial e da hipoteca legal. De
qualquer maneira, no caso de constituição por negócio jurídico, o instrumento contratual deve ser
escrito (instrumento público ou particular) e detalhar a coisa, para, então, ser levado a registro no
cartório competente. O art. 1.424 determina que o negócio constitutivo tenha, obrigatoriamente, os
seguintes elementos:
Somente com o registro é que a garantia se torna real e passa a produzir os efeitos típicos de um
direito real.
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No caso dos direitos reais de garantia constituídos sobre imóveis, o art. 1.227 do Código Civil exige o
registro no Cartório de Registro de Imóveis do ato constitutivo. Além disso, caso o imóvel tenha valor
superior a 30 salários-mínimos, o art. 108 do Código Civil exige que o ato constitutivo seja celebrado
em instrumento particular. Este é o caso da hipoteca, que só terá eficácia se for registrada na
matrícula do imóvel.
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Já os direitos reais de garantia constituídos sobre bens móveis (por exemplo: penhor e propriedade
fiduciária) devem ser registrados em Cartório de Títulos e Documentos. Não precisam ser,
obrigatoriamente, constituídos por escritura pública, mas deverão ser constituídos por instrumento
particular porque só assim é possível proceder ao registro.
Feito o registro do ato constitutivo no cartório competente, tem origem o direito real de garantia. Sendo um
direito real, tem eficácia real, um conjunto de efeitos próprios dos direitos reais que configuram a vantagem
de se constituir uma garantia desse tipo.
Os efeitos reais produzidos por esses direitos reais de garantia podem ser assim sistematizados:
O direito real adere à coisa e a acompanha onde quer que esteja e com quem quer que esteja.
Sequela expand_more
É o poder do titular do direito de tomar a coisa de quem a tenha para exercer seus poderes.
Excussão expand_more
É o poder do credor hipotecário e do credor pignoratício de levar a coisa dada em garantia à venda,
judicial ou extrajudicialmente (quando esta for cabível); é a possibilidade de promover a execução
judicial da dívida com a tomada da coisa para ser levada à hasta ou a leilão públicos.
Preferência expand_more
Além disso, existe uma preferência dentro das próprias garantias reais, que é, na verdade, uma
ordem de prioridade: aquele credor que primeiro registrou seu direito real de garantia tem prioridade
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Indivisibilidade expand_more
Penhor
Primeiramente, não confunda “penhor” com “penhora”. Observe as diferenças de cada um a seguir.
Penhor
É um direito real constituído voluntariamente para garantir uma dívida. No penhor, a venda da coisa é
feita pelo próprio credor.
close
Penhora
O penhor é um direito real que incide sobre uma coisa móvel pertencente a um devedor a fim de que tal
coisa seja utilizada para o pagamento da dívida.
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O objeto do penhor é uma coisa móvel, inclusive os semoventes (animais). Podem ser objetos de penhor:
Joias
Veículos
Máquinas
Frutos colhidos
Títulos de crédito
Gado
Eletrodomésticos
Quando se constitui um penhor, diz-se que a coisa objeto do penhor está “empenhada”, ou seja, uma coisa
empenhada é aquela sobre a qual incide um direito real de penhor.
O penhor é criado em um contrato ou em uma cláusula de um contrato e tem como objetivo utilizar o bem
dado em garantia para a quitação da dívida, caso o devedor não a faça. A coisa é vendida e os valores
obtidos são destinados ao pagamento da obrigação. Se houver saldo remanescente, será entregue ao
devedor; e, se o valor da venda não for suficiente para quitar o débito, o devedor continua obrigado a pagar o
saldo devedor.
É constituído por meio de um negócio jurídico celebrado entre o credor e o devedor. Deve ser levado
a registro no Registro de Títulos e Documentos.
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31/05/2023, 14:06 Direitos Reais sobre coisa alheia e suas garantias
Penhor especial: são situações específicas nas quais a lei prevê um regime jurídico próprio, com
normas específicas, e nos quais não exige, necessariamente, a entrega da coisa ao credor; é o caso
do penhor de títulos de crédito, rural, industrial, mercantil e de veículos.
São situações em que a lei considera determinada pessoa como sendo credor pignoratício,
independentemente de contrato entre tal credor e devedor.
Este caso se dá nas seguintes situações do art. 1.467 do Código Civil, em que serão considerados
credores pignoratícios:
O dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens móveis que o rendeiro ou inquilino tiver
guarnecendo o mesmo prédio, pelos aluguéis ou rendas.
Nesses casos, o credor poderá tomar em garantia um ou mais objetos até o valor da dívida. Porém, o
credor deve tomar a coisa e imediatamente requerer a homologação judicial do penhor.
De acordo com o caput do art. 1.431 do Código Civil, a regra é que a coisa objeto do penhor fique na posse
do credor: “Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor
ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de alienação. [...]”.
Contudo, o parágrafo único do art. 1.431 estabelece uma exceção a essa regra, ou seja, situações em que a
coisa empenhada permanecerá com o devedor: “No penhor rural, industrial, mercantil e de veículos, as
coisas empenhadas continuam em poder do devedor, que as deve guardar e conservar”.
O credor terá a posse nos casos de penhor comum, de direitos e de título de créditos; já o devedor
permanece na posse da coisa quando o penhor for rural, agrícola, pecuário, veículo, industrial e mercantil.
Ter a posse não significa dizer que o credor pignoratício poderá usar e usufruir da coisa; ele apenas a
guarda e a conserva. O objetivo de dar a posse ao credor é facilitar que este a tenha em mãos para uma
possível venda diante do inadimplemento do devedor. Uma vez paga a dívida, o credor deve restituir a coisa
ao devedor.
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Embora o penhor seja um direito real constituído sobre coisa móvel, o que afastaria a aplicação do art.
1.227, o título que o constitui deve ser registrado no Cartório de Títulos e Documentos, para fins de
publicidade e de salvaguarda de direitos, conforme o art. 1.432: “O instrumento do penhor deverá ser levado
a registro, por qualquer dos contratantes; o do penhor comum será registrado no Cartório de Títulos e
Documentos”.
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Todas essas modalidades precisam ser registradas no Registro de Títulos e Documentos, pois, do contrário,
não produzem a eficácia real típica dos direitos reais, sendo apenas instrumentos de prova da existência do
débito.
Há, ainda, o “penhor de joias”, que é uma modalidade que somente pode ser praticada pela Caixa Econômica
Federal, que detém seu monopólio (Decreto-Lei nº 759/1969 e Decreto nº 7.973/2013).
Quanto aos direitos e aos deveres recíprocos entre o devedor pignoratício e o credor pignoratício, eles estão
previstos nos arts. 1.433 a 1.435 do Código Civil e podem ser assim sistematizados:
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Deveres
Garantir posse pacífica Ressarcir ao dono da coisa pela
da coisa pelo credor. perda ou deterioração de que for
Pagar a dívida. culpado.
Dar compensação ou abatimento
sobre o valor da dívida em caso de
perda ou de deterioração da coisa
de que for culpado, se o devedor
assim preferir.
Defender a posse da coisa
empenhada e dar ciência, ao dono
dela, das circunstâncias que
tornarem necessário o exercício
de ação possessória.
Compensar despesas de guarda e
conservação, juros e capital da
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Os arts. 1.436 e 1.437 do Código Civil tratam da extinção do penhor, enumerando as seguintes hipóteses:
Se a dívida do devedor for paga, não se justifica a manutenção do penhor; ele é extinto e a
coisa restituída ao devedor.
Perecimento da coisa
Ocorre quando a coisa se deteriora, de modo que deixa de existir ou perde seu valor e sua
utilidade. Se o perecimento ocorreu por culpa do credor, este deverá indenizar o devedor ou,
então, compensar o prejuízo que causou com abatimento do valor da dívida.
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É a resilição unilateral do contrato de penhor pelo credor (art. 474 do Código Civil). A renúncia
do credor é presumida quando ele consentir com a venda da coisa, quando restituir a sua
posse ao devedor ou quando concordar com a substituição do penhor por outra garantia.
Confusão
Após a constituição do penhor, por algum motivo, o credor se tornará proprietário da coisa
empenhada (por exemplo: é herdeiro do devedor e, morrendo este, torna-se proprietário dos
bens por ele deixados). Se, porém, essa confusão não for suficiente para saldar a dívida
totalmente, então o penhor não será extinto e seguirá vigente quanto ao resto da dívida que
precisa ser quitada.
Feita pelo credor ou por ele autorizada quando a dívida não for paga.
Mas, de acordo com o art. 1.437, a extinção do penhor somente ocorrerá efetivamente (ou seja, produzirá
efeitos) depois de averbado o cancelamento do registro no Cartório de Títulos e Documentos, devendo-se
apresentar a respectiva prova do fato que enseja a extinção.
Hipoteca
A hipoteca é um direito real de garantia que incide sobre bem imóvel (ou bem equiparado por lei a imóvel).
Caso o devedor não pague sua dívida, o credor hipotecário tem o direito de executar judicialmente o imóvel
hipotecado e utilizar o valor obtido na venda judicial para saldar a dívida.
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Já que seu objeto é um imóvel, não há necessidade de a posse da coisa ser entregue ao credor, como
ocorre no penhor e na anticrese (afinal, a coisa sempre estará ali). Evidentemente, essa imobilidade não
existe nas coisas equiparadas a imóveis (por exemplo: aeronaves e embarcações, que podem ser objeto de
hipoteca), mas, mesmo assim, a posse da coisa permanece com o devedor.
A hipoteca tem um prazo máximo de duração, qual seja, 30 anos, conforme art. 1.485 do Código Civil:
“Mediante simples averbação, requerida por ambas as partes, poderá prorrogar-se a hipoteca, até 30 (trinta)
anos da data do contrato. Desde que perfaça esse prazo, só poderá subsistir o contrato de hipoteca
reconstituindo-se por novo título e novo registro; e, nesse caso, lhe será mantida a precedência, que então
lhe competir”. Mas o contrato que cria a hipoteca pode fixar outro prazo, desde que inferior a 30 anos. Esse
prazo é chamado de perempção.
Transcorridos os 30 anos, a hipoteca é extinta e, consequentemente, a dívida não estará mais garantida com
a coisa anteriormente hipotecada. O credor hipotecário, então, torna-se um credor quirografário, ou seja,
sem garantias e que tem apenas um título representativo da dívida. Caso o credor e o devedor queiram
reestabelecer a hipoteca, deverão iniciar todo o processo de constituição novamente.
Instituída voluntariamente entre devedor e credor por meio de negócio jurídico, sendo levada a
registro no Registro Geral de Imóveis (RGI).
São hipóteses em que a lei fixa uma hipoteca de pleno direito. Para produzir efeito, precisa ser
reconhecida judicialmente e registrada mais tarde no RGI. As hipóteses estão previstas no art. 1.489
e são conferidas:
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Aos filhos: sobre os imóveis do pai ou da mãe que constituírem novo casamento (com outras
pessoas) sem antes fazer o inventário e a partilha do casal.
Ao ofendido ou aos seus herdeiros: sobre os imóveis do ofensor (“delinquente”), para indenização
do dano causado pelo ato ilícito e pelo pagamento das despesas judiciais.
Ao coerdeiro: sobre o imóvel adjudicado ao herdeiro reponente, para garantia do seu quinhão ou
torna da partilha.
Obs. 1: Reponente é o herdeiro que está obrigado a “repor” a herança que recebeu em excesso sobre
a parte disponível do doador ou do testador.
Constituída pelo juiz na execução de uma dívida, como forma de garantia para o exequente. De
acordo com o art. 495 do Código de Processo Civil, a decisão que condenar o réu ao pagamento de
prestação consistente em dinheiro e a que determinar a conversão de prestação de fazer, de não
fazer ou de dar coisa em prestação pecuniária valerão como título constitutivo de hipoteca judiciária.
O art. 1.473 do Código Civil fixa aqueles que podem ser os bens objeto de hipoteca. Antes de sistematizá-
los, porém, é importante que você saiba que direitos também podem ser objeto de hipoteca. Isso se deve ao
fato de que o inciso I do art. 80 do Código Civil considera bens imóveis, para os efeitos legais, os direitos
reais sobre imóveis e as ações que os asseguram. Então, direitos reais sobre coisas imóveis também são
bens hipotecáveis, conforme observamos a seguir.
Imóveis e acessórios
É o solo e tudo o que a ele adere, como construções e plantações. A hipoteca abrange todas as acessões,
melhoramentos ou construções do imóvel.
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31/05/2023, 14:06 Direitos Reais sobre coisa alheia e suas garantias
Domínio direto
É a propriedade formal do imóvel, em que o titular se mantém proprietário, porém não usufrui da coisa.
Domínio útil
É aquele que permite a fruição de uma coisa; seu titular tem a plena utilização do bem.
Estradas de ferro
Está prevista nos arts. 1.502 a 1.505 do Código Civil a hipoteca de via férrea. Será circunscrita à linha ou
às linhas especificadas na escritura e ao respectivo material de exploração. Os credores hipotecários
poderão se opor à venda da via ou de suas linhas e de seus ramais. Na execução das hipotecas férreas, a
União ou o estado serão intimados, para, em até 15 dias, remir a estrada de ferro hipotecada, pagando o
preço da arrematação ou da adjudicação (ou seja, basicamente, pagando a dívida e adquirindo a via
férrea).
É direito do proprietário do solo explorar os recursos minerais de emprego imediato na construção civil.
Navios
São grandes embarcações para transporte de cargas e passageiros. Não é qualquer embarcação que
pode ser objeto de hipoteca, pois a lei restringe aos navios. Assim, lanchas, barcos de pesca e outros
barcos de pequeno porte não podem ser objeto de hipoteca.
Aeronaves
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São máquinas de voo. Levantam e mantêm voo por seus próprios meios. O conceito inclui aviões, aviões
de turboélices, jatos, helicópteros, planadores etc.
É a regularização ou a concessão do direito de usar bens públicos para morar. A hipoteca não recai sobre
o bem público, mas sobre o direito de usar um bem público para constituir moradia.
É o direito que o proprietário de um imóvel dá a outra pessoa para que esta utilize o bem sem dele
usufruir, ou seja, sem dele retirar os frutos e comercializá-los. Pode-se usufruir o necessário para a
subsistência, mas nunca para fins de lucro (por isso, é chamado de “usufruto anão”). Esse direito que o
usuário adquire sobre a coisa de alguém pode ser levado à hipoteca em favor de um terceiro, no caso, o
credor do usuário em alguma dívida.
Propriedade superficiária
Porém, somente quando concedida à União, aos estados, ao Distrito Federal, aos municípios ou às suas
entidades delegadas e respectiva cessão e promessa de cessão.
Importante destacar que, sendo a hipoteca um direito real (de garantia), ela produz como efeito a sequela.
Por causa disso, caso o devedor aliene o imóvel a um terceiro, o credor hipotecário poderá excutir o bem,
tomando do terceiro e vendendo judicialmente. Não há que se falar em proteção da boa-fé do adquirente,
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pois esse terceiro adquirente tem conhecimento da constituição da hipoteca, uma vez que esta está
registrada no Cartório de Registro de Imóveis (eis a importância da publicidade).
Primeiro, porque a sequela permitirá que o credor hipotecário alcance seus objetivos normalmente.
Segundo, porque o terceiro assume o risco de perder a coisa, afinal, consegue prevê-la ao tomar
conhecimento da hipoteca registrada no RGI.
Assim, o caput do art. 1.475 estabelece que é nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel
hipotecado, embora possam as partes convencionar que vencerá o crédito hipotecário se o imóvel for
alienado (parágrafo único).
Hipótese 1 expand_more
O proprietário de uma casa avaliada em R$50 mil constitui hipoteca por causa de uma dívida R$30
mil (empréstimo bancário). Observe que, diante do inadimplemento, se o credor hipotecário executar
o imóvel, o valor da venda é suficiente para pagar a dívida, as perdas, os danos e os juros, e ainda
haverá, provavelmente, um remanescente a ser entregue ao devedor. Assim, nada impediria que, por
exemplo, o devedor hipotecário constituísse uma segunda hipoteca com um segundo credor para
uma outra dívida, mesmo que esta tenha valor superior a R$20 mil (diferença entre o valor da casa e
o valor da primeira dívida).
Hipótese 2 expand_more
O proprietário de uma casa avaliada em R$100 mil constitui hipoteca por causa de uma dívida de
R$100 mil. Havendo inadimplemento, a casa é levada à venda e a dívida será paga. Mesmo que o
valor do imóvel e o valor da dívida sejam equivalentes, nada impede a constituição de uma segunda
hipoteca com um segundo credor para uma segunda dívida, afinal, pode ser que uma dívida seja
paga voluntariamente e a outra fique garantida pela hipoteca.
Essas situações descritas foram apreciadas pelo legislador, uma vez que o art. 1.476 prevê que o dono do
imóvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo título, em seu favor ou de outro
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credor. Essa situação é conhecida como pluralidade de hipotecas, que consiste na possibilidade de
constituir duas ou mais hipotecas sobre o mesmo bem imóvel.
Havendo pluralidade de hipotecas, haverá uma preferência ou prioridade entre elas a depender da ordem de
registro de título no Cartório de Registro de Imóveis.
Observe o exemplo:
Nesse caso, embora constituída em data posterior, a segunda hipoteca terá preferência e prioridade em
relação à primeira. Isso significa dizer que a segunda hipoteca terá o direito de ser executada antes da
primeira hipoteca, se necessário for.
Uma hipoteca gera efeitos inter pars (entre credor e devedor hipotecários) e erga omnes (perante terceiros).
Confira a sistematização:
Efeitos da hipoteca
Para terceiros Não pode alegar boa-fé quanto ao desconhecimento de uma hipoteca, pois,
ao negociar sobre o imóvel, tem que ter a diligência de obter as certidões
negativas de ônus real no Cartório de Registro de Imóveis.
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Efeitos da hipoteca
Efeitos da hipoteca
Gilberto Fachetti.
Remissão
Extinção da dívida
Resilição
Perecimento da coisa
Ocorre nos casos dos bens corpóreos e consiste na destruição da coisa, ou seja, a perda da
utilidade e de valor.
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Arrematação ou adjucação
Resolução da propriedade
Desapropriação do imóvel
Confusão
A extinção, porém, só produz efeitos com a averbação no Registro de Imóveis apresentando a prova da
ocorrência do motivo que levou à extinção da hipoteca.
Anticrese
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A anticrese é um direito real que autoriza o credor a receber a posse de uma coisa imóvel pertencente ao
devedor para perceber os frutos e os produtos desse imóvel e abater o valor desses frutos e produtos do
valor da dívida. Essa é a definição do caput do art. 1.506 do Código Civil: “Pode o devedor ou outrem por ele,
com a entrega do imóvel ao credor, ceder-lhe o direito de perceber, em compensação da dívida, os frutos e
rendimentos”.
A anticrese confere ao credor o direito de retenção da coisa até a compensação da dívida (§ 2º do art.
1.507).
Escritura pública, caso o valor do imóvel seja superior a 30 salários-mínimos (art. 108 do Código Civil).
Na anticrese, o credor anticrético tem direito sobre os frutos e os produtos, e não sobre a coisa principal que
gera os frutos e os produtos. Por isso, nada impede a hipoteca ou a execução da coisa principal, devendo o
credor anticrético se opor à execução.
Pode-se afirmar, então, que a anticrese dá ao credor anticrético o direito de usufruto sobre o imóvel, sendo a
fruição uma forma de pagar a dívida inadimplida.
Exemplo
O devedor cede um imóvel de sua propriedade para o credor e este realiza a locação do imóvel para terceiro.
Os alugueres pagos pelo terceiro são frutos, do tipo civil (rendimentos), e serão apropriados pelo credor. A
cada aluguel recebido o credor desconta o valor do total da dívida. Essa situação não pode perdurar por
mais de 15 anos (art. 1.423).
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Agora, preste atenção ao art. 1.428: “É nula a cláusula que autoriza o credor pignoratício, anticrético ou
hipotecário a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento”.
O credor anticrético não pode tomar a propriedade do imóvel para si como forma de pagamento. Porém,
isso não significa dizer que ele não possa se apropriar dos frutos e dos produtos. Ou seja, ele nunca poderá
ser dono do imóvel, mas será dono dos frutos quando os perceber. Até porque não faria sentido o credor ter
que providenciar a venda ou a execução judicial de frutas de uma plantação, pois até se realizar a venda as
frutas pereceriam. Então, o credor se apropria das frutas e pode vendê-las por sua conta.
Mas a anticrese não se destina somente ao pagamento da dívida; é possível que seja constituída para
pagamento de juros, seja só para isto ou também para aquilo (§ 1º do art. 1.506). Os seguintes fatores
extinguem a anticrese:
Perecimento da coisa.
Pagamento da dívida.
Quando o credor anticrético não se opõe que outro credor execute o imóvel principal.
Falência do devedor.
Quanto aos direitos e aos deveres recíprocos entre devedor e credor, eles podem ser assim sistematizados:
Devedor Credor
Direitos
Ter a coisa restituída Ter a posse da coisa dada em
em caso de anticrese.
pagamento voluntário Exercer direito de retenção da coisa
da dívida. até a quitação total da dívida, dos
Defender a posse da juros e de outras despesas.
coisa contra moléstia Vender os frutos e os produtos.
de terceiro. Apropriar-se dos frutos.
Defender a coisa em Resilir a anticrese, ou seja, renunciá-
caso de má lo, extingui-lo.
conservação pelo Proceder à proteção possessória da
credor. coisa.
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Devedor Credor
Questão 1
A Não autorizar a constituição de uma nova hipoteca sobre a coisa em favor de terceiro.
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Declarar vencido o crédito hipotecário se o imóvel for alienado, caso haja convenção
D
neste sentido no contrato que constituiu a hipoteca.
Na hipoteca, o credor não tem a posse da coisa e a garantia não recai sobre os frutos (neste caso, seria
anticrese). Pelo art. 1.476, o dono do imóvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele,
mediante novo título, em favor do mesmo ou de outro credor, independentemente de autorização. O art.
1.475 diz que é nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel hipotecado. A alternativa D é
verdadeira por causa do parágrafo único do art. 1.475: “Pode convencionar-se que vencerá o crédito
hipotecário, se o imóvel for alienado”. De acordo com o art. 1.485, o prazo de prorrogação é de 30 anos.
Questão 2
A A propriedade fiduciária
B A anticrese
C A hipoteca
D O penhor
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E A penhora
A penhora é um ato processual, de execução; não é uma garantia real. A garantia real é um direito real e
é constituído voluntariamente. A penhora é um ato judicial-processual de constrição de bens para
quitação de dívida.
Considerações finais
Este conteúdo foi destinado a demonstrar como devem ser constituídos e quais as consequências da
constituição no que se refere aos direitos reais de servidão, propriedade fiduciária, hipoteca, penhor e
anticrese.
A abordagem realizada teve como objetivo apresentar não somente aspectos teóricos, mas também e,
principalmente, os aspectos práticos.
É preciso ter em mente que as garantias reais são uma das principais matérias discutidas em ações
judiciais. Logo, é um campo fértil de atuação profissional.
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Ouça, agora, as diferenças clássicas entre os tipos de direitos reais de garantia, destacando suas
repercussões práticas para a atuação do profissional.
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Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo, leia os seguintes artigos:
Esse texto apresenta as principais características dos dois direitos e apresenta elementos para a melhor
escolha da modalidade, a depender da situação.
O artigo faz uma importante relação entre hipoteca e usucapião, dois institutos muito comuns e cuja relação
pode ser problemática.
PEREIRA, A. G. D. Servidões prediais e obrigações propter rem. Repositório científico da UC. Coimbra,
2003.
Embora seja um texto sobre a servidão no Direito português, o regime jurídico português e brasileiro se
aproximam. Contudo, o mais importante são os conceitos fundamentais que o autor desenvolve.
SOUZA, A. S. R. Anticrese: direito real de garantia ou forma especial de pagamento? Revista da Faculdade
Mineira de Direito - PUC Minas, v. 12, n. 24, p. 22-30, 2009.
Ao discutir a essência da anticrese, o autor aborda vários elementos que demonstram a operabilidade do
instituto.
Atenção: A partir do Código Civil de 2002, a flexão de gênero da palavra “usucapião” é no feminino, e não no
masculino.
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Referências
DINIZ, M. H. Curso de Direito Civil Brasileiro. Vol. 4 - Direito das Coisas. 34. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
FARIAS, C. C. de; ROSENVALD, N. Curso de Direito Civil. Vol. 5 - Reais. 17. ed. Salvador: Juspodivm, 2021.
GONÇALVES, C. R. Direito Civil Brasileiro. Vol. 5 - Direito das Coisas. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2021.
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